1
Acadêmica do X semestre do Curso de Ciências Farmacêuticas ‒ Universidade Feevale, Campus II,
RS 239, 2755 ‒ CEP 93352-000 ‒ Novo Hamburgo-RS - Brasil. Telefone: (51) 9755-7835; e-mail:
carinaportilho@pop.com.br.
2
Docente do Curso de Ciências Farmacêuticas ‒ Universidade Feevale, Campus II, RS 239, 2755 ‒
CEP 93352-000 ‒ Novo Hamburgo-RS - Brasil. Telefone: (51) 3586-8800; e-mail:
magdaperassolo@feevale.br.
3
Docente do Curso de Ciências Farmacêuticas e Biomedicina ‒ Universidade Feevale, Campus II, RS
239, 2755 ‒ CEP 93352-000 ‒ Novo Hamburgo-RS- Brasil. Telefone: (51) 3586-8800; e-mail:
ednafarm@yahoo.com.br.
Recebido em 29/10/2009 ‒ Aceito em 04/05/2010
RESUMO: Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) são indicados como analgésicos, anti-
inflamatórios e antitérmicos. Em geral, esses efeitos estão relacionados à inibição inespecífica das
isoformas da enzima cicloxigenase (COX). Devido a essa inibição inespecífica, seu uso pode levar a
diversos efeitos colaterais. Os inibidores seletivos de cicloxigenase-2 (COX-2), conhecidos como
coxibes, foram desenvolvidos com a vantagem de inativar especificamente a cicloxigenase induzível
(COX-2) e preservar a cicloxigenase constitutiva (COX-1). Inicialmente, os coxibes foram
apresentados como anti-inflamatórios relativamente tão eficazes quanto alguns dos AINEs, e
seguros no tratamento de processos inflamatórios agudos e crônicos. No entanto, os seus efeitos
tóxicos ainda não estão totalmente documentados. Nesse contexto, este estudo tem como objetivo
realizar uma breve revisão sobre os coxibes, principalmente quanto aos seus riscos e benefícios, por
meio de revisão sistemática referente ao tema proposto, em banco de dados pertencentes ao Scielo,
Bireme, PubMed/MEDLINE, Lilacs e Google Acadêmico, entre outros, bem como livros especializados
publicados no período de 1999 a 2009. Os termos de busca empregados foram: anti-inflamatórios,
COX-2, coxibes, riscos, benefícios anti-inflammatory drugs, COX-2, coxibs, risks, benefits.
Palavras-chave: anti-inflamatórios, COX-2, coxibes, riscos, benefícios.
Silva, P. C; Perassolo, M. S., Suyenaga, E. S./Revista Eletrônica de Farmácia Vol 7(2), 14 - 33,
2010.
ativo ligante da COX-2, o que resulta numa horas. Ligam-se às proteínas plasmáticas em
influência do volume molecular do inibidor cerca de 87 a 97%. São metabolizados em
sobre a seletividade à isoforma da enzima nível hepático, sendo excretados
(GARG et al., 2003; SANTOS et al., 2007). principalmente por via renal (KOROLKOVAS,
A classe dos coxibes, de forma geral, é 2004/2005; KOROLKOVAS, 2008/2009).
bem absorvida por via oral, atinge a No Quadro 1 temos as principais
concentração plasmática de 1 a 3 horas depois informações sobre os coxibes quanto à
da administração e possui biodisponibilidade indicação, posologia, contra-indicações e
de cerca de 90%. Os coxibes apresentam potenciais interações farmacológicas.
tempo de meia-vida média de cerca de 15
Lumiracoxibe A dose indicada na Gravidez e lactação, O uso concomitante com Santos et al.,
osteartrite é de 100 sangramento varfarina pode prolongar o 2007;
mg/dia. Para gastrintestinal, úlcera tempo de protrombina, pode Korolkovas,
sintomas da gástrica e insuficiência aumentar o risco de ulcera 2008/2009.
dismenorreia a dose hepática ou renal gastrintestinal quando usado
é de 400 mg/dia no grave. É necessária junto com ácido acetilsalicílico.
Devido aos coxibes agirem com alta misoprostol se mostra eficaz na redução de
especificidade sobre a COX-2, sem afetar a eventos gastrintestinais, porém, no Brasil o
produção de COX-1, estes apresentariam uma seu uso é dificultado por um controle
importante vantagem na escolha terapêutica. governamental fortemente restritivo. Deve ser
Quando os diversos anti-inflamatórios considerado também que o incremento de
disponíveis no mercado são comparados, custos gerado por essa coprescrição, assim
considerando seus preços, análises como a dificuldade em obter uma boa adesão
farmacoeconômicas podem mostrar que o ao tratamento (GUTTHANN; GARCIA;
produto mais barato não necessariamente RAIFORD, 1997; BURKE et al., 2001).
apresenta o menor custo global ou o melhor Em outros grupos de pacientes, o uso de
conjunto de vantagens (SINGH, 2000; celecoxibe pode ser entendido como uma
FOLLADOR; CHINZON; CHAHADE, 2009). prescrição favorável sob o trinômio risco-
O uso de métodos farmacoeconômicos benefício-custo, especialmente para usuários
para comparação entre os coxibes e os anti- crônicos. Medidas de subsídio ou apoio à
inflamatórios não seletivos mostrou que os utilização desse produto deveriam ser
primeiros têm uma boa relação entre custo, avaliadas por gestores de sistemas de saúde
benefício e risco. Embora a sua efetividade que, em última análise, arcam com os custos
seja comparável aos não seletivos, verificou- de tratamento das reações adversas graves
se que os riscos de morbimortalidade foram que ocorrem com os usuários de AINEs
duas vezes menores para a população em (FOLLADOR; CHINZON; CHAHADE, 2009).
geral (FOLLADOR; CHINZON; CHAHADE,
2009). ESTUDOS CLÍNICOS ENVOLVENDO
Em pacientes sob risco de COXIBES
desenvolvimento de complicações Simon e colaboradores (1999)
gastrintestinais, a utilização de coxibes se realizaram um estudo multicêntrico,
mostra mais econômica, justificando a randomizado, controlado e duplo-cego, com
prescrição tanto sob o ponto de vista clínico acompanhamento por 12 meses, envolvendo
quanto financeiro, porém, para aqueles sem 1.149 pacientes, entre pacientes que
restrição, pode ser uma escolha de custo receberam placebo e os tratados com
elevado (FENDRICK et al., 2002). Além disso, celecoxibe (100 mg, 200 mg ou 400 mg,
o custo do coxibe, em monoterapia, é mais 2x/dia) e naproxeno (500 mg 2x/dia). A
vantajoso do que o uso de associações entre incidência de úlceras diagnosticadas por
AINEs não seletivos, inibidores da secreção endoscopia foi de 4% para os pacientes
gástrica cloridropéptica, como o misoprostol e tratados com placebo, 4 a 6% para os
os inibidores de bomba de prótons, bem como tratados com celecoxibe em doses variando de
em algumas opções de AINEs isolados. O
Silva, P. C; Perassolo, M. S., Suyenaga, E. S./Revista Eletrônica de Farmácia Vol 7(2), 14 - 33,
2010.
associação de inibidores COX-2 (SMINIA et al., maior dependência das prostaglandinas renais
2005; YU; FUNK, 2007). vasodilatadoras para o adequado
funcionamento desse órgão, por exemplo:
RISCOS DO USO DE ANTI- idosos, indivíduos com insuficiência cardíaca,
INFLAMATÓRIOS SELETIVOS COX-2 doenças renais prévias, diabéticos, cirróticos,
Os efeitos tóxicos dos coxibes ainda não hipovolêmicos (KUMMER; COELHO, 2002;
estão totalmente documentados. Há relatos de MICHELIN et al., 2006).
ocorrência de reações adversas graves em Já em adultos jovens, sem história
pacientes portadores de doenças prévia de alterações renais, os AINEs não
cardiovasculares que utilizaram coxibes por parecem interferir na função desse órgão
um longo período (FOLLADOR; CHINZON; podendo ser indicados sempre que necessário
CHAHADE, 2009). (HARRIS; BRATER, 2001; MICHELIN et al.,
A seguir, os principais efeitos 2006).
prejudiciais desses fármacos sobre a função Em indivíduos normotensos, a pressão
renal, hepática, pancreática, sistema sanguínea e a função renal não são
cardiovascular e função plaquetária, sistema significativamente afetadas pelos inibidores
nervoso central, função uterina e ovariana. seletivos da COX-2. Entretanto, em pessoas
com depleção de sódio existe aumento na
1 Função renal expressão da COX-2 nos tecidos renais, e a
Em quadro de hipovolemia, o sistema inibição dessa enzima está associada à
renina-angiotensina-aldosterona renal é diminuição no ritmo de filtração glomerular e
ativado, o que contribui para vasoconstrição aumento na reabsorção tubular de sódio,
sistêmica e maior reabsorção de sódio e água, originando edema e hipertensão arterial. Esses
na tentativa de manter níveis tensionais efeitos são pouco evidentes em pessoas
adequados. Ao mesmo tempo, a angiotensina saudáveis que ingerem quantidades normais
provoca síntese de prostaglandinas renais de sódio na dieta, mas são frequentes em
vasodilatadoras, as quais são sintetizadas às idosos, pacientes com diabetes mellitus,
custas da COX-1 (LIPSKY, 2000), a qual está doença cardíaca congestiva, síndrome de
presente no endotélio, glomérulo e ductos Bartter e pessoas com dieta rica em sódio
coletores renais. (BRICKS; SILVA, 2005; ORLYVARDENY;
As prostaglandinas são originadas a SCOTT; SOLOMON, 2008).
partir da COX-1, com a inibição de
prostaglandinas por fármacos, esse 2 Função hepática e pancreática
mecanismo protetor falha, podendo ocasionar Relatos de casos mostraram que o
isquemia e dano renal irreversível. celecoxibe foi associado ao desenvolvimento de
Determinados pacientes encontram-se em hepatite e pancreatite (CARILLO-JIMENEZ;
Silva, P. C; Perassolo, M. S., Suyenaga, E. S./Revista Eletrônica de Farmácia Vol 7(2), 14 - 33,
2010.
eficazes que os demais anti-inflamatórios não elevado. A prescrição de coxibes deve ser
esteroides (AINEs) não seletivos para as reservada a pacientes com alto risco
indicações aprovadas; principalmente para os gastrintestinal, sendo contra-indicado na
pacientes sem restrição gástrica, uma vez que doença coronariana e cerebrovascular
se tem observado índices significativos de estabelecida. Quanto aos possíveis benefícios
reações indesejáveis, em especial o risco de desses fármacos contra o câncer e Doença de
acidentes cardiovasculares. Além disso, a Alzheimer, ainda há poucos estudos a
CATEME considerou ainda, que não há prova respeito, sendo necessárias mais pesquisas
conclusiva de eficácia e segurança na faixa para avaliar essa sua aplicação terapêutica.
pediátrica para os coxibes registrados no O papel do farmacêutico é de suma
Brasil, sendo desaconselhável a prescrição importância, tanto para realização de estudos
para esse grupo de pacientes (ANVISA, 2005). a respeito dessa classe de fármaco quanto
Dessa forma, é prudente adotar uma para orientações aos pacientes e prescritores,
atitude de cautela em relação aos coxibes, que além dos efeitos adversos, possíveis
permanecem no mercado, evitando seu uso, interações medicamentosas e contra-
como medicamentos de primeira linha, uma indicações, dando ênfase aos potenciais riscos
vez que não é evidenciada vantagem cardiovasculares e renais.
terapêutica, além de apresentar custo mais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA. Câmara Técnica de Medicamentos ‒ CATEME ‒ Riscos e benefícios dos inibidores seletivos
de COX-2: recomendações da Câmara Técnica de Medicamentos (CATEME) Brasília: Cateme, 2005.
Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/cateme/cox2.htm>. Acesso em: 23 abr.
2009.
ARAUJO LF et al. Eventos cardiovasculares: um efeito de classe dos inibidores de COX-2. Arquivo
Brasileiro de Cardiologia,2005, 85(3): 222-229.
BEEJAY V,, WOLFE MM. Cyclooxygenase-2 selective inhibitors: panacea or flash in the pan?
Gastroenterology, 1999, 117: 1002-1005.
BEIRNE JP, CAIRNS SR. Cholestatic hepatitis in association with celecoxib. British Medical Journal,
2001, 23: 323,.
Silva, P. C; Perassolo, M. S., Suyenaga, E. S./Revista Eletrônica de Farmácia Vol 7(2), 14 - 33,
2010.
BLANDIZZI C et al. Role of coxibs in the strategies for gastrointestinal protection in patients
requiring chronic non-steroidal anti-inflammatory therapy. Pharmacological Research, 2009, 59: 90-
100.
BRICKS LF, SILVA CAA. Toxicidade dos anti-inflamatórios não hormonais. Pediatria (São Paulo),
2005, 27(3): 181-193.
BURKE TA et al. A framework for evaluating the clinical consequences of initial therapy with NSAIDs,
NSAIDs plus gastroprotective agents, or celecoxib in the treatment of arthritis. Pharmacoeconomics,
2001, 19(1): 33-47.
BUTTGEREIT F, BURMESTER GR, SIMON LS. Gastrointestinal toxic side effects of nonsteroidal
antiiflammatory drugs and cyclooxygenase-2 specific inhibitors. American Journal of Medicine, 2001
110: 13-19.
CAIRNS JA. The coxibs and traditional nonsteroidal anti-inflammatory drugs: a current perspective
on cardiovascular risks. Canadian Journal of Cardiology, 2007, 23(2): 125-131.
CANNON CP et al. Cardiovascular outcomes with etoricoxib and diclofenac in patients with
osteoarthritis and rheumatoid arthritis in the Multinational Etoricoxib and Diclofenac Arthritis Long-
term (MEDAL) programme: a randomized comparison. Lancet, 2006, 368(9549): 1771-1781.
CARVALHO WA, CARVALHO RDS, SANTOS FR. Analgésicos inibidores específicos da ciclooxigenase-
2: avanços terapêuticos. Revista Brasileira de Anestesiologia, 2004, 54(3): 448-464.
CATELLA LF, CROFFORD LJ. Cyclooxygenase inhibition and thrombogenicity. American Journal of
Medicine, 2001, 110:28-32.
Silva, P. C; Perassolo, M. S., Suyenaga, E. S./Revista Eletrônica de Farmácia Vol 7(2), 14 - 33,
2010.
CHAHADE WH, GIORGI RDN, SZAJUBOK JCM. Anti-inflamatórios não hormonais. Einstein, 2008,
6(1): 166-174.
CRAIG CR, STITZEL RE. Farmacologia moderna com aplicações clínicas. 6. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2005.
CURVÊLLO VP, OKAMOTO T, MILANEZI LA. Efeito do anti-inflamatório não esteroidal Rofecoxib
(Vioxx®) no processo de reparo ósseo em tíbias de ratos estressados: estudo microscópico. Revista
Gaúcha de Odontologia, 2008, 56(3): 309-314.
DAHL V, AEDER JC. Non-opioid postoperative analgesia. Acta Anaesthesiologica Scandinavica, 2000,
44: 1191-1203.
FENDRICK AM. et al. Role of initial NSAID choice and patient risk factors in the prevention of NSAID
gastropathy: a decision analysis. Arthritis & Rheumatism, 2002, 47: 36-43.
FITZGERALD GA. COX-2 and beyond: approaches to prostaglandin inhibition in human disease.
Nature Reviews Drug Discovery, 2003, 2(11): 879-890.
PATRONO C. The coxibs, selective inhibitor of cyclooxygenase-2. The New England Journal of
Medicine, 2001, 345: 433-442.
FOLLADOR W, CHINZON D, CHAHADE WH. Estudo farmacoeconômico de AINEs não seletivos versus
celecoxibe. Revista Brasileira de Medicina, 2009, 61(10):665-671.
GARG R et al. Cyclooxygenase (COX) inhibitors: a comparative QSAR study. Chemical Reviews,
2003, 103: 703-731.
Silva, P. C; Perassolo, M. S., Suyenaga, E. S./Revista Eletrônica de Farmácia Vol 7(2), 14 - 33,
2010.
GUTTHANN SP, GARCIA RLA, RAIFORD DS. Individual nonsteroidal antiinflammatory drugs and other
risk factors for upper gastrointestinal bleeding and perforation. Epidemiology, 1997, 8(1): 18-24.
HARRIS CJ, BRATER DC. Renal effects of cyclooxygenase-2 selective inhibitors. Current Opinoin in
Nephrology and Hypertension, 2001, 10: 603-610.
KAM PCA, SO A. COX-3: uncertainties and controversies. Current Anaesthesia & Critical Care, 2009,
20: 50-53.
KNOWLES S, SHAPIRO L, SHEAR NH. Should celecoxib be contraindicated in patients who are
allergic to sulfonamides? Revisiting the meaning of “sulfa” allergy. Drug Safety Journal, 2001, 24:
239-247.
LIPSKY PE. Unresolved issues in the role of cyclooxygenase-2 in normal physiologic processes and
disease. Archives of Internal Medicine, 2000, 160: 913-920.
NUSSMEIER NA, WHELTON AA, BROWN MT. Complications of the COX-2 inhibitors parecoxib and
valdecoxib after cardiac surgery. The New England Journal of Medicine, 2005, 352(11) 1081-1091.
PERRUZZI L et al. Neonatal end-stage renal failure associated with maternal ingestion of COX-2
selective inhibitor nimesulide as tocolytic. Lancet, 1999, 354(9190): 1615.
ROSÁRIO NA, RIBEIRO AC. Achados clínicos da sensibilidade a analgésicos e anti-inflamatórios não
hormonais. Revista da Associação Médica Brasileira, 2000, 46(3): 201-206.
SANTOS JL et al. Síntese e modelagem molecular do novo derivado indolinônico como candidato a
anti-inflamatório COX-2 seletivo. Revista de Ciências Farmacêuticas Básicas e Aplicadas, v, 2007,
28(2): 235-240.
SCHNITZER TJ. Cyclooxygenase-2 specific inhibitors: are they safe? American Journal of Medicine,
2001, 110: 46-49.
SJODAHL R. Extent, mode and dose dependence of anticancer effects. American Journal of Medicine,
2001, 110: 66-69.
SMINIA P et al. COX-2 inhibitors act as radiosensitizer in tumor treatment. Biomedicine &
Pharmacotherapy, 2005, 59: 272-275.
Silva, P. C; Perassolo, M. S., Suyenaga, E. S./Revista Eletrônica de Farmácia Vol 7(2), 14 - 33,
2010.
TILLEY Sl, COFFMAN TM, KOLLER BH. Mixed messages modulation of inflammation and immune
responses by prostaglandins and thromboxanes. The Journal of Clinical Investigation, 2001, 108:
15-23.
YAKSH TL et al. The acute antihyperalgesic action of nonsteroidal, anti-inflammatory drugs and
release of spinal prostaglandin E2 is mediated by the inhibition of constitutive spinal
cyclooxygenase-2 (COX-2) but not COX-1. The Journal of Neuroscience, 2001, 21: 5847-5853.
YU, Ying, FUNK CD. A novel genetic model of selective COX-2 inhibition: comparison with COX-2 null
mice. Prostaglandins & other Lipid Mediators, 2007, 82:77–84.
ZARRAGA IGE, SCHWARZ ER. Coxibs and heart disease. What we have learned and what else we
need to know. Journal of the American College of Cardiology, 2007, 49(1): 1-147.