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FACULDADE INTERNACIONAL DE TEOLOGIA REFORMADA - FITRef

DISCIPLINA: O CULTO DIVINO


PROFESSOR: REV. SÉRGIO LIMA

AULA 01
O Culto segundo as Escrituras
________________________________________

Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que


apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional
(Romanos 12.1).

Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para


ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que
há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas
águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás
culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus
zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à
terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e
faço misericórdia até mil gerações daqueles que me
amam e guardam os meus mandamentos (Êxodo
20.4-6).

Iniciemos este estudo definindo algumas características fundamentais para o exercício do


culto. Há culto quando alguns princípios são considerados, dentre eles, biblicidade, pactualidade,
evangelicidade, historicidade, reverência e serviçalidade1 .

BIBLICIDADE: Os elementos do culto e seus princípios são segundo a sua vontade (Dt 12.29-32)
porque emergem das Escrituras. Deus ensina nas Escrituras exatamente como cultuá-lo com zelo
pela sua glória e a devida consideração pelo seu nome. Desejo sincero não significa culto aceitável,
pois isso é exercido através de entendimento acerca do ensinamento bíblico. Um culto ao Senhor
alheio às prescrições bíblicas sempre será abominação. Um culto no qual o Senhor não é glorificado
é condenado pela própria Escritura (Cl 2.23). Segundo Daniel Hyde, em poucas palavras2 :

1 Hyde, Daniel R. O que é um culto reformado? Os Puritanos, 2014.

2 Ibidem
Em tempos de analfabetismo bíblico, precisamos de um culto cheio das Escrituras, com uma
linguagem escriturística em cada aspecto, das leituras responsivas e cânticos, às orações e leituras
bíblicas propriamente ditas (HYDE, 2014, 72-73).

Por isso, é de grande significado que compreendamos que um culto segundo as Escrituras é
a prática obediente das prescrições escriturísticas.

PACTUALIDADE: O culto deve ser pactual pelo fato de ser baseado na aliança de Deus com o
seu povo, de acordo com a continuidade do Antigo e Novo Testamento, conforme o registro na lei.
O culto deve ser pactual porque possui um caráter legal e de comprometimento da comunidade dos
eleitos com o seu Deus. O culto deve ser guiado pelo padrão das Escrituras, não é a cultura que dita
a forma da santa convocação nem os elementos oferecidos na adoração. Então, como disseram os
reformadores devemos falar no vernáculo, ou seja, numa linguagem compreensível. A ordem da
pactualidade do culto solene não despreza uma linguagem acessível, pois a estrutura que predomina
nas Escrituras é a aliança. A Bíblia é um documento sobre o pacto que orienta como cultuamos ao
Senhor numa atitude pactual3.
O diálogo entre o Senhor e o seu povo começa com Deus afirmando que é o nosso Deus, e nós
respondendo que somos o seu povo. Sabemos que Deus procura adoradores então nos dispomos a
louvá-lo intensamente. Ele nos lembra que há uma lei moral a ser cumprida pelos seus filhos e nós
assentimos com a responsabilidade. Deus nos lembra que somos pecadores então recorremos ao
perdão necessário para a manutenção do Pacto. Ele nos fala pela Palavra, pelos sacramentos e pela
disciplina e nós respondemos com alegria e doxologia. Isto é o que realmente significa dizer que o
nosso culto é pactual. Por tudo isso, podemos afirmar que o culto oferecido por meio de Jesus
resume a nossa expressão pactual que Deus realizou com o homem através de Cristo, e esse pacto
da graça é renovado a cada semana na exposição fiel das Escrituras, na administração dos
Sacramentos e no exercício da disciplina eclesiástica (LIMA, 2017, p 67).

EVANGELICIDADE: As boas novas de salvação em Cristo Jesus são anunciadas no culto, por
isso ele deve ser cristocêntrico, tendo o Evangelho como essência da mensagem exposta. O culto
deve ser evangélico devido à obediência de Cristo no cumprimento da vontade do Pai. Por ele,
temos livre acesso a presença de Deus, porque Cristo nos assegurou esse caminho novo à presença
do Criador (Ef 2.11-22; Hb 10.19-22). Temos um grande sacerdote sobre à casa de Deus, o autor
aos Hebreus afirma com clareza que através do sangue de Cristo podemos confiantes nos aproximar
humilhados além do véu. O autor aos Hebreus nos lembra;
Assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os
corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e os nossos corpos lavados
com água pura (Hebreus 10.22).

3 Lima, S. A Fé Reformada, o fundamento da missão para a igreja, São Paulo: Ed. Athos, 2017
Podemos nos aproximar com plena convicção de fé e um coração sincero, como foi com
Abel (Hb 11.4), pois este será um culto segundo as Escrituras. O culto é evangélico porque o
evangelho é o reflexo daquilo que é pregado, orado e cantado na vida dos cultivadores e dos
conivdados. O povo do pacto é alimentado pelo evangelho e o Espírito Santo convence os
incrédulos para ouvir as boas novas de salvação.
Desta forma, o culto deverá conter os elementos prescritos nas Escrituras, conforme Tim
Keller4:
… se o culto de domingo visa em primeiro lugar o evangelismo, aborrecerá os santos. Se visa
principalmente a instrução, confundirá os incrédulos. Mas se visa louvar o Deus que salva pela
graça, isso vai instruir os de dentro e desafiar os de fora. A boa adoração corporativa será
naturalmente evangelística (KELLER, 2007, 219).

HISTORICIDADE: É necessário que seja coerente com a doutrina ensinada pelos apóstolos, que
encontre eco nas práticas cúlticas da igreja de Cristo na terra e que preserve-nos no caminho
percorrido por nossos pais na fé (Hb 12.1). Quando nos reunimos no dia do Senhor, devemos ter em
mente que estamos de forma coerente afirmando aquilo os antigos cristãos também afirmaram sobre
a solenidade e simplicidade do culto. Seguindo o modelo básico da igreja primitiva sobre o culto,
conforme testemunho dos pais da igreja, dos reformadores e seus escritos. Como afirma o Hyde5:
… seguimos este modelo básico da Igreja primitiva de culto, no qual a Palavra é lida e pregada, os
sacramentos são celebrados com ação de graças, orações de confissão, intercessão, graças são
dadas, e as ofertas do povo de Deus coletadas para o ministério da misericórdia (Hyde, 2014, 103).

REVERÊNCIA: O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o culto solene é uma excelente


oportunidade para a prática coerente deste princípio. O culto não é um ato espontâneo e desprovido
de consciência. Segundo os Salmos, o culto é extremamente alegre e reverente (Sl 100.1-3).
Percebemos o salmista enfatizando extrema alegria e temor. Mas alegria não significa liberdade
para fazer o que quiser, também não quer dizer oferecer ao Senhor um momento pautado na minha
livre escolhe acerca das formas. Um culto alegre significa uma grande expectativa que Deus irá
lançar sobre nós a Sua graça quando diante dEle estivermos reverentes com tremor e temor (Sl
2.11). O culto alegre é um deleite na bondade do Senhor e em resposta manifestamos nossa gratidão
diante do seu favor. A alegria é a condição de um coração que foi profundamente convicto dos seus
pecados diante de um Deus Santo que foi compassivo e misericordioso. A alegria de um culto é a

4 Keller, T.,“Reformed Worship in the Global City,” in Worship by the Book, p. 219.

5 Hyde, Daniel R. O que é um culto reformado? Os Puritanos, 2014.


qualidade de um coração que foi livre da condenação e aceito por um supremo e justo redentor.
Robert Godfrey adverte6:
Devemos lembrar que reverência nem sempre significa calma, e alegria nem sempre significa
ruído. Alegria e reverência são, antes de tudo, atitudes do coração para as quais procuramos
manifestações apropriadas no culto. A alegria pode ser intensa no canto de uma canção muito
tranquila. A reverência pode ser manifesta no cantar alto (GODFREY, 1999, 24).

SERVIÇALIDADE: O culto deve ter uma liturgia compreensível e simples, dirigido conforme as
prescrições (Lv 9.16 cf. Lv 10.1; Dt 12.29-32). Liturgia ou ordem de culto significa um ato de
serviçalidade, Cristo e o Seu povo como num banquete santo, uma atividade pactual. Adoramos a
Deus em espírito e em verdade (João 4.24), todavia, existe uma forma para a prática dessa adoração.
Uma estrutura litúrgica biblicamente orientada será de grande ensinamento e sempre apontará a
glória de Deus em Cristo. O centro da liturgia é a Palavra de Deus lida e proclamada, como também
os Sacramentos administrados corretamente. A adoração deve ser segundo as Escrituras, o sermão
expositivo deve ser compreensível, os sacramentos devem ser administrados corretamente, as
orações e ações de graça no culto são proferidas segundo a vontade soberana e a renovação pactual
estabelecida. Ademais, é lúcido priorizar o culto solene com sermões expositivos, liturgias
confessionais, sacramentos biblicamente administrados e orações com corações contritos. João
Calvino também relembra7:
O culto é orientado pela Escritura, pois a Escritura determina o culto. Ele deve contemplar o
conceito de exercício pactual porque Deus fez um pacto com o homem tendo o culto como agenda.
Ele deve contemplar o plano redentivo porque Deus é o missionário em essência. Ele é praticado
como ato contínuo de uma relação em andamento na história. Ele contém o sentido de serviço, um
trabalho, uma dedicação que culmina em consagração (CALVIN, 1994, 25-26).

O CULTO COMO EXPRESSÃO BÍBLICO-CONFESSIONAL


Um conceito básico de culto pode ser, "uma reunião solene com o propósito de glorificar a
Deus de forma reverente e com muito temor".
O povo da aliança é convocado de forma santa ao culto a Deus de acordo com o autor aos
Hebreus, lembrando assim que Deus é fogo consumidor:
Pelo que, recebendo nós um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos
a Deus agradavelmente, com reverência e temor; pois o nosso Deus é um fogo consumidor
(Hebreus 12.28-29).

6Godfrey, W., Pleasing God in Our Worship (Wheaton, IL: Crossway Books, 1999), p. 24.
7Calvin, J., The Necessity of Reforming the Church (Audubon, NJ: Old Paths Publications, 1994), p. 25–26.
Há uma convocação para o Culto, desde que se percebe que Deus operou favores à nação
israelita com o objetivo de tê-lo como seu povo. Deixe sair o meu povo, disse Deus a faraó, para
que me cultue no deserto, reafirmou o Senhor. E tudo passa pelo conceito de “temor".
Fala o Poderoso, o SENHOR Deus, e chama a terra desde o Levante até ao Poente. Desde Sião,
excelência de formosura, resplandece Deus. Vem o nosso Deus e não guarda silêncio; perante ele
arde um fogo devorador, ao seu redor esbraveja grande tormenta. Intima os céus lá em cima e a
terra, para julgar o seu povo. Congregai os meus santos, os que comigo fizeram aliança por meio
de sacrifícios (Salmos 50.1-5).

Certamente, o culto bíblico que o Senhor instituiu tem relação direta com o decálogo. Os
primeiros mandamentos contém este princípio, onde Deus estabelece quem deve ser adorado, e
como deve ser adorado. No primeiro mandamento (Ex 20.3) percebemos a exclusividade do culto,
pois a expressão "não terás outros deuses diante de mim", exclui toda e qualquer divindade que não
seja Javé. O segundo mandamento (Ex 20. 4-6) contém a forma básica par a adoração, e alertou
quanto aos possíveis desvios na adoração. O terceiro e o quarto mandamentos (Ex 20.7-11)
acrescentam o dia e o nível de consagração para cultuar com sobriedade.
A Confissão de Fé de Westminster também (1647) também é um bom referencial para este
assunto. Podemos ver isso no capítulo XXI quando a mesma versa sobre o culto solene:
A luz da natureza mostra que há um Deus, que tem domínio e soberania sobre tudo, que é bom e
faz bem a todos, e que, portanto, deve ser temido, amado, louvado, invocado, crido e servido de
todo o coração, de toda a alma e de todas as forças; mas, a forma aceitável de adorar o verdadeiro
Deus é instituída por Ele mesmo, e é tão limitada pela sua própria vontade revelada, que ele não
pode ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens, ou sugestões de Satanás, nem
sob qualquer representação visível, ou de qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras.

Por isso, reafirmamos que o culto segundo as Escrituras deverá ter características
fundamentalmente bíblicas, evangélicas, pactuais, históricas, litúrgicas e reverentes. E não deve
fugir aos conceitos confessionais.

CONCLUSÃO APLICATIVA

Fomos exortados por Deus ao cuidado para com suas prescrições. Em Deuteronômio 12.32
está escrito: “Aplicai-vos a fazer tudo o que eu vos ordeno; não acrescenteis nem tireis coisa
alguma.”
Por isso não é bíblico adorar a Deus de modo frígido e descuidado, porque enquanto
apontamos o modo, não podemos perder de vista o objetivo final. Proclamamos a glória de Deus em
termos muito elevados trabalhando para tornar as perfeições nas quais a glória de Deus brilha mais
e mais conhecidas. Exaltamos tão eloquentemente quanto podemos seus benefícios a nós, ao tempo
em que conclamamos outros a reverenciar sua majestade, render a devida homenagem à sua
grandeza, sentir a devida gratidão por sua misericórdia, e nos unirmos em seu louvor.
Portanto, vejamos que especulações humanas, ou mesmo sinceridade são insuficientes para
adorar a Deus no culto solene. Lembremos de Caim (Gn 4.5), Nadabe e Abiú (Lv 10.1-2) e Uzá (2
Sm 6.6-7), que ofertaram um culto abaixo da linha mínima aceitável, que por mais que fossem uma
expressão cúltica, não contemplava o conjunto de instruções bíblicas.
Concluo que devemos rejeitar todo e qualquer forma de hedonismo, que é o culto a si
próprio. Rejeitemos com força a hipocrisia dos fariseus e a religiosidade dos líderes dos judeus.
Rejeitemos toda influência cultural porque isso desfigura o culto em si. E que a cada novo domingo
seja a nossa doxologia oferecer ao Senhor um culto segundo as Escrituras.

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