O documento Orientações e Ações para a Educação das Relações
Étnico-Raciais é resultado de um trabalho de pesquisadores e educadores e foi apresentado pela SECAD/MEC, este documentos dispõem-se a detalhar uma política educacional que reconheça a diversidade ética-racial.
Os 118 nos da lei Aurea não foram o suficientes para resolver uma série de problemas com relação ao racismo. Negros e negras lutam por espaço na sociedade brasileira e pelo respeito á sua cultura que é vasta e rica.
A realização de estudos e pesquisas sobre relações raciais nas escolas
brasileiras tem ocorrido desde o final dos anos 1970, quando se vai perceber uma considerável presença de estudantes negros nas universidades públicas. Em relação ao acesso a escolas públicas, é possível inferirmos que a partir da segunda metade do século XIX há maior evidência da participação dos negros em processos de escolarização.
2. ENSINO FUNDAMENTAL
Estudos apontam o quanto o racismo está presente nas instituições de
ensino, tanto nos livros didáticos, nas relações entre professores e alunos e alunos e alunos quanto nas práticas pedagógicas.
Com isso há a necessidade do reconhecimento dos limites impostos
perante o propósito de instaurar um ambiente de trabalho propício a valorização da diversidade. A escola deve ser um ambiente em que se deve haver dialogo acompanhado do bem-estar de todos. Apresentando praticas pedagógicas para a inserção do tema no ensino fundamental, este documento vem para contribuir com o trabalho pedagógico escolar. Para isso há a necessidade da aplicação de uma visão de aspectos constitutivos da visão africana, por quanto desconhecido pelo sistema de educação brasileiro, com itens como ancestralidade, solidariedade entre outros, de forma que os educadores possam partir do reconhecimento dos valores civilizatórios africanos para efetivação dos conhecimentos.
O docente precisar estar incluído na escolha de temas a serem
trabalhados para o planejamento curricular, e mesmo que seja um desafio, a comunidade escolar também deve fazer parte dessas escolhas. Nesse currículo devem existir ideias que de forma direta ou indiretamente possam afetar o processo de aprendizagem dos alunos, por remeterem a atos discriminatórios de diferentes fontes. Em um país com uma imensa diversidade cultural, é possível ver uma imensidade de lacunas nos conteúdos das escolas, no que diz respeito a referências históricas, culturais, linguísticas, podendo assim dar maior importância ao fortalecimento da autoestima das crianças e jovens. Ser negro ou não, vai além da cor da pele, é identificar-se enquanto negro, sentir-se pertencente a esse grupo racial, orgulhar-se de sua história, de sua cultura. Assim sendo, se desde que nascem as crianças negras recebem uma educação que só valoriza a cultura do branco, as características físicas, o modo de falar, de vestir e se comportar e lhes é incutida uma ideia negativa da população negra, a qual descendem, é de certa forma natural que tenham aversão a esse povo, ou seja, a si mesmo, e a tudo que o pertença. Daí a importância de uma educação anti-racista, que valorize a história e cultura afro- brasileira, na construção, em estudantes negros, de uma identidade “positiva”. Apresentando praticas pedagógicas para a inserção do tema no ensino fundamental, este documento vem para contribuir com o trabalho pedagógico escolares. Para isso há a necessidade da aplicação de uma visão de aspectos constitutivos da visão africana, por quanto desconhecido pelo sistema de educação brasileiro, com itens como ancestralidade, solidariedade entre outros, de forma que os educadores possam partir do reconhecimento dos valores civilizatórios africanos para efetivação dos conhecimentos.