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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

Curso: Licenciatura em Ciências da Computação

Disciplina: Metodologia da Pesquisa Científica

Professoras: Sheila Rangel

Aluno: Daniel Tosta Rêgo

Polo: Dias Dávila

RESENHA CRÍTICA SOBRE O FILME

“O PONTO DE MUTAÇÃO”

Referências bibliográficas;
CAPRA, Bernt A. The Turning Point (Mindwalk) / O Ponto De Mutação.
Local: Monte Saint-Michel, Normandia, França. Produtora Atlas. 1990. 1 hr
52 min.

O diretor do filme se baseia no livro do mesmo nome, “O Ponto de Mutação”,


escrito por Fritjjof Capra, publicado em 1983. No livro, o autor aborda a
necessidade de mudanças rápidas nas atitudes para se encontrar a solução
dos grandes problemas que acometem o mundo. O escritor conduz, através da
leitura, a uma reflexão sobre algumas descobertas na área da Física ocidental
sob a ótica dos conceitos da filosofia oriental; levando os leitores a pensar e
analisar o fato de que não se pode separar um problema para se resolver
separadamente do seu contexto, ao contrário, por ser parte de um todo ele
deve ser visto holisticamente; como um relógio (todo), que é composto por
pequenas engrenagens (partes). O imenso relógio na sala onde os três se
encontram desencadeia toda a discussão. Capra analisa a realidade
apresentada sob os mais variados ângulos das ciências, tais como a
psicologia, a sociologia, a economia, a matemática e a medicina. Tanto o livro,
como o filme apresentam a ideia de que todo ponto de mutação resume-se na
transição do velho para o novo, na renovação, e isso tendo como ponte de
acesso a percepção, a visão que o homem tem do mundo e o que nele o
incomoda.
O filme trata do encontro de três pessoas num castelo medieval de Mont Saint
Michel, no litoral da França: um candidato à presidência dos Estados Unidos,
desmotivado pelo fato de não poder ter um discurso próprio, mas, sim, ter que
repetir o que seus assessores acham que as pessoas querem ouvir dele; uma
cientista, especialista em Física, cujos ideais são traídos ao ver a intenção do
uso militar em sua pesquisa e um dramaturgo (poeta) em crise de meia idade
que quer fugir da eterna competitividade das grandes metrópoles. Nesse
encontro os personagens, em suas reflexões sobre o papel dos mecanismos
que regem o mundo, levam a uma cogitação de uma nova realidade,
estabelecendo uma relação entre todas as coisas, baseando-se em discursos
como os de Descartes e Einstein, além de abordar paradigmas da ecologia, da
política, da poesia, dentre outras, para, enfim, formularem uma ideia padrão de
futuro.
Ao ser convidada para entrar na conversa entre o político e o poeta, a cientista
critica o fato de os políticos veem a natureza sob o paradigma do método
cartesiano, preconizado por René Descartes. O político até aceita algumas
ideias da cientista, mas questiona como efetivar essas ideias na política e
como levar as pessoas a entenderem. A resposta da cientista é: para
alcançarmos o outro, nos fazer entender pelo outro, temos, primeiro, que
mudar a nossa forma de ver o mundo.
O filme propõe uma análise da crise na sociedade de um modo geral ao
abordar a fundamentação das atitudes humanas baseadas no individualismo;
essa situação é fomentada pela educação, pela cultura, pela ideologia, na
promoção e manutenção de conceitos e valores que justificam e racionalizam,
nas relações interpessoais, sentimentos nada saudáveis na humanidade, tais
como a avareza, o egoísmo, etc.
A conclusão do filme é que estamos em uma fase de transição, que para a
sobrevivência da humanidade faz-se necessária a mudança de valores e
atitudes que estão implícitos na nossa cultura individualista, no materialismo
que impera na sociedade, na falta de consideração pelo nosso planeta; essa
mudança radical deve ser fruto de uma conscientização individual, indo da
parte para a alteração do todo. Uma prova dessa busca pela mudança é a
preocupação com a sustentabilidade do planeta, que mesmo incipiente, vem
promovendo mudanças consideráveis e relevantes.
A sugestão é que esse filme seja assistido mais de uma vez e a leitura, além
de se buscar algumas leituras complementares – Descartes, Marx, etc - , deve
ser feita mais de uma vez também.

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