Introdução 1
1.1 Considerações Iniciais 1
1.2 Características dos SEDs 2
O Problema de Controle 3
2.1 Visão Geral 3
2.2 Modelagem 3
2.3 Especificação do Comportamento do SED 4
2.4 Síntese do Supervisor 4
Linguagens Formais e Autômatos 5
3.1 Linguagens Formais 5
3.2 Autômatos 7
Modelagem de Sistemas a Eventos Discretos 10
4.1 Modelagem dos SEDs por Geradores 10
Teoria de Controle Supervisório 12
5.1 Introdução 12
5.2 O Problema de Controle 14
Conclusões Finais 14
Introdução
1.1 Considerações Iniciais
O desenvolvimento dos estudos de Engenharia de Automação requer o estabelecimento de
alguns conceitos pertinentes a modelos matemáticos de sistemas de processos indus
triais. A formalização matemática nos permite maior compreensão dos sistemas e aplicação d
técnicas de controle. A Engenharia de Automação é imanente a Engenharia de Controle, e
hoje, vemos que as duas são uma parte integral da sociedade moderna. Podemos obser
var ao nosso redor diversas aplicações que vão desde braços robóticos, elevadores, máquinas
de lavar, caixas eletrônicos até foguetes espaciais. O avanço da Engenharia de Automação e
Controle consiste em um dos fatos mais marcantes do século XX e limiar deste século
.
A princípio, convém definir Sistema como “uma combinação de componente que atuam juntos pa
ra realizar uma função não possível com alguma parte individual” (D’AZZO, 2003). Podemos cl
ssificar naturalmente as componentes de um Sistema como subsistemas. Cada compon
ente tem suas características próprias ou configuração interna.
Nas últimas décadas surgiram diversos tipos de sistemas. Sistemas como os de chaveam
ento manual, as manufaturas, os computadores impõem regras lógicas de causa e efeito
em seu funcionamento. Seus sinais são números naturais representando estados lógicos
(on-off, sim-não). Esses sistemas não são descritos por equações diferenciais e sua evoluçã
emporal decorre de eventos instantâneos, repetitivos ou esporádicos. Eles são dinâmicos
num sentido especial, já que respondem a eventos (event-driven).
“Um evento pode ser identificado como uma ação proposital (ligar um interruptor), uma
ocorrência espontânea (perda de conexão com um servidor) ou o resultado de uma verific
ação de temperatura” (COSTA, 2004, p. 3). “Os sistemas dinâmicos a eventos discretos (SED
s) são sistemas que respondem aos eventos discretos externos e internos de acordo
com regras rígidas de causa e efeito ou então com regras estatísticas” (MOURAES; CASTRUC
CI, 2007, p. 6).
1.2 Características dos SEDs
Nesse trabalho, consideramos, especificamente, os sistemas determinísticos. Ou sej
a, aqueles que são regidos por causa e efeito.
Segundo Costa (2004, p. 4), as três características precípuas de um SED são:
Ciclo de funcionamento descrito através do encadeamento de eventos;
Ocorrência de eventos simultâneos;
Necessidade de sincronização;
Exemplo 1
Um exemplo bastante ilustrativo das características de um SED pode ser vislumbr
ado num sistema de manufatura composto por uma esteira, braço robótico e uma máquina (
ver fig. 1). Uma etapa crucial do estudo desse sistema são os eventos e estados re
levantes. Os eventos desse sistema são, por exemplo, mover esteira, colocar peça na
máquina, processar peça na máquina e retirar peça da máquina. Seus estados são, por exemplo
braço robótico livre, braço robótico ocupado, esteira livre para movimentação, esteira com
peça na extremidade. As principais características desse sistema são:
Alguns desses eventos podem ser concorrentes (eventos simultâneos). Tais c
omo: mover esteira e processar peça na máquina ou mover esteira e retirar peça da máquin
a.
Há sincronismo: Por exemplo, para colocar a peça na máquina é imprescindível que o
processamento da peça anterior tenha terminado e que peça tenha sido retirada da máqu
ina.
O sistema muda a cada ocorrência de um evento (encadeamento de eventos). N
o estado esteira com peça na extremidade e braço robótico livre, a ocorrência do evento
colocar peça na máquina muda o estado do sistema para braço robótico ocupado e esteira l
ivre para movimentação.
Ca aesta o e ‘A’ correspon e a uma etermina a informação sobre
a parte a ca eia e e
ntra a já li a. No caso esse exemplo, a informação po eser escrita em instruções curtas
. Para o esta o q2, por exemplo, po emos izer esse esta o é atingi o então o número
e símbolos já li os e a é par e o número e símbolos já li os e b é ímpar.
A linguagem aceita ou
reconheci a por ‘A’ é a linguagem forma a pelas
ca eias em que o
s números e a s e e b s são ambos ímpares. Isso se eve ao fato e que o único esta o
final
é q_3.
Mo elagem e istemas a Eventos Discretos
4.1 Mo elagem os EDs por Geraores
Para mo elar um ED precisamos escrever com minúcia seu funcionamento. egun o Co
sta (2004) os geraores são mais compatíveis com a representação os EDs, logo evemos
utilizar essa abor agem para mo elá-los.
Em síntese,
é necessário
eterminar um conjunto
eesta os finitos o sistema, um conj
unto e eventos que escreve as transições e esta o, um conjunto e esta os marca o
s que representam
tarefas concluí
as e as variáveis que se quer analisar.
A partir esses conjuntos po emos executar uma construção gráfica o mo elo, e acor o
com Costa (2004), uma forma lacônica e se realizar essa tarefa consta os seguin
tes passos:
Desenhe um círculo com uma
seta que não ésaí a e nenhum esta o para representa
r o esta o inicial. Esse esta o eve seretiqueta o com um número ou com o nome qu
e escreve a situação o sistema no esta o inicial.
Desenhe outros
círculos para representar os emais esta os o sistema, mar
ca os ou não marca os. Esses esta os também evem ser etiqueta os com uma numeração cres
cente, a partir o número 1, ou com termos que escrevem a situação o sistema em ca a
esta o.
Para os esta os que representam tarefas completa as (esta os marca os),
esenhe outro círculo interno.
Conecte
os círculos esenha os e numera os por meio e arcos etiqueta os c
om a função e transição que escreve a ação ou evento que provoque a mu
ança e esta o o
tema, caso exista alguma função
e transição
possível entre esses esta os. e não houver tr
nsição possível não eve ser esenha o nenhum arco.
Exemplo 6
Consi ere o sistema e manufatura o exemplo 1. O sistema agora é composto pela es
teira, braço robótico (br), local e armazenamento
as peças
a serem processa as (la),
- inicialmente
com sua capaci a e para uas peças, local e armazenamento as peças
processa as (lp) e a máquina e processamento
(mp). O braço robótico transporta
a peça
processa a a máquina para o local e armazenamento as peças processa as. Ele também
transporta
as peças a serem processa as para a máquina. Esse sistema apresenta 11 es
ta
os iferentes, os quais são escritos
na tabela 2. Definimos como esta os marca
os com pelo menos uma peça processa a.
Tabela 2: Esta os o sistema
Esta os ituação o sistema
Estao inicial (0) la com 2 peças, lp vazio, mp livre, br livre
Estao 1 la com 1 peças, lp vazio, mp livre,
br com peça
Estao 2 la com 1 peças, lp vazio, mp ocupaa, br livre
Estao 3 la com 1 peças, lp vazio, mp ocupa a (processan o), br livre
Estao 4 la com 1 peças, lp vazio, mp livre, br com peça
Estao 5 la com 1 peças, lp com 1 peça, mp livre, br livre
Estao 6 la vazio, lp com 1 peça, mp livre,
br com peça
Estao 7 la vazio, lp com 1 peça, mp ocupaa, br livre
Estao 8 la vazio, lp com 1 peça, mp ocupa a (processan o), br livre
Estao 9 la vazio, lp com 1 peça, mp livre, br com peça
Esta o 10 la vazio, lp com 2 peças, mp livre, br livre
Esta os marcaos: 0,4 e 10;
Eventos: α – r pe r peç , β – r solt r peç , γ - mp process r peç , μ – peç p
A sequênci de construção do modelo está mostr d n fiur 3.
Fiur 3: Construção dos Est dos
Que tõe
Modele por um erador uma máquina de vender refrierante , na qual trê tipo de ref
rierante nela ão encontrado . O u uário coloca uma ficha e pre iona a tecla que
determina qual refrierante de eja. e o refrierante olicitado e tiver em falt
a, a ficha é devolvida. Ca o contrário, o refrierante é entreue ao u uário. Con idere
que o número de refrierante é infinito, de forma que, a redução no número de refrierant
e da máquina, não defina um novo e tado, ma um retorno ao e tado inicial.
Em ínte e, exi tem trê tipo de refrierante . A tecla que determina a e colha do
refrierante repre enta um evento para a máquina. Vamo upor que não é po ível pre io
nar dua ou mai tecla ao me mo tempo. Loo, adotamo que o tipo de refriera
nte ão “ chin-cola”, “tubaína zero” e “uaraná imba”. Além di o, é nece ário colocar u
receber o refrierante e não havendo o refrierante olicitado a ficha é devolvida
ao u uário.
Em uma máquina de refrierante comum exi te um compartimento de aída na máquina para
a lata e um compartimento de aída para a ficha . Também há en ore para verificar
e há ficha e e um dado tipo de refrierante e tá di ponível. Não devemo entrar no méri
to de funcionamento de e en ore apena devemo ob ervar que ne e problema q
uando um dado tipo de refrierante
e tá di ponível o en or refri erante di ponível at
ua (τ),
senão o sensor refrigeran e indisponível
a ua (η).
Os es ados marcados
ocorrem
quando a la a encon
ra-se
no compar imen o
de saída ou
quando
a fic a de en rada vai para o compar imen o de devolução de fic a.
Supon a que a máquina opere de seguin e forma:
Assim que é ligada,
a máquina aguarda a fic a (es ado inicial).
Após
receber a fic a, a máquina aguarda o usuário selecionar uma das seguin es
bebidas: “sc in-cola”, “ ubaína zero” e “guaraná simba”.
Quando o usuário seleciona a bebida a máquina verifica se á o ipo selecionad
o.
Se exis e o ipo selecionado pelo usuário, a máquina fornece a la a no compa
r imen o de saída.
Para um sistema com um buffer de entrada e um de saída, dois braços robóticos, uma est
eira e duas máquinas de processamento, faça seu mode o por um autômato considerando qu
e ne e sempre o braço robótico 1 pega peças no ugar de matéria prima (itens de entrada)
e pode evar para a máquina 1 e de a, à esteira. O braço robótico 2 pode pegar peças na e
steira e evar para a máquina 2 e de a retirar para co ocar no buffer de saída. No
ugar de matéria prima, sempre está chegando novos itens para serem processados, gara
ntindo que neste ugar, sempre há 10 peças. Por outro ado, no buffer de saída, sempre
há o consumo dos itens processados. A esteira sempre gira quando é co ocada uma peça
sobre e a, de forma a evar o item processado pe a máquina 1, para a posição que o br
aço robótico 2 possa evar para a máquina 2.
a. Quais são os eventos não contro áveis?
b. Defina a inguagem K que determina a produção de mais de três peças por vez e,
seguindo os passos do A goritmo da Construção da SupC(L), encontre um
supervisor para esta especificação.
c. A inguagem do supervisor encontrado rea iza a tarefa desejada?
d. Este supervisor é comp eto?
a) Os eventos não contro áveis são aque es que estão sempre em atividade independentemen
te do contro e e aque es eventos que não estão previstos no funcionamento norma . Ne
ste caso os eventos não contro áveis podem ser a fa ta de energia, o fim do processo
de uma peça , uma avaria na máquina ou no braço robótico e o movimento da esteira sempr
e que uma peça é co ocada sobre e a.
b) A inguagem K é definida como a inguagem da especificação de comportamento, ou sej
a, o que se deseja que o SED rea ize. A inguagem K então é:
LEGENDA:
BF1 Buffer1; BF2 Buffer2; BR1 Braço Robótico 1; BR2 Braço Robótico 2
M1 Máquina 1; M2 Máquina 2; ES1 Esteira na Esquerda; ES2 Esteira na Direita; P1 Peça 1
eça 2; P3 Peça 3.
ESTADOS
S0: P1, P2 e P3 em BF1;
S1: P1 em BR1, P2 e P3 em BF1;
S2: P1 em M1, P2 e P3 em BF1;
S3: P1 em M1, P2 em BR1 e P3 em BF1;
S4: P1 em M1, P2 em M1, P3 em BF1;
S5: P1 em M1, P2 em M1, P3 em BR1;
S6: P1 em M1, P2 em M1, P3 em M1;
S7: P1 em BR1, P2 em M1, P3 em M1;
S8: P1 em ES1, P2 em M1, P3 em M1;
S9: P1 em ES2, P2 em BR1, P3 em M1;
S10: P1 em BR2, P2 em BR1, P3 em M1;
S11: P1 em M2, P2 em BR1, P3 em M1;
S12: P1 em M2, P2 em ES1, P3 em M1;
S13: P1 em M2, P2 em ES2, P3 em BR1;
S14: P1 em M2, P2 em BR2, P3 em BR1;
S15: P1 em M2, P2 em BR2, P3 em ES1;
S16: P1 em M2, P2 em M2, P3 em ES2;
S17: P1 em M2, P2 em M2, P3 em BR2;
S18: P1 em M2, P2 em M2, P3 em M2;
S19: P1 em BR2, P2 em M2, P3 em M2;
S20: P1 em BF2, P2 em M2, P3 em M2;
S21: P1 em BF2, P2 em BR2, P3 em M2;
S22: P1 em BF2, P2 em BF2, P3 em M2;
S23: P1 em BF2, P2 em BF2, P3 em BR2;
S24: P1 em BF2, P2 em BF2, P3 em BF2.
Matriz de Transição A:
S0 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8
S9 S10 S11 S12 S13 S14 S15 S16 S17 S18
S19 S20 S21 S22 S23 S24
S0 ω
S1 α
S2 ω
S3 α
S4 ω
S5 α
S6 γ
7 δ
8 γ
9
ε
10
ζ
S11
δ
12
γ
13
ε
14
δ
15
ζ
S16
ε
17
ζ
S18
θ
S19
μ
20
θ
S21
μ
22
θ
S23
μ
24 ω
C) A t ref pode ser re liz d com implement ção do supervisor el or do no item 2
, desde que sej m feit s l um s consider ções, como:
As Máquin s 1 e 2 são c p zes de process r vári s peç s o mesmo tempo, em comp
rtimentos sep r dos, sendo ssim o término do processo de c d peç independente.
Há sensores de presenç n esteir que identific m peç que che o l do de
entr d (esquerdo) e utom tic mente(sem controle)
lev o l do s íd ( direit
o). Assim que peç é retir d pelo r ço ro ótico 2 esteir volt utom tic mente p
r o l do de entr d .
D) Este supervisor pode ser consider
do é completo, pois foi el or d um su lin
u em K’ que solucion o pro lem do supervisor, contudo, restrine seus result d
os o mínimo tolerável. Assim supC(L) evit pro lem s de execução de um t ref , evit
ndo loqueios e rejeições.
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