Anda di halaman 1dari 99

TRABALHO CIENTÍFICO

GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Estudo de caso: EMPRESA ELISAL–EP

Autor: Ph.D. Doutor João Maria Funzi Chimpolo

Professor Associado da Faculdade de Economia da Universidade

Agostinho Neto
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Funcionalidade do sistema da remoção dos resíduos.(População


hipotética 50 mil habitantes).............................................................................. 32
Tabela 2- Projecção das quantidades de resíduos sólidos ............................... 34
Tabela 3 - Cronograma preliminar para implantação de Sistema de Gestão de
Resíduos. .......................................................................................................... 36
Tabela 4 - Intervalos em valor e quantidade. .................................................... 41
Tabela 5 - Classificação por género ................................................................. 52
Tabela 6 - Faixa etária dos funcionários ........................................................... 52
Tabela 7 - Organização e distribuição da área de trabalho .............................. 53
Tabela 8 - Classificação ambiental do país ...................................................... 54
Tabela 9 - Satisfação com a participação dos habitantes/população na limpeza
das vias. ............................................................................................................ 54
Tabela 10 - Satisfação com o nível na limpeza das vias por intervenção da
Elisal ................................................................................................................. 55
Tabela 11 - Acerca da segurança física que a empresa oferece ...................... 56
Tabela 12 - Acerca o ambiente para execução das actividades na empresa ... 56
Tabela 13 - Desenvolvimento da gestão de resíduos em Angola ..................... 57
Tabela 14 - Motivação dos funcionários ........................................................... 58
Tabela 15 - Número de vezes determinada para limpeza das vias .................. 58
Tabela 16 - Satisfação pelo potencial da reciclagem de Angola pela ELISAL .. 59
Tabela 17 - Satisfação pela influência da reciclagem no peso de ganhos
financeiros. ........................................................................................................ 60
Tabela 18 - Factor determinante para trabalho em equipa .............................. 60
Tabela 19 - Satisfação pelo potencial de reciclagem que o nosso país
ostenta .............................................................................................................. 61
Tabela 20 - O nível de vida dos Angolanos tendo como base o ambiente ...... 62
Tabela 21 - Sugestão para o melhoramento dos trabalhos da ELISAL ............ 62
Tabela 22 - Resultados estatísticos do análises multivariado........................... 69
Tabela 23 - Resultados das Correlações. ......................................................... 70
Tabela 24 - Estudo da variação percentual dos lucros da reciclagem. ............. 72

I
ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Classificação por género ................................................................ 52


Gráfico 2 - Faixa etária dos funcionários .......................................................... 52
Gráfico 3 - Organização e distribuição da área de trabalho ............................. 53
Gráfico 4 - Classificação ambiental do país ..................................................... 54
Gráfico 5 - Satisfação com a participação dos habitantes/população na limpeza
das vias. ............................................................................................................ 55
Gráfico 6 - Satisfação com o nível na limpeza das vias por intervenção da
Elisal ................................................................................................................. 55
Gráfico 7 - Acerca da segurança física que a empresa oferece....................... 56
Gráfico 8 - Acerca do ambiente para execução das actividades na empresa .. 57
Gráfico 9 - Desenvolvimento da gestão de resíduos em Angola ..................... 57
Gráfico 10 - Motivação dos funcionários ......................................................... 58
Gráfico 11 - Número de vezes determinada para limpeza das vias ................. 59
Gráfico 12 - Satisfação pelo potencial da reciclagem de Angola pela ELISAL 59
Gráfico 13 - Satisfação pela influência da reciclagem no peso de ganhos
financeiros. ........................................................................................................ 60
Gráfico 14 - Factor determinante para trabalho em equipa .............................. 61
Gráfico 15 – Satisfação pelo potencial de reciclagem que o nosso país
ostenta .............................................................................................................. 61
Gráfico 16 - O nível de vida dos Angolanos tendo como base o ambiente ...... 62
Gráfico 17 - Sugestão para o melhoramento dos trabalhos da ELISAL ........... 63
Gráfico 18 - Variação percentual dos lucros da reciclagem. ............................ 71

II
ÍNDICE FIGURAS

Figura 1- Estrutura conceptual dos resíduos sólidos. ....................................... 17


Figura 2- Plano de colecta selectiva. ................................................................ 40
Figura 3 - Organigrama da Empresa ................................................................ 84

III
LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas


ELISAL– EP– Empresa de Limpeza e Saneamento de Luanda – Empresa
Pública
F. Ec. – Faculdade de Economia
GPL – Governo Provincial de Luanda
IBAM - Instituto Brasileiro de Administração Municipal
LAR – Lista Angolana de resíduos
MINUA– Ministério doUrbanismo e Ambiente
PAC – Programa de Aceleração do Desenvolvimento
Pág. – Página
PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos
PNSB – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico
TCL –Taxa de Colecta de Lixo
UAN – Universidade Agostinho Neto
UNEP–Programa Ambiental das Nações Unidas

IV
GLOSARIO DE TERMOS

Aterro: Depósito de resíduos sólidos compactados ou dispostos em camadas e


que visa mini-mizar a agressão do meio ambiente; lixeira.
Cíclica: Diz-se do estado de evolução de um sistema cujo estado inicial é igual
ao estado fi-nal.
Chorume: É o líquido que vaza do lixo devido à decomposição e se mistura com
a água da chuva e outros líquidos originalmente no lixo.
Consumo: Acto ou efeito de consumir; gastos; que está consumado; utilização
de mercado-rias e serviços para satisfação das necessidades humanas.
Cooperativa: Sociedade ou empresa constituída por membros de determinada
grupo econó-mico ou social, e que objectiva desempenhar em benefício comum
determinada actividade económica.
Drenagem: Conjunto de operações e instalações destinadas a remover os
excessos de águas da superfície e das águas do subsolo.
Estimativa: Avaliação, cálculo, estima, cômputo.
Inadimplência: Falta de cumprimento de um contrato ou qualquer de suas
condições; des-cumprimento.
Incineração: Acto ou efeito de queimar até reduzir a cinzas.
Integrado: Que foi objecto de integração; diz-se de cada uma das partes que
compõem um todo.
Jurídico: Relactivo ou pertencente ao direito; conforme os princípios do direito.
Jusante: O sentido em que correm as águas de uma corrente fluvial.
Maximização: Processo pelo qual se determina o maior valor que uma grandeza
pode assu-mir.
Método: Caminho pelo qual se atinge um objectivo; programa que regula uma
série de ope-rações que se devem realizar, apontando erros evitáveis em vista
de um determinado resul-tado.
Organigrama: Estrutura funcional e hierarquizada de uma determinada
organização onde as funções estão dispostas do superior ao inferior.
Provisão: Fornecimento; provimento; abundância de coisas necessárias ou
proveitosas.
Reaproveitamento: Aproveitamento em segunda instância; acto de aproveitar
de novo.

V
Remuneração: Acto ou efeito de remunerar; ordenado; salário; gratificação em
pagamento por um trabalho prestado; recompensa.
Rentabilidade: Qualidade do que é rentável; lucratividade.
Sistematização: Acto ou efeito de sistematizar; formulação em sistemas; tornar
sistemático.
Viabilidade: Qualidade de viável, condição de caminho ou via onde se deve
transitar.

VI
RESUMO

O presente trabalho tem como tema: ‘‘Gestão integrada de resíduos sólidos’’, e


tem como objectivo estudar o modo como o processo de reaproveitamento
material elaborado pela ELISAL, EP, e suas aliadas do ramo da higiene e estética
das vias, influencia positivamente a maximização do potencial económico-
financeiro.
Durante a elaboração deste trabalho, utilizou-se o tipo de pesquisa descritiva,
sendo que as consultas foram feitas a partir de livros e internet (livros
electrónicos e sites contendo informações úteis à elaboração deste trabalho), e
a pesquisa exploratória na empresa ELISAL EP, através das técnicas de
Observação e de Recolha de dados ou Informações, tal como a entrevista e o
questionário.
Desta forma concluíu-se que a valorização dos resíduos sólidos no processo de
reaproveitamento material ou reciclagem, pela empresa ELISAL, EP; é de facto
um elemento de capital importância para o sistema ambiental e de carácter
influenciador para o crescimento ou maximização do potencial económico-
financeiro e, portanto, e deve ser executado como modelo para o
desenvolvimento sustentável de qualquer sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Reciclagem, Gestão, Finanças, Resíduos.

VII
ABSTRACT

The present work has as its theme: "Integrated management of solid waste", and
aims to study how the process of material reuse developed by ELISAL, EP, and
its allies in the hygiene and aesthetics of the roads, has a positive influence the
maximization of economic and financial potential.
During the elaboration of this work, the type of descriptive research was used,
and the queries were made from books and internet (e-books and websites con-
taining information useful to the elaboration of this work), and the exploratory re-
search in the company ELISAL EP, through the techniques of Observation and
Data Collection or Information, such as the interview and the questionnaire.
In this way it was concluded that the recovery of solid waste in the process of
material reuse or recycling, by ELISAL, EP; is in fact an element of capital im-
portance for the environmental system and of an influential character for the
growth or maximization of the economic and financial potential and therefore must
be implemented as a model for the sustainable development of any society.

KEY WORDS: Recycling, Management, Finance, Waste.

VIII
ÍNDICE

ÍNDICE DE TABELAS ......................................................................................... I


ÍNDICE DE GRÁFICOS ...................................................................................... II
ÍNDICE FIGURAS .............................................................................................. III
LISTA DE ABREVIATURAS ............................................................................ IV
GLOSARIO DE TERMOS .................................................................................. V
RESUMO ......................................................................................................... VII
ABSTRACT .................................................................................................... VIII
INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1
CAPÍTULO 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ACERCA DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS ............................................................................................................ 6
1.1. Noção, Origem e Definição dos resíduos ................................................. 6
1.2. Classificação dos resíduos sólidos ........................................................... 7
1.2.1. Quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio ambiente .... 8
1.2.2. Quanto à natureza ou origem ............................................................. 9
1.3. Características dos resíduos sólidos ...................................................... 10
1.3.1. Características físicas ....................................................................... 10
1.3.2. Características químicas .................................................................. 11
1.3.3. Características biológicas ................................................................. 11
1.4. A importância dos resíduos sólidos ........................................................ 12
1.5. Legislação e Licenciamento Ambiental ................................................... 12
1.5.1. Novo regulamento sobre gestão de resíduos em Angola ................. 14
1.6. Princípios de organização de resíduos sólidos ....................................... 16
1.7. Disposição Final de Resíduos Sólidos .................................................... 18
1.7.1. Aterro sanitário ................................................................................. 18
1.7.2. Recuperação ambiental das lixeiras ................................................. 19
1.8. A gestão integrada de resíduos sólidos e sua valorização como meio de
maximização do potencial económico-financeiro. .......................................... 19
1.8.1. Economia dos resíduos e o seu impacto ambiental ......................... 20
1.8.1.1. Os resíduos e a economia ....................................................... 20
1.8.2. A gestão integrada de resíduos sólidos ............................................ 25
1.8.2.1. Objectivos ................................................................................ 27
1.8.2.2. Formas de administração ........................................................ 28

IX
1.8.2.3. A Remuneração dos serviços .................................................. 29
1.8.2.4. O Cálculo da Taxa de Colecta de Lixo (TCL) .......................... 31
1.8.3. Projecção das quantidades de resíduos sólidos ............................... 33
1.8.4. Aplicação da gestão na administração de resíduos ......................... 34
1.8.4.1. Plano de gestão de resíduos sólidos ....................................... 34
1.8.4.2. Cronograma de implantação do sistema de gestão de resíduos
sólidos ........................................................................................................ 36
1.8.5. Os resíduos como fonte de maximização financeira ........................ 36
1.8.5.1. Multas e Sanções .................................................................... 37
1.8.5.2. Reciclagem: Reaproveitamento e recuperação dos resíduos . 37
1.8.6. Métodos de valorização material aplicados na gestão dos resíduos
sólidos ........................................................................................................ 40
1.8.6.1. Método ABC ............................................................................ 41
1.8.6.2. Método XYZ ............................................................................. 42
1.8.6.3. Teoria da responsabilização material ...................................... 42
1.8.6.4. O método de valorização material ........................................... 43
CAPÍTULO 2. METODOLOGIA UTILIZADA NA INVESTIGAÇÃO .................. 44
2.1. Métodos estatísticos aplicado na investigação. ...................................... 44
2.1.1. O tamanho da mostra ....................................................................... 44
2.1.2. Análises de relação entre variáveis .................................................. 45
2.1.3. Análises multivariadas ...................................................................... 45
2.2. Modelo de pesquisa. ............................................................................... 47
CAPÍTULO 3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ELISAL, EP E ANÁLISE E
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................................. 49
3.1. Caracterização da Empresa ................................................................... 49
3.1.1. Identificação ..................................................................................... 49
3.1.2. Capital social .................................................................................... 49
3.1.3. Objecto social ................................................................................... 49
3.1.4. Missão .............................................................................................. 49
3.1.5. Visão................................................................................................. 50
3.1.6. Valores ............................................................................................. 50
3.1.7. Organigrama ..................................................................................... 50
3.1.8. Actividades ....................................................................................... 51
3.2. Caracterização da amostra. .................................................................... 52

X
3.3. Apresentação dos Resultados. ............................................................... 53
3.3.1. Sugestões livres ............................................................................... 63
3.3.2. Resultados da pesquisa ................................................................... 64
3.3.2.1. Pontos positivos e negativos ................................................... 64
3.4. Análises dos resultados estatísticos ....................................................... 66
3.4.1. Análises multivariadas. ..................................................................... 69
3.4.2. Correlações. ..................................................................................... 69
3.5. Estudo do crescimento financeiro fruto do reaproveitamento material ou
reciclagem de 2010 - 2016. ........................................................................... 70
CONCLUSÕES ................................................................................................. 73
RECOMENDAÇÕES ........................................................................................ 75
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 77
ANEXOS

XI
INTRODUÇÃO

Angola enfrenta diversos problemas ambientais com origem na longa guerra


civil 1 , na generalização da pobreza, nos impactos negativos associados às
actividades económicas, nomea-damente da actividade petrolífera, entre outros.
A escassêz de informação ambiental credível e actualizada, a insuficiente
capacidade institucional da administração ambiental e a ineficácia dos processos
de tomada de decisão política a alguns níveis, associado à falta de consciência
e responsabilidade ambiental da população em geral, enfraquece a capacidade
para enfrentar os actuais problemas do ambiente em Angola.
O Governo pretende encarar com determinação estas matérias, tendo
consciência de que a informação ambiental disponível não está compilada,
muitas vezes não é credível e está desactualizada, e que a escassêz de
estratégias na área do ambiente obstaculiza os seus esforços na procura de
soluções que, em última análise, pretendem reduzir a pobreza e maximizar o
potencial económico-financeiro no país.
É neste contexto holístico, enquadrado pelo desafio de atingir um
desenvolvimento sustentável, que os temas mais directamente relacionados com
a Gestão integrada dos resíduos sólidos e, simultaneamente, a criação de
consciência ambiental generalizada como meio de lucros (ecológicos e
financeiros), serão abordados no presente trabalho.
Para isso o trabalho faz um levantamento do estado actual do ambiente, das
pressões existentes sobre os resíduos e sua gestão e também das respostas
que se têm vindo a procurar dar, lançando a estrutura necessária ao
estabelecimento de uma base de dados com informação ambiental de fontes
credíveis e permanentemente actualizada, enquadrada no contexto mais amplo
do desenvolvimento sustentável, que permita construir indicadores para os
diversos aspectos que se devem analisar. Como tal pretende-se que o mesmo
trabalho seja um guia não apenas para o processo contínuo de planeamento e
gestão integrada dos resíduos sólidos, mas que também sirva para as

1Guerra civil: Conflito armado que opôs os irmãos Angolanos à luta; ocorrência esta que
desencandeou um retrocesso no crescimento do país a quase todos os níves.
1
autoridades municipais, provinciais, e/ou nacionais, na sua actividade de
planeamento ambiental.
Constituindo um modo de concretizar os referidos princípios. O Governo tem
presente que a disponibilização de informação sobre diversas matérias por parte
das autoridades públicas que agora se faz é um dever que facilita a
consciencialização dos cidadãos e estimula a sua participação, tornando-os
principais aliados na resolução dos problemas, entre os quais os do ambiente.
Portanto, o presente trabalho na sua estrutura sintética, após uma abordagem
teórica e genérica acerca dos resíduos sólidos e caracterização geral dos quatro
pilares do desenvolvimento sustentável – social, económico, ambiental e
institucional. Apresenta-se assim, sequencialmente, a evolução social, a
actividade económica e os indicadores do ambiente e sua equação financeira,
assim como aspectos da reforma política e institucional, com destaque para o
suporte legislativo e a governação. O capítulo final faz uma súmula das
conclusões e recomendações que foram sendo sugeridas ao longo da análise
efectuada em cada um dos capítulos sectoriais antecedentes.

Problemática

O desenvolvimento das sociedades tem suscitado questões que actualmente os


grandes gestores, economistas, ambientalistas e outros administradores têm
procurado dar resposta.
Dentro deste contexto, este estudo investigativo vai desenvolverse em volta do
seguinte problema:
Qual foi o impacto da valorização e reaproveitamento dos resíduos sólidos no
crescimento económico-financeiro, elaborada pela ELISAL, EP durante o
periodo (2010-2016)?

Hipótese

Diante da problemática acima levantada, o presente trabalho vai debruçarse


admitindo a seguinte hipótese provisória:
A valorização dos resíduos sólidos no processo de reaproveitamento material
elaborada pela ELISAL, EP; influenciou positivamente o crescimento ou

2
maximização do potencial económico-financeiro, durante o intervalo de (2010-
2016).

Variáveis

Variável dependente: A maximização do potencial económico-financeiro;


Variável independente: A valorização e o reaproveitamento.

Objectivo do trabalho: Para este trabalho de fim de curso os objectivos que se


pretendem atingir são:

Objectivo Geral:

Estudar o modo como a Gestão integrada dos resíduos sólidos elaborada pela
ELISAL, EP; por meio da sua valorização e reaproveitamento influencia na
maximização económico-financeira.

Objectivos específicos

Como objectivos específicos deste trabalho, pretendemos atingir os seguintes:


1. Fazer uma abordagem teórica acerca dos resíduos sólidos, bem como
seu conceito, importância, características e sua generalidade;
2. Conhecer o funcionamento da gestão integrada de resíduos sólidos e sua
valorização como meio de maximização do potencial económico-finan-
ceiro;
3. Aferir o modo de como a gestão integrada dos resíduos sólidos pela ELI-
SAL, EP; tem impulsionado o crescimento económico, financeiro e ambi-
ental, bem como a sua notoriedade em termos práticos na vida dos cida-
dãos.

Justificativa e Importância

O presente trabalho revestese de grande importância na medida em que pode


ser útil no âmbito acadêmico, podendo servir de fonte de suporte e pesquisa para
os futuros trabalhos acadêmicos, quer sejam monografias ou não. Servirá
também de instrumento de leitura para o aumento de conhecimentos dos
estudantes, quer sejam do ensino médio ou mesmo do ensino superior.

3
No âmbito profissional, este trabalho poderá igualmente servir de fonte de
suporte para a consolidação ou actualização de conhecimentos, tirar ilações e
consequentemente aplicálos no campo profissional.
No contexto administrativo servirá de fonte de estudo para mensuração das duas
variáveis aqui usadas: Gestão e finanças, ambas no contexto de estudo do
processo integrado da gestão dos resíduos.
Actualmente, um dos problemas centrais das sociedades, tem haver com a
conservação e gestão do ambiente. A utilização dos diferentes recursos no
quotidiano das comunidades, prefaz um conjunto de pequenos restos, estes por
sua vez, trazem um novo motivo de estudo, e chamam as autoridades e
entidades a dar resposta ao crescente volume destes que embora a princípio
serem restos de bom uso, se não forem ajustados tornamse um problema grave
para o ambiente, a saúde, a estética e a estrutura de qualquer habitat.
Para isto, hodiernamente talvez devesse já ser acrescido a esses problemas
básicos ecológico-económicos, a seguinte questão:
Como fazer uma rigorosa, criteriosa, e progressiva gestão integrada de resíduos
sólidos?
Porque efectuar um projecto tese de higiene, qualquer organização pode o fazer,
basta que para tal esteja provido de meios e recursos, quer sejam financeiros,
materiais e/ou humanos. Porém, ser efectivo ao cumprí-lo, não pode ser uma
acção impírica, mas sim, é uma questão que envolverá uma necessária gestão
criteriosa para dar continuidade, longevidade e eficácia ao mesmo projecto.
Portanto, surge aqui a necessidade de incluir e potenciar o ramo da economia
do ambiente, pois uma gestão excelente deve abarcar indubitavelmente a
vertente de influência positiva para o desenvolvimento económico e o
crescimento financeiro, o que potenciará a sua administração e ajudará a
promover o bem estar da população da sociedade em causa.

Delimitação

O presente trabalho delimitase a fazer um estudo sobre a Gestão integrada de


resíduos sólidos elaborada pela empresa ELISAL, EP; no período de (2010-
2016).

4
Estrutura do Trabalho

O presente trabalho está constituído por três capítulos, onde:


No Capítulo I: Fundamentação teórica acerca dos resíduos sólidos: faz-se uma
descrição sobre, dentre várias nuances, o conceito, a classificação, as
características, a importância, a legislação, a organização, e a disposição Final
dos resíduos sólidos. A gestão integrada de resíduos sólidos e sua valorização
como meio de maximização do potencial económico-financeiro: discorre-se o
encremento de duas variáveis, a saber: Gestão (A valorização e o
reaproveitamento do material), e finanças (A maximização do potencial
económico-financeiro).
No capítulo 2: Explicamos a metodologia seguida na investigação, abordando
desde o ponto de vista teórico os diferentes métodos, técnicas e ferramentas
utilizadas no desenvolvimento da tese, ou que aporte dá solidez a investigação
científica.
No Capítulo 3: Estudo de caso da empresa ELISAL, EP. Faz-se aqui uma
ilucidação da empresa, ou seja, a sua apresentação, objecto social, capital
social, bem como o modo como acontece a Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos dentro da empresa em estudo. Consequentemente, e ainda neste
capítulo, são apresentados os resultados deste estudo e as suas respectivas
análises, terminando a sua valia por meio das conclusões tiradas, e as devidas
sugestões e recomendações.

5
CAPÍTULO 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ACERCA DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS

1.1. Noção, Origem e Definição dos resíduos

Segundo o dicionário Aurélio, etmologicamente 2 a palavra “Resíduos”, é de


origem latina, residuu, que significa resto, ou remanescente. Pode ainda ser
entendida como: Aquilo que resta de qualquer substância. Objecto ou conjunto
deles, colocados fora do uso e tidos pelos seus expulsores como detritos e
materiais imprestáveis.
De acordo com Relatório do Estado Geral do Ambiente em Angola, em Angola,
existe a definição legal de tudo que é entendido como Resíduos nos termos da
Lista Angolana de Resíduos (LAR), constante do Anexo X do Regulamento do
Ministério do Urbanismo e Ambiente (MINUA) e a mesma Lei do ambiente no
Ponto um, descreve que: Os “Resíduos” são definidos como substâncias ou
objectos de que o detentor se desfaz ou tem a intenção ou obrigação legal de se
desfazer, que contêm características de risco por serem inflamáveis, explosivas,
corrosivas, tóxicas, infecciosas ou radioactivas ou por apresentarem qualquer
outra característica que constitua perigo para a vida e saúde das pessoas e
ambiente.
Conforme o dicionário Virtual Aurélio, a definição de resíduos aplica-se também
a outros contextos de estudo que podem ser proveitosos para a classe
académica, a saber:
1. Em termos de Análise Matemática: Produto do valor da integral de uma
função analítica, de variável complexa ao longo de uma curva fechada
que envolve um ponto singular do seu domínio.
2. No contexto da Estatística: Diferença entre um valor observado numa ex-
periência e o valor mais provável de grandeza, sob observação.
Segundo McDOUGALL et al. (2004) os resíduos são produtos inevitáveis da
sociedade. Inicialmente, as práticas do manejo de resíduos sólidos se
desenvolvem para evitar os efeitos adversos.

2De etmologia: A ciência que estuda a origem e a evolução histórica de um vocábulo; bem com
as possíveis mudanças do seu significado.
6
Para CALDERONI (1996) há uma mudança no conceito dos termos resíduos,
lixo e reciclagem conforme a situação em que sejam aplicadas. Na linguagem
corrente, o termo resíduo é tido quase como um sinónimo de lixo. E lixo é todo
material considerado como inútil, o termo designa todo material descartado posto
em lugar público, é tudo aquilo que se ‘‘joga fora’’ e tem sua existência
considerada como nociva. Resíduo pode ser considerado também como sobra
de um processo.

1.2. Classificação dos resíduos sólidos

Para PAULO (2012, p. 387), uma parte muito importante da legislação acerca
dos resíduos dedicase à classificação dos resíduos agrupados de acordo com:
a) A natureza: Os resíduos estão agrupados de acordo com a natureza da
seguinte maneira:
1. Papel, cartão e papelão;
2. Resíduos orgânicos;
3. Madeiras e derivados;
4. Têxteis;
5. Borrachas e derivados;
6. Plásticos e derivados;
7. Vidros;
8. Cerâmica, inertes de demolição e entulhos;
9. Ferro-velho;
10. Sucatas de todos os tipos;
11. Outros resíduos que não podem ser agrupados nos anteriores ítens.
b) As fontes: De acordo com as fontes, os resíduos estão agrupados da
seguinte forma:
1. Aparas: São todos os resíduos formados no processo de transformação,
nomeadamente industriais, serviços e primários.
2. Lixos: São todos os resíduos produzidos nas famílias e economia domés-
tica.
c) Os destinos: De acordo com o destino, os resíduos estão agrupados da
seguinte maneira:

7
1. Resíduos recuperáveis: São os resíduos com capacidade de serem trans-
forrmados em matérias subsidiárias.
2. Resíduos irrecuperáveis: São os resíduos que se destinam a serem elimi-
nados.
d) As propriedades: De acordo com o regime de propriedades, os resíduos
estão agrupados da seguinte maneira:
1. Privados: São todos os resíduos pertencentes aos particulares, singula-
res, familiares ou organizações.
2. Publicos: São todos os resíduos dos particulares, famílias e privados,
abandonados por estes, que por sua vez o Estado apropriase e oferece
os mesmos aos cuidados das organizações de recuperação de resíduos
ou aos interessados.
e) Estruturas tecnológicas: Tecnicamente, os resíduos são classificados em
três categorias:
1. Resíduos sólidos: São todos os resíduos em estado sólido. Por sua vez
estão divididos em resíduos sólidos minerais e resíduos sólidos orgâni-
cos.
2. Resíduos gasosos: São todos os resíduos em estado gasoso.
3. Resíduos líquidos e fluídos: São todos os resíduos em estado líquidos e
fluidos.

1.2.1. Quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio ambiente

De acordo com a norma 10.004 da ABNT – Associação Brasileira de Normas


Técnicas, os resíduos sólidos podem ser classificados em:
Classe I ou perigosos: São aqueles que, em função de suas características
intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade, reactividade, toxicidade ou
patogenicidade, apresentam riscos à saúde pública através do aumento da
mortalidade ou da morbidade, ou ainda provocam efeitos adversos ao meio
ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada.

Classe II – Não inertes: São os resíduos que podem apresentar características


de combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade, com possibilidade de

8
acarretar riscos à saúde ou ao meio ambiente, não se enquadrando nas
classificações de resíduos da Classe I – Perigosos – ou Classe III – Inertes.

Classe III – Inertes: São aqueles que, por suas características intrínsecas, não
oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente, e que, quando amostrados de
forma representativa, e submetidos a um contacto estático ou dinâmico com
água destilada ou deionizada, a temperatura ambiente, conforme teste de
solubilização, não tiverem nenhum de seus constituintes solubi-lizados a
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, exceptuandose
os padrões de aspecto, cor, turbidêz e sabor.

1.2.2. Quanto à natureza ou origem

Segundo MONTEIRO et. al. (2001, p. 26), a origem é o principal elemento para
a caracterização dos resíduos sólidos. Segundo este critério, os diferentes tipos
de lixo podem ser agrupados em cinco classes, a saber:
1. Lixo doméstico ou residencial: São os resíduos gerados nas actividades
diárias em casas, apartamentos, condomínios e demais edificações resi-
denciais.
2. Lixo comercial: São os resíduos gerados em estabelecimentos comerci-
ais, cujas características dependem da actividade ali desenvolvida.
3. Lixo público: São os resíduos presentes nos logradouros públicos, em ge-
ral resultantes da natureza, tais como folhas, galhadas, poeira, terra e
areia, e também aqueles descartados irregular e indevidamente pela po-
pulação, como entulho, bens considerados inservíveis, papéis, restos de
embalagens e alimentos.
4. O lixo público está directamente associado ao aspecto estético da cidade.
Portanto, merecerá especial atenção o planeamento das actividades de
limpeza de vias em cidades turísticas.
5. Lixo domiciliar especial: Entulho de obras, Pilhas e baterias, Lâmpadas
fluorescentes, Pneus; Grupo que compreende os entulhos de obras, pi-
lhas e baterias, lâmpadas fluorescentes e pneus. Observe que os entu-
lhos de obra, também conhecidos como resíduos da construção civil, só
estão enquadrados nesta categoria por causa da grande quantidade de

9
sua geração e pela importância que sua recuperação e reciclagem vêm
assumindo no cenário nacional.
6. Lixo de fontes especiais: Lixo industrial, Lixo radioactivo (Lixo de portos,
aeroportos e terminais rodoferroviários), Lixo agrícola, Resíduos de servi-
ços de saúde. – São resíduos que, em função de suas características pe-
culiares, passam a merecer cuidados especiais em seu manuseio, acon-
dicionamento, estocagem, transporte ou disposição final. Dentro da
classe de resíduos de fontes especiais, merecem destaque: Lixo indus-
trial, Lixo radioactivo (Lixo de portos, aeroportos e terminais rodoferroviá-
rios), Lixo agrícola, Resíduos de serviços de saúde.

1.3. Características dos resíduos sólidos

Para MONTEIRO et. al. (2001, p. 33) As características do lixo podem variar em
função de aspectos sociais, económicos, culturais, geográficos e climáticos, ou
seja, os mesmos factores que também diferenciam as comunidades entre si e
as próprias cidades.

1.3.1. Características físicas

Conforme MONTEIRO et. al. (2001, p. 33), de acordo com estudos, os resíduos
sólidos quanto às características físicas podem ser classificados pela:
1. Geração per capita: relaciona a quantidade de resíduos urbanos gerada
diariamente e o nú-mero de habitantes de determinada região. Muitos téc-
nicos consideram de 0,5 a 0,8kg/hab./dia como a faixa de variação média.
2. Composição gravimétrica: Traduz o percentual de cada componente em
relação ao peso to-tal da amostra de lixo analisada. Entretanto, muitos
técnicos tendem a simplificar, consideran-do apenas alguns componen-
tes, tais como papel/papelão; plásticos; vidros; metais; matéria orgânica
e outros.
3. Peso específico aparente: é o peso do lixo solto em função do volume
ocupado livremente, sem qualquer compactação, expresso em kg/m3.
Sua determinação é fundamental para o dimensionamento de equipamen-
tos e instalações. Na ausência de dados mais precisos, podemse utilizar
os valores de 230kg/m3 para o peso específico do lixo domiciliar, de
10
280kg/m3 para o peso específico dos resíduos de serviços de saúde e de
1.300kg/m3 para o peso específico de entulho de obras.
4. Teor de humidade: representa a quantidade de água presente no lixo,
medida em percentual do seu peso. Este parâmetro se altera em função
das estações do ano e da incidência de chuvas, podendose estimar um
teor de humidade variando em torno de 40 a 60%.
5. Compressividade: é o grau de compactação ou a redução do volume que
uma massa de lixo pode sofrer quando compactada. Submetido a uma
pressão de 4kg/cm², o volume do lixo pode ser reduzido de um terço (1/3)
a um quarto (1/4) do seu volume original.

1.3.2. Características químicas

Poder calorífico: Esta característica química indica a capacidade potencial de


um material desprender determinada quantidade de calor quando submetido à
queima. O poder calorífico médio do lixo domiciliar se situa na faixa de
5.000kcal/kg.
Potencial hidrogeniônico (pH): O potencial hidrogeniônico indica o teor de
acidêz ou alca-linidade dos resíduos. Em geral, situa-se no intervalo de 5 a 7%.
Composição química: A composição química consiste na determinação dos
teores de cin-zas, matéria orgânica, carbono, nitrogênio, potássio, cálcio, fósforo,
resíduo mineral total, resíduo mineral solúvel e gorduras.
Relação carbono/nitrogênio: A relação carbono/nitrogênio indica o grau de
decomposição da matéria orgânica do lixo nos processos de
tratamento/disposição final. Em geral, essa relação encontrase na ordem de 35/1
a 20/1.

1.3.3. Características biológicas

De acordo com MONTEIRO et. al. (2001, p. 36), As características biológicas do


lixo são aquelas determinadas pela população microbiana e dos agentes
patogênicos presentes no lixo que, ao lado das suas características químicas,
permitem que sejam seleccionados os métodos de tratamento e disposição final
mais adequados. O conhecimento das características biológicas dos resíduos
tem sido muito utilizado no desenvolvimento de inibidores de cheiro e de
11
retardadores/aceleradores da decomposição da matéria orgânica, normalmente
aplicados no in-terior de veículos de colecta para evitar ou minimizar problemas
com a população ao longo do percurso dos veículos. Da mesma forma, estão
em desenvolvimento processos de destinação final e de recuperação de áreas
degradadas com base nas características biológicas dos resíduos.

1.4. A importância dos resíduos sólidos

Segundo PAULO (2012, p. 385), os resíduos também conhecidos como


desperdícios, são parte integrante dos materiais que são produtos da civilização
e têm diversas manifestações práticas. Eles aparecem como detritos, sucatas,
entulhos, aparas, lixos, restos, despejos, perdas, retalhos, materiais fora da
validade, excedentes irrecuperáveis e mais outros materiais. Os resíduos estão
ligados ao problema do ambiente e da ecologia, por isso é necessário tratar com
muito cuidado os problemas ligados à água, saneamento, saúde, ar, som e todas
as outras manifestações da poluição provocada pelo material.
Os resíduos são bens cujos proprietários, na grande maioria, desconhecem o
valor e desejam libertálos ordenadamente para o público usálo ao seu belo
prazer. Os resíduos rejeitados pelos proprietários privados pertencem ao
público, isto é, ao estado que deverá tratar os mesmos e darlhe o destino que
achar conveniente. PAULO (2012, p. 385)

1.5. Legislação e Licenciamento Ambiental

Conforme o Relatório do Estado Geral do Ambiente em Angola apartir do


Ministério do urbanismo e ambiente:
Legislação ambiental: abrange todo e qualquer diploma legal que reja a gestão
do ambiente.
Licença ambiental: certificado expedido pelo Ministério do Urbanismo e
Ambiente a requerimento do interessado, que atesta, do ponto de vista da
protecção do ambiente, a actividade que está em condições de ter
prosseguimento.
Licenciamento ambiental: instrumento de gestão ambiental instituído pela Lei
de base do Ambiente, que consiste num processo destinado a condicionar a
construção e o funcionamento de actividades poluidoras ou que utilizem recursos
12
naturais à emissão prévia de licença ambiental pelo Ministério do Urbanismo e
Ambiente.
De acordo com MONTEIRO et. al. (2001, p. 20), a integração da população na
gestão é realizada de duas formas:
1. Participando da remuneração dos serviços e sua fiscalização;
2. Colaborando na limpeza, seja reduzindo, reaproveitando, reciclando ou
dispondo adequadamente o lixo para a colecta, seja mesmo não sujando as ruas.
A colaboração da população deve ser considerada o principal agente que
transforma a eficiência desses serviços em eficácia de resultados operacionais
ou orçamentários. A população pode ser estimulada a reduzir a quantidade de
lixo e tornar a operação mais econômica.
A gestão integrada do sistema de limpeza urbana no Município pressupõe, por
conceito e fundamentalmente, o envolvimento da população e o exercício político
sistemático junto às instituições vinculadas a todas as esferas dos governos
municipais, provinciais e nacionais que possam nele actuar3.

Conforme MONTEIRO et. al. (2001, pág. 20), há três vertentes legislativas
importantes para a instrumentalização do sistema de limpeza urbana, que sejam:
 A primeira, de ordem política e econômica, estabelece as formas legais
de institucionalização dos gestores do sistema e as formas de remunera-
ção e cobrança dos serviços;
 A segunda, conformando um código de posturas, orienta, regula, dispõe
procedimentos e comportamentos correctos por parte dos contribuintes e
dos agentes da limpeza urbana, definindo ainda processos administrati-
vos e penas de multa;
 A terceira vertente compõe o aparato legal, ou seja, a lei, que regula os
cuidados com o meio ambiente de modo geral no país e, em especial, o
licenciamento para implantação de actividades que apresentem risco para
a saúde pública e para o meio ambiente.
De acordo com a Lei do ambiente (2004) existe em Angola, uma colecção
numerosa de leis, decretos, resoluções e normas que evidenciam enorme
preocupação com o meio ambiente e, especificamente na questão da limpeza

3 Relatório do Estado Geral do Ambiente em Angola 2006.


13
urbana, há ainda iniciativas do Legislativo municipal nas leis orgânicas e demais
instrumentos legais locais.

1.5.1. Novo regulamento sobre gestão de resíduos em Angola

Conforme o Decreto Presidencial publicado nº 190/12, de 24 de Agosto, que


aprovou o Regulamento sobre a Gestão de Resíduos (“Regulamento”), em
cumprimento do disposto no nº 1 do artigo 11, da Lei nº 5/98, de 19 de Junho
(Lei de Base do Ambiente de Angola) dispõe o seguinte:
a) Objecto e Âmbito
O Regulamento estabelece as regras gerais relativas à produção, depósito no
solo e no sub-solo, ao lançamento para a água ou para a atmosfera, ao
tratamento, recolha, armazenamento e transporte de quaisquer resíduos,
excepto os de natureza radioactiva ou sujeito à regula-mentação específica, de
modo a prevenir ou minimizar os seus impactos negativos sobre a saúde das
pessoas e no ambiente.
O Regulamento aplicase a: Pessoas singulares e colectivas, públicas ou
privadas, que desenvolvem actividades susceptíveis de produzir resíduos ou
envolvidas na gestão de resíduos. Todos os tipos de resíduos existentes no
território angolano.
b) Obrigações das entidades que manuseiam resíduos
As entidades produtoras ou manuseadoras de resíduos estão obrigadas,
nomeadamente, a:
1. Minimizar a produção e perigosidade de resíduos.
2. Garantir o tratamento dos resíduos antes da sua deposição.
3. Garantir que todos os resíduos a transportar comportem um risco mínimo
de contaminação para os trabalhadores, bem como para o público em
geral e para o ambiente.
4. Efectuar um registo anual das proveniências, quantidades e tipos de resí-
duos manuseados, transportados, tratados, valorizados ou eliminados e
conservar esse registo durante cinco anos.
c) Dever de Informação
As entidades que realizem quaisquer dos métodos de eliminação de resíduos
previstos no Anexo IV do Regulamento (por exemplo, deposição sobre ou sob o
14
solo, incineração ou descarga no meio aquático) devem submeter ao Ministério
do Ambiente, no final de cada semestre, um relatório de acordo com o Plano de
Gestão de Resíduos aprovado e com as condições de licenciamento
estabelecidas, bem como a informação constante no modelo do Anexo VIII do
Regulamento.
Todas as entidades com responsabilidade na gestão de resíduos devem
informar o Ministério do Ambiente dos casos de ocorrência de derrames
acidentais de resíduos.
d) Gestão de Resíduos Não Perigosos
Os resíduos não perigosos devem: Ser identificados de acordo com a sua
categoria e classificação e segregados, onde se mostrar economicamente viável,
de acordo com a sua categoria. Ser convenientemente acondicionados, de forma
que a sua deposição nos recipientes ou contentores para esse fim, seja feita de
forma adequada e evite o seu derrame para a via pública. Às entidades
competentes cabe estabelecer os métodos e processos específicos de recolha
de resíduos não perigosos, bem como de limpeza urbana.
Ao nível dos Governos Provinciais, os métodos específicos de tratamento,
valorização, deposição e eliminação final de resíduos não perigosos, devem ser
estabelecidos tendo em consideração as propostas dos operadores, a
demonstração da viabilidade económica e ambiental e a legislação em vigor.
e) Gestão de Resíduos Perigosos
1. As entidades produtoras ou manuseadoras de resíduos perigosos estão
obrigadas a identificar os resíduos pelos quais são responsáveis, bem
como a cumprir as obrigações gerais constantes do artigo 9º do Regula-
mento.
2. Os resíduos perigosos estão sujeitos a regras de identificação e acondi-
cionamento, nos termos do artigo 18º do Regulamento, estabelecendose
cuidados especiais a observar por determinadas categorias de resíduos,
designadamente para substâncias autoinflamáveis ou que libertem gases
inflamáveis e para substâncias radioactivas.
3. A recolha de resíduos perigosos é da responsabilidade das entidades pro-
dutoras, devendo qualquer detentor de resíduos, que não realize a título

15
pessoal essa mesma recolha, confiála a um serviço de recolha privado ou
público.
No acto de recolha de resíduos perigosos é obrigatório o preenchimento do
manifesto (cujo modelo consta do Anexo VII do Regulamento), onde se
especificam as quantidades, qualidade e destino dos resíduos recolhidos.
Os operadores de transporte e proprietários dos veículos utilizados no transporte
de resíduos perigosos devem obter as necessárias licenças para o exercício da
actividade, bem como a devida certificação junto dos Ministérios do Ambiente e
Energia e das Águas.
f) Métodos de deposição, aproveitamento ou valorização de resíduos.
1. As entidades envolvidas na deposição, aproveitamento ou valorização de
resíduos têm a obrigação de demonstrar, através de um processo de ava-
liação de riscos realizado durante o desenvolvimento do Plano de Gestão
de Resíduos, a viabilidade científica, tecnológica e ambiental do método
de tratamento, deposição, aproveitamento ou valorização a ser adoptada
para o caso específico.
2. Qualquer entidade envolvida no processo de deposição ou eliminação de
resíduos que não utilize a opção de deposição ou eliminação aconselhá-
vel do ponto de vista técnico-científico para o tratamento dos seus resí-
duos, deve rever o seu Plano de Gestão de Resíduos em cada três anos,
com o objectivo de alcançar o método de deposição aconselhável do
ponto de vista técnico-científico para a deposição dos resíduos.

1.6. Princípios de organização de resíduos sólidos

Segundo PAULO (2012, p. 390), a economia de resíduos deve ser entendida


como assunto ambiental e ecológico no seu conjunto estrutural, pelo menos nos
critérios de organização. A economia de resíduos é uma exigência da protecção
do ambiente e da natureza, dos cuidados às paisagens, protecção das águas,
purificação do ar, luta contra os ruídos e protecção contra as radiações. O
mandatário ou responsável pelos resíduos tem os seguintes deveres:
a) Acompanhamento das vias de resíduos apartir da fonte até a sua rejeição;
b) Acompanhamento dos cumprimentos da legislação sobre os resíduos e a
aplicação de multas caso fosse violada a referida legislação.
16
c) Esclarecimento dos membros de associações empresariais quanto às
consequências dos resíduos sobre o ambiente, bem como as medidas a
tomar para diminuição de riscos;
d) Introdução e desenvolvimento de métodos ambientais que favoreçam a
redução de resíduos através do aproveitamento racional ou rejeição orde-
nada dos resíduos;
e) Melhoria nos métodos para os equipamentos de recolha, transportação e
tratamento de resíduos.
Conceptualmente, a economia de resíduos é parte integrante da economia do
material e está dividida em dois grandes grupos de tarefa como está estruturado
no quadro a seguir:

Figura 1- Estrutura conceptual dos resíduos sólidos.

Economia do material

Economia dos resíduos

Ecologia Tratamento

Meio ambiente Legislação


Prevenção Valorização Eliminação

1 Natureza; 1 Conceitos;
2 Ecossistema;
1 Análise das 1 Evitação e
2 Classificação; 1 Quantifica-ção;
causas; consequencias;
3 Biodiversidade; 3 Princípios e
2 Luta contra 2 Aproveita- 2 Recolha;
4 Impacto ambi- objectivos;
as causas; mento;
ental; 4 Gestão ambiental; 3 Procedimen-
3 Indicadores. 3 Restibilização; tos de elimina-
5 Infraestruturas 5 Responsabili-dade,
e sanções e infracções 4 Indicadores. ção.
implementação; ;
6 Orgão de ges- 7 Fiscalização
tão ambiental.

Fonte: PAULO (2012, p. 392).


Conforme PAULO (2012, p. 391), A estrutura orgânica depende do nível e o
papel que os resíduos desempenham numa organização. Nesse sentido, a
estrutura orgânica de qualquer organização ou instituição referente à protecção
do ambiente, é administrativamente tutelada pelo orgão ambiental do estado
com responsabilidade difinida.
17
1.7. Disposição Final de Resíduos Sólidos

Para MONTEIRO et. al. (2001, pág. 149), Com o crescimento das cidades, o
desafio da limpeza urbana não consiste apenas em remover o lixo das vias
públicas e edificações, mas, principalmente, em dar um destino final adequado
aos resíduos colectados. Essa questão merece atenção porque, ao realizar a
colecta de lixo de forma ineficiente, as autoridades são pressionadas pela
população para melhorar a qualidade do serviço, pois se trata de uma operação
totalmente visível aos olhos da população. Contudo, ao se dar um destino final
inadequada aos resíduos, poucas pessoas serão directamente incomodadas,
facto este que não gerará pressão por parte da população. Assim, diante de um
orçamento 4 restrito, como ocorre em grande número das municipalidades, o
sistema de limpeza urbana não hesitará em relegar a disposição final para o
segundo plano, dando prioridade à colecta e à limpeza pública. Por essa razão,
é comum observar nos municípios de menor porte a presença de "lixeiras", ou
seja, locais onde o lixo colectado é lançado directamente sobre o solo sem
qualquer controle e sem quaisquer cuidados ambientais, poluindo tanto o solo,
quanto o ar e as águas subterrâneas e superficiais das vizinhanças.

1.7.1. Aterro sanitário

De acordo com o decreto Presidencial nº 190/12, de 24 de Agosto, artigo IIIº das


definições, p. 3, a legislação Angolana entende que Aterro sanitário: São
instalações de eliminação utilizadas para a deposição controlada de resíduos,
acima ou abaixo da superfície do solo.
Para MONTEIRO et. al. (2001, p. 151), um aterro sanitário conta
necessariamente com as seguintes unidades:
1. Unidades operacionais:
2. Células de lixo domiciliar;
3. Células de lixo hospitalar (caso o Município não disponha de processo
mais efectivo para dar destino final a esse tipo de lixo);
4. Impermeabilização de fundo (obrigatória) e superior (opcional);
5. Sistema de colecta e tratamento dos líquidos percolados (chorume);

4 Orçamento: Cálculo do valor total projectado para uma actividade.


18
6. Sistema de colecta e queima (ou beneficiamento) do biogás;
7. Sistema de drenagem e afastamento das águas pluviais;
8. Sistemas de monitoramento ambiental, topográfico e geotécnico; pátio de
estocagem de materiais.
9. Unidades de apoio:
10. Cerca e barreira vegetal;
11. Estradas de acesso e de serviço;
12. Balança rodoviária e sistema de controle de resíduos;
13. Guarita de entrada e prédio administrativo;
14. Oficina e borracharia.
A operação de um aterro deve ser precedida do processo de selecção de áreas,
licenciamento, projecto executivo e implantação. Em Luanda o conhecido aterro
sanitário público é o dos Mulenvos. Sublinhase que seja o único aterro
operacional em Angola5.

1.7.2. Recuperação ambiental das lixeiras

Conforme MONTEIRO et. al. (2001, p. 183), Teoricamente, a maneira correcta


de se recupe-rar uma área degradada por uma lixeira seria proceder à remoção
completa de todo o lixo depositado, colocando-o num aterro sanitário e
recuperando a área escavada com solo natural da região. Entretanto, os custos
envolvidos com tais procedimentos são muito elevados, inviabilizando
economicamente este processo.
O dicionário Aurélio define "lixeira" como monte de lixo, lugar imundo onde se
deposita o lixo. É uma forma inadequada de se dispor os resíduos sólidos. Ela
provoca uma série de impactos ambientais negativos. Portanto, as lixeiras e as
valas mal tratadas devem ser recuperadas para que tais impactos sejam
minimizados.

1.8. A gestão integrada de resíduos sólidos e sua valorização como meio


de maximização do potencial económico-financeiro.

5 Dados fornecidos pela direcção da ELISAL-EP.


19
1.8.1. Economia dos resíduos e o seu impacto ambiental

Segundo o Dicionário Universal da Língua Portuguesa da Texto Editora,


ambiente é o conjunto dos sistemas físicos, químicos, biológicos e suas relações
e dos factores económicos, sociais e culturais com efeito directo ou indirecto,
mediato ou imediato, sobre os seres vivos e a qualidade de vida dos seres
humanos.

1.8.1.1. Os resíduos e a economia

Para PAULO (2012, p. 397), o novo conceito de economia dos resíduos é usual
desde a industrialização na Europa e tornou-se mais frequente após a segunda
guerra mundial. Hoje é parte integrante da vida comum, principalmente na
organização autárquica onde o significado essencial é o tratamento de lixos e
aparas, bem como a sua eliminação ou aproveitamento para outros fins. Os
resíduos aparecem como um elemento económico quando considerado como
resíduos recuperáveis, isto é, capazes de serem repostos no ciclo material para
produção de subprodutos consumíveis ou materiais acabados como matérias
secundárias. No domínio económico constatase um progresso importante nos
seguintes aspectos:
a) Classificação dos resíduos por categorias tais como: minerais e orgâni-
cos;
b) Organização técnica sobre o armazenamento de resíduos;
c) Classificação e especialização de lixeiras com vista uniformização de re-
síduos recuperáveis e não recuperáveis;
d) Especialização e melhoria de procedimento de conservação e incineração
de resíduos químicos, físicos e biológicos;
e) Responsabilização sobre a protecção, autorização, caracterização sobre
o dever da eliminação dos resíduos;
f) Codificação dos resíduos em mais de trezentos e trinta e um tipos de re-
síduos como matérias subsidiárias;
g) Estudo de outras utilidades, tais como: fonte de energia, de alimentação,
de vestuários e materiais secundários.

20
De acordo com FREIRE (2010, p. 37), Observa-se que o reaproveitamento de
resíduos envolve as dimensões: Económica, tecnológica, ambiental,
institucional, demográfica, social e espacial como um conjunto interrelacionado,
por isso discutir a viabilidade económica da reciclagem não recai simplesmente
ao modelo económico tradicional, é preciso considerar uma série de outros
factores.
Segundo PAULO (2012, p. 398), A economia de resíduos tem dois grandes
princípios:
Tratamento ecológico e económico: O aspecto ecológico da economia de
resíduos diz respeito à criação de meios do estado quanto aos mecanismos
administrativos de regulação e do mercado.
Relactivamente ao tratamento económico a economia de resíduos ocupase da
rentabilidade que pode ser considerada como parte integrante da legislação,
compreendendo os processos administrativos, cuja aceitação pela sociedade é
feita através de um conjunto de determinadas medidas económicas e
financeiras. A rentabilidade da economia de resíduos deve ser ordenada.
Grandes formas de rentabilidade: Temos as seguintes formas de
rentabilidade:
 Comparação de custos e receitas com objectivo da maximização do lucro;
 Procura de variante de custos favoráveis, com a finalidade de minimizar
os custos;
 Custos pretendidos com o objectivo de maximização de utilidade ou de
receitas.
Conforme PAULO (2012 p. 399), Quanto aos níveis de rentabilidade,
encontramos dois níveis de aplicação. A primeira aplicação, nas empresas
ligadas à economia de resíduos tais como a empresa de recolha e/ou tratamento
e aproveitamento de lixos e aparas. A segunda aplicação é feita ao nível de
organismos locais. A economia de resíduos é obtida nesses dois níveis, par-tindo
de uma análise e uma identificação das fontes de receitas e os centros de custos
capazes de determinar a rentabilidade das organizações e instituições da
economia ambiental.
Para efeito, existem três áreas económicas a considerar, dada a capacidade de
gerar mecanismos para a provisão de recursos financeiros que são:
21
 A prevenção;
 A Valorização;
 A Eliminação.
1. A prevenção dos resíduos
De acordo com PAULO (2012, p. 399), A prevenção dos resíduos constitue uma
área dedicada para evitar que sejam dispendidos valores na preparação e
execução de medidas para minimizar os efeitos negativos da formação,
utilização e/ou existência dos resíduos.
Existem dois indicadores de prevenção necessários a considerar na análise dos
efeitos das utilidades:
O grau de prevenção dos resíduos (GP) e tem a seguinte fórmula:
GP = R*100/Re
Onde:
GP: grau de prevenção dos resíduos
R: Resíduos efectivamente produzidos
Re: Resíduos esperarados ou planeados
Efeitos da utilidade dos resíduos (Eu) onde temos a seguinte fórmula:
Eu = (G1*Kc) – Pr
Onde:
Eu: Efeitos da utilidade dos resíduos.
G1: Despesas de eliminação de resíduos do primeiro ano/ ou ano base.
Kc: Factor de crescimento e de despesas.
Pr: Perda de receitas.
2. A valorização dos resíduos
Conforme PAULO (2012, p. 401), Relactivamente a valorização dos resíduos
temos três aspectos a sublinhar, para que os resíduos forneçam bens
compatíveis para a sociedade, que são:
 Quantificação dos resíduos;
 Reciclagem;
 Rentabilização.
Quantificação dos resíduos: a quantificação dos resíduos é realizada
utilizando os seguintes indicadores:
Resíduos esperados (Re), onde temos a seguinte fórmula:
22
Re = Rd + Rp
Onde:
Re: Quantidades de resíduos esperados.
Rd: Quantidades de resíduos produzidos de lixos – sector doméstico.
Rp: Quantidade de resíduos produzidos de aparas – sectores produtivos e
serviços.
Resíduos da economia doméstica (Rd), onde temos a seguinte fórmula:
Rd = nd + P
Onde:
Rd: Quantidade de resíduos produzidos de lixo.
nd: norma média de formação de resíduos domésticos por habitante.
P: o universo da população considerada.
Resíduos produtivos (Rp), onde temos a seguinte fórmula:
Rp = ∑ Ki * mi
Onde:
Rp: Quantidade de resíduos produzidos de aparas – sectores produtivos e
serviços.
Ki: Coeficiente, factor de crescimento de resíduos – correcção.
mi: material i considerado.
Conforme PAULO (2012, p. 402), A quantificação é realizada para tomada de
decisões importantes de planeamento e de gestão ambiental, também na
definição das medidas de prevenção, identificação de receitas e despesas
próprias, apoia a elaboração e implementação dos programas dos acções,
sensibilização pública e a eliminação de resíduos não recuperáveis.
Para MONTEIRO et. al. (2001, p. 10), Em todos os segmentos operacionais do
sistema deverão ser escolhidas alternativas que atendam simultaneamente a
duas condições fundamentais:
 Sejam as mais económicas;
 Sejam tecnicamente correctas para o ambiente e para a saúde da popu-
lação.
De acordo com PAULO (2012, p. 405), Quanto à rentabilização dos resíduos
como elemento da valorização, tornase irresistível tomar em atenção à área
comercial, já desenvolvida no nosso meio, onde os custos fixos (preparação,
23
frete, renda e salários) e variáveis (recolha, colecção e armazenamento), para
citar somente os ítens importantes – devem ser comparados com as receitas de
resíduos. Neste domínio, há vários elementos que ainda têm por regulamentar.
Para rentabilizar os serviços locais, deve-se ter em conta:
 Tipo de tamanho de eliminação dos resíduos;
 Tipo de financiamento para os equipamentos sobre a responsabilidade
dos servíços comunitários;
 Forma de participação de terceiros a recolha;
 Custos de transportação dos resíduos;
 Tipo de sistema de recolha de resíduos (Camiões, tipo de contentores de
recolha de resíduos, etc);
 Comercialização de resíduos nobres – materiais de valor.
Segundo PAULO (2012, p. 405), Relactivamente a rentabilização de resíduos
constitui um elemento de extrema importância à informação para determinar as
estratégias de maximização de receitas.
São as seguintes informações sob a fórmula estatística a ter em conta:
 Informação sobre gastos e receitas ligados aos componentes ecológicos
(multas e taxas);
 Considerações e decisões sobre as medidas de rentabilização de resí-
duos;
 Dados sobre a estrutura de resíduos;
 Dados sobre os problemas concretos.
3. A eliminação dos resíduos
Para PAULO (2012, p. 406), A influência dos custos de eliminação é garantida
pela ordem definida na legislação através de:
 Recolha separada de acordo com as medidas de eliminação para redução
de resíduos especiais;
 Decisão de escolha dos métodos entre os diversos tipos existentes de
eliminação (incineração, evaporação, química, física, etc.), tomando em
consideração os aspectos de custos e serviços;
 Minimização de riscos nas organizações.
Ao nível dos serviços locais, importa sublinhar a importância da minimização dos
custos na eliminação de resíduos através de possíveis receitas na valorização
24
de materiais (lixos ou aparas) ou ainda através de taxas, multas e direitos de
eliminação de resíduos.
Transferir eliminação:
 Fluxo de materiais de resíduos apartir da valorização até a eliminação;
 Consequências causadas pelas determinadas medidas tais como (mu-
danças de tecnologias, possíveis substituições, etc);
 Eliminação de algumas despesas referente aos componentes de utilida-
des;
 Quantificação de componentes de despesas e de utilidade sobre a base
de:
 Dados do cálculo de custos;
 Dados da documentação do projecto;
 Dados comparativos de considerações da rentabilidade;
 Quantificação de resíduos na base de normas de formação de resí-
duos domésticos e industriais.

1.8.2. A gestão integrada de resíduos sólidos

Segundo MONTEIRO et. al. (2001, p. 8), a Gestão Integrada de Resíduos


Sólidos: é, em síntese, o envolvimento de diferentes órgãos da administração
pública e da sociedade civil com o propósito de realizar a limpeza, a colecta, o
tratamento e a disposição final do lixo, elevando assim a qualidade de vida da
população e promovendo o asseio da cidade, levando em consideração as
características das fontes de produção, o volume e os tipos de resíduos – para
a eles ser dado tratamento diferenciado e disposição final técnica e
ambientalmente correctas –, as características sociais, culturais e económicas
dos cidadãos e as peculiaridades demográ-ficas, económicas e climáticas locais.

De acordo com McDOUGALL et. al. (2004), O conceito de Gestão Integrada de


Resíduos Sólidos, segundo, tem como opção utilizar várias tecnologias de
tratamento, dependendo da situação específica e a adopção de um enfoque
global com respeito a analise, optimização e manejo do sistema completo. O
Programa Ambiental das Nações Unidas UNEP, 1996, reconhece a importância
da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que se define como sendo um marco

25
de referência para planejar e implementar novos sistemas de manejo de
resíduos, assim como para analisar e optimizar os sistemas existentes.
Para TENÓRIO; ESPINOSA (2004, p. 172), A gestão de resíduos sólidos
urbanos é entendida como um conjunto de acções normativas, operacionais,
financeiras e de planeamento que uma administração desenvolve com base em
critérios sanitários, ambientais, e económicos para colectar, tratar e dispor o lixo
de seu município.
Conforme MONTEIRO et. al. (2001, p. 8), Para tanto, as acções normativas,
operacionais, financeiras e de planeamento que envolvem a questão devem ser
processadas de modo articulado, segundo a visão de que todas as acções e
operações envolvidas que se encontram interligadas, e comprometidas entre si.
Para além das actividades operacionais, a gestão integrada de resíduos sólidos
destaca a importância de se considerar as questões económicas e sociais
envolvidas no cenário da limpeza urbana e, para tanto, as políticas públicas –
locais ou não – que possam estar associadas ao processo de gestão dos
resíduos, sejam elas na área de planeamento, saúde, trabalho, renda e etc. Em
geral, diferentemente do conceito de gestão integrada, os municípios costumam
tratar o lixo produzido na cidade apenas como um material não desejado, a ser
recolhido, transportado, podendo, no máximo, receber algum tratamento manual
ou mecânico para ser finalmente disposto em aterros. Trata-se de uma visão
distorcida em relação ao foco da questão social, encarando o lixo mais como um
desafio técnico no qual se deseja receita política que aponte eficiência
operacional e equipamentos especializados.
De acordo com MONTEIRO et. al. (2001, p. 8), A gestão integrada focaliza com
mais nitidêz os objectivos importantes da questão, que é a elevação da
urbanidade em um contexto mais nobre para a vivência da população, onde haja
manifestações de afecto à cidade e participação efectiva da comunidade no
sistema, sensibilizada a não sujar as ruas, a reduzir o descarte, a reaproveitar
os materiais e reciclálos antes de encaminhá-los ao lixo. Podese considerar a
gestão integrada dos resíduos quando existir uma estreita interligação entre as
acções norma-tivas, operacionais, financeiras e de planeamento das actividades
do sistema de limpeza, bem como quando tais articulações se manifestarem
também no âmbito das acções de limpeza com as demais políticas públicas
26
sectoriais. Nesse cenário, a participação da população ocupará papel de
significativo destaque, tendo reconhecida sua função de agente transformador
no contexto da limpeza urbana.
"O manejo ambientalmente saudável de resíduos deve ir além da simples
deposição ou aproveitamento por métodos seguros dos resíduos gerados e
buscar desenvolver a causa fundamental do problema, procurando mudar os
padrões não-sustentáveis de produção e consumo. Isto implica a utilização do
conceito de manejo integrado do ciclo vital, o qual apresenta oportunidade única
de conciliar o desenvolvimento com a protecção do meio ambiente."6
Para MONTEIRO et. al. (2001, p. 8), Finalmente, a gestão integrada revelase
com a actuação de subsistemas específicos que demandam instalações,
equipamentos, pessoal e tecnologia, não somente disponíveis nas
administrações, mas oferecidos pelos demais agentes envolvidos na gestão,
entre os quais se enquadram:
 A própria população, empenhada na separação e acondicionamento dife-
renciado dos materiais recicláveis em casa;
 Os grandes geradores, responsáveis pelos próprios rejeitos;
 Os catadores, organizados em cooperativas, capazes de atender à co-
lecta de recicláveis oferecidos pela população e comercializálos junto às
fontes de beneficiamento;
 Os estabelecimentos que tratam da saúde, tornando os inertes ou ofere-
cidos à colecta diferenciada, quando isso for imprescindível;
 A administração municipal, através de seus agentes, instituições e empre-
sas contratadas, que por meio de acordos, convênios e parcerias, exerce,
é claro, papel protagonista no processo gestão integrada de resíduos só-
lidos.
1.8.2.1. Objectivos
Para MONTEIRO et. al. (2001, p. 10), o sistema de limpeza de um município ou
cidade deve ser institucionalizado segundo um modelo de gestão que, tanto
quanto possível, seja capaz de:
 Promover a sustentabilidade econômica das operações;

6 (Agenda 21, capítulo 21, IBAM, 2001.)


27
 Preservar o meio ambiente;
 Preservar a qualidade de vida da população;
 Contribuir para a solução dos aspectos sociais envolvidos com a questão.
Para PAULO (2012, p. 400), O indicador referente aos custos da utilidade dos
resíduos evidencia a evitação da formação de resíduos sem utilidade é
forçosamente calculado no sentido de encontrar a máxima utilidade,
comparativamente a outros efeitos dos resíduos. Importa referir que as despesas
de preparação, execução e emissão de medidas de evitar efeitos negativos,
devem ser retiradas dos efeitos das utilidades comparadas.
MONTEIRO et. al. (2001, p. 10), O modelo de gestão deverá não somente
permitir, mas, sobretudo facilitar a participação da população na questão da
limpeza urbana da cidade, para que esta se conscientize das várias actividades
que compõem o sistema e dos custos requeridos para sua realização, bem como
se conscientize de seu papel como agente consumidor e, por conseqüência,
gerador de lixo. A consequência directa dessa participação traduzse na redução
da geração de lixo, na manutenção das vias limpas, no acondicionamento e
disposição para a colecta adequada, e, como resultado final, em operações dos
serviços menos onerosas. A instrumentação política concretiza-se na aprovação
do regulamento de limpeza urbana da cidade que legitima o modelo de gestão
adoptado e as posturas de comportamento social obrigatórias, assim como as
definições de infrações e multas. As regras espelham com nitidêz os objectivos
do poder público na consciencialização da população para a questão da limpeza
ambiental.

1.8.2.2. Formas de administração

Segundo MONTEIRO et. al. (2001, p. 11), A escala da cidade, suas


características urbanísticas, demográficas, econômicas e as peculiaridades de
renda, culturais e sociais da população devem orientar a escolha da forma de
administração, tendo sempre os seguintes condicionantes como referência:
 Custo da administração, gerência, controle e fiscalização dos serviços;
 Autonomia ou agilidade para efectuar o planeamento e tomar decisões;
 Autonomia de aplicação e remanejamento de recursos orçamentários;

28
 Capacidade para investimento em desenvolvimento tecnológico, sistemas
de informática e controle de qualidade;
 Capacidade de investimento em recursos humanos e geração de em-
prego e renda;
 Resposta às demandas sociais e políticas;
 Resposta às questões econômicas conjunturais;
 Resposta às emergências operacionais;
 Resposta ao crescimento da demanda dos serviços.
A administração directa operando todo o sistema de limpeza urbana é uma forma
frequente em cidades de menor porte. Nesses casos, o gestor normalmente é
um departamento administrativo ou uma de suas secretarias da administração
municipal, compartilhando recursos com outros segmentos da administração
pública. Esse tipo de administração, compartilhada com outros segmentos do
governo, em geral tem custo bastante reduzido quando comparado com o custo
de um órgão ou de uma instituição especificamente voltada para a gestão da
limpeza da cidade. Mas todos os demais condicionantes referidos anteriormente
tornamse difíceis de serem superados e o serviço tende a perder prioridade
também para outras áreas compartilhadas que possuem, eventualmente, maior
visibilidade política. MONTEIRO et. al. (2001, p. 11)

1.8.2.3. A Remuneração dos serviços

Para MONTEIRO et. al. (2001, p. 14), A remuneração deverá ser igual às
despesas do sistema. As despesas devem incluir os gastos de pessoal,
transporte, manutenção, reposição, renovação de veículos e equipamentos;
serviços de apoio, inspecção e apoio; despesas de capital, pesquisa e
desenvolvimento tecnológico e administrativo. É importante que a população
saiba que é ela quem remunera o sistema, através do pagamento de impostos,
taxas ou tarifas. Em última análise, está na própria população a chave para a
sustentação do sistema, implicando por parte dos administradores a montagem
de uma gestão integrada que inclua, necessariamente, um programa de
sensibilização dos cidadãos e que tenha uma nítida predisposição política
voltada para a defesa das prioridades inerentes ao sistema de limpeza das vias
e avenidas.
29
Conforme TENÓRIO; ESPINOSA (2004, p. 171), cabe ao poder público a
competencia pelos serviços de limpeza pública, incluindo a colecta e a
destinação final dos resíduos sólidos urbanos. Portanto, cumpre ao município
legislar, gerenciar, e definir o sistema de saneamento bá-sico local, bem como a
instituição e a arrecadação de tributos é de sua competência.
Para MONTEIRO et. al. (2001, p. 14), Os meios pelos quais são pagas as
remunerações são:
Taxa: é um imposto resultante da disponibilidade de um serviço público por parte
do poder público, quer o contribuinte useo ou não.
O valor da taxa deverá revelar divisibilidade entre os contribuintes em função dos
respectivos potenciais de uso.
Tarifa: é um preço público cobrado por um serviço prestado de forma facultativa.
A tarifa somente é devida quando da efectiva utilização do serviço pelo usuário,
serviço este que deverá ser bem definido e mensurado. Em termos da
remuneração dos serviços, o sistema de limpeza urbana pode ser dividido
simplesmente em colecta de lixo domiciliar, limpeza das vias e ruas e disposição
final. Pela colecta de lixo domiciliar, cabe aos orgãos competentes co-brar da
população uma taxa específica, denominada taxa de colecta de lixo. Alguns
serviços específicos, passíveis de serem medidos, cujos usuários sejam também
perfeitamente identifi-cados, podem ser objecto de fixação de preço e, portanto,
ser remunerados exclusivamente por tarifas.
De acordo com MONTEIRO et. al. (2001, p. 17), A remuneração do sistema de
limpeza urbana, realizada pela população em quase sua totalidade, não se dá
de forma directa, nem os recursos advindos do pagamento de taxas de colecta
de lixo domiciliar podem ser condicionados exclusivamente ao sistema, devido à
legislação fiscal. Da mesma forma, as administrações não podem cobrar dos
moradores a varrição e a limpeza da respectiva rua por ser um serviço indivisível.
É preciso, portanto, que as administrações municipais garantam, por meios
políticos, as dotações orçamentárias que sustentem adequadamente o custeio e
os investimentos no sistema de limpeza para cumprir o PNSB (Pesquisa
Nacional de Saneamento Básico). No tocante à inadimplência dos contribuintes
ou usuários, são parcas as soluções legalmente possíveis para contornar a
situação. Mesmo assim, a receita proveniente dessa taxa é recolhida ao Tesouro
30
Municipal, nada garantindo sua aplicação no sector, a não ser a vontade política
da administração. De qualquer forma, representa apenas parte dos custos reais
dos serviços. A actualização ou correcção dos valores da taxa depende da
autorização da do conselho de administradores, que geralmente resiste a
aumentos da carga tributária dos munícipes.
Além disso, a aplicação de uma taxa realista e socialmente justa, que esteja
dentro da capacidade de pagamento da população e que efectivamente cubra
os custos dos serviços, dentro do princípio de ‘‘quem pode mais, paga mais’’,
implica uma acção política que requer habilidade e empenho por parte dos
dirigentes administrativos. Tornase necessário, então, contrariar a tendência de
relegar a planos não prioritários os serviços de limpeza que, por conta disso,
recebem menos recursos que os necessários. Se não for possível a
remuneração adequada do sistema, ficará prejudicada a qualidade dos serviços
prestados e o círculo vicioso não se romperá. A limpeza será mal realizada, pois
não disporá dos recursos necessários, e a população poderá não aceitar as
taxas por não contar com serviços de qualidade. MONTEIRO et. al. (2001, p. 17)

1.8.2.4. O Cálculo da Taxa de Colecta de Lixo (TCL)

Para MONTEIRO et. al. (2001, p. 17), Para a sustentabilidade econômica do


sistema, a unidade padrão da Taxa de Colecta de Lixo (TCL) é o quociente7 da
divisão do total do orçamento de custeio dos serviços de colecta de lixo domiciliar
pelo número de domicílios da cidade. O valor unitário da Taxa de Colecta de Lixo
(TCL) pode ser calculado simplesmente dividindose o custo total anual da colecta
de lixo domiciliar pelo número de domicílios existentes na cidade.

TCL = Custo Total Anual da colecta de lixo


Nº de domicílios na cidade

Todavia, esse valor unitário pode ser adequado às peculiaridades dos diferentes
bairros da cidade, levando em consideração alguns factores, tais como os sociais

7 Quociente: Quantidade resultante da divisão de uma quantidade por outra.


31
(buscando uma tarifação socialmente justa) e os operacionais. O factor social é
função do poder aquisitivo médio dos moradores das diferentes áreas da cidade.
O factor operacional reflecte o maior ou menor esforço, em pessoal e em
equipamentos, empregado na colecta, seja em função do uso a que se destina
o imóvel (comercial, residencial etc.), seja por efeito de sua localização ou da
necessidade de se realizar maiores investimentos (densidade demográfica,
condições topográficas, tipo de pavimentação etc.).
Tabela 1 - Funcionalidade do sistema da remoção dos resíduos.(População
hipotética 50 mil habitantes)
Descrição Habitantes Unidades
População 50.000 Habitantes
Densidade urbana média 200 Hab/h
Área urbana 250 ha
Distância do aterro sanitário ao centro de colecta 25 Km
Frequência da colecta Diária
Produção de lixo domiciliar (geradores e
30 t/dia útil
hospitalar)
Velocidade dos veículos em operação de colecta 4 Km/h
Duração do turno 7,33 Horas/dia útil
Número de viagens diárias ao aterro sanitário 6 Viagens
Número de empregados na guarnição 14 Colectores
Tempo estimado para percurso dos roteiros de
10 Horas
colecta
Tempo de carga, transporte e descarga no a.
1,13 Horas
Sanitário.
Quantidade de compactadores ao aterro 2 Veículos
Quantidade de compactadores com folga 2 Veículos
Número de motoristas 4 Motoristas
Total de empregados na colecta 18 Colectores
Extensão dos logradouros 42 Km
Sistema viário 50 ha
Capacidade média de carga 5,50 t/viagem
Número de colectores, incluindo reserva de 20% 8 Colectores
Tempo total de operação 11,54 h
Custo médio de operação em aterro 6.240,00 Kz Kz/t
Custo mensal dos veículos colectores com
12.600,00 Kz Kz/mês
motoristas
Custo mensal dos colectores 5.600,00 Kz Kz/mês
Subtotal dos custos directos 24440,00 Kz
Custo anual 293.280,00 Kz
Administração 35.193,60 Kz
Total anual 328.473,60 Kz
Custo anual por habitante 6,57 Kz

Fonte: MONTEIRO et. al. (2001, p. 18).

32
1.8.3. Projecção das quantidades de resíduos sólidos

De acordo com FREIRE (2010, p. 31), A geração de resíduos pela sociedade é


uma consequência inevitável do desenvolvimento, porém, o que se observa no
fim das últimas décadas é uma mudança no tratamento deste problema.
Para BAASCH (1995, p. 6) ‘‘não somente a concentação nas cidades, mas
também o estilo de vida desta população são os principais propulsores do caus
no qual se encontra a situação dos resíduos sólidos urbanos’’. Se avaliar
correctamente a projecção da geração de lixo per capita é necessário conhecer
o tamanho da população residente, bem como o da flutuante.
Segundo MONTEIRO et. al. (2001, p. 43) População flutuante: é um dado
significativo a ser considerado na projecção da quantidade de lixo gerado em
cidades turísticas, ou para aquelas em que há uma grande densidade de
mudança dos habitantes. Na inexistência de dados demográficos detalhados
podemse utilizar as projecções populacionais disponíveis para determinação da
produção do lixo, na qual é estimada uma geração per capita em função do
tamanho da população.
O exemplo a seguir esclarece os procedimentos a serem adoptados.
Uma projecção fictícia:
Suponhase que se quer projectar um sistema de limpeza urbana para uma
cidade com uma população urbana actual de 50 mil habitantes, que cresce a
8
uma taxa de 3% ao ano, na qual foi medida uma geração per capita de
530g/hab./dia.
Adoptando-se um horizonte de 15 anos para a projecção, os valores de
população podem ser os serão os fornecidos pela Tabela seguinte:

8Geração per capita: é a quantidade média de resíduos produzidos por uma determinada
população.
33
Tabela 2- Projecção das quantidades de resíduos sólidos
Ano Projecção populacional Percapita (g/hab./dia) Quantidade de lixo
2008 50.000 0,53 26,5
2009 51.500 0,53 27,3
2010 53.045 0,53 28,1
2011 54.636 0,53 29,0
2012 56.275 0,53 29,8
2013 57.963 0,53 30,7
2014 59.702 0,53 31,6
2015 61.493 0,54 33,2
2016 63.338 0,54 34,2
2017 65.238 0,54 35,2
2018 67.195 0,54 36,3
2019 69.211 0,54 37,4
2020 71.287 0,54 38,5
2021 73.426 0,54 39,7
2022 75.629 0,55 41,6

Fonte: MONTEIRO et. al. (2001, p. 44)

1.8.4. Aplicação da gestão na administração de resíduos

Para TEXEIRA (2013, p. 5), gestão conceituase como o processo de se


conseguir obter resultados (bens e serviços), com o esforço dos outros.
A gestão entra como o elemento regulador dos princípios de admnistração dos
resíduos com o propositado fim de gerar um processo de reaproveitamento
coeso e consequentemente o crescimento financeiro e desenvolvimento
económico.

1.8.4.1. Plano de gestão de resíduos sólidos

Segundo o Relatório do Estado Geral do Ambiente em Angola 2006, todas as


entidades públicas ou privadas que produzam resíduos ou que desenvolvam
actividades relacionadas com a gestão de resíduos, devem elaborar um Plano

34
de Gestão de Resíduos (“Plano”), antes do início da sua actividade, elaborado
nos termos dos Anexos I e II do Regulamento.
O Plano está sujeito à aprovação do Ministro do Ambiente e é válido por um
período de quatro anos (contados a partir da data da sua aprovação).
As instalações destinadas à deposição, tratamento, aproveitamento, valorização
ou eliminação de resíduos – sujeitas a licenciamento ambiental nos termos do
artigo 10, nº 1 do Regulamento – devem incluir o Plano no processo de
licenciamento ambiental.
Plano de Gestão de Resíduos
As instalações destinadas à deposição, tratamento, aproveitamento, valorização
ou eliminação de resíduos – sujeitas a licenciamento ambiental nos termos do
artigo 10.o, n.o 1 do Regulamento – devem incluir o Plano no processo de
licenciamento ambiental. Portanto:
 Todas as entidades públicas ou privadas que produzem resíduos ou que
desenvolvem actividades relacionadas com a gestão de resíduos, devem
elaborar um Plano de Gestão de Resíduos, antes do início da sua activi-
dade, contendo no mínimo, toda a informação precisa constante do Anexo
I e/ou do Anexo II, consoante esteja em causa, respectivamente, um
aterro ou outra operação de gestão de resíduos.
 O plano referido no número anterior deve ser submetido ao Ministro do
Ambiente para aprovação, no prazo máximo de sessenta dias, contados
da data de recepção do expediente.
 O Plano de Gestão de Resíduos é válido por um período de quatro anos,
contados a partir da data da sua aprovação.
 O Plano de Gestão de Resíduos referido no número anterior deve ser ac-
tualizado e sub-metido ao Ministro do Ambiente, até noventa dias antes
da data do termo de validade, e sempre que ocorram alterações substan-
tivas no plano submetido.
 As instalações sujeitas ao licenciamento ambiental, nos termos do artigo
10º do presente Regulamento, devem incluir no processo de licencia-
mento, o Plano de Gestão de Resíduos.

35
1.8.4.2. Cronograma de implantação do sistema de gestão de resíduos sólidos

De acordo com SOARES (2010, p. 31), a implantação do sistema de gestão dos


resíduos em um ambiente de gestão associada depende de uma série ampla de
factores, relactivos ao número de agentes participantes do consórcio de gestão
por ele adoptado.
No quadro a seguir apresentado estão lançados estimativamente, a partir de
experiências con-cretas de implantação, os prazos necessários à
implementação do conjunto de actividades julgadas necessárias à eficiência da
gestão. São apenas informações iniciais para suporte à definição de
intervenções reais; não estão incluídos os períodos de tempo decorrentes do
processo de construção da gestão associada, períodos necessários às
negociações para o acesso a recursos de investimento em projectos e obras,
períodos decorrentes dos processos de licenciamento e outros.
Tabela 3 - Cronograma preliminar para implantação de Sistema de Gestão de
Resíduos.

Etapa/ tempo (meses). 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12


1. Diagnóstico preliminar
2. Planeamento das acções
3. Definição do nível de integração c/
colecta selectiva e logística reversa.
4. Projecto das instalações
5. Execução das instalações
6. Constituição Núcleo Gerencial
7. Definição dos procedimentos de
educação ambiental.
8. Definição dos procedimentos de co-
lecta selectiva e logística reversa.
9. Definição dos procedimentos de fis-
calização.
10. Capacitação dos agentes opera-
cionais
11. Início das operações

Fonte: SOARES (2010, p. 31)

1.8.5. Os resíduos como fonte de maximização financeira

Tendo em conta o exposto acima, a economia dos resíduos constitui uma


economia do ambiente e da ecologia, portanto deverá tratar os aspectos que têm
36
haver com a prevenção, a valorização, a formação ou a produção e a eliminação
dos resíduos. Os aspectos de valorização e de produção dos resíduos
constituem razões relevantes para os economistas do ambiente ou de resíduos.
Assim, os resíduos dentro da economia do material, bem como dentro da gestão
de resíduos, constituem uma fonte de maximização financeira por meio do
processo de reaproveitamento material ou simplismente a reciclagem.
Importanos estudar algumas das mais produtivas fontes financeiras por meio do
material:

1.8.5.1. Multas e Sanções

De acordo com o Relatório do Estado Geral do Ambiente em Angola 2006, a


violação de qualquer norma mencionada no Regulamento do estado acerca da
Gestão de Resíduos sólidos, constitui infração, punível nos seguintes termos:
Multa: graduada entre um mínimo de 95.136,00 (Noventa e cinco mil, cento e
trinta e seis) kwanzas, equivalente a USD 951,36 (Novecentos e cinquenta e um
– trinta e seis dólares americanos) e máximo de 95.136.000,00 (Noventa e cinco
milhões, cento e trinta e seis mil) kwanzas, equivalente a USD 951.360
(Novecentos e cinquenta e um mil dólares americanos).
Sanção acessória:
1. A apreensão de máquinas e utensílios:
2. O encerramento das instalações;
3. A privação do direito de participação em arrematações e concursos pro-
movidos por enti-dades ou serviços públicos;
4. Indemnização por danos ambientais: a pagar pelo poluidor, sem prejuízo
da responsabilidade de reparar e prevenir os danos.

1.8.5.2. Reciclagem: Reaproveitamento e recuperação dos resíduos

Para PAULO (2012, p. 403), A reciclagem é um elemento da valorização dos


resíduos, devido a sua reintegração no processo de transformação, obtendo
desta feita os materiais subsidiários ou secundários para produção de outros
bens.
Para BRASIL et. al. (2007), reciclar é economizar energia, poupar recursos
naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora. O vocábulo
37
surgiu na década de 1970, quando as preocupações ambientais passaram a ser
tratadas com maior rigor, especialmente após o primeiro choque do petróleo,
quando reciclar ganhou importância estratégica.
Actualmente, como efeitos de reciclagem, apenas cerca de 10% de todo resíduo
reciclável, é realmente reprocessado. O Japão, que não tem tanto espaço para
disperdiçar, reutiliza 50% do seu lixo sólido. Nesse país são comuns diversos
tipos de reciclagem como o reaproveitamento da água do chuveiro. Nova York é
a cidade que mais produz lixo no mundo, 13.000 t por dia.9
Segundo PAULO (2012, p. 386), Uma vez que os resíduos constituem valores,
mas ainda não descobertos no nosso meio, importa ressaltar que grande parte
dos materiais úteis hoje consumíveis provém dos resíduos sólidos e fluídos. No
âmbito da recuperação dos resíduos domésticos – lixos – produtivos – aparas,
os resíduos recuperados reintegram os processos produtivos, sob a forma de
materiais secundários, em substituição das matérias-primas que provêm da
natureza para a fabricação dos subprodutos que acima designamos por
materiais úteis, hoje consumíveis provenientes dos resíduos sólidos e fluídos na
sua maioria.
De acordo com BROWN (2002), o volume de lixo produzido na cidade é a
manifestação de um problema fundamental – a evolução da economia mundial
do descarte... o que desafio que enfrentamos hoje é substituir a economia do
descarte pela economia da redução/reutilização/ reciclagem.
Estes processos de recuperação dos resíduos para a formação das matérias
secundárias tem provocado à redução dos preços das matérias primas, razão
pelo qual vários países subdesenvolvidos contestam a globalização.
Para BARAKAT (2009, p. 17), apud MOTA (2006) a gestão dos resíduos de uma
cidade deve ter como um dos seus objetivos reduzir a geração dos mesmos e a
quantidade de materiais a serem destinados para o sistema de disposição final.
Isso é conseguido reduzindose a geração de resíduos sólidos e promovendo-se
o reaproveitamento de materiais, através da reutilização e da reciclagem. Vários
benefícios resultam da redução e reaproveitamento de resíduos sólidos:

9 Caderno Económico 2 do Jornal de Angola nº 9004 de 17 de Julho de 2002, página 8.


38
 Conscientização da comunidade sobre a não renovação dos recursos na-
turais e da necessidade de protecção do meio ambiente;
 Menor exploração de recursos naturais e economia na importação de ma-
téria- prima;
 Geração de emprego e renda;
 Menor consumo de energia e de água nos processos de fabricação;
 Custos de produção de materiais mais baixos nas usinas de transforma-
ção;
 Diminuição da poluição do ar e das águas;
 Redução da quantidade de resíduos destinados aos aterros sanitários,
resultando no aumento de sua vida útil;
 Menor ocorrência de problemas ambientais decorrentes da destinação
dos resíduos sólidos.
A reciclagem reintroduz no processo produtivo materiais anteriormente
considerados resíduos pelos seus geradores. Produzir apartir da matéria prima
reciclada poupa recursos. JÚNIOR (2005, p. 284).
Segundo GIANSANTI (2003), Os materiais recicláveis referem-se a tudo aquilo
que pode passar por reprocessamento e ser utilizado novamente. Nessa
categoria estão os papéis, vidros, latinhas de alumínio, diversos tipos de
plásticos e o lixo orgânico. Para que possam ser reciclados, é preciso que sejam
separados, limpos e acondicionados adequadamente.
Conforme PAULO (2012, p. 404), Angola tem tido passos tímidos
fundamentalmente no domínio dos petroleiros, indústrias transformadoras, e
nomeadamente químicas. Torna-se importante que a natureza seja protegida
utilizando este essencial instrumento que é a reciclagem partindo de
mecanismos elementares.
Para POLZIN (2004, p. 71), Há que realçar que a reciclagem não é uma solução
mágica, ela não distroi os resíduos, apenas os transforma... a reciclagem é um
processo industrial, e como tal tem o seu impacto negativo no ambiente. Além
disso, os materiais não podem ser reciclados de maneira final, existe perda de
qualidade final. Esta actividade só pode ser implementada após os devidos
estudos prévios de impacto ambiental, análise do ciclo de vida e impacto
ambiental, de forma a assegurar que esse é o melhor destino dos resíduos.
39
Figura 2- Plano de colecta selectiva.

Fonte: Wikipedia – Sistema de reciclagem – Imagens

1.8.6. Métodos de valorização material aplicados na gestão dos resíduos sólidos

A necessidade do controlo material, de onde se prevê a gestão dos resíduos


sólidos, e os respectivos vínculos do fluxo material provocado em cada processo
económico obriga a que se encontrem princípios e instrumentos quantitativos de
racionalização e redução dos custos para que aumentea eficiência do material.
De acordo com PAULO (2012, p. 61) Existe na economia do material uma forma
especial de racionalização e de redução de custos que pode ser analisada sobre
três pontos que são:
 A standartização do material;
 A numeração do material;
 A análise do material.
Para obter resultados nas tarefas ou actividades das subfunções da economia
do material, tornase importante escolher com eficiência os métodos de análise
material. Assim, são apresentados os seguintes métodos que são fundamentais
na análise do material:

40
1.8.6.1. Método ABC

Segundo PAULO (2012, p. 63), O método ABC: consiste no agrupamento dos


materiais de acordo com a importância que pode ser determinada em valor ou
em quantidade. O mesmo ABC, como é universalmente conhecido, constitui um
importante instrumento de economia, de gestão, e da racionalização de qualquer
processo e nomeadamente do consumo material.
Neste método, são empregues procedimentos para análise dos aspectos no
sentido de determinar o grau de importância dos materiais de diferentes tipos de
unidades de medidas físicas. Este método pode servir de qualquer grandeza
escalar ou vectorial.
O método ABC efectuase em três passos que são:
1. Recolha de dados, determinação e valorização das necessidades;
2. Ordenação e agrupamento das necessidades;
3. Tratamento e recomendações.

Tabela 4 - Intervalos em valor e quantidade.

Grupo Valor Quantidades


A 60 – 85% 10 – 20%
B 10 – 25% 20 – 35%
C 5 – 15% 50 – 70%

Fonte: PAULO (2012, p. 65,6)

Para DIAS (1995, p. 91), os diferentes esquemas utilizados nas construções das
curvas ABC podem ser resumidos sob a forma de um diagrama de bloco a
seguir:
1. Necessidade de curva ABC;
2. Verificação das técnicas para análise;
3. Obtenção do agrupamento;
4. Análises e conclusões;
5. Recomendações e decisões.

41
1.8.6.2. Método XYZ

Para PAULO (2012, p. 74), O método XYZ é o agrupamento dos materiais de


acordo com o regime ou a periodicidade da previsão de consumo ou de
aprovisionamento de materiais.
Onde cada uma das letras representa:
X: representa o consumo regular, o grupo apresenta uma elevada previsão;
Y: representa o consumo sazonal, o grupo apresenta uma previsão média;
Z: representa o consumo casual ou irregular, o grupo apresenta uma menor
previsão.
Conforme PAULO (2012, p. 74), O mesmo método na sua análise apresenta uma
relactiva li-mitação na determinação da frequência dos materiais e seu
respectivo agrupamento, dos quais particularmente os materiais do grupo com
previsão que representam a parte com elevada quantidade em sortido.

1.8.6.3. Teoria da responsabilização material

A teoria aqui desenvolvida assenta na conjuntura material baseada no interesse


e posicio-namento do mesmo, no sentido de analisar a responsabilização do
actor no domíno material. Isto exige um conjunto de conceitos e definições a
explicar, entre elas aquelas que dizem res-peito às bases para a compreensão
da referida teoria.
De acordo com PAULO (2012, p. 76), só o responsável que tem a noção das
consequências perigosas quando não existe controlo nem responsabilização dos
materiais, isto é, dos custos e dos valores inerentes dos actos negativos
cometidos. Um responsável material é aquele que antevê as consequências,
acautelando que as indesejáveis não aconteçam, evitando desta for-ma
prejuízos para sí e para terceiros. Nesta perspectiva, a teoria da
responsabilização materi-al evidencia a sua importância valorimétrica na base
do regime do consumo bem como a falência do material.
Entretanto, tornase importante dizer que a responsabilização do material pode
efectuarse de várias maneiras, sendo de realçar as seguintes três:
1. Responsabilização por importância qualitativa ou quantitativa;
2. Responsabilização por regime ou provisão do consumo;

42
3. Responsabilização integrada do material.

1.8.6.4. O método de valorização material

Um dos conceitos importantes que é constantemente utilizado na economia do


material, é o da valorização do material, factor importante de homogenização e
uniformização dos dados para qualquer análise, garantindo a consistência das
conclusões e recomendações.
De acordo com PAULO (2012, p. 83), Na engenharia económica, o preço joga
um papel mui-to importante, porque constitui o elemento essencial da
valorização dos materiais. E assim, gostariamos de fazer lembrar os
instrumentos e respectivos métodos utilizados com muita frequência na
economia e gestão do material. Existem dois tipos de valorização do material
que são:
 A valorização quantitativa;
 A valorização qualitativa.

43
CAPÍTULO 2. METODOLOGIA UTILIZADA NA INVESTIGAÇÃO

O método geral que prima a concepção e desenvolvimento da investigação é o


dialético materialista por ser um método integrador, geral e uma ferramenta
fundamental para a investigação porque possibilita adoptar posições objectivas,
baseadas na lógica da ciência e a partir deste objectivo e das tarefas de
investigação plantadas se determinarão as de carácter teóricos e empíricos.
Nesta pesquisa, são apresentados dados de pesquisa quantitativa e qualitativa,
do tipo exploratório-descritivo. A pesquisa explorativa permite perceber a
natureza do problema e situar o seu contexto, enquanto a descritiva procura
descrever as características observadas de uma população, grupo ou fenómeno,
no intuito de as classificar ou conceptualizar. (Tamo, 2012)
De acordo com Chizzoti (1995, apud Forno 2005), o estudo de caso é utilizado
para designar uma pesquisa que colecta e regista dados de um caso particular,
a fim de organizar um relatório ordenado e crítico de uma experiência ou avalia-
la analiticamente, objectivando tomar decisões a seu respeito, ou propor uma
acção transformadora. Com este estudo de caso, pretendeu-se recolher o
máximo de contribuições possíveis.
As informações foram recolhidas através dos seguintes métodos: análise
documental, análise histórica e lógica (método dedutivo) da organização. Foram
distribuídos questionários aos funcionarios da empresa ELISAL, EP.

2.1. Métodos estatísticos aplicado na investigação.

2.1.1. O tamanho da mostra

A selecção da amostra representa uma questão essencial em qualquer


investigação. Existem alguns critérios para a designação da mesma:

 O critério para determinar a mesma deve estar baseado


fundamentalmente no qualitativo, definindo-se as características da
população e os objectivos a alcançar.

 Se o estudo indaga sobre conhecimentos globais, pode realizar-se com


uma amostra mais restringida.

Com a finalidade de achar uma amostra representativa utilizou-se a seguinte


fórmula:
44
N∗K2 ∗P∗Q
n=
e2 (N−1)+K2 ∗P∗Q

Onde:

N: tamanho da população.

e: error 10%.

K: probabilidade para a qual cumpre-se o nível de confiança, que segue uma


distribuição normal. Só valor é de 1.28.

P e Q: parâmetros da Distribuição Binomial. Considera-se P como a


probabilidade de ocorrência e Q como a de não ocorrência, ambas com um
mesmo valor de 50%.

Para a autorização da pesquisa, a Universidade Agostinho Neto endereçou


ofícios à Direcção da empresa ELISAL, EP . Obtivemos resposta da empresa. A
direcção da empresa incentivou aos funcionários a colaborarem.

A investigação foi levada a cabo por um período de dois meses, de Janeiro a


Febreiro de 2018, durante o qual foram distribuídos questionários à população-
alvo.

Inicialmente, foram impressos cerca de 200 questionários que seria a amostra a


ser considerada. No entanto, devido a fraca aderência por parte dos funcionários,
a amostra foi reduzida a 60 funcionarios.

2.1.2. Análises de relação entre variáveis

Para as análises estatísticas utilizou-se o software Statgraphics. Este pacote


estatístico permite as análises que se realizam para determinar as relações entre
variáveis; tem como objectivos específicos:

 Projectar o valor de uma variável, dado o valor determinado de outra.


 Determinar se uma variável é capaz de explicar o comportamento da outra.

Para o desenvolvimento de análises estatísticas realizou-se através de análises


de regressão entre as variáveis, onde se consideraram para este estudo a gestão
integrada dos resíduos sólidos elaborada pela ELISAL, EP tem influenciado a

45
maximização económico-financeira por meio da reciclagem; baseado nesta
lógica tivemos em conta as seguintes variáveis:

 Nível na limpeza das vias por intervenção da Elisal


 Potencial da reciclagem de Angola pela ELISAL
 Influência da reciclagem no peso de ganhos financeiros
 Classificação ambiental do país
 Potencial de reciclagem que o nosso país ostenta
 Participação dos habitantes/população na limpeza das vias

Estas análises têm como objectivo, a partir da aplicação de técnicas estatísticas:

 Estabelecer a relação estatística entre as variáveis antes mencionadas.

 Determinar os intervalos de comportamento de cada variável.

Para o cumprimento destes objectivos foram utilizadas as técnicas, Análises de


Séries de Tempo e Análises de Regressão entre Variáveis, de acordo ao objecto
de estudo prático.

As análises do Coeficiente de Correlação (R), que indica que tipo de relação


existe entre duas variáveis, assim como a magnitude mencionada da correlação
com duas coeficientes importantes, a teremos em conta o objectivo da sua
utilização:

 Coeficiente de Correlação.
2
 Coeficiente R o Coeficiente de determinação.

O Coeficiente de Correlação é uma medida da associação entre variáveis que


pode tomar valores entre -1 y +1 (J. Pupo et al., 2004). A interpretação de seu
resultado é a seguinte:

 Se estiver próximo a 1 ou -1 a correlação é forte (por cima de ±0.8).

 Se está próximo a 0, a correlação é fraca.

 Se é maior que 0 a correlação é direita, a relação é linear positiva.

 Se é menor que 0 a correlação é inversa, a relação é linear negativa.

 Se for igual a 0 a correlação é nula.

46
Se este coeficiente eleva-se ao quadrado, se obtém o coeficiente de
2
determinação R , que indica que a percentagem da variabilidade na variável
dependente, explica-se pela variável independente; este coeficiente expressa
de forma percentual, como a variável independente definida é capaz de explicar
o comportamento da variável dependente, o qual pode-se mover no intervalo de
2
90 a 99.99%. Para obter resultados mais confiáveis, R pode mover-se em um
intervalo de 0 a 1 e a medida que chega a 1, o ajuste alcançado é melhor, pois
diminuem os erros de estimação, podendo-se concluir que este coeficiente
oferece uma medida da bondade do ajuste feito (J. Pupo et al., 2004). Quando
2
o valor de R aloja-se no 100%, pode-se categorizar que:

 Não existe relação entre as variáveis.

 O modelo selecionado para fazer o ajuste não é o adequado

 Existem outras variáveis que modificam e explicam a variabilidade10

2.1.3. Análises multivariadas

Este procedimento está desenhado para resumir várias colunas de dados


quantitativos. Calcularam-se vários dados estatísticos, incluindo correlações,
covariâncias e correlações parciais. No procedimento, também estão incluídos
uma série de gráficos multivariados, que proporcionam vistas interessantes dos
dados. Depois deste procedimento, para futuras pesquisas podem ser
seleccionados outros objectivos para construir um modelo estatístico dos dados
abaixo apresentados. Dependendo dos objectivos do investigador, um de vários
procedimentos poderia ser apropriado.

2.2. Modelo de pesquisa.

Considerando que a actividade de pesquisa ou trabalho científico visa aumentar


o conhecimento do homem a respeito do mundo circundante, queremos
apresentar e justificar o tipo de pesquisa que levamos a cabo, através de várias
bibliografias de consultadas e obedecendo cada uma determinado passo e

10
A introdução de mais variáveis com técnicas de análises multivariadas, permitirá identificar a importância que outras variáveis
podem ter sobre a variável dependente.
47
depois, enquadrarmos a nossa pesquisa, no tipo de abordagem descritiva, onde
se procura descrever fenómenos, identificar variáveis e inventariar factos. Na
prática, iremos descrever e identificar através das perspectivas construtivas, os
processos que influenciam Gestão integrada de resíduos sólidos’’, e o processo
de reaproveitamento material elaborado pela ELISAL, EP

Na pesquisa descritiva podem ser empregues diversas variantes como: estudo


do caso, ou estudo de levantamento. No nosso caso concreto, situamos a nossa
investigação na variante estudo de levantamento, porque achamos mais
adequada ao trabalho que pretendemos efectuar; é um estudo intensivo que visa
descrever as características do universo por meio de uma amostra seleccionada,
segundo métodos aleatórios.

48
CAPÍTULO 3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ELISAL, EP E ANÁLISE E
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

3.1. Caracterização da Empresa

A seguir faremos a apresentação da ELISAL – EP, descrevendo os seus


aspectos mais característicos:

3.1.1. Identificação

Denomina-se Empresa de Limpeza e Saneamento de Luanda – Empresa


Pública, abreviada ELISAL, EP – é uma empresa do sector público adstrita ao
Governo Provincial de Luanda.
É uma pessoa colectiva dotada de personalidade jurídica, de autonomia
administrativa, financeira e patrimonial.
A ELISAL EP é uma equipa constituída por um horizonte a volta de 2.000
funcionários.

3.1.2. Capital social

Orçamento aprovado pelas entidades de direito para a empresa ELISAL EP é de


3.000.000,00 de dólares Norte-Americanos.

3.1.3. Objecto social

A prestação do serviço público de limpeza, manutenção e expansão da rede de


esgotos das áreas urbanas da provínca de Luanda, bem como a gestão do
sistema de limpeza de Luanda e tratamentos de fluentes de águas residuais.

3.1.4. Missão

Garantir o bem estar das populações por meio do exercício da limpeza pública,
auferindo a ética organizacional, a responsabilidade social, e a sustentabilidade
ambiental.

49
3.1.5. Visão

Neste sentido, tem a ambição de contribuir para um mundo melhor, ajudando a


construir organizações éticas, socialmente responsáveis, ambientalmente
sustentáveis, equilibradas, competitivas, produtivas e rentáveis, visando
proteger as gerações futuras no mundo em que vivemos.

3.1.6. Valores

 Desenvolver a equidade;

 Aprender mais com o futuro do que com o passado;

 Promover a higiene e partilhar a saúde;

 Ser ético e ter espírito cívico;

 Ser solidário no risco;

 Ser compreensivo e cooperativo;

 Promover a responsabilidade social;

 Exaltar a educação ambiental;

 Estar próximo das comunidades;

 Estar orientado para o resultado (o resultado é o custo do futuro).

3.1.7. Organigrama

No quadro das reformas, a ELISAL E.P., está em fase transitória de um


organigrama direccional para um conselho de administração. O organigrama da
ELISAL E.P. (ver em anexo 2) diferencia-se em quatro níveis:

1. Admistração;

2. Gabinetes, Direcções;

3. Departamentos;

4. Secções e áreas operacionais.

50
Admistração: É o orgão que define e executa as linhas estratégicas, com o
objectivo de alcançar a visão e implementar a missão da empresa. A mesma é
apoiada por gabinetes administrativos.

Gabinetes: São unidades orgânicas do primeiro nível que acessoream o


conselho de administração na prossecução da visão e missão da empresa,
garantindo o funcionamento da instituição de acordo com a legislação e as
normas internas.
Direcção: São unidades orgânicas do primeiro nível que partilham entre si as
responsabilidades pelos procedimentos de negócios, garantindo a implentação
da estratégia da empresa.
Departamentos: São unidades orgânicas do segundo nível que compõem as
direcções.
Secções: São unidades orgânicas do terceiro nível que compõem os
departamentos.

3.1.8. Actividades

 Implementação dos programas de limpeza e saneamento na província de


Luanda;
 Incentivar a educação ambiental das comunidades;
 Criação do sistema de recolha e depósito dos resíduos sólidos;
 Garantir o desenvolvimento e controlar todas as acçes de protecção, higi-
ene e segurança no trabalho, assegurando a distribuição e velando pela
correcta utilização dos equipamentos de protecção e segurança;
 Varredura programada nas vias e artérias da cidade;
 Prestação de serviços especializados para determinado segmento, pro-
dutor ou gestor dos resíduos sólidos;
 Prestar assessoria no domínio económico, operacional e gestão de servi-
ços públicos;
 Promover a comunicação aos munícipes, sobre condições anormais da
solubridade de higiene e limpeza causadas por dificiências ocorridas no
sistema e instruir as medidas a adoptar em cada caso.

51
3.2. Caracterização da amostra.

Tabela 5 - Classificação por género


Género Funcionários Percentagens (%)
Masculino 42 70
Feminino 18 30
Total 60 100
Fonte: Pesquisa Própria
Gráfico 1 - Classificação por género

70%

80%
60% 30%

40%
20%
0%
Masculino Feminino

Fonte: Pesquisa Própria


Num universo de 60 funcionários que constituíram a nossa população amostral,
70% são trabalhadores do género masculino, e 30 % são do género feminino.
Tabela 6 - Faixa etária dos funcionários
Faixa etária Funcionários Percentagem (%)
18-25 Anos 12 20
26-35 Anos 15 25
36-45 Anos 21 35
Acima de 45 Anos 12 20
Total 60 100
Fonte: Pesquisa Própria
Gráfico 2 - Faixa etária dos funcionários

35%
40%
25%
30% 20% 20%

20%

10%

0%
18-25 Anos 26-35 Anos 36-45 Anos Acima de 45
Anos

Fonte: Pesquisa Própria


52
Relactivamente à faixa etária dos funcionários, a maior parte dos funcionários
têm a idade compreendidas entre 36 a 45 anos, correspondendo 35% do total
dos trabalhadores, 25% possuem idade compreendida entre 26 a 35 anos, 20%
representam a camada mais jovem da empresa estando entre 18 a 25 anos de
idade. Por fim, a camada mais adulta da empresa representam 20% dos
funcionários, apresentando idades acima dos 45 anos.

3.3. Apresentação dos Resultados.

Tabela 7 - Organização e distribuição da área de trabalho


Respostas Inqueridos Percentagens (%)
Sim 51 85
Não 3 5
Às vezes 6 10
Total 60 100
Fonte: Pesquisa Própria
Gráfico 3 - Organização e distribuição da área de trabalho

85%
100%

80%

60%

40%
10%
5%
20%

0%
Sim Não Às vezes

Fonte: Pesquisa Própria


Questionados sobre a organização das suas áreas de trabalho, 85% dos
funcionários consi-deram bem organizada a sua área de trabalho, enquanto que
10% disseram que às vezes a sua área de trabalho é bem organizada e
distribuída, e ainda 5% consideram existir má organização da sua área de
trabalho.

53
Tabela 8 - Classificação ambiental do país
Respostas Inqueridos Percentagens (%)
Muito satisfeito 3 5
Satisfeito 9 15
Mais ou menos satisfeito 33 55
Insatisfeito 12 20
Muito insatisfeito 3 5
Total 60 100

Fonte: Pesquisa Própria

Gráfico 4 - Classificação ambiental do país

55%
60%
50%
40%
20%
30% 15%
20% 5% 5%
10%
0%
Muito Satisfeito Mais ou Insatisfeito Podre
satisfeito menos
satisfeito

Fonte: Pesquisa Própria


Interrogados acerca da classificação ambiental do país, 5% dos funcionários
consideram sentir-se muito satisfeito, por sua vez 15% entendem que o estado
ambiental é satisfatório, enquanto que 55% que constituem a maioria amostral
absoluta consideram sentir-se mais ou menos satisfeito, 20% consideram sentir-
se insatisfeito, e outros 5% consideram sentir-se muito insatisfeito.

Tabela 9 - Satisfação com a participação dos habitantes/população na limpeza


das vias.
Respostas Inqueridos Percentagens (%)
Muito satisfeito 0 0
Satisfeito 3 5
Mais ou menos satisfeito 12 20
Insatisfeito 39 65
Muito insatisfeito 6 10
Total 60 100
Fonte: Pesquisa Própria

54
Gráfico 5 - Satisfação com a participação dos habitantes/população na limpeza
das vias.

65%
70%
60%
50%
40% 20%
30% 10%
20% 0% 5%
10%
0%
Muito Satisfeito Mais ou Insatisfeito Muito
satisfeito menos insatisfeito
satisfeito

Fonte: Pesquisa Própria


De acordo com a ilustração gráfica acima, percebemos que 0% dos funcionários,
considera haver uma alta participação da população na limpeza das vias,
enquanto que 5% alega ser aceitável, mas 20% corrobora ser normal. Todavia,
65% dos funcionários tem a maior força de opinião que o nível é baixo, por sua
vez 10% diz ser baixíssimo.
Tabela 10 - Satisfação com o nível na limpeza das vias por intervenção da Elisal
Respostas Inqueridos Percentagens (%)
Muito satisfeito 27 45
Satisfeito 27 45
Mais ou menos satisfeito 3 5
Insatisfeito 3 5
Muito insatisfeito 0 0
Total 60 100
Fonte: Pesquisa Própria
Gráfico 6 - Satisfação com o nível na limpeza das vias por intervenção da Elisal
45% 45%

45%
40%
35%
30%
25%
20%
15% 5% 5%
10% 0%
5%
0%
Muito Satisfeito Mais ou Insatisfeito Muito
satisfeito menos insatisfeito
satisfeito

Fonte: Pesquisa Própria


55
No tocante ao nível de satisfação da limpeza das vias por intervenção da Elisal
45% dos opinantes declaram estar muito satisfeito, 45% dizem estar satisfeito,
enquanto que 5% dos funcionários alega estar mais ou menos satisfeito e 5%
alega estar insatisfeito.
Tabela 11 - Acerca da segurança física que a empresa oferece
Respostas Inqueridos Percentagens (%)
Muito satisfeito 0 0
Satisfeito 6 10
Mais ou menos satisfeito 30 50
Insatisfeito 15 25
Muito insatisfeito 9 15
Total 60 100
Fonte: Pesquisa Própria
Gráfico 7 - Acerca da segurança física que a empresa oferece
50%

50%
45%
40%
35% 25%
30%
25% 15%
20% 10%
15%
10% 0%
5%
0%
Muito Satisfeito Mais ou Insatisfeito Muito
satisfeito menos insatisfeito
satisfeito

Fonte: Pesquisa Própria


Acerca da segurança física que a empresa oferece 0%, isto é nenhum
funcionário sente-se muito satisfeito, 10% sente-se satisfeito, 50% diz estar mais
ou menos satisfeito, 25% está Insatisfeito, e 15% Muito insatisfeito.
Tabela 12 - Acerca o ambiente para execução das actividades na empresa
Respostas Inqueridos Percentagens (%)
Muito satisfeito 3 5
Satisfeito 27 45
Mais ou menos satisfeito 21 35
Insatisfeito 3 5
Muito insatisfeito 6 10
Total 60 100
Fonte: Pesquisa Própria

56
Gráfico 8 - Acerca do ambiente para execução das actividades na empresa

45%
45%
35%
40%
35%
30%
25%
20%
10%
15%
5% 5%
10%
5%
0%
Muito Satisfeito Mais ou menos Insatisfeito Muito
satisfeito satisfeito insatisfeito

Fonte: Pesquisa Própria


Acerca do ambiente para execução das actividades na empresa, interpreta-se
que 5% dos funcionários sente-se muito satisfeito, 45% sente-se satisfeito,
outros 35% sente-se mais ou menossatisfeito, 5% consideram-se insatisfeito, e
10% consideram-se muito insatisfeito.
Tabela 13 - Desenvolvimento da gestão de resíduos em Angola
Respostas Inqueridos Percentagens (%)
Investimento em tecnologia 15 25
Novo conjunto de maquinaria 6 10
Fusão das empresas do ramo 9 15
As três opções apresentadas 30 50
Total 60 100
Fonte: Pesquisa Própria
Gráfico 9 - Desenvolvimento da gestão de resíduos em Angola
50%

50%

40%
25%
30%
15%
20% 10%

10%

0%
Investimento em Novo conjunto de Fusão das As três opções
tecnologia maquinaria empresas do apresentadas
ramo

Fonte: Pesquisa Própria


57
Inqueridos sobre os meios viáveis para o desenvolvimento da gestão de resíduos
em Angola, obtivemos as seguintes conclusões: 25% dos funcionários sugerem
mais investimento em tecnologia, 10% optam por novo conjunto de maquinaria,
15% votam em uma fusão das empresas do ramo, e 50% consideram as três
opções apresentadas.
Tabela 14 - Motivação dos funcionários
Respostas Inqueridos Percentagens (%)
Melhor Salário 21 35
Reconhecimento 9 15
Crescimento Profissional 18 30
Estabilidade 9 15
Formação 3 5
Total 60 100
Fonte: Pesquisa Própria
Gráfico 10 - Motivação dos funcionários
35%
30%
35%
30%
25% 15% 15%
20%
15% 5%
10%
5%
0%

Fonte: Pesquisa Própria


Após inquerir os funcionários a respeito da motivação que os impulsiona a
trabalhar, concluise que 35% são motivados a trabalhar por um salário melhor,
15% por reconhecimento, 30% auguram por crescimento profissional, 15%
Estabilidade, e somente 5% encontram efeito motivacional na Formação.
Tabela 15 - Número de vezes determinada para limpeza das vias
Respostas Inqueridos Percentagens (%)
Muito satisfeito 9 15
Satisfeito 21 35
Mais ou menos satisfeito 21 35
Insatisfeito 6 10
Muito insatisfeito 3 5
Total 60 100
Fonte: Pesquisa Própria
58
Gráfico 11 - Número de vezes determinada para limpeza das vias

35% 35%

35%
30%
25% 15%
20% 10%
15% 5%
10%
5%
0%
Muito Satisfeito Mais ou Insatisfeito Muito
satisfeito menos insatisfeito
satisfeito

Fonte: Pesquisa Própria


Em relacção ao nível de suficiência do número de vezes determinada para
limpeza das vias, 15% dos funcionários sente-se muito satisfeito, 35% sente-se
satisfeito, 35% sente-se mais ou menos satisfeito, 10% sente-se insatisfeito e
5% sente-se muito insatisfeito.
Tabela 16 - Satisfação pelo potencial da reciclagem de Angola pela ELISAL
Respostas Inqueridos Percentagens (%)
Muito satisfeito 3 5
Satisfeito 18 30
Mais ou menos satisfeito 12 20
Insatisfeito 21 35
Muito insatisfeito 6 10
Total 60 100
Fonte: Pesquisa Própria
Gráfico 12 - Satisfação pelo potencial da reciclagem de Angola pela ELISAL
35%
30%
35%
30% 20%
25%
20% 10%
15% 5%
10%
5%
0%
Muito Satisfeito Mais ou Insatisfeito Muito
satisfeito menos insatisfeito
satisfeito

Fonte: Pesquisa Própria


Em relacção à força do potencial da reciclagem de Angola pela ELISAL, 5% dos
funcionários sente-se muito satisfeito, 30% sente-se satisfeito, 20% sente-se

59
mais ou menos satisfeito, 35% sente-se insatisfeito e 10% sente-se muito
insatisfeito.

Tabela 17 - Satisfação pela influência da reciclagem no peso de ganhos


financeiros.
Respostas Inqueridos Percentagens (%)
Muito satisfeito 21 35
Satisfeito 24 40
Mais ou menos satisfeito 3 5
Insatisfeito 6 10
Muito insatisfeito 6 10
Total 60 100
Fonte: Pesquisa Própria

Gráfico 13 - Satisfação pela influência da reciclagem no peso de ganhos


financeiros.
40%
35%
40%
35%
30%
25%
20% 10%
10%
15%
5%
10%
5%
0%
Muito Satisfeito Mais ou Insatisfeito Muito
satisfeito menos insatisfeito
satisfeito

Fonte: Pesquisa Própria


Em relacção a influência da reciclagem no peso de ganhos financeiros, 35% dos
funcionários sente-se muito satisfeito, 40% sente-se satisfeito, 5% sente-se mais
ou menos satisfeito, 10% sente-se insatisfeito e 10% sente-se muito insatisfeito.
Tabela 18 - Factor determinante para trabalho em equipa
Respostas Inqueridos Percentagens (%)
Cooperação 15 25
União 18 30
Respeito 3 5
Responsabilidade 6 10
Interacção 18 30
Total 60 100
Fonte: Pesquisa Própria
60
Gráfico 14 - Factor determinante para trabalho em equipa
30% 30%
30% 25%

25%
20%
15% 10%

10% 5%

5%
0%

Fonte: Pesquisa Própria


Abordados acerca do factor determinante para trabalho em equipa 25% dos
funcionários vota na boa cooperação, 30% consideram que é a união, enquanto
que para 5% deve haver respeito, por sua vez para 10% responsabilidade, e
para 30% a interacção.
Tabela 19 - Satisfação pelo potencial de reciclagem que o nosso país ostenta
Respostas Inqueridos Percentagens (%)
Muito satisfeito 3 5
Satisfeito 3 5
Mais ou menos satisfeito 9 15
Insatisfeito 27 45
Muito insatisfeito 18 30
Total 60 100
Fonte: Pesquisa Própria
Gráfico 15 - Satisfação pelo potencial de reciclagem que o nosso país ostenta

45%

45%
40% 30%
35%
30%
25% 15%
20%
15% 5% 5%
10%
5%
0%
Muito Satisfeito Mais ou Insatisfeito Muito
satisfeito menos insatisfeito
satisfeito

Fonte: Pesquisa Própria


61
Com relacção ao potencial de reciclagem que o nosso país ostenta, 5% dos
funcionários sente-se muito satisfeito, 5% sente-se satisfeito, 15% sente-se mais
ou menos satisfeito, 45% sente-se insatisfeito e 30% sente-se muito insatisfeito.
Tabela 20 - O nível de vida dos Angolanos tendo como base o ambiente
Respostas Inqueridos Percentagens (%)
Bom 18 30
Aceitável 3 5
Normal 12 20
Mau 21 35
Péssimo 6 10
Total 60 100
Fonte: Pesquisa Própria
Gráfico 16 - O nível de vida dos Angolanos tendo como base o ambiente
35%

35% 30%

30%
25% 20%

20%
15% 10%

10% 5%

5%
0%
Bom Aceitável Normal Mau Péssimo

Fonte: Pesquisa Própria


Para 30% dos funcionários, o nível de vida dos Angolanos tendo como base o
ambiente é bom, 5% considera aceitável, 20% diz que é normal, uma fatia de
35% alega ser mau, e para 10% é péssimo.
Tabela 21 - Sugestão para o melhoramento dos trabalhos da ELISAL
Respostas Inqueridos Percentagens (%)
Aumento de brigadas de limpeza 6 10
Sensibilização porta-a-porta 21 35
Campanhas publicitárias 18 30
Seminários em instituições 3 5
Aumento de contentores por 7 vezes 12 20
Total 60 100
Fonte: Pesquisa Própria

62
Gráfico 17 - Sugestão para o melhoramento dos trabalhos da ELISAL

35%
30%
35%
30%
20%
25%
20%
15% 10%
5%
10%
5%
0%
Aumento de Sensibilização Campanhas Seminários Aumento de
brigadas de porta - a - publicitárias em contentores
limpeza porta instituições por 7 vezes

Fonte: Pesquisa Própria


Quanto às sugestões para o melhoramento dos trabalhos da ELISAL, 10% dos
funcionários na o aumento de brigadas de limpeza, 35% apela por sensibilização
porta-a-porta, 30% por campanhas publicitárias, 5% em seminários nas
instituições, e 20% por aumento de contentores por sete vezes.

3.3.1. Sugestões livres

Sugestões livres dos funcionários para melhoria da qualidade do processo de


reciclagem dos resíduos sólidos.

 Criação de programas de investimento em tecnologia de ponta;


 Fusão com empresas e indústrias do ramo de reciclagem;
 Melhoramento do sistema de recolha e depósito dos resíduos sólidos;
 Requalificação do aterro sanitário;
 Permissão das empresas privadas investirem no ramo;
 O critério de recolha e depósito selectivo dos resíduos;
 Criação de uma cooperativa de entidades recicladoras;
 Estímulo das unidades de reciclagem a buscarem uma maior integração
com os seus compradores e dinamizar o funcionamento da cooperativa
de recicladores com vista a uma melhor produção.

Sugestões livres dos funcionários para melhoria da qualidade do processo de


gestão integrada dos resíduos sólidos.

63
 O governo deve criar políticas para desenvolver processos de administra-
ção de sistemas de limpeza pública e envolver colecta, transporte e trata-
mento dos resíduos sólidos;
 Criação de uma estrutura de maquinaria capaz de recolher a maior quan-
tidade de resíduos possíveis. Quando maior a recolha, maior a capaci-
dade de transformação;
 Aumento do volume de meios de recolha e contentores nas vias;
 A interligação de todos os sectores que compõem a integração da gestão
dos resíduos, e sua potencialização com meios técnicos, finanças e re-
cursos humanos capacitados;
 Criação de um sistema eficaz de fiscalização do processo de reaproveita-
mento do material;
 Existência de uma base de dados fiável ao nível do Estado sobre a maté-
ria;
 Definir o quadro de responsabilidades jurídico-institucionais das empre-
sas intervenientes no processo e existência de outras disposições legais
normativas acerca dos resíduos.

3.3.2. Resultados da pesquisa

O presente estudo, cujo objectivo principal é aferir o modo como a gestão


integrada dos resíduos sólidos elaborada pela ELISAL, EP tem influenciado a
maximização económico-financeira por meio da reciclagem e outros
reaproveitamentos do material, servindo-se das metodologias de pesquisa
descritiva e exploratória, produziu os seguintes resultados divididos em dois
pontos que são:

3.3.2.1. Pontos positivos e negativos

Pontos positivos:

a) Investimento em tecnologia, novo conjunto de maquinaria e fusão das em-


presas do ramo como meio para o desenvolvimento da gestão de resíduos
em Angola;

64
b) Aumento das brigadas e meios (técnicos, finanças e recursos) de recolha
nas vias em que opera;
c) Há uma boa e satisfatória comunicação entre os superiores e os subordi-
nados, e também uma boa relacção e comunicação entre os funcionários
das mais diversas áreas da empresa;
d) Segundo constatação, entendemos que a gestão institucional da ELISAL
EP, é democrática, isto é, uma gestão participativa, o que nos remete à
ROBBINS at. al. (2010 p. 240) que afirmam que este modelo de gestão
consiste no envolvimento ou participação dos funcionários nas decisões
que lhes envolvam, e que, portanto constituem um instrumento de moti-
vação dos trabalhadores de uma empresa;
e) Crescimento planificado e gradual no potencial de reciclagem que o nosso
país visa ostentar;
f) Variação controlada e progressiva nos ganhos anuais fruto do programa
de reaproveitamento do material.

Estes pontos constatados no estudo da empresa em causa são factores que,


conforme vimos no capítulo anterior, contribuem significativa e positivamente
para a maximização do potencial económico-financeiro, sendo que a sua
constatação nos leva a aferir que a empresa tem investido no processo da
valorização dos resíduos sólidos no domínio do reaproveitamento material.

Pontos negativos:

a) A incompilabilidade da informação ambiental disponível em Angola, bem


como a sua incredibilidade e desactualização, assim com a escassêz de
estratégias de parte dos orgaõs responsáveis pela doutrina ambiental do
espaço territorial Angolano.
b) Um débil sistema de recolha e depósito dos resíduos sólidos e por sua
vez isto tem implicações no volume de resíduos a transformar e recuperar,
consequentemente há uma redução no nível de ganhos financeiros esti-
mados advindos do processo de reciclagem.
c) Estratégias políticas pouco produtivas por parte das instâncias superiores
responsáveis pela doutrina ambiental do país.
d) Baixo nível de cooperação dos habitantes/população na limpeza das vias.
65
3.4. Análises dos resultados estatísticos

Este passo se realiza para determinar e avaliar quais são as variáveis analisadas
na investigação que tem uma correlação significativa estatisticamente. Para elo,
se realizam análises de regressão, análises multivariadas e comparação de
várias mostras utilizando o pacote estatístico Statgraphics.

Análises das variáveis Nível na limpeza das vias por intervenção da Elisal
Vs Potencial da reciclagem de Angola pela ELISAL
A saída mostra os resultados de ajustar um modelo lineal para descrever a
relação entre Nível na limpeza das vias por intervenção da Elisal e Potencial da
reciclagem de Angola pela ELISAL. A equação do modelo ajustado é:
Nível na limpeza das vias por intervenção da Elisal = 24,6154 - 0,230769*
Potencial da reciclagem de Angola pela ELISAL

Posto que o valor-P na tabela ANOVA é maior o igual que 0,05, não existe uma
relação estatisticamente significativa entre Nível na limpeza das vias por
intervenção da Elisal e Potencial da reciclagem de Angola pela ELISAL com um
nível de confiança do 95,0%.

O estatístico R-Quadrada indica que o modelo ajustado explica 1,64835% da


variabilidade em Nível na limpeza das vias por intervenção da Elisal. O
coeficiente de correlação é igual a -0,128388, indicando uma relação
relativamente fraca entre as variáveis. O erro estândar do estimado indica que a
deviação estândar dos resíduos é 26,2386.

O erro absoluto médio (MAE) de 19,5385 é o valor promédio dos resíduos. O


estatístico de Durbin-Watson (DW) examina os resíduos para determinar se tem
alguma correlação significativa baseada na ordem do que se apresenta no
arquivo de dados. Posto que o valor-P é maior que 0,05, não tem indicação de
uma autocorrelação serial nos resíduos com um nível de confiança do 95,0%.

Análises das variáveis Potencial da reciclagem de Angola pela ELISAL Vs


Influência da reciclagem no peso de ganhos financeiros.
A saída mostra os resultados de ajustar um modelo lineal para descrever a
relação entre Potencial da reciclagem de Angola pela ELISAL e Influência da
reciclagem no peso de ganhos financeiros. A equação do modelo ajustado é:
66
Potencial da reciclagem de Angola pela ELISAL = 21,4286 - 0,0714286*
Influência da reciclagem no peso de ganhos financeiros

Posto que o valor-P na tabela ANOVA é maior o igual que 0,05, não existe uma
relação estatisticamente significativa entre Potencial da reciclagem de Angola
pela ELISAL e Influência da reciclagem no peso de ganhos financeiros com um
nível de confiança do 95,0%.

O estatístico R-Quadrada indica que o modelo ajustado explica 0,824176% da


variabilidade em Potencial da reciclagem de Angola pela ELISAL. O coeficiente
de correlação é igual a -0,0907841, indicando uma relação relativamente fraca
entre as variáveis. O erro estândar do estimado indica que a deviação estândar
dos resíduos é 14,6588.

O erro absoluto médio (MAE) de 10,2857 é o valor promédio dos resíduos. O


estatístico de Durbin-Watson (DW) examina os resíduos para determinar se tem
alguma correlação significativa baseada na ordem do que se apresenta no
arquivo de dados. Posto que o valor-P é maior que 0,05, não tem indicação de
uma autocorrelação serial nos resíduos com um nível de confiança do 95,0%.

Análises das variáveis Classificação ambiental do país Vs Potencial de


reciclagem que o nosso país ostenta
A saída mostra os resultados de ajustar um modelo lineal para descrever a
relação entre Classificação ambiental do país e Potencial de reciclagem que o
nosso país ostenta. A equação do modelo ajustado é:
Classificação ambiental do país = 20,4167 - 0,0208333* Potencial de
reciclagem que o nosso país ostenta
Posto que o valor-P na tabela ANOVA é maior o igual que 0,05, não existe uma
relação estatisticamente significativa entre Classificação ambiental do país e
Potencial de reciclagem que o nosso país ostenta com um nível de confiança do
95,0%.

O estatístico R-Quadrada indica que o modelo ajustado explica 0,0306373% da


variabilidade em Classificação ambiental do país. O coeficiente de correlação é
igual a -0,0175035, indicando uma relação relativamente fraca entre as variáveis.

67
O erro estândar do estimado indica que a deviação estândar dos resíduos é
23,8011.

O erro absoluto médio (MAE) de 14,1667 é o valor promédio dos resíduos. O


estatístico de Durbin-Watson (DW) examina os resíduos para determinar se tem
alguma correlação significativa baseada na ordem do que se apresenta no
arquivo de dados. Posto que o valor-P é maior que 0,05, não tem indicação de
uma autocorrelação serial nos resíduos com um nível de confiança do 95,0%.

Análises das variáveis Participação dos habitantes/população na limpeza


das vias Vs Nível na limpeza das vias por intervenção da Elisal
A saída mostra os resultados de ajustar um modelo lineal para descrever a
relação entre Participação dos habitantes/população na limpeza das vias Vs
Nível na limpeza das vias por intervenção da Elisal. A equação do modelo
ajustado é:
Participação dos habitantes/população na limpeza das vias = 32,8571 -
0,642857* Nível na limpeza das vias por intervenção da Elisal
Posto que o valor-P na tabela ANOVA é maior o igual que 0,05, não existe uma
relação estatisticamente significativa entre Participação dos
habitantes/população na limpeza das vias Vs Nível na limpeza das vias por
intervenção da Elisal com um nível de confiança do 95,0%.

O estatístico R-Quadrada indica que o modelo ajustado explica 31,5584% da


variabilidade em Participação dos habitantes/população na limpeza das vias. O
coeficiente de correlação é igual a -0,561769, indicando uma relação
moderadamente forte entre as variáveis. O erro estândar do estimado indica que
a deviação estândar dos resíduos é 25,0476.

O erro absoluto médio (MAE) de 14,5714 é o valor promédio dos resíduos. O


estatístico de Durbin-Watson (DW) examina os resíduos para determinar se tem
alguma correlação significativa baseada na ordem do que se apresenta no
arquivo de dados. Posto que o valor-P é maior que 0,05, não tem indicação de
uma autocorrelação serial nos resíduos com um nível de confiança do 95,0%.

68
3.4.1. Análises multivariadas.

O quadro a seguir mostra o resumo estatístico para cada uma das variáveis
selecionadas. Inclui medidas de tendência central, de variabilidade, e de forma.
De particular interesse aqui é o sesgo estandardizado e a curtosis
estandardizada, as quais podem usasse para determinar sim a mostra provem
de uma distribuição normal. Valores de estos estadísticos fora do rango de -2 a
+2 indicam deviações significativas da normalidade, as quais tenderiam a
invalidar muitos dos procedimentos estatísticos que se aplicam habitualmente a
estos dados.

Tabela 22 - Resultados estatísticos do análises multivariado.

Potencial da reciclagem
Potencial de reciclagem
Classificação ambiental

de Angola pela ELISAL


vias por intervenção da

habitantes / população

reciclagem no peso de
Nível na limpeza das

na limpeza das vias

ganhos financeiros
que o nosso país
Participação dos

Influência da
do país

ostenta
Elisal

Reconto 5 5 5 5 5 5
Promedio 20,0 20,0 20,0 20,0 20,0 20,0
Deviação Estândar 20,6155 22,9129 26,2202 17,3205 12,7475 16,2019
Coeficiente de Variação 103,07% 114,56% 131,10% 86,602% 63,737% 81,009%
Mínimo 5,0 0,0 0,0 5,0 5,0 5,0
Máximo 55,0 45,0 65,0 45,0 35,0 40,0
Rango 50,0 45,0 65,0 40,0 30,0 35,0
Sesgo Estandardizado 1,56285 0,521727 1,66165 0,713708 0,0 0,536606
Curtosis Estandardizada 1,41037 -1,49351 1,56471 -0,46594 -1,03171 -1,32273
Fonte: Pacote estatístico Statgraphics

3.4.2. Correlações.

A seguinte tabela mostra as correlações momento produto de Pearson, entre


cada par de variáveis. A categoria destes coeficientes de correlação vai de -1 a
+1, e medem a força da relação linear entre as variáveis. Também se mostra,
entre parêntesis, o número de pares de dados utilizados para calcular cada
coeficiente. O terceiro número em cada bloco da tabela é um valor-P que prova
a significância estatística das correlações estimadas. Valores-P abaixo de 0,05
indicam correlações significativamente diferentes de zero com um nível de
confiança do 95,0%.
69
Tabela 23 - Resultados das Correlações.

Potencial da reciclagem
Potencial de reciclagem
Classificação ambiental

de Angola pela ELISAL


vias por intervenção da

habitantes / população

reciclagem no peso de
Nível na limpeza das

na limpeza das vias

ganhos financeiros
que o nosso país
Participação dos

Influência da
do país

ostenta
Elisal
Classificação ambiental do país -0,3837 0,2428 -0,0175 0,3092 -0,5239
(5) (5) (5) (5) (5)
0,5237 0,6939 0,9777 0,6127 0,3648
Nível na limpeza das vias por
-0,3837 -0,5618 -0,7874 -0,1284 0,9765
intervenção da Elisal
(5) (5) (5) (5) (5)
0,5237 0,3244 0,1138 0,8370 0,0043
Participação dos habitantes /
0,2428 -0,5618 0,8532 0,6919 -0,5591
população na limpeza das vias
(5) (5) (5) (5) (5)
0,6939 0,3244 0,0660 0,1956 0,3272
Potencial de reciclagem que o
-0,0175 -0,7874 0,8532 0,3963 -0,7127
nosso país ostenta
(5) (5) (5) (5) (5)
0,9777 0,1138 0,0660 0,5090 0,1767
Potencial da reciclagem de Angola
0,3092 -0,1284 0,6919 0,3963 -0,0908
pela ELISAL
(5) (5) (5) (5) (5)
0,6127 0,8370 0,1956 0,5090 0,8846
Influência da reciclagem no peso
-0,5239 0,9765 -0,5591 -0,7127 -0,0908
de ganhos financeiros
(5) (5) (5) (5) (5)
0,3648 0,0043 0,3272 0,1767 0,8846
Fonte: Pacote estatístico Statgraphics

3.5. Estudo do crescimento financeiro fruto do reaproveitamento material


ou reciclagem de 2010 - 2016.

a) Abordagem do estudo da variação percentual.

Apresentação dos dados

A representação gráfica abaixo ilustra um estudo fictício da variação anual dos


lucros advindos do reaproveitamento material feito pela ELISAL EP no horizonte
temporal de 2010 a 2016, bem como a variação percental do mesmo crescimento
financeiro.

70
A natureza do estudo em questão e porque alberga o binómio ecologia/ambiente
e economia/finanças, deve medir o nível de ganhos financeiros em favor do
crescimento económico Versus o reaproveitamento residual em favor da
estabilidade ambiental traduzido em desenvolvimento sustentável.
A razão da ficticidade é a inviabilidade na obtenção dos dados reais!

Gráfico 18 - Variação percentual dos lucros da reciclagem.

14.000.000

12.000.000 12.900.080

11.455.500
10.000.000 10.690.000
9.900.500
9.389.600
8.000.000
8.166.900

6.000.000 6.900.400

4.000.000

2.000.000

0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: Pesquisa supositória.

Interpretação dos dados

Os nossos dados hipotéticos descritos no gráfico acima, traduzem no eixo das


abcissas o horizonte temporal (2010 a 2016), e no eixo das ordenadas os valores
em escala de intervalos crescentes de Dois mil milhões de Kwanzas
(2.000.000,00 Akz). Este exemplo tem o propósito de conhecer a variação do
crescimento percentual.

Considerando que em 2010 os ganhos financeiros advindos da reciclagem tem


o valor de 6.900.400,00 Akz, e em 2011 cresce para 8.166.900,00 Akzs,
pressupõe que houve um ascendente de 15.5%. Conhecendo o valor de 2011,
observamos que em 2012 a soma final das receitas é de 9.900.500,00 Akz,
assim conclui-se haver crescimento na ordem de 17.5%. Considerando os
valores do último ano (2012), vemos que no final de 2013 o valor ja é de
9.389.600,00 Akz, o que representa uma descida equivalente a 5,4%. Registado
71
o valor passado, 2014 apresenta o saldo de 10.690.000,00 Akz, o que descreve
uma volumetria ordenada em 12.2%. Lendo o gráfico compreende-se um
crescimento percentual de 6.7% sendo que em 2015 o valor total é de
11.455.500,00 Akz. Por fim 2016 tem o valor fixado em 12.900.080,00 Akz, o que
representa um ganho percentual de 11.2%.

Tabela 24 - Estudo da variação percentual dos lucros da reciclagem.

Anos Valores Variação % Comportamento Descrição

2010 6.900.400 –– –– ––
2011 8.166.900 15.5% Ascendente

2012 9.900.500 17.5% Ascendente

2013 9.389.600 - 5.4% Descendente

2014 10.690.000 12.2% Ascendente

2015 11.455.500 6.7% Ascendente

2016 12.900.080 11.2% Ascendente

Fonte: Pesquisa Própria

72
CONCLUSÕES

Depois de uma exaustiva abordagem e estudo sobre a Gestão Integrada de


Resíduos Sólidos, e tendo como base de estudo a empresa ELISAL EP,
servindose das metodologias de pesquisa descritiva e também exploratória,
através da técnica de observação e de recolha de dados por meio de
questionários, foi possível chegarmos às seguintes conclusões:
1. A valorização dos resíduos ou reciclagem tem um papel muito importante
na transformação de elementos que constituem uma parcela básica no
que é o volume das exportações, e as exportações constituem um dos
segmentos de ganhos no orçamento geral do estado.

2. A gestão integrada de resíduos sólidos consiste num dos pontos de de-


senvolvimento sustentável para qualquer sociedade, não somente no con-
texto financeiro e económico, mas também do ponto de vista da ecologia,
da socialização e do ambiente. Entendemos que o bem estar das socie-
dades e das populações está directamente ligado ao trabalho de higiene,
e esta por sua vez é consequente de uma boa gestão integrada de toda
natureza de resíduos.

3. As acções que tornam o sistema de limpeza urbana excelente e a popu-


lação colaboradora formam um poderoso binário capaz de solucionar os
principais problemas vinculados ao sistema de limpeza urbana. Essas ac-
ções, que actuam no desenvolvimento das operações com qualidade e
em um programa bem estruturado de educação ambiental, necessitam de
instrumentos legais que as fundamentem.

4. De acordo com os resultados do estudo de caso, verificouse que há uma


considerável melhoria na remoção dos vestígios e resíduos das vias, uma
considerável quota parte nos ganhos resultantes do reaproveitamento, um
reconhecimento de uma maior estabilidade no desenvolvimento sustentá-
vel, o que levanos a epilogar que o reaproveitamento material no processo
de valorização dos resíduos sólidos contribuíu significativamente no cres-
cimento económico-financeiro durante o período em estudo (2010-2016).

73
5. A análise estatística demostra que não existe uma relação estatistica-
mente significativa entre as variáveis : Nível na limpeza das vias por inter-
venção da Elisal Vs. Potencial da reciclagem de Angola pela ELISAL, Po-
tencial da reciclagem de Angola pela ELISAL Vs. Influência da reciclagem
no peso de ganhos financeiros, Satisfação com a participação dos habi-
tantes/população na limpeza das vias Vs. Satisfação com o nível na lim-
peza das vias por intervenção da Elisal, o que significa que apesar de
haver melhorias no recolhimento dos resíduos sólidos das ruas e um in-
cremento nas lucros na reciclagem, devem tomar-se medidas para incre-
mentar estes índices.
Foi comprovada a nossa hipótese de que a valorização dos resíduos sólidos no
processo de reaproveitamento material ou reciclagem, pela empresa ELISAL,
EP; influenciou positivamente o crescimento ou maximização do potencial
económico-financeiro durante (2010-2016).

74
RECOMENDAÇÕES

Uma das grandes lições aprendidas com este trabalho é a magnitude do que
falta ainda fazer para assegurar um fluxo de dados estável e contínuo a partir
das várias instituições, operando no domínio da higiene e gestão ambiental
existentes no país.
 É importante realçar este facto na medida em que não existem dados, ou
seja, os dados existentes não são totalmente claros, e fundamentamse
em estimativas realizadas com base em pressupostos que já mudaram,
tendo em vista que a variação dos resíduos é cíclica. Trabalhos futuros
deverão preencher estas lacunas.
 Procurou-se o mais possível transmitir a informação mais recente, mas
verificou-se que o processamento e armazenamento de dados nas insti-
tuições públicas é ainda muito incipiente. Um dos principais factores que
contribui para esta situação reside no facto desta informação resul-tar da
execução de projectos conduzidos por ou com fundos de entidades inter-
nacionais; por conseguinte, no final destes projectos, o fluxo de dados
também finda. Por outro lado, a falta de informação actualizada devido às
dificuldades de acesso a muitos locais.
 Recomendase com veemência que se dê prioridade à gestão de informa-
ção na medida em que isto possibilita aos decisores políticos tomarem
opções baseadas em factos e estatísticas cientificamente comprovados;
quando assim se fizer, teremos uma gestão generalizadamente mais pro-
dutiva e se manifestará também no campo dos resíduos sólidos, o que
concumitantemente implicará maior viabilidade na reciclagem (colecta,
selecção, transformação e reaproveitamento) e consequente notoriedade
no crescimento económico-financeiro das receitas do país para o bem es-
tar de toda a nação.
 É também uma das recomendações principais deste trabalho a necessi-
dade de reforçar a integração das preocupações ambientais nas restantes
políticas sectoriais. Só deste modo, conjugando de modo equilibrado os
aspectos sociais, económicos e institucionais com uma boa gestão do am-
biente, Angola progredirá em direcção a um desenvolvimento sustentável,

75
ou seja, a um desenvolvimento actual efectivo que não comprometa o di-
reito das futuras gerações angolanas de também se desenvolverem.

76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BAASH, Sandra; Um sistema de suporte multicritério aplicado na gestão


dos resíduos sólidos nos municípios Catarinenses (Dissertação para ob-
tenção do Doutorado); Floria-nópolis; 1995.
2. BARAKAT, Munir; Sustentabilidade ambiental e gestão de resíduos sóli-
dos urbanos. Uma análise do modelo de gestão de Cianorte; (Dissertação
a para obtenção do grau de Mestre em Desenvolvimento Económico); Cu-
ritiba 2009.
3. BRASIL, Anna Maria; SANTOS, Fátima; Equilíbrio Ambiental e Resíduos
na Socieda-de Moderna; 3ª Ed. São Paulo, FAARTE Editora, 2007.
4. BROWN, Lester; Nova York: A capital mundial do lixo; Washington; World-
watch Institute; 2002.
5. CALDERONI, S.; Os bilhões perdidos no lixo; 4ª ed. S. Paulo: Humanitas,
2008.
6. DIAS; M. A. P.; Administração de materiais; Resumo da teoria, questões
de revisão, exercícos de aplicação, estudos de casos, 3ª ed. Compacta;
São Paulo; ATLAS; 1990.
7. DOS SANTOS, Suzana Vieira; Gestão de resíduos sólidos urbanos. Um
desafio. (Dissertação a para obtenção do Doutorado em Direito do Es-
tado); São Paulo; 2009.
8. FREIRE, Tatylene do Socorro Campos; A gestão de resíduos sólidos ur-
banos no município de Belém – Uma análise do gerenciamento e da pos-
sibilidade de geração de renda através da reciclagem de resíduos sólidos
(1997-2010); (Dissertação a para obtenção do grau de Mestre em Desen-
volvimento Sustentável); Belém; 2010.
9. GIANSANTI, R.; A cidade e o urbano no mundo actual; São Paulo; Global;
2003.
10. LALOË, F. K.; Planos de gestão de resíduos sólidos: (manual de orienta-
ção – apoiando a implementação da política acional de resíduos sólidos:
do nacional ao local); Brasília, 2012.

77
11. McDOUGALL, F.; WHITE, P.; FRANKE, M.; HINDLE, P. Gestão Integrada
de Resí-duos Sólidos: Inventário do Ciclo de Vida.; Caracas-Venezuela;
Procter & Gamble Indus-trial; S.C.A.A. 2004.
12. MONTEIRO, J. H.; ZVEIBIL, V. Z.; Gestão integrada de resíduos sólidos;
(Manual de gerenciamento integrado de resíduos sólidos – Manual de me-
lhoria da gestão ambiental urbana no Brasil); Rio de Janeiro; 2001.
13. MOTA, Suetônio. Introdução à Engenharia Ambiental; 4 ª ed. Rio de
Janeiro; ABES; 2006.
14. NETO, Francisco A. de V.; CAMPOS, André A.; SARROUF Lilian; Gestão
ambiental de resíduos da construção civil – A experiência do SindusCon-
SP; São Paulo; 2005.
15. PAULO, Manuel António; Economia do Material; 2ª ed; TLPE; Luanda
2012.
16. PAULO, Manuel António; Gestão da produção; 2ª ed; Luanda; TLPE;
2012.
17. PEREIRA S.; SANTOS, R.; Colecta selectiva de lixo: Experiências Brasi-
leiras; Rio de Janeiro; In Fólio; 1998.
18. PHILIPPE JÚNIOR, A.; AGUIAR, Alexandre de O.; Resíduos sólidos: ca-
racterísticas e gerenciamento; 2º ed.; S. Paulo; Manole; 2005.
19. POLZIN, Deolinda Alexandra Oliveira Fernandes Moreira; Gestão de re-
síduos sólidos urbanos – Análise comparativa entre Portugal e Brasil;
(Dissertação a para obtenção do grau de Mestre em Ciência Ambiental)
Niterói 2004.
20. ROBBINS, Stephen. JUDGE, Timothy A. e SOBRAL, Filipe. Comporta-
mento Organiza-cional, 14ª ed, São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2010.
21. SOARES, Ronaldo Hipólito; Manual para implantação de sistema de ges-
tão de resí-duos de construção civil em consórcios públicos; Brasília;
2010.
22. Tamo, Kiamvu, Metodologia de Investigação Em Ciências Sociais: Como
elaborar um trabalho de fim de Curso em Gestão, Capatê-Publicações,
Lda, Luanda 2012
23. TEXEIRA, Sebastião; Gestão das Organizações; 3ª ed.; Lisboa; Escolar
Editora; 2013.
78
Fonte online (Sites na internet)

1. www.wikipedia.com
2. www.elisal-ep.ao
3. geral@gtarc.ao
4. www.gtarc.ao
5. angola@vda.pt – Novo Regulamento sobre a Gestão de Resíduos em An-
gola; 21 de No-vembro de 2012.

Relatórios

 Relatório do Estado Geral do Ambiente em Angola 2006 – Ministério do


urbanismo e am-biente.

 Decreto Presidencial n.º 190/12, de 24 de Agosto acerca da gestão de


resíduos sólidos ur-banos.

 Ministério das pescas e ambiente – Lei do ambiente, pag. 26, Ponto Um,
Indústria Gráfica, - Luanda, Abril 1998.

Revistas centíficas e artigos

1. Caderno Económico 2 do Jornal de Angola nº 9004 de 17 de Julho de


2002, página 8.

2. Agenda 21, capítulo 21, IBAM, 2001.

79
ANEXOS

Anexo A- Questionário

1. Classificação dos Funcionários por género: (Marque X):


 Feminino
 Masculino
2. Faixa etária dos funcionários:
 18 à 25 anos
 26 à 35 anos
 36 à 45 anos
 Acima de 45
3. Organização e distribuição da área de trabalho
 Sim
 Não
 As vezes
 Se não, porque?______________________________________
4. Classificação ambiental do país
 Muito satisfeito
 Satisfeito
 Mais ou menos satisfeito
 Insatisfeito
 Muito insatisfeito
5. Satisfação com a participação dos habitantes/população na limpeza das
vias.
 Muito satisfeito
 Satisfeito
 Mais ou menos satisfeito
 Insatisfeito
 Muito insatisfeito
6. Satisfação com o nível na limpeza das vias por intervenção da Elisal
 Muito satisfeito
 Satisfeito
 Mais ou menos satisfeito
 Insatisfeito
 Muito insatisfeito
7. Acerca da segurança física que a empresa oferece
 Muito satisfeito
 Satisfeito
 Mais ou menos satisfeito
 Insatisfeito
 Muito insatisfeito
8. Acerca o ambiente para execução das actividades na empresa
 Muito satisfeito
 Satisfeito
 Mais ou menos satisfeito
 Insatisfeito
 Muito insatisfeito
9. Desenvolvimento da gestão de resíduos em Angola
 Investimento em tecnologia
 Novo conjunto de maquinaria
 Fusão das empresas do ramo
 As três opções apresentadas
10. Motivação dos funcionários
 Melhor Salário
 Reconhecimento
 Crescimento Profissional
 Estabilidade
 Formação
11. Número de vezes determinada para limpeza das vias
 Muito satisfeito
 Satisfeito
 Mais ou menos satisfeito
 Insatisfeito
 Muito insatisfeito
12. Satisfação pelo potencial da reciclagem de Angola pela ELISAL
 Muito satisfeito
 Satisfeito
 Mais ou menos satisfeito
 Insatisfeito
 Muito insatisfeito
13. Satisfação pela influência da reciclagem no peso de ganhos financeiros.
 Muito satisfeito
 Satisfeito
 Mais ou menos satisfeito
 Insatisfeito
 Muito insatisfeito
14. Factor determinante para trabalho em equipa
 Cooperação
 União
 Respeito
 Responsabilidade
 Interacção
15. Satisfação pelo potencial de reciclagem que o nosso país ostenta
 Muito satisfeito
 Satisfeito
 Mais ou menos satisfeito
 Insatisfeito
 Muito insatisfeito
16. O nível de vida dos Angolanos tendo como base o ambiente
 Bom
 Aceitável
 Normal
 Mau
 Péssimo
17. Sugestão para o melhoramento dos trabalhos da ELISAL
 Aumento de brigadas de limpeza
 Sensibilização porta-a-porta
 Campanhas publicitárias
 Seminários em instituições
 Aumento de contentores por 7 vezes

Sugestões livres:
18. Sugestões livres dos funcionários para melhoria da qualidade do
processo de reciclagem dos resíduos sólidos:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
19. Sugestões livres dos funcionários para melhoria da qualidade do
processo de gestão integrada dos resíduos sólidos:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Obrigado pela gentileza!


OBS: Agradecemos que preencha em 48 horas.
Anexo B. Organigrama da Empresa
Figura 3 - Organigrama da Empresa
Presidente do
Conselho de
Admnistração

Centro de
Área social
Saúde

Segurança e higiene de
Recursos trabalho
humanos
Força de trabalho/
Recrtamento

Gabinete do Fiscalizaçã o
Conselho de interna
Admnistração

Marketing e
comunicação

Direcção
jurídica
Engenharia civil e
aterros

Engenharia Ponto de
civil e aterros transferência e
aterros

Admnistração,
Ambiente e Manutenção e
finanças e Operações
fiscalização máquinas
comércio

Operações Admnistração e Planeament o Engenharia e


Operações Ambiente Fiscalização Manutenção
comerciais finanças e estudos maquinaria

Planeamento e Ambiente e Parque e


Comercial Operações Saneamento Contabilidade Finanças Varredura lnspensão Avaliação Transportes
estudos qualidade tráfego

Educação Processamento
Avaliação
ambiental de dados

Fonte: Pesquisa Própria


Anexo C - Análise estatística dos dados
Regressão Simples - Nível na limpeza das vias por intervenção da Elisal Vs Po-
tencial da reciclagem de Angola pela ELISAL
Variável dependente: Nível na limpeza das vias por intervenção da Elisal
Variável independente: Potencial da reciclagem de Angola pela ELISAL
Lineal: Y = a + b*X

Coeficientes
Mínimos Quadrados Estándar Estatístico
Parámetro Estimado Error T Valor-P
Intercepto 24,6154 23,6931 1,03893 0,3752
Pendente -0,230769 1,02916 -0,224231 0,8370

Análisis de Variação
Fonte Soma de Gl Quadrado Meio Razão-F Valor-P
Quadrados
Modelo 34,6154 1 34,6154 0,05 0,8370
Residuo 2065,38 3 688,462
Total (Corr.) 2100,0 4
Coeficiente de Correlação = -0,128388
R-Quadrada = 1,64835 porcento
R-Quadrado (ajustado para g.l.) = -31,1355 porcento
Error estándar del est. = 26,2386
Error absoluto meio = 19,5385
Estadístico Durbin-Watson = 0,944707 (P=0,0773)
Autocorrelação de residuos en retraso 1 = 0,294872

Regressão Simples - Satisfação pelo potencial da reciclagem de Angola pela


ELISAL Vs Satisfação pela influência da reciclagem no peso de ganhos
financeiros.
Variável dependente: Satisfação pelo potencial da reciclagem de Angola pela
ELISAL
Variável independente: Satisfação pela influência da reciclagem no peso de
ganhos financeiros
Lineal: Y = a + b*X

Coeficientes
Mínimos Quadrados Estándar Estatístico
Parámetro Estimado Error T Valor-P
Intercepto 21,4286 11,173 1,91789 0,1510
Pendente -0,0714286 0,452381 -0,157895 0,8846

Análisis de Variação
Fonte Soma de Gl Quadrado Meio Razão-F Valor-P
Quadrados
Modelo 5,35714 1 5,35714 0,02 0,8846
Residuo 644,643 3 214,881
Total (Corr.) 650,0 4

Coeficiente de Correlação = -0,0907841


R-Quadrada = 0,824176 porcento
R-Quadrado (ajustado para g.l.) = -32,2344 porcento
Error estándar del est. = 14,6588
Error absoluto meio = 10,2857
Estadístico Durbin-Watson = 2,57519 (P=0,7172)
Autocorrelação de residuos en retraso 1 = -0,527107
Regressão Simples - Classificação ambiental do país Vs Satisfação pelo poten-
cial de reciclagem que o nosso país ostenta
Variável dependente; Classificação ambiental do país
Variável independente: Satisfação pelo potencial de reciclagem que o nosso
país ostenta

Lineal: Y = a + b*X

Coeficientes
Mínimos Quadrados Estándar Estatístico
Parámetro Estimado Error T Valor-P
Intercepto 20,4167 17,3819 1,1746 0,3249
Pendente -0,0208333 0,687079 -0,0303216 0,9777

Análisis de Variação
Fonte Soma de Gl Quadrado Meio Razão-F Valor-P
Quadrados
Modelo 0,520833 1 0,520833 0,00 0,9777
Residuo 1699,48 3 566,493
Total (Corr.) 1700,0 4

Coeficiente de Correlação= -0,0175035


R-Quadrada = 0,0306373 porcento
R-Quadrado (ajustado para g.l.) =-33,2925 porcento
Error estándar del est. = 23,8011
Error absoluto meio = 14,1667
Estadístico Durbin-Watson = 1,8434 (P=0,1956)
Autocorrelação de residuos en retraso 1 = -0,0550554

Regressão Simples - Satisfação com a participação dos habitantes/população na


limpeza das vias Vs Satisfação com o nível na limpeza das vias por intervenção da
Elisal

Variável dependente: Satisfação com a participação dos habitantes/população


na limpeza das vias
Variável independente Satisfação com o nível na limpeza das vias por
intervenção da Elisal
Lineal: Y = a + b*X

Coeficientes
Mínimos Quadrados Estándar Estatístico
Parámetro Estimado Error T Valor-P
Intercepto 32,8571 15,6518 2,09926 0,1267
Pendente -0,642857 0,546583 -1,17614 0,3244

Análisis de Variação
Fonte Soma de Gl Quadrado Meio Razão-F Valor-P
Quadrados
Modelo 867,857 1 867,857 1,38 0,3244
Residuo 1882,14 3 627,381
Total (Corr.) 2750,0 4

Coeficiente de Correlação = -0,561769


R-Quadrada = 31,5584 porcento
R-Quadrado (ajustado para g.l.) = 8,74459 porcento
Error estándar del est. =25,0476
Error absoluto meio = 14,5714
Estadístico Durbin-Watson = 2,95073 (P=0,8391)
Autocorrelação de residuos en retraso 1 = -0,618257
Anexo D
Análise Multivariados

SnapStat: Comparación Varias Muestras


Gráfico de Dispersión

Muestra Recuento Media Sigma 80


Classificação ambiental
5 do país 20 20,6155
Nível na limpeza
5 das vias Elisal 20 22,9129
População limpeza
5 das vias 20 26,2202 60

respuesta
Potencial reciclagem
5 nosso país20 17,3205
Reciclagem de5 Angola pela ELISAL
20 12,7475
Reciclagem ganhos
5 financeiros 20 16,2019 40
30 20 18,0517

20

0
Classificação
Nível na
População
ambiental
limpeza
Potencial
Reciclagem
das
limpeza
do
reciclagem
Reciclagem
vias
país
de
Elisal
das
Angola
vias
nosso
ganhos
pela
país
financeiros
ELISAL

Gráfico Caja y Bigotes Tabla ANOVA


Suma de Media
Fuente Cuadrados Gl Cuadrado Razón-F
Classificação ambiental do país Entre 0,0 5 0,0 0,00
Dentro de 9450 24 393,75
Nível na limpeza das vias Elisal Total 9450 29

População limpeza das vias Valor-P = 1,0000


Potencial reciclagem nosso país
Verificación de Varianza
Levene's: 0,129887
Reciclagem de Angola pela ELISAL
Valor-P = 0,9841
Reciclagem ganhos financeiros

0 20 40 60 80
respuesta

Gráfico de Medias Gráfico ANOM


Con intervalos LSD del 95,0% Con 95% Límites de Decisión
40 47
LDS=42,93

37 LC=20,00
30
LDI=-2,93
27
Media

Media

20
17

10
7

0 -3
Classificação
Nível na
População
ambiental
limpeza
Potencial
Reciclagem
das
limpeza
do
reciclagem
Reciclagem
vias
país
de
Elisal
das
Angola
vias
nosso
ganhos
pela
país
financeiros
ELISAL Classificação
Nível na
População
ambiental
limpeza
Potencial
Reciclagem
das
limpeza
do
reciclagem
Reciclagem
vias
país
de
Elisal
das
Angola
vias
nosso
ganhos
pela
país
financeiros
ELISAL

Anda mungkin juga menyukai