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A informação como um bem do cidadão e o

papel do bibliotecário como disseminador da


informação

Josué Sales Barbosa


Bacharel em Biblioteconomia pela Escola de Ciência da Informação
da Universidade Federal de Minas Gerais
Mestrando em Medicina Interna e Terapêutica pela Escola de
Medicina Paulista da Universidade Federal de São Paulo
Rondonópolis
2010
A informação tornou-se nos dias atuais um dos fatores de
sobrevivência, tanto no mundo dos negócios quanto para o
cidadão comum. Este artigo aborda a importância dos direitos
culturais na formação do cidadão, tendo como premissa o direito
a informação e o dever do profissional bibliotecário como
disseminador da informação para com a sociedade e a
preservação da memória coletiva das diversas culturas
existentes. Primeiramente se tenta dar uma conceituação de
cultura dentro das Ciências Sociais Aplicadas, logo após
conceitua-se os direitos fundamentais e culturais, buscando a
visão desse ultimo na constituição brasileira, e onde se pode ver
que se trata de direito a informação. Por fim é busca-se entender
o papel do bibliotecário no processo de informador dos direitos
dos cidadãos e qual sua real tarefa como profissional.

Palavras-Chave: Palavra-Chave 1; Palavra-Chave 2; Palavra-


Chave 3; Palavra-Chave 4; Palavra-Chave 5.
 Nunca se produziu tanta informação

 Atualmente é praticamente impossível


sobreviver sem informação

 Informar e transmitir é necessário.


 Informação Transferência

 Pessoa

Processamento
 Significado
 (Relevante ou não)
 O conceito de cultura como modo de vida aplica-
se a todas as práticas, materiais e simbólicas, do
grupo ou sociedade em questão como:os modos
de fazer,as práticas corporais,as crenças, os
saberes, os gostos, os hábitos e estilos, as artes,
a concepção de mundo, os conceitos de
natureza, de sociedade e de humanidade, as
noções de sagrado, de proibido, de obrigatório,
as relações econômicas, políticas e familiares, as
religiões,as profissões. Cultura então seria o
modo específico de sentir, pensar e agir de
sociedades e comunidades.
 LARAIA (2005), ao tenta definir o termo a
partir do esquema elaborado por Kessing,
quando considera cultura como um estado
adaptativo:
“Cultura são sistemas (de padrões de comportamento
socialmente transmitidos) que servem para adaptar as
comunidades humanas aos seus embasamentos
biológicos. Esse modo de vida das comunidades inclui
tecnologias e modos de organização econômica, padrões
de estabelecimento, de agrupamento social e organização
política, crenças e praticas religiosas, e assim por diante.”
 Para algumas correntes do Direito, dos significados
atribuídos à palavra Cultura podemos enumerar:
 aquele que se reporta ao conjunto de conhecimentos de uma única
pessoa;
 a expressões como “arte”, “artesanato” e “folclore”, como sinônimos
de cultura;
 Cultura como o conjunto de crenças, rito, mitologias e demais
aspectos imateriais de um povo;
 Cultura para o desenvolvimento e acesso as mais modernas
tecnologias;
 Conjunto de saberes, modos e costumes de uma classe, categoria ou
de uma ciência;
 Vinculado à semiótica, retratador do conjunto de signos e símbolos
das relações sociais;
 Aquele que se reporta a toda e qualquer produção material e
imaterial de uma coletividade especifica, ou até mesmo de toda
humanidade.
 Informação

 Sociedades  Ritos, crenças, saberes, etc

Cultura
 Para Häberle, quando se trata de direitos
culturais temos duas esferas. Na primeira os
direitos fundamentais culturais devem ser
compreendidos restritivamente,
emparelhados com outros tipos de direitos
(econômicos, sociais, de liberdade, etc), a fim
de garantir reconhecimento explicito, com o
objetivo de torna-los efetivos, por serem
palpáveis e facilmente identificáveis.
 No segundo caso, afirma que a cultura é a
base de todos os direitos fundamentais,
determinando suas existências e, momento
seguinte, sendo determinada por eles,
repetindo este exercício ininterruptamente. A
cultura realiza assim, um movimento dialético
progressivo em que de senhora passa a serva
e de serva a senhora nos mais diversos graus
evolutivos da humanidade:
SEÇÃO II DA CULTURA
Art. 215 - O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e
acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a
difusão das manifestações culturais.
§ 1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e
afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório
nacional.
§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação
para os diferentes segmentos étnicos nacionais.
Art. 216 - Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza
material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de
referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da
sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às
manifestações artístico-culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico,
arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Art. 5º XIV XXXIII XXXIV LXXII LXXVII

Todos são iguais É assegurado a Todos têm direito a São a todos Conceder-se-á São gratuitas as
perante a lei, sem todos o acesso à receber dos órgãos assegurados, habeas data: ações de habeas
distinção de informação e públicos independentement a) para assegurar o corpus e habeas
qualquer natureza, resguardado o informações de seu e do pagamento de conhecimento de data, e, na forma
garantindo-se aos sigilo da fonte, interesse particular, taxas: informações da lei, os atos
brasileiros e aos quando necessário ou de interesse a) o direito de relativas à pessoa necessários ao
estrangeiros ao exercício coletivo ou geral, petição aos do impetrante, exercício da
residentes no País profissional; que serão Poderes Públicos constantes de cidadania.
a inviolabilidade do prestadas no prazo em defesa de registros ou bancos
direito à vida, à da lei, sob pena de direito ou contra de dados de
liberdade, à responsabilidade, ilegalidade ou entidades
igualdade, à ressalvadas abuso de poder; governamentais ou
segurança e à aquelas cujo sigilo b) a obtenção de de caráter público;
propriedade, nos seja imprescindível certidões em b) para a
termos seguintes à segurança da repartições retificação de
sociedade e do públicas, para dados, quando não
Estado; defesa de direitos e se prefira fazê-lo
esclarecimento de por processo
situações de sigiloso, judicial ou
interesse pessoal; administrativo;
 A idéia de direito a informação em um
contexto do trabalho do bibliotecário,
segundo MIRANDA (2000), deve ser vista
como um meio para alargar as fronteiras do
conhecimento por parte dos indivíduos e dos
grupos humanos, em qualquer lugar e
circunstância, ampliando os horizontes da
ciência, da cultura e do lazer, promovendo
relações mais produtivas e competitivas.
 Para buscar entender qual é a relação entre
os direitos fundamentais e constitucionais e o
papel e a missão do bibliotecário como
informador, primeiramente deve-se saber
qual é o papel do profissional da informação.
 Vieira (1983) diz que:
 “Se olharmos nossa profissão através do fazer
bibliotecário ao longo do tempo, sentiremos que
partimos de uma biblioteconomia circunstancial
(tradicional, tecnicista e apenas de apoio) a caminho de
uma biblioteconomia substantiva (dinâmica, social, com
identidade e conteúdo próprios).”
 Briquet Lemos, no posfácio do livro “Missão do
Bibliotecário” ORTEGA y GASSET (2006) afirma que:
 “Em tempos de internet e publicações eletrônicas, nesta era em
que tudo se reduz a informação, em que o bibliotecário tem de
estar a todo instante pesando e repensando sobre seu papel
social.”
 Mas qual seria esse papel social do Bibliotecário?
Qual sua verdadeira missão? Na sociedade pós
Segunda Guerra Mundial, constata-se a relevância da
informação, notadamente, para o cidadão e sua ação
sobre o Estado, e neste caso, a educação é vital para
o desenvolvimento social. O ser cidadão não
necessita de informação apenas para seu
entretenimento, ele necessita dela para viver.
 Nesse contexto o bibliotecário como informador
deve tomar uma posição de vanguarda, buscando
levar ao conhecimento da sociedade as
informações que ela necessita independente de
já ter havido algum tipo de demanda por parte
da mesma. O trabalho do informador não é
apenas de buscar, mas saber o que buscar e
como buscar. E essa base da realização da busca
o bibliotecário aprende em sua formação, o que
basta é tomar consciência desse seu papel para
com a sociedade.
 Bueno e Blatmann (2005, p. 4) destacam que
é necessário deste profissional,
 [...] conhecer os recursos informacionais disponíveis para
desempenhar com habilidade a pesquisa de conteúdos e
tomar atitudes específicas quanto ao uso ético da
informação (leal, sigiloso e confidencial). Ao reportar as
atividades desenvolvidas utilizando as novas tecnologias
da informação e comunicação na formação profissional
espera-se buscar satisfação dos usuários no centro da
informação.
 MILANESI (2002) diz que o serviço de
informação pública devem estar voltado para
a cidade, abrangendo toda a sua população,
de baixa ou alta renda, com ou sem
escolaridade, de todas as faixas etárias. O
bibliotecário atuaria aqui como o mediador
da informação. Mas o que muitos entendem
por mediação – pelo menos esse o retrato
que vejo na graduação – é que para se ser o
mediar, deve haver uma solicitação previa.
 O direito à informação é um dos principais direitos do
cidadão, tanto que está previsto em nossa Constituição
Federal, no art. 5º, que trata dos direitos e garantias
fundamentais da pessoa, que em seu inciso XXXIII, diz que
"todos têm o direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral ...". E como bem observado por Ana
Cláudia Bento Graf "o direito de acesso às informações
públicas é decorrente do princípio da publicidade ou da
transparência, previsto no art. 37 da Constituição Federal.
Além da informação pública entraria nesse caso também,
o direito de preservação a memória, uma vez que esse é
um direito do cidadão, e como já foi citado, a memória faz
parte da cultura e da formação do individuo.
 O Código de Ética do Bibliotecário (Resolução
C.F.B. n. 327/86 – D.O.U. – 04-11-1986 em
seu artigo 8º diz que:

 Art.8º- O bibliotecário deve interessar-se


pelo bem público e, com tal finalidade,
contribuir com seus conhecimentos,
capacidade e experiência para melhor servir à
coletividade.
 Considerando informação como um bem público,
o bibliotecário tem o dever de informar seu
usuário, levando a ele as noções de cidadania,
seus direitos e deveres, mostrando que existem
leis que o protegem e que o punirão caso as
desrespeite.O profissional tem então um papel
grande na preservação da cultura e da memória
da civilização, pois o que para muitos pode ser
um fator desconhecido, o informador pode levar
luz, fomentando assim uma busca da população
por seus direitos e deveres.
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Obrigado.
Josué Sales Barbosa
josuesbarbosa@gmail.com
www.odeaorato.wordpress.com
@josuesalles

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