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4 ANO

o
COLETÂNEA DE TEXTOS
LÍNGUA PORTUGUESA
4 ANO
o
COLETÂNEA DE TEXTOS
LÍNGUA PORTUGUESA
Governador
Cid Ferreira Gomes

Vice-Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho

Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia

Coordenadora de Cooperação com os Municípios


Lucidalva Pereira Bacelar

Orientadora da Célula de Programas e Projetos Estaduais


Maria Socorro Bezerra Leal

Coordenação Editorial SEDUC


Márcia Oliveira Cavalcante Campos

Coordenadora do Eixo Alfabetização


Aparecida Tavares de Figueirêdo

Equipe Eixo Alfabetização


Juliana Mendes Cruz
Kemilly Mendonça Maciel
Maria Esmelinda Capistrano de Sousa
Maria Valdenice de Sousa
Rosalynny da Cruz Mesquita

.......................................................................................................................................

Intituição Parceira:
Escola de Formação Permanente do Magistério- ESFAPEM
Ana Rosa de Andrade Parente - Direção
Cristiane Coelho Ferreira Gomes - Coordenação dos Programas de Formação
Artais Pinheiro de Andrade Cunha - Acompanhamento dos Programas de Formação
Samara Mesquita Lucas - Acompanhamento dos Programas de Formação
Maria Wanderliza Dias Angelim - Assistente Técnica
Wilson Linhares - Assistente técnico

Colaboradores:
Professores formadores de Língua Portuguesa:
- Ana Fábia Cruz Barbosa
- Francisca Elizabeth de Andrade Lima
- Francisco Jackson Moreira de Sampaio
- Francisca Lucélia Pereira Saldanha
- Iana Mamede Accioly
- Kátia Cristina Gomes Lino
- Luidmila Tomaz Sá
- Marieta Parente Sobreira

......................................................................................................................................

Projeto e Cooordenação Gráfica


Daniel Diaz

Design
Jozias Rodrigues

Ilustração
Alexandre de Souza, Cris Soares, LEOBDSS

Revisão
Escola de Formação Permanente do Magistério- ESFAPEM
Apresentação

Cara professora,
Caro professor,

Com dedicação, elaboramos este caderno de atividades para


que você professor(a) possa utilizá-lo com seus alunos. Priorizamos
enriquecer o seu trabalho e qualificar as atividades desenvolvidas
dentro da rotina de sala de aula, tornando-as mais dinâmicas, lúdicas
e significativas.
Estas são as razões da existência deste material do PAIC+5:
fornecer a vocês, professores, sugestões de práticas para aperfeiçoar
o trabalho docente e proporcionar trocas de experiências para
a caminhada com êxito dentro do magistério. Toda essa gama de
sugestões pretende valorizar as iniciativas de estímulo e de formação
de leitores.
O uso do caderno é efetivado pelas orientações didáticas refe-
rentes à cada atividade. E estas, quando bem apreendidas, é que fa-
vorecerão a realização das atividades pelos alunos com mais autono-
mia. E a você, dará a segurança em atingir os objetivos específicos de
cada atividade.
Cabe a você abraçar este material e realizar os objetivos a que
ele se propõe, para então deixá-lo em outras mãos, como agora
fazemos com você, na certeza de que serão sempre mãos generosas
e competentes.

Cordialmente,

SEDUC/COPEM – Coordenação de Cooperação com os Municípios


Escola de Formação Permanente do Magistério - ESFAPEM
COLETÂNEA DE TEXTOS – 4O ANO
7
LÍNGUA PORTUGUESA

SUMÁRIO

Texto 01 - Os brinquedos do menino........................................................................................... 9


Texto 02 - Peixe vivo.....................................................................................................................10
Texto 03 - Cadê o toucinho.......................................................................................................... 11
Texto 04 - História em quadrinhos.............................................................................................12
Texto 05 - Diário..............................................................................................................................13
Texto 06 - Flores .............................................................................................................................14
Texto 07 - Flor de mamulengo.....................................................................................................15
Texto 08 - Bilboquê.........................................................................................................................16
Texto 09 - O leão e as outras feras.............................................................................................17
Texto 10 - A princesa e o sapo.....................................................................................................18
Texto 11 - Havia uma menininha................................................................................................19
Texto 12 - Berço de dinossauros.................................................................................................20
Texto 13 - Biscoitos amanteigados............................................................................................21
Texto 14 - Simbah o marujo.........................................................................................................22
Texto 15 - Parlenda.........................................................................................................................23
Texto 16 - Carta...............................................................................................................................24
Texto 17 - Adivinha.........................................................................................................................25
Texto 18 - Diário..............................................................................................................................26
Texto 19 - Trava-línguas................................................................................................................27
Texto 20 - VHistória em quadrinhos..........................................................................................28
Texto 21 - Ali Babá e os 40 ladrões ...........................................................................................29
Texto 22 - O espelho e o dinheiro ..............................................................................................30
Texto 23 - A moça lua ..................................................................................................................31
Texto 24 - Vincent Van Gogh ......................................................................................................32
Texto 25 - A química da amizade ..............................................................................................34
Texto 26 - Diário .............................................................................................................................35
Texto 27 - Ou isto ou aquilo ........................................................................................................36
Texto 28 - Reciclagem: respeito à vida ....................................................................................37
Texto 29 - Acredito na rapaziada ...............................................................................................38
Texto 30 - Piada1 ............................................................................................................................40
Texto 31 - Ano bissexto ................................................................................................................41
Texto 32 - Esquisitices...................................................................................................................43
Texto 33 - História em quadrinhos ............................................................................................44
Texto 34 - Entrevista......................................................................................................................45
Texto 35 - Adivinha ........................................................................................................................46
Texto 36 - Reportagem .................................................................................................................47
Texto 37 - Passa anel .....................................................................................................................48
Texto 38 - Severino faz chover ...................................................................................................49
Texto 39 - A velha contrabandista ............................................................................................51
Texto 40 - Jogo de boliche ...........................................................................................................52
COLETÂNEA DE TEXTOS – 4O ANO
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 1

Os brinquedos do menino1
O cãozinho de madeira, coberto de poeira,
Ainda está de pé, firme e forte.
Com o azul embolorado, o coitado do soldado
Não teve a mesma sorte.
O cãozinho já foi novo, um dia,
E até mesmo o soldadinho reluzia:
Era quando o menino os beijava,
E na estante do quarto os guardava.

“Não se mexam até eu voltar;


E não quero saber de folguedos!”
E deitava na caminha de armar,
A sonhar com seus lindos brinquedos. Mas enquanto dormia, uma música linda
Dos céus vinda, o fez despertar –

Os brinquedos, amigos, o esperam ainda;


E tudo foi tanto tempo atrás!

Fiéis ao menino, com muita esperança,
Cada qual no local em que foi posto,
Sonham com a maciez de sua mão de criança
E com o sorriso a iluminar rosto.
E na poeira, enquanto passam os anos,
Perguntam, de si para si,
Por onde andará o menino risonho
Desde o dia em que os guardou ali.

1
TEXTO 1: Poesia. Total de palavras para prática de fluência leitora: 157.
Bennett, William J. O livro das virtudes para crianças. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1997, p.98.
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 2

Peixe vivo2
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria?
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria?

Como poderei viver


Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua,
Sem a tua companhia?

Os pastores desta aldeia


Já me fazem zombaria
Por viver e andar chorando
Por viver e andar chorando
Sem a tua, sem a tua,
Sem a tua companhia.

O rio de São Francisco


Corre de noite e de dia.
Só o tempo é que não corre
Só o tempo é que não corre
Sem a tua, sem a tua,
Sem a tua companhia.

2
TEXTO 2 - Gênero: Letra de canção. Total de palavras para prática de fluência leitora: 99.
COLETÂNEA DE TEXTOS – 4O ANO
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 3

Cadê o toucinho3
Da tradição popular

Cadê o toucinho
que estava aqui?
O gato comeu.
Cadê o gato?
Foi pro mato.
Cadê o mato?
O fogo queimou.
Cadê o fogo?
A água apagou.
Cadê a água?
O boi bebeu.
Cadê o boi?
Está amassando o trigo.
Cadê o trigo?
A Vera espalhou.
Cadê a Vera?
Tá em casa.

3
TEXTO 3 - Gênero: Parlenda. Total de palavras para prática de fluência leitora: 52.
COLETÂNEA DE TEXTOS – 4O ANO
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TEXTO 4

História em quadrinhos4

4
TEXTO 4 - Gênero: História em quadrinhos. Total de palavras para prática de fluência leitora: 13.
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TEXTO 5

Diário5
Quarta-feira

Hoje, na aula de Geografia, tínhamos uma prova oral, e tenho que dizer que eu estava esperando
por isso fazia um bom tempo.
A prova era sobre as capitais dos Estados Unidos, e eu sento no fundo da classe, do lado de um
mapa gigante. Todas as capitais estão escritas em letras grandes e vermelhas, então eu sabia que essa
estava no papo.
Mas logo antes de começar a prova, a Patty Farrell gritou lá
da frente da sala.
Ela falou para o sr. Ira que ele devia cobrir o mapa
dos Estados Unidos antes de começar.
Assim, graças à Patty, acabei indo mal na prova.
Com certeza, eu vou arranjar algum jeito de
“agradecer” a ela por essa.

5
TEXTO 5 - Gênero: Diário. Total de palavras para prática de fluência leitora: 120.
Kinney, Jeff. Diário de um banana.São Paulo: Veragara & Riba Editoras, 2008, p. 93 e 94.
COLETÂNEA DE TEXTOS – 4O ANO
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 6

Flores6
Muitas pessoas acham as flores bonitas e gostam de
olhar para elas em jardins ou vasos.
Alguns artistas, como a pintora brasileira Tarsila do
Amaral, pintaram quadros representando flores.
Outra razão pela qual as pessoas gostam das flores é
que elas são perfumadas. Muitos perfumes são feitos com
substâncias extraídas de flores.

Flores como alimento


As flores estão presentes até mesmo na hora das refei-
ções. É isso mesmo!
Brócolis, couve-flor e alcachofra são exemplos de flores
comestíveis.

As flores na vida das plantas


Existem muitas razões para gostarmos de flores. Elas têm função na vida das plantas, assim como
as raízes, o caule e as folhas.
É por meio das flores que a maior parte das plantas se reproduz.
As flores têm partes femininas e partes masculinas.
Em algumas plantas, as duas partes estão na mesma flor, como no caso da açucena e do feijoeiro.
Em outras plantas, as flores são apenas femininas ou apenas masculinas.

Plantas sem flores


Nem todas as plantas têm flores. Algumas, como as samambaias e os musgos, não têm flores,
nem sementes. Essas plantas se reproduzem de outras formas.

6
TEXTO 6 - Gênero: Texto explicativo. Total de palavras para prática de fluência leitora: 184.
Obra elaborada pela Equipe de Pesquisa e Desenvolvimento da Sangari do Brasil, 2006, p.78, 80 e 81.
COLETÂNEA DE TEXTOS – 4O ANO
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 7

Flor de mamulengo7
Bia Bedran

- Era uma vez uma boneca de teatro. Uma boneca de teatro de mamulengos. Ela era apaixonada
pelo seu colega de trabalho, um boneco da mesma companhia. Só que ele não era apaixonado por ela...
Eu sou a Flor do Mamulengo
Me apaixonei por um boneco
E ele neco de se apaixonar
Neco de se apaixonar
Neco de se apaixonar
E ele neco...
- Ai, meu coração apaixonado!
Já estou com os nervos à flor do pano
De desenganos, vou ter um treco, ai, ai, cruz credo
E ele neco de se apaixonar
Neco de se apaixonar
Neco de se apaixonar
E ele neco...
Se no teatro eu não te atar,
Boneco, eu juro, vou me esfarrapar!
Eu não consigo viver sem teu dengo,
Meu mamulengo!
- A boneca não conseguiu o amor do boneco. Ele, por sua vez, está até hoje procurando seu gran-
de amor... Ah, as histórias são assim mesmo, acontecem assim, como muitas vezes na vida.
E ele neco de se apaixonar
Neco de se apaixonar
Neco de se apaixonar
E ele neco...
Se no teatro eu não te atar,
Boneco, eu juro, vou me esfarrapar!
Eu não consigo viver sem teu dengo,
Meu mamulengo!

7
TEXTO 7 - Gênero: Letra de canção. Total de palavras para prática de fluência leitora: 177.
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 8

Bilboquê8

Material
• 1 copo de plástico
• 1 pedaço de barbante de 60 centímetros
• Meia folha de jornal
• Fita crepe

Modo de fazer
• 1. Faça um pequeno buraco no fundo do copo.
• 2. Passe o barbante pelo furo e dê um nó na ponta que ficou dentro do copo.
• 3. Faça uma bolinha de jornal do tamanho de uma bola de pingue-pongue.
• 4. Coloque fita crepe em volta da bolinha.
• 5. Prenda a bolinha na ponta livre do barbante.

Como brincar
• Enceste a bolinha dentro do copo sem a ajuda da outra mão.
• Faça movimentos rápidos.
• Ganha quem encestar mais vezes.

8
TEXTO 8: Regras de Jogo. Total de palavras para prática de fluência leitora: 99.
Leite, Márcia, Morelli, Bia e Guimarães, Luciana.Promeiros Textos: alfabetização. São Paulo. FTD, 2001, p.108 e 109.
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 9

O leão e as outras feras9

Certo dia o leão saiu para caçar junto com outras três feras, e os quatro pegaram um veado. Com
a permissão dos outros, o leão se encarregou de repartir a presa e dividiu o veado em quatro partes
iguais. Porém, quando os outros foram pegar seus pedaços, o leão falou:
- Calma, meus amigos. Este primeiro pedaço é meu, porque é o meu pedaço. O segundo também
é meu, porque eu sou o rei dos animais. O terceiro vocês vão me dar de presente para homenagear
minha coragem e o sujeito maravilhoso que eu sou. O quarto... Bom, se alguém quiser disputar esse
pedaço comigo na luta, pode vir que estou pronto. Logo, logo a gente fica sabendo quem é o vencedor!

Moral: Nunca forme uma sociedade sem primeiro saber como será a divisão dos lucros.

9
TEXTO 9: Fábula. Total de palavras para prática de fluência leitora: 136.
Fábula de Esopo. Compilação de Russell Ash e Bernad Higton. São Paulo.Companhia das letrinhas, 1994, p.32.
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 10

A princesa e o sapo10
Era uma vez uma bondosa princesa muito bo-
nita, de cabelos longos e louros que vivia num reino
muito distante.
Um dia, sem querer, a princesa deixou cair uma
bola dentro de um lago. Pensando que a bola esti-
vesse perdida, começou a chorar.
- Princesa, não chore. Vou devolver a bola para
você. – disse o sapo.
- Pode fazer isso? – perguntou a princesa.
- Claro, mas só farei em troca de um beijo.
A princesa concordou. Então, o sapo apanhou a
bola, levou-a até os pés da princesa e ficou esperan-
do o beijo. Mas, a princesa pegou a bola e correu para o castelo. O sapo gritou:
- Princesa, deve cumprir a sua palavra!
O sapo passou a perseguir a princesa em todo lugar. Quando ia comer, lá estava o sapo pedindo
comida. O rei vendo a filha emagrecer, ordenou que pegassem o sapo e o levassem de volta ao lago.
Antes que o pegassem, o sapo disse ao rei:
- Ó, rei, só estou cobrando uma promessa.
- do que está falando, sapo?
Disse o rei bravo.
- A princesa prometeu dar-me um beijo depois que eu recuperasse uma bola perdida no lago.
O rei, então, mandou chamar a filha.
O rei falou à filha que uma promessa real deveria ser cumprida. Arrependida, aprincesa começou
a chorar e disse que ia cumprir a palavra dada ao sapo.
A princesa fechou os olhos e deu um beijo no sapo, que logo pulou no chão.
Diante dos olhos de todos, o sapo transformou em um belo rapaz com roupas de príncipe.
Ele contou que uma bruxa o havia transformado em sapo e somente o beijo de uma donzela
acabaria com o feitiço.
Assim, ele se apaixonou pela princesa e a pediu em casamento. A princesa aceitou.
Fizeram uma grande festa de casamento, que durou uma semana inteira.
A princesa e o príncipe juntaram dois reinos e foram felizes para sempre.

10
TEXTO 10 - Gênero: Conto de fadas. Total de palavras para prática de fluência leitora: 318.
Mini Clássicos Ilustrados. Editora BrasiLeitura.
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TEXTO 11

Havia uma menininha11


Havia uma menininha
Com um cacho enroladinho
Que caía bem no meio da sua testa.
Quando queria ser educada
Era muito bem comportada,
Mas quando era má. Era uma peste.

Um dia subiu as escadas


Enquanto seus pais, ocupados,
Na cozinha preparavam canapés,
E se pôs a plantar bananeira
Na mesa de cabeceira,
Batendo palma com os pés.

Sua mãe, ouvindo a algazarra,


Pensou: “São os meninos de farra,
A brincar de guerra com os amigos”.
Mas quando chegou lá em cima
E viu as artes da Carolina,
Deu-lhe um pito e a pôs de castigo.

11
TEXTO 11: Poema. Total de palavras para prática de fluência leitora: 96.
Bennett, William J. O livro das virtudes para crianças. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1997, p.32.
COLETÂNEA DE TEXTOS – 4O ANO
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TEXTO 12

Berço de dinossauros12

Há 190 milhões de anos, papais dinos escolhiam o melhor


local para cuidar de seus filhotes.
Eles reinaram soberanos na Terra em sua época,
mas depois sumiram completamente. Embora haja
muitos registros fósseis ao redor do mundo, os
dinossauros ainda representam um grande ponto
de interrogação no passado da vida no planeta.
Agora, uma descoberta pode nos ajudar a saber um
pouco mais sobre o comportamento desses bichos
enormes: uma escavação na África do Sul revelou
vários ninhos de ovos de dinossauros com mais de
190 milhões de anos.
Os ovos pertencem a dinossauros do gênero
Massospondylus, que eram herbívoros e andavam sobre duas patas. Foram encontrados 10 ninhos,
todos em excelente estado de preservação. “Os sedimentos do solo penetraram nos ovos e se petrifi-
caram ao longo do tempo, preservando os esqueletos dos embriões que estavam ali dentro”, conta o
paleontólogo Robert Reisz, da Universidade de Toronto Mississauga, responsável pelo estudo.
Os ninhos estavam bem próximos uns dos outros e foram construídos em diferentes períodos.
Isso indica que os dinossauros retornavam sempre ao mesmo local para por os seus ovos, geração após
geração. A região foi eleita pelos grandalhões provavelmente por ser próxima a um lago e por causa
do solo macio, que permitia aos dinos enterrar seus ovos mais facilmente.
Além dos ovos, foram encontradas pegadas de pequenos dinossauros ao redor dos ninhos. Como
os fósseis de filhotes encontrados não apresentam dentes, os pesquisadores acreditam que as mamães
dinossauros cuidavam de seus filhotes no começo da vida fora do ovo, levando-lhes alimento.
Que uma mãe cuide de seu filhote pode parecer normal para nós, seres humanos. Mas, na natu-
reza, esse tipo de comportamento não é regra e, até agora, só havia sido observado em dinossauros
mais evoluídos, que viveram há cerca de 70 milhões de anos.

12
TEXTO 12 - Gênero: Notícia. Total de palavras para prática de fluência leitora: 320.
Revista Ciência Hoje das crianças - http://chc.cienciahoje.uol.com.br/bercario-de-dinossauros/
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TEXTO 13

Biscoitos amanteigados13
Ingredientes
• 2 colheres de sopa de açúcar
• 1 xícara de manteiga
• 2 xícaras de farinha de trigo

Modo de fazer

• Misture tudo numa tigela com as pontas dos dedos, sem apertar muito, até conseguir uma bola
meio esfarinhenta. Lave as mãos, seque bem e passe margarina nelas. Separe pequenas quantida-
des da massa e achate com delicadeza na palma da mão, formando os biscoitos. Ponha em uma
assadeira e leve ao forno fraco. Com uma faca, solte com cuidado, passe no açúcar e arrume num
prato. Espere esfriar e é só comer. Pode guardar num pote ou numa lata. Bom apetite!

13
TEXTO 13 - Gênero: Receita. Total de palavras para prática de fluência leitora: 102.
Azevedo, Ricardo. Você diz que sabe muito, borboleta sabe mais. São Paulo: Moderna, 2007 p. 33.
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 14

Simbah o marujo14
Era uma vez, um rapaz chamado
Simbad. Ele gostava de aventuras e resolveu
ir para a Índia.
Depois de navegar pelos mares, Simbad
desembarcou numa pequena ilha. E eis que a
ilha se moveu! Aí perceberam que a ilha era
uma grande baleia e jogaram-se ao mar.
Simbad nadou muito para se salvar, até
que chegou a uma praia deserta. Então, viu
um ovo de uma enorme ave marinha e teve a
ideia de amarrar-se às patas da ave quando
ela viesse chocá-lo.
A ave apareceu, chocou o ovo e depois
voou. Simbad, num instante viu-se num vale
cheio de diamantes, e conseguiu até pegar
alguns. Depois, a ave voou para o litoral e ele
se soltou.
Quando pousou perto de algumas casas, os pescadores, então, arranjaram outro barco para
outras aventuras de Simbad. Mas, veio uma tempestade e o capitão decidiu aportar no outro lado da
ilha. Enquanto descansavam na antiga casa de piratas, um gigante ia devorar a todos, mas Simbad
usou um tronco de madeira e jogou-o direto no olho do gigante, que ficou cego. O gigante fugiu
tateando nas árvores.
Simbad e os marinheiros seguiram o gigante até sua casa. Lá, encontraram muitos tesouros
deixados pelos piratas. Com o tesouro, Simbad voltou para sua casa e viveu feliz durante muitos
anos.

14
TEXTO 14 - Gênero: Conto maravilhoso. Total de palavras para prática de fluência leitora: 205.
Retirado de: http://pt.shvoong.com/books/1932235-simbad-marujo/
COLETÂNEA DE TEXTOS – 4O ANO
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TEXTO 15

Parlenda15
Da tradição popular

MEIO DIA
Meio-dia, macaca Sofia,
panela no fogo,
barriga vazia.

Meio-dia macaca assobia,


fazendo careta
pra dona Maria.

SOL E CHUVA
Sol e chuva,
casamento de viúva.
chuva e sol,
casamento de espanhol.

15
TEXTO 15 - Gênero: Parlenda. Total de palavras para prática de fluência leitora: 33.
COLETÂNEA DE TEXTOS – 4O ANO
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 16

Carta16
Maringá, 15 de julho de 2006.
Querido vô Artur,
Muuuiiiito obrigado!Brigado!Brigado!
Que presentaço! A molecada babou...
Vou contar: pra comemorar meu aniversário de 8 anos, mãe fez uns cachorros-quentes, enco-
mendou aquele bolo gostoso da dona Antônia (o melhor bolo de Maringá), etc., e deixou eu convidar
meus amigos pra festa.
A turma chegou lá pelas quatro da tarde. Ganhei vários presentes. Lembra da Marcinha, filha de
seu Argemiro? Ganhei dela uma camisa do meu time que é dez! Depois, brincamos muito, nos empan-
turramos de sandubas, bebemos um montão de refri e então mãe chamou pra cortar o bolo. Já tava na
hora ( acho que mãe num aguentava mais aquela molecada suada correndo pra todo lado). Aí, ficou
aquele “bolo” de gente em volta do bolo (de aniversário ). Cantaram “parabéns pra você”, cantaram
aquelas baboseiras “com quem será...”, recitaram o “pique”, apaguei as velas... e aí mãe disse que
tinha uma surpresa para mim. Todo mundo ficou curioso. Eu, então... nem se fala. Aí, ela me entregou
uma caixa do correio e disse: “Teu avô te mandou”. Vô, juro, meu coração disparou. Sei lá, eu esperava
uma camiseta ou umas meias... mas uma BOLA... De couro... e ainda da seleção!!!! Demais! Demais!
Todo mundo queria ver e a bola passou de mão em mão. Quem quer bolo?, mãe perguntava. Bolo? Que
bolo? Eu e molecada já estávamos lá fora discutindo as posições, formando os times, armando o jogo,
organizando a torcida. E aí, vô, minha festa de aniversário finalmente começou...
Vô, você é o maior vô do mundo! Eu tô morrendo de saudades! Quando é que o senhor e a vovó
vão poder visitar a gente? Não vejo a hora te dar um abraço bem apertado!
Beijo da sua neta,
Julinha

16
TEXTO 16: Carta. Total de palavras para prática de fluência leitora: 292.
Cereja, William Roberto e Magalhães, Thereza Cochar. Portugês Linguagens 3º ano. São Paulo. Atual, 2006, p.23 e 24.
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TEXTO 17

Adivinha17
O que é, o que é,
Que quando entra na casa
Fica do lado de fora?

Está no meio do começo,


Está no começo do meio;
Estando em ambos assim,
Está na ponta do fim.

O que é, o que é
Que todo dia
Vai pro céu?

17
TEXTO 17 - Gênero: Adivinha. Total de palavras para prática de fluência leitora: 47.
Furnari, Eva. Adivinhe se puder. São Paulo: Editora Moderna, 2002, p. 8, 9, 10.
Respostas: 1. Botão, 2. Letra M, 3. Língua.
COLETÂNEA DE TEXTOS – 4O ANO
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TEXTO 18

Diário18

18
TEXTO 18 - Gênero: Diário. Total de palavras para prática de fluência leitora: 122.
Benton, Jim. Querido diário otário: os adultos podem virar gente? São Paulo: Fundamento educacional, 2009, p. 67.
COLETÂNEA DE TEXTOS – 4O ANO
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TEXTO 19

Trava-línguas19
Da tradição popular

TEMPO

O tempo perguntou ao tempo,


Quanto tempo o tempo tem,
O tempo respondeu ao tempo
Que não tinha tempo,
De ver quanto tempo,
O tempo tem.

SEU TATÁ

O seu Tatá tá?


Não, o seu Tatá não tá,
Mas a mulher do seu Tatá tá.
E quando a mulher do seu Tatá tá,
É a mesma coisa que o seu Tatá tá, tá?

19
TEXTO 19 - Gênero: Trava-línguas. Total de palavras para prática de fluência leitora: 64.
COLETÂNEA DE TEXTOS – 4O ANO
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TEXTO 20

História em quadrinhos20

20
TEXTO 20 - ZIGG, Ivan. Gênero: História em quadrinhos. Total de palavras para prática de fluência leitora: 35.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
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TEXTO 21

Ali Babá e os 40 ladrões21


Era uma vez um jovem chamado Ali Babá. Ele viaja-
va pelo reino da Pérsia levando e trazendo notícias para
o rei.
Numa das viagens, enquanto descansava, ouviu vo-
zes. Subiu numa árvore e viu quarenta ladrões diante
de uma enorme pedra. Um deles adiantou-se e gritou:
‘’Abre-te Sésamo!’’
A enorme pedra se moveu, mostrando a entrada de
uma caverna, os ladrões entraram e a pedra fechou-se.
Quando os ladrões saíram, Ali Babá resolveu experi-
mentar e gritou para a pedra: ‘’Abre-te Sésamo!’’
A enorme pedra se abriu e Ali Babá entrou na ca-
verna. Viu um imenso tesouro e carregou o que pôde no
seu cavalo e partiu direto em direção ao palácio para
pedir a filha do sultão, por quem estava apaixonado há muito tempo, em casamento. Quando o sultão
viu o dote, aceitou imediatamente.
Ali Babá ficou muito feliz e resolveu contar para todos que ia se casar. Mas para isso precisava
comprar um palácio para a sua princesa. Voltou à pedra e falou: ‘’Abre-te Sésamo!’’
Um dos ladrões estava escondido e viu Ali Babá sair da caverna carregando o tesouro. O ladrão
foi contar aos outros o que viu e decidiram pegá-lo. Com as joias, Ali Babá comprou um palácio para
sua amada e avisou a todos que daria uma festa no dia do seu casamento.
Os ladrões, sabendo da festa, enfiaram-se em tonéis de vinho vazios para atacar Ali Babá à meia-
-noite, quando estivesse dormindo. A festa foi tão alegre que o vinho acabou. Ali Babá então, foi à
adega verificar se havia mais e, sem querer, escutou um susurro: ‘’Já deu meia noite?’’ perguntou um
dos ladrões.
‘’Já, mas esperem a festa acabar! Aí vamos pegar aquele que está usando o nosso tesouro.’’
Voltando à festa, Ali Babá disse: ‘’O vinho estragou e preciso de ajuda para levá-lo daqui.’’
Alguns guardas ajudaram a levar os tonéis até um despenhadeiro. ‘’Vamos jogá-los lá embaixo’’,
disse Ali Babá.
Ao perceber que seriam jogados, os quarenta ladrões entregaram-se aos guardas. Com os ladrões
presos, Ali Babá ficou com o tesouro. E a princesa e ele viveram felizes para sempre com a fortuna
encontrada.

1
TEXTO 1 - Gênero: Conto maravilhoso. Total de palavras para prática de fluência leitora: 371.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
30
LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 22

O espelho e o dinheiro22
Um dia, um menino perguntou ao seu pai:
- Pai, o que é dinheiro?
O homem refletiu um momento, e depois pegou um pedaço de vidro comum e colocou diante dos
olhos da criança.
- Olhe através do vidro!
Através do vidro, o menino podia ver seu pai, as pessoas que passavam na rua, o vai e vem dos
carros.
Depois o pai pegou uma tinta prateada e cobriu uma parte do vidro, para lhe dar a superfície de
um espelho.
- Agora, olhe! – Disse ele.
Mas nesse vidro o menino só podia ver o seu próprio rosto.
- Aí está o perigo do dinheiro. – Acrescentou seu pai. – Ele o leva a enxergar somente você
mesmo.

Moral:
A riqueza leva ao egoísmo.

22 TEXTO 2 - Gênero: Fábula. Total de palavras para prática de fluência leitora: 153.
Piquemal, Michel e Lagautrière, Phillipe. Fábulas filosóficas. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009, p. 70 e 71.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 23

A moça lua23
Naquele tempo não existiam estrelas ou lua. E a noite era tão escura que todos se encolhiam
dentro de casa com medo dela.
Na tribo, só uma índia não tinha medo. Ela era uma índia clara e muito bonita, mas era diferente
das outras. E por ser diferente, nenhum índio queria namorar com ela, e as índias não conversavam
com ela. Sentindo-se só, começou a andar pelas noites.
Todos ficavam surpresos com aquilo, e quando ela voltava, dizia a todos que não havia perigo.
Mas havia outra índia, feia e escura, que ficou com inveja da índia clara. E por isso, tentou sair uma
noite também. Mas não conseguiu enxergar na escuridão e tropeçou nas pedras, cortou os pés nos
gravetos e se assustou com os morcegos. Cheia de raiva, foi conversar com a cascavel.
- Cascavel, quero que morda o calcanhar da índia branca para que ela fique escura, feia e velha,
e que ninguém mais goste dela.
Na mesma hora, a cascavel se pôs a esperar a índia clara. Quando ela passou, deu o bote. Mas a
índia tinha os pés calçados com duas conchas e os dentes da cobra se quebraram. A cobra começou a
amaldiçoá-la e a índia perguntou porque ia fazer aquilo com ela. A cascavel respondeu:
- Porque a índia escura mandou. Ela não gosta de você e quer que você fique escura, feia e velha.
A índia branca ficou muito triste com tudo aquilo. Não poderia viver com pessoas que não gos-
tassem dela. E não agüentava mais ser diferente dos outros índios, tão branca e sem medo do escuro.
Então, fez uma linda escada de cipós e pediu para que sua amiga coruja a amarrasse no céu. Subiu
tanto, que ao chegar ao céu estava exausta. Então dormiu numa nuvem e se transformou num belís-
simo astro redondo e iluminado. Era a lua. A índia escura olhou para ela e ficou cega. Foi se esconder
com a cascavel em um buraco. E os índios adoraram a lua, que iluminava suas noites, e sonharam em
construir outra escada para poder ir ao céu encontrar a bela índia.

23
TEXTO 3 - Gênero:Fábula. Total de palavras para prática de fluência leitora: 371.
Retirado de: http://www.f9.felipex.com.br/f9/le_a_moca_lua.htm
COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 24

Vincent Van Gogh24


Vincent Van Gogh foi um dos artistas mais trágicos que já viveram. Nada parecia dar certo em
sua vida, e ele não era muito feliz. Em seus autorretratos, ele nunca aparece sorrindo.
Van Gogh nasceu na Holanda, em 1853, e morreu na França, em 1890. Ao contrário de muitos
artistas, Van Gogh decidiu torna-se pintor somente depois de adulto. Antes disso, ele tentou fazer uma
porção de coisas.
Ele vendeu quadros em uma galeria de arte. Depois, experimentou dar aulas, trabalhou em uma
livraria e também foi pastor, seguindo os passos de seu pai. Nenhuma dessas atividades o satisfez.
Então, um dia ele decidiu tornar-se um artista.
Como Van Gogh sempre dava o melhor de si nas coisas que fazia, passou por várias escolas para
aprender tudo o que fosse possível sobre desenho e pintura. Seus primeiros desenhos retratam as pes-
soas pobres que ele conheceu no tempo em que pregava.
Em suas primeiras telas, Van Gogh pintou as pessoas humildes que ele ajudava. Na obra acima, a
família é tão pobre que tem apenas algumas batatas para o jantar. Todos têm a aparência cansada e
infeliz. As cores nas primeiras pinturas de Van Gogh são tristes e sombrias. Ele queria mostrar a todo
mundo como era dura a vida dos pobres.
Van Gogh continuou usando tons escuros até o dia em que descobriu a riqueza cromática da arte
japonesa. Ele se apaixonou pelas cores brilhantes e pelas fortes linhas que viu. Em pouco tempo, as
pinturas de Van Gogh passaram a ser muito mais coloridas.
Sabe-se muita coisa sobre o que Van Gogh pensava e fazia porque ele sempre escreveu muitas
cartas para seu irmão mais novo, Theo. Theo ajudou bastante o irmão. Encorajou-o a pintar e enviava-
lhe dinheiro sempre que podia. Como Van Gogh estava o tempo todo mandando e recebendo cartas,
acabou ficando amigo do homem que lhe entregava a correspondência. Fez diversos retratos desse
carteiro e usou a mulher dele como modelo em muitas pinturas.
Em 1886, Vincent mudou-se para Paris, na França, para viver com Theo. Na época, Paris era o
centro mundial das artes. Como o negócio de Theo era compra e venda de pinturas, e Vincent queria
tornar-se um artista, aquele parecia ser o melhor lugar para ele. Theo apresentou seu irmão a vários
pintores enquanto viveram em Paris. Embora naquela época pouca gente os conhecesse, muitos desses
pintores se tornaram artistas de renome mundial. Alguns anos depois, Vincent van Gogh decidiu sair
de Paris e se mudar para uma pequena cidade no campo, chamada Arles.
Ele achava que Arles seria um ótimo lugar para os artistas conviverem e conversarem sobre suas
diferentes ideias. Por isso fez um enorme esforço para convencer diversos pintores a juntar-se a ele,
mas o único que aceitou foi Paul Gauguin, embora não estivesse completamente convencido da ideia.

TEXTO 4 - Gênero:Biografia. Total de palavras para prática de fluência leitora: 952.


24

Venezia, Mike.Vincent Van Gogh. Coleção Mestres das artes. São Paulo: Moderna, 1996.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
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LÍNGUA PORTUGUESA

E aconteceu que nada deu certo. Gauguin parecia não apreciar nada do que Van Gogh fazia em
Arles. Eles discutiam muito.
Um dia, depois de uma acalorada discussão, Gauguin finalmente decidiu deixar Van Gogh e
retornar a Paris. Van Gogh ficou desesperado. Ele desejava sinceramente que as coisas dessem certo
entre eles. Van Gogh sempre tivera problemas para lidar com os próprios sentimentos. Algumas vezes
ele ficava tão nervoso e perturbado que ninguém conseguia acalmá-lo. Dessa vez, ele ficou tão furioso
que cortou um pedaço de sua orelha. Depois disso, Van Gogh ainda pintou alguns retratos de si mes-
mo. Ele parece ter se arrependido de ter feito aquilo. Vincent Van Gogh piorou muito após a partida de
Gauguin. Às vezes, ele estava nervoso demais para pintar, outras vezes estava triste demais. Quando
se sentia bem, Van Gogh pintava melhor que nunca.
Van Gogh normalmente aplicava a tinta de modo grosseiro. Às vezes pintava tão rápido que nem
misturava as cores: usava as tintas direto do tubo. Van Gogh usava tanta tinta que estava sempre
precisando de mais. Ele preferia ficar sem comer a ficar sem pintar. Assim, para comprar mais tintas,
ele passava fome a maior parte do tempo, e sua saúde era ruim.
Quase ninguém se interessou pelo trabalho de Van Gogh enquanto ele era vivo. Ele vendeu ape-
nas alguns esboços e talvez uma ou duas pinturas. Nas duas últimas décadas do século XIX (1880 a
1889), as pessoas ainda não estavam acostumadas com os vibrantes “movimentos” de suas pinturas.
Mas hoje as são diferentes. O mundo aprendeu a apreciar a beleza de sua arte.
Hoje em dia, as pinturas de Van Gogh estão dentre as mais populares do mundo. Van Gogh deu
vida às suas pinturas com o uso da cor.
Seus tons são tão vibrantes e belos que quase podemos sentir o cheiro das flores que ele pintou,
ou ainda nos ofuscar com o brilho do sol. Suas pinceladas dão o tudo uma aparência de movimento.
Árvores, estrelas e pessoas adquirem vida.
Talvez muito mais do que em qualquer outro pintor, os sentimentos vêm à tona nos quadros de
Van Gogh. É por isso que ele é considerado um dos maiores artistas do todos os tempos.
É muito melhor apreciar pessoalmente os quadros de Van Gogh do que ver as reproduções que
apresentamos aqui. A quantidade de tinta que ele usava, o vigor de suas pinceladas e o brilho de suas
cores são de uma beleza indescritível. As obras reproduzidas neste livro encontram-se nos museus
relacionados abaixo. Eles ficam na Europa e nos Estados Unidos.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 25

A química da amizade25
Que ter amigos é bom, todo mundo sabe! Mas será que isso mexe
com a química de nosso corpo?

Brincar é uma delícia. Com um amigo para


aumentar a bagunça, então, nem se fala! Por outro
lado, quem não acha mais fácil passar por uma
situação triste quando se tem um amigo do peito
para enfrentar junto os problemas?
Isso parece óbvio, aposto que todo mundo vai
concordar. Mas alguns cientistas do Canadá estão
tentando desvendar a química por trás do ombro
amigo nas horas difíceis. Um estudo recém-divul-
gado aponta que a presença de um melhor amigo
suaviza o efeito que as experiências negativas têm sobre nós.
Os resultados foram obtidos a partir da análise de amostras de saliva – eca! – e também de ques-
tionários preenchidos por crianças.
Funcionava assim: as crianças participavam do estudo durante quatro dias escolares seguidos.
Várias vezes por dia eram recolhidas amostras de saliva e cada um dos participantes preenchia um
questionário sobre os acontecimentos do dia e como estavam se sentindo no momento.
Com isso, os pesquisadores pretendiam avaliar a autoestima dos participantes e também a pre-
sença, na saliva, de uma substância chamada cortisol – um hormônio liberado pelo nosso corpo quan-
do passamos por uma situação de estresse.
Eles observaram que, quando as crianças tinham uma experiência negativa, como serem provo-
cadas por colegas, a produção de cortisol aumentava. Porém, se o melhor amigo ou amiga estivesse
por perto, ela não era tão grande.
“Quando as crianças passam por uma experiência negativa e não têm um amigo por perto, seu
corpo precisa estimular mais o funcionamento dos mecanismos de produção do cortisol para lidar com
o estresse”, explica William Bukowski, da Universidade de Concordia, que participou do estudo.
A química por trás disso tudo pode parecer complicada, mas um amigo de verdade é muito sim-
ples de entender: está aí para todas as horas!

TEXTO 5 - Gênero: Notícia. Total de palavras para prática de fluência leitora: 327.
25

Revista Ciências hoje das crianças - http://chc.cienciahoje.uol.com.br/a-quimica-da-amizade/


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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 26

Diário26
Quinta-feira

Esta noite, a mamãe veio até o meu quarto com um folheto na mão. Assim que eu vi, sabia EXA-
TAMENTE o que era aquilo.
Era um anuncio dizendo que a escola está escalando os atores para uma peça. Cara, eu devia ter
jogado aquela coisa fora quando eu a vi na mesa da cozinha.
Eu IMPLOREI para não ter que me inscrever. Essas peças da escola são sempre musicais, e a última
coisa que eu preciso é ter que cantar um solo na frente da escola inteira.
Mas todos os meus pedidos só fizeram a mamãe ter mais certeza de que eu devia atuar.
Ela disse que o único jeito de eu ficar “bem preparado” era tentando coisas diferentes.
O papai entrou no quarto para ver o que estava acontecendo. Falei para ele que a mamãe queria
que eu me inscrevesse nessa peça da escola e que, se eu tivesse que começar a ensaiar, iria bagunçar
totalmente o meu programa de levantamento de peso.
Eu sabia que isso iria fazer o papai ficar do meu lado. Ele e a mamãe discutiram por alguns mi-
nutos, mas o papai não era páreo para ela.
Isso quer dizer que amanhã tenho que fazer a audição para a peça da escola.

26 TEXTO 6 - Gênero: Diário. Total de palavras para prática de fluência leitora: 239.
Kinney, Jeff. Diário de um banana.São Paulo: Veragara & Riba Editoras, 2008, p. 95 e 96.
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 27

Ou isto ou aquilo27
Cecília Meireles

Ou se tem chuva e não se tem sol,


Ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,


Ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,


Quem fica no chão sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa


estar ao mesmo tempo nos dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,


ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...


e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,


se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender ainda


qual é melhor: se é isto ou aquilo.

TEXTO 7: Poesia. Total de palavras para prática de fluência leitora: 164.


27

MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. 6 ed. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1990, p. 38 e 38.
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 28

Reciclagem: respeito à vida28

Depois de criar tantas invenções, o homem teve que pensar em como iria garantir a vida no pla-
neta para as gerações futuras.
A necessidade de preservar o meio ambiente se transformou em preocupação mundial.
Com isso, por volta de 1970, a palavra reciclagem passou a ser mais usada. Reciclar é reutilizar
materiais como papel, vidro latas e plástico. Todos eles podem ser coletados e processados para servi-
rem na fabricação de novos produtos.
A reciclagem diminui o desperdício e ajuda a evitar que os recursos da natureza se esgotem.
Você sabia que 50 quilos de papel reciclado evita que uma árvore seja cortada?
Que 50 quilos de alumínio reciclado evita a extração de cerca de 5 mil quilos de bauxita, um
minério muito importante para a preservação do solo do nosso planeta?
Separar o lixo que produzimos em casa é uma maneira de impedir que materiais recicláveis se
misturem aos restos de alimentos e deixem de ser reaproveitados.
Por isso, nada de jogar fora plástico, papel, vidro ou alumínio. Esses materiais não são lixo e de-
vem ir para a reciclagem.

TEXTO 8:Texto explicativo. Total de palavras para prática de fluência leitora: 204.
28

Tulchinski, Lúcia.Invenções geniais.São Paulo: Globo, 2004, p.24 e 25.


COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 29

Acredito na rapaziada29
Gonzaguinha

Eu acredito é na rapaziada
Que segue em frente e segura o rojão
Eu ponho fé é na fé da moçada
Que não foge da fera e enfrenta o leão
Eu vou à luta com essa juventude
Que não corre da raia a troco de nada
Eu vou no bloco dessa mocidade
Que não tá na saudade e constrói
A manhã desejada
Aquele que sabe que é negro
o coro da gente
E segura a batida da vida o ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro
E apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiro
Aquele que sai da batalha
Entra no botequim, pede uma cerva gelada
E agita na mesa logo uma batucada
Aquele que manda o pagode
E sacode a poeira suada da luta e faz a brincadeira
Pois o resto é besteira
E nós estamos pelaí...
Eu acredito é na rapaziada
Que segue em frente e segura o rojão
Eu ponho fé é na fé da moçada
Que não foge da fera e enfrenta o leão
Eu vou á luta com essa juventude
Que não corre da raia a troco de nada
Eu vou no bloco dessa mocidade
Que não tá na saudade e constrói
A manhã desejada

29
TEXTO 29 - Gênero: Letra de canção. Total de palavras para prática de fluência leitora: 314.
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LÍNGUA PORTUGUESA

Aquele que sabe que é negro


o coro da gente
E segura a batida da vida o ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro
E apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiro
Aquele que sai da batalha
Entra no botequim, pede uma cerva gelada
E agita na mesa logo uma batucada
Aquele que manda o pagode
E sacode a poeira suada da luta e faz a brincadeira
Pois o resto é besteira
E nós estamos pelaí...
Eu acredito é na rapaziada.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
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TEXTO 30

Piada30
O viajante

O Joãozinho perguntou para a professora:


- Professora, você sabe a piada do viajante?
A professora respondeu:
- Não.
E o Joãozinho retrucou:
-Ah! Quando ele voltar ele te conta!

Eca!

No restaurante, o freguês chama o garçom:


- Tem uma mosca no meu prato!
- É o desenho do prato, meu senhor.
- Mas tá se mexendo!
- Oh! É desenho animado!

30
TEXTO 30 - Gênero: Piada. Total de palavras para prática de fluência leitora: 79
COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 31

Ano bissexto31

Está chegando o dia 29 de fevereiro, coisa que não acontece todo ano! Mas porque não?
Outro dia alguém perguntou por que o ano bissexto se chama assim, se só acontece de quatro em
quatro anos. Fiquei pasma de nunca ter pensado nisso! Por que ano bissexto, e não ano quarto, ano
quadrado ou coisa parecida? Fui investigar.
A primeira coisa a considerar é que o ano bissexto existe para corrigir a diferença entre o ano
solar e o ano do nosso calendário: a Terra leva 365 dias e 6 horas para girar em torno do sol, mas nosso
calendário só tem 365 dias. Ao longo de vários anos, essas horas fazem diferença!
Na Antiguidade, imagine você, já aconteceu de o calendário “oficial” e o ano solar contarem mais
de três meses de diferença – o que, é claro, gera uma confusão danada na hora de contar as estações
do ano e as épocas de plantio e colheita, por exemplo. Por isso, o imperador romano Júlio César decidiu
dar um basta e arrumar, com a ajuda de um astrônomo, um calendário que não se distanciasse tanto
dos anos solares – assim surgiu o primeiro calendário com ano bissexto.
Após as modificações feitas por Júlio César no ano 46 antes da nossa era, durante um bom tem-
po, ninguém conseguiu contabilizar os anos bissextos direito. Só no ano 8 da nossa era é que as contas
foram acertadas.
César fez tantas modificações no calendário que ele até passou a se chamar juliano, em homena-
gem ao próprio imperador. O ano passaria a ter início no dia 1 de janeiro – antes, começava em março
– e, para corrigir os desvios passados, decretou-se que o ano 46 antes da nossa era teria 445 dias. As
mudanças foram tantas que este ficou conhecido como o “Ano da Confusão”.
Júlio César também estabeleceu que, a partir do ano seguinte, haveria um ano bissexto a cada
4 anos. Em vez de criar um novo dia, a ordem era duplicar o dia 24 de fevereiro, o que nos ajuda a
explicar a confusão do nome “bissexto”.
Naquela época, os nomes dos dias eram baseados no ciclo lunar. Cada mês tinha três dias fixos:
Calendas (lua nova), Nonas (quarto crescente) e Idus (lua cheia). Os outros dias eram chamados em
relação a estes. Assim, 24 de fevereiro era chamado de “antediem sextum Calendas Martii”, ou “sexto
dia antes da Calendas de Março”. Com a duplicação deste dia nos anos bissextos, ele passou a ser
chamado de “antediem bis-sextum Calendas Martii”!
O dia extra foi incluído em fevereiro porque, na época de César, este era o último mês do ano,
considerado ao mesmo tempo o mês da purificação e do azar.
Parecia que o problema do calendário tinha sido definitivamente resolvido, mas ainda não foi
desta vez. Tempos depois, novos cálculos mostraram que o ano solar não tem 365 dias e 6 horas, e
sim 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Com isso, simplesmente a soma de um dia a cada
quatro anos não resolvia o problema, porque, depois de muitos anos, estes 11 minutos e 14 segundos
também iam fazer diferença.

TEXTO 31- Gênero: Texto explicativo. Total de palavras para prática de fluência leitora: 717
31

Retirado de: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/ano-bissexto-ano-da-confusao/


COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
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LÍNGUA PORTUGUESA

Quem fez a mudança desta vez foi o papa Gregório XIII, em 1582 – e o calendário passou a ser
chamado de gregoriano, como é até hoje. Na época, a diferença entre o ano do calendário e o ano solar
já era de mais de 10 dias. Para acertar a diferença, Gregório estabeleceu que, naquele ano, depois do
dia 4 de outubro viria o dia 15. Pobre de quem fazia aniversário neste intervalo!
O papa Gregório XIII, ao reformular o calendário, incluiu o dia 29 de fevereiro nos anos bissextos,
acabando com a duplicação do dia 24 de fevereiro, proposta por Júlio César.
Para que a diferença entre os dias do ano não voltasse a aparecer, Gregório fez as contas e criou
uma fórmula que praticamente resolveu a questão: os anos bissextos agora são os múltiplos de quatro,
à exceção dos múltiplos de 100. A exceção à esta exceção é o ano múltiplo de 400, que também é
bissexto. Não vai me dizer que achou confuso!
COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 32

Esquisitices32
Eu hoje acordei
Muito esquisito.

Já comi o pé da mesa
E bebi café com mosquito,
Fui à praia e no mar,
Pesquei um peixe frito.

Eu hoje acordei
Muito esquisito.

Dei bom dia pra cavalo


E relinchei pro cabrito,
Me pendurei no varal:
Logo que estiver seco, grito!

Eu hoje acordei
Muito esquisito.

Cuspi fogo na toalha


E engoli um periquito.
Eu tô que tô: eu hoje,
Muito esquisito!

TEXTO 32 – Gênero: Poema. Total de palavras para prática de fluência leitora: 92.
32

Capparelli, Sérgio.111 poemas para crianças. Porto Alegre: L&PM, 2006, p.86.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 33

História em quadrinhos33

33
TEXTO 33 - Gênero: História em quadrinhos. Total de palavras para prática de fluência leitora: 58.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
45
LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 34

Entrevista34
Ao longo da carreira, Beatriz Martini Bedran já fez de tudo.
Foi artista, cantora, compositora, escritora e apresentadora de pro-
grama de televisão.

FLU Revista - Você começou a estudar música ainda criança.


Seus pais a incentivaram?
Bia Bedran - Com seis anos fiz minha primeira música. Como
ainda não escrevia direito, mamãe anotou a letra. E ficou na dúvida
se a canção era realmente minha, pois era toda certinha, rimava
senhor, amor e salvador... Eu inventava versinhos toda hora. Acabei
fazendo um arquivo de músicas. Meus pais sempre me apoiavam.
FLU Revista - A maioria de suas composições tem caráter
educativo. Até que ponto o artista pode contribuir para melhorar
o mundo?
Bia Bedran - O artista influencia muito a vida das pessoas,
o bom artista marca para sempre. O artista não pode mudar o mundo, mas muda uma pessoa. E as
pessoas mudam o mundo.
FLU Revista - Pretende voltar as participar de programas na TV?
Bia Bedran - Tenho vontade de voltar a trabalhar na televisão. O problema é que eu tenho muitas
dúvidas sobre o que eu poderia fazer a não ser contar histórias e tocar meu violão.

TEXTO 34 - Gênero: Entrevista. Total de palavras para prática de fluência leitora: 234.
34

Albuquerque, Amélia Maria Brito de, Carvalho, Célia Maria Bernardo e Accioly, Iana Mamede.Aprender Construindo: Letra-
mento e alfabetização linguística. Fortaleza: IMEPH, 2009, p.267 e 268. (Revista O Fluminense)
COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
46
LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 35

Adivinha35
À meia noite, acorda vocês,
Sabe da hora, não sabe do mês.
Tem esporas sem ser cavaleiro, cava no chão e não acha dinheiro

Não me queira possuir,


Não me permita crescer,
Porque se não me matar,
A você eu matarei.

O que é, o que é:
Que quanto maior, menos se vê,
Quanto menor mais se vê?

TEXTO 35 - Gênero: Adivinha. Total de palavras para prática de fluência leitora: 93.
35

Furnari, Eva. Adivinhe se puder. São Paulo: Editora Moderna, 2002, p. 15, 17, 19.
Respostas: 1. Galo, 2. Peru, 3.Fome
COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
47
LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 36

Reportagem36

TEXTO 36 - Gênero: Reportagem.


36

Revista Veja – 16/02/2011.


COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
48
LÍNGUA PORTUGUESA

AULA 37

Passa anel37

Como jogar
1. Os jogadores sentam-se em roda.
2. Uma criança é escolhida para passar o anel.
3. Os participantes deixam as palmas das mãos unidas.
4. O passador esconde um anel entre as mãos.
5. Depois passa suas mãos no meio das mãos de cada um dos participantes.
6. O passador deixa cair o anel, sem que ninguém perceba, nas mãos de um dos participantes.
7. O passador pergunta a uma das crianças: “com quem está o anel?”
8. Se a criança acertar com quem está o anel, será o novo passador.

TEXTO 37: Regras de Jogo. Total de palavras para prática de fluência leitora: 124.
37

Leite, Márcia, Morelli, Bia e Guimarães, Luciana.Promeiros Textos: alfabetização. São Paulo. FTD, 2001, p.120 e 121.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 4o ANO
49
LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 38

Severino faz chover38


Era uma vez um menino chamado Severino. O menino Severino não tinha nada demais, era um
menino como muitos outros.
Magrinho, levado, moreno e cabeludo.
A mãe dele brincava que ele também era “zoiúdo”, por causa dos olhos pretos de Severino, gran-
des e arregalados.
Severino era mesmo muito parecido com uma porção de outros meninos que a gente conhece.
A terra de Severino é que não era muito parecida com uma porção de outros lugares que a gente
conhece.
Sabe por quê? É que lá quase nunca chovia. Por isso a terra era seca, cheia de poeira, tudo
era amarelo. Muitas árvores não tinham mais folhas. Nem flores. Nem frutas gostosas para a gente
comer. Tudo estava seco, até o riozinho. E as pessoas iam ficando tristes. Mas Severino não ficava
triste. Ele era muito alegre e cheio de ideias.
Um dia, resolveu fazer uma surpresa para todo mundo. Cismou que ia fazer chover. E perguntou:
- Papai, como é que chove?
O pai disse que as nuvens guardam uma espécie de aguinha, que um dia cai e é chuva, mas não
sabia como é que isso acontece. Então Severino viu umas nuvens lá no céu e teve a ideia de falar com
elas para chover. Começou a cantar:
- Chove, chuva, chove sem parar...
Mas não choveu. Severino achou que era porque as nuvens estavam tão altas que não ouviram.
Chamou todas as crianças. E cantaram:
- Tomara que chova três dias sem parar, oi!
Mas não choveu. Aí Severino resolveu mandar uma carta para as nuvens.
Mas ele não sabia escrever. Nem os amigos dele. Fizeram então uma porção de desenhos para
mandar. Desenharam a terra seca, desenharam a chuva, desenharam a terra molhada, bonita, com
plantas e os bichos bem felizes.
Agora, que os desenhos já estavam prontos era preciso entregar. As crianças começaram a jogar
papéis para cima, mas o vento não deixava que eles subissem e todos caíam logo.
Um menino enrolou o desenho dele e fez uma bolinha. A bola foi mais alto, mas não chegou ao
céu. E até parecia que as nuvens queriam saber o que era aquilo, porque elas começaram a aparecer
aos montes, bem em cima da terra deles. Mas Severino logo pensou outra coisa.
Apanhou um galho que tinha uma forquilha e amarrou um elástico. Fez uma coisa que muitos
meninos conhecem. Uns chamam de bodoque, outros chamam de atiradeira outros chamam de esti-
lingue, outros chamam de seta.
Mas todos sabem que serve para jogar bolinhas de papel bem longe... E as crianças começaram
a jogar os desenhos para as nuvens. Estavam todos muitos contentes com a idéia. Só que não choveu.

TEXTO 38 - Gênero: Narrativa. Total de palavras para prática de fluência leitora: 794.
38

Machado, Ana Maria.Severino faz chover.São Paulo: Editora Moderna, 2006.


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Severino pensou outra coisa. Dobrou os desenhos de um jeito especial e fez gaivotas e aviõezi-
nhos de papel, que voavam bem alto, iam até perto das nuvens. Mas não choveu. Então ele teve uma
idéia melhor. Resolveu fazer uma pipa, com taquara, e papel de seda. Uma pipa é um brinquedo lindo,
que muitos meninos conhecem. Uns chamam de arraia, outros chamam de papagaio, outros chamam
de pandorga. Mas todos sabem que ela vai alto no céu. E o menino dono dela fica aqui embaixo, se-
gurando uma linha comprida amarrada na pipa, que sobe e brinca no céu.
Quando a pipa ficou pronta, os meninos enfiaram os desenhos na linha.
Os desenhos foram subindo, subindo, mas não chegaram até as nuvens...
Então Severino teve uma idéia: amarrou os desenhos na perninha de um pombo-correio. O pom-
bo subiu e sumiu lá em cima, nas nuvens. Depois ele desceu sem os desenhos dos meninos. As nuvens
devem ter gostado, porque, de repente, começou a chover...
No começo foi devagarinho. Um pingo aqui, outro ali. Tip-top-tip-top-tip-top-tip-top...Todo
mundo sentia um cheirinho bom de terra molhada. Depois foi aumentando. Caía água que era uma
beleza. A água formou poças e riozinhos, onde os meninos soltavam barquinhos de papel.
As crianças ficaram molhadas e foram para dentro de casa. As árvores sem folhas ficaram molha-
das. A chuva durou uma porção de dias.
Quando passou a chuva e as coisas foram secando um pouco, estava tudo tão bonito!...
Os passarinhos e as borboletas vieram de longe brincar com as flores e as frutas gostosas que
estavam nascendo. O rio ficou cheio de água e de peixinhos. Todo mundo ficou muito contente. Mas
ninguém estava tão contente como Severino. Porque ele sabia que a chuva era uma surpresa dele, um
presente das crianças para todo mundo. Quando ele dizia isso, a gente grande ria e não acreditava.
Mas todas as crianças acham que foi Severino quem fez chover. Eu também acho. E talvez até você.
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 39

A velha contrabandista39
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambre-
ta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lam-
breta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da
alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar
da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco
atrás, o fiscal perguntou assim para ela:
– Escuta aqui vovozinha, a senhora passa por aqui
todo dia com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorri com os poucos dentes que ainda lhe restavam e mais os outros que adquirira no
odontólogo, e responde:
– É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Acho que não era areia coisa nenhuma e mandou a velhinha saltar da
lambreta para examinar: lá dentro só tinha areia.
Muito encabulado, ordenou a velinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora,
com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velinha passasse um dia com areia e no outro com
muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco
atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que
era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo.
Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no
saco era areia.
Diz que aí o fiscal se chateou:
– Olha aqui vovozinha, eu sou fiscal da alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de
contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
– Mas no saco só tem areia! Insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
– Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apresento queixa, não
conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando
por aqui todos os dias?
– O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.
– Juro – respondeu o fiscal.
– É lambreta!

TEXTO 39: Texto narrativo. Total de palavras para prática de fluência leitora: 384.
39

Alves, Jamila e Luiz, João. Caminhos do letramento. Fortaleza: Livro Técnico, 2002, p.213 e 214.
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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 40

Jogo de boliche40

Material
• 10 garrafas plásticas de refrigerante do mesmo tamanho.
• Jornal.
• Fita crepe.
• Pedaços de tecido ou de papel colorido.

Como fazer
• Amasse algumas folhas de jornal até formar uma bola. Passe bastante fita crepe envolvendo
a bola para deixá-la firme e pesada.
• Lave as garrafas e coloque pedaços de tecido ou de papel colorido em seu interior para en-
feitar.

Como jogar
• Arrume as garrafas como se fossem os pinos do boliche: uma fileira com 4 garrafas, uma com
3 garrafas, uma com 2 garrafas e a última com uma garrafa só, bem na frente.
• Agora vamos ver quantas garrafas você consegue derrubar! Jogue a bola na direção das
garrafas.

TEXTO 40: Regras de jogo. Total de palavras para prática de fluência leitora: 156.
40

Albuquerque, Amélia Maria Brito de, Carvalho, Célia Maria Bernardo e Accioly, Iana Mamede.Aprender Construindo: Letra-
mento e alfabetização linguística. Fortaleza: IMEPH, 2009, p.191.
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