Anda di halaman 1dari 16

0

Benedita Maria dos Santos

Análise das Tendências do Policiamento Comunitário entre a Periferia e a Cidade:


Caso da Área de Jurisdição da 1ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique
da Cidade de Xai-Xai – 2017 e 2018

Academia de Ciências Policiais

ACIPOL

Michafutene, Março de 2019


1

Benedita Maria dos Santos

Análise das Tendências do Policiamento Comunitário entre a Periferia e a Cidade: Caso


da Área de Jurisdição da 1ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique da
Cidade de Xai-Xai – 2015 à 2018

Projecto de pesquisa a ser apresentado junto à Coordenação do


Mestrado na Academia de Ciências Policiais para efeitos de
aprovação parcial no módulo 1- Metodologia da Pesquisa
Científica.

Academia de Ciências Policiais

(ACIPOL)

Orientado pelo: Prof.Doutor José Cossa

_______________________________

Michafutene, Março de 2019


2

Índice
I INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4

1.1 Problema da pesquisa ............................................................................................... 5

1.2 Justificativa .............................................................................................................. 6

1.3 Objectivos da pesquisa ............................................................................................. 7

1.3.1 Objectivo geral ................................................................................................. 7

1.3.2 Objectivos específicos ...................................................................................... 7

1.4 Perguntas de pesquisa .............................................................................................. 7

1.5 Hipóteses da pesquisa .............................................................................................. 8

1.6 Delimitação da pesquisa ........................................................................................... 8

1.7 Revisão da literatura ................................................................................................ 9

1.7.1 Teoria de base ................................................................................................... 9

1.7.2 Definição dos conceitos .................................................................................. 10

1.8 Metodologia a pesquisa .......................................................................................... 11

1.8.1 Paradigma de investigação .............................................................................. 12

1.8.2 Classificação da pesquisa quanto a sua natureza .............................................. 12

1.8.3 Método de abordagem..................................................................................... 12

1.9 Técnicas de recolha de dados ................................................................................. 13

II REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 15


3
4

I INTRODUÇÃO

A problemática da criminalidade no sentido genérico é um fenómeno que se faz sentir desde


as comunidades primitivas e preocupa as sociedades actuais. De acordo com Durkhein (2004),
o crime existe, sempre existirá e não existe nenhuma sociedade que não haja crime. Este
fenómeno evolui com o tempo, diversifica-se e ganha novas formas de ser.

Para dar resposta a este fenómeno, as autoridades a diversos níveis desenvolvem diversas
políticas com vista a mitigar os seus efeitos. Foi nesta senda que instituiu-se a nível da PRM o
policiamento comunitário, envolvendo os residentes de cada zona na vigilância e em
actividades tendentes a auto-defesa dos seus bens e direitos.

O presente trabalho trata-se de um projecto de pesquisa cujo objectivo é analisar as razões das
tendências do policiamento comunitário entre a periferia e a Cidade de Xai-Xai. Outro
objectivo importante para a produção deste trabalho é basicamente de carácter académica,
pois, constitui instrumento de avaliação para a aprovação parcial no módulo 1 da Metodologia
de Pesquisa Científica.

A sua organização estrutural compreende ao tema, problema de pesquisa, justificativa,


objectivos, questões de pesquisa e hipótese.
5

1.1 Problema da pesquisa

O Policiamento comunitário é uma política pública de segurança voltada para uma estratégia
organizacional que redefine os objectivos da acção policial, com vista a orientar o futuro
desenvolvimento dos serviços policiais na luta pela defesa e respeito dos direitos do cidadão
(Oliveira, 2006: 115).

A política de policiamento comunitário está baseada nos seguintes princípios gerais: “ assenta
na descentralização organizacional e na reorientação das patrulhas, com vista a facilitar a
dupla comunicação entre a polícia e o público; pressupõe uma orientação virada para a acção
policial, concentrada na resolução dos problemas; obriga os polícias (a partir do momento que
eles definem os problemas locais e as suas prioridades) a estar atentos às solicitações dos
cidadãos; significa ajudar os bairros a resolver por eles próprios os problemas de
delinquências, devido às organizações de proximidades e aos programas de prevenção do
crime (Skogan, 1998 como citado por Oliveiras, 2006:115).

Segundo as experiências profissionais da pesquisadora, a consolidação dos Conselhos


Comunitários de Segurança (CCS) nos bairros periféricos, precisamente na área da 1ª
Esquadra da Cidade de Xai-Xai é evidentemente acolhida com tanto entusiasmo pela
população e demonstra uma boa colaboração com a PRM, facto que ajuda na prevenção do
cometimento da criminalidade e esclarecimento dos crimes ocorridos. A exemplo desta
afirmação, compulsado o relatório anual das actividades desenvolvidas pelo Departamento do
Policiamento Comunitário referente ao ano de 2018, a Localidade de Chilaulene, apresenta
um núcleo do CCS constituído por 100 voluntários. A nível da base, as actividades
desenvolvidas por estes voluntários se fazem sentir e efectivamente garantem com eficácia as
actividades de auto-defesa comunitária.

No entanto, na zona de cimento que constitui a cidade propriamente dita, existe um espírito de
renitência e fraca aderência dos programas de policiamento comunitário. A exemplo o Bairro
“A” ainda não dispõe de núcleo do CCS, devido a falta de voluntários para desempenhar a
função. Este facto faz com que a mesma seja vulnerável a ocorrência de cifras de
criminalidade elevadas.
6

Perante esta situação, levanta-se a seguinte questão de pesquisa:

Porquê razão as tendências do policiamento comunitário demonstram-se favoráveis na


periferia e fracas na cidade de Xai-Xai?

1.2 Justificativa

Os estudos feitos sobre o policiamento comunitário demonstram que a aplicação deste


projecto caracterizava-se pela estabilidade geográfica dos agentes e pela interacção
permanente entre os mesmos e a comunidade, através de contactos formais e informais
(Oliveira, 2006).

A pesquisa ganha suas alicerces na teoria das actividades rotineiras. Esta teoria foi
inicialmente proposta por Lawrence Cohen e Marcus Felson e defende que o crime ocorre
quando um provável infractor e um alvo adequado convergiam no mesmo tempo e lugar, sem
no entanto a presença de um guardião capacitado. A aplicação desta teoria vai favorecer uma
perspectiva analise sob ponto de vista de prevenção situacional, o que vai desembocar no
modelo de policiamento comunitário.

No modelo de policiamento comunitário ou de proximidade deve haver forte envolvimento da


comunidade pelo facto de que a mesma está dotada de conhecimentos relativo as suas rotinas
e problemas ligados a segurança. O envolvimento desta comunidade não está relacionado com
a condição social, mas sim com o conhecimento da área. É nesta vertente em que a pesquisa
encontra sua ligação com a teoria de base, como forma de proceder-se com o
desenvolvimento de estudos para envolver a comunidade que se mostra renitente para a
aderência desta política.

O estudo a ser realizado fundamenta-se sob ponto de vista social, académico, institucional e
pessoal.

O impacto social da pesquisa poderá residir em trazer uma consciencialização da necessidade


de participação conjunta na mitigação ao crime, onde vários actores podem participar de
forma diferente para a materialização do mesmo fim. A sociedade ficará esclarecida da forma
específica da sua participação para a auto-defesa do seu património e na salvaguarda dos seus
direitos, muita das vezes violados no âmbito do cometimento de crimes por malfeitores. A
7

sociedade poderá compreender que na maioria dos casos, os malfeitores são pessoas que
conhecem bem a área em que vão actuar, uma vez que podem se tratar de residentes ou
conhecidos na zona e para que estes sejam conhecidos e responsabilizados pelos seus crimes,
cabe a cada um dos citadinos residentes na área de estudo denuncia-lo ou capturando.

Quanto ao âmbito académico, a pesquisa vai trazer novos paradigmas de visão científica.
Através dos resultados da pesquisa poderá se tomar como bases de estudos para outras áreas
geográficas. A pesquisa poderá igualmente constituir um instrumento teórico para desenho de
outras políticas públicas complementares ou paralelas relativas a participação colectiva/
comunitária na prevenção e mitigação do crime.

No campo institucional, a PRM é a instituição organizadora desta política. Assim, os ganhos


que poderão ser alcançados com a pesquisa vão resumir-se na redefinição ou reordenamento e
revitalização dos núcleos dos CCS para as áreas urbanizadas observando as conclusões nela
retiradas.

1.3 Objectivos da pesquisa

1.3.1 Objectivo geral

 Analisar as razões das tendências do policiamento comunitário entre a periferia e a


Cidade de Xai-Xai.

1.3.2 Objectivos específicos

 Descrever a política de policiamento comunitário nas zonas urbanas;


 Caracterizar as motivações que atraem e retraem a participação dos cidadãos no
processo de policiamento comunitário na área de estudo;
 Captar as percepções da política de policiamento comunitário na Localidade de
Chilaulene e no Bairro “A”;
 Descrever a condição social dos membros que integram os CCS da área em estudo.

1.4 Perguntas de pesquisa

1. Como funciona a política de policiamento comunitário nas zonas urbanas?


2. Como se caracterizam as motivações que podem atrair ou retrair a participação dos
cidadãos no processo de policiamento comunitário?
8

3. Como é percebida a política de policiamento comunitário na Localidade de Chilaulene


e no Bairro “A”?
4. Qual é a condição social dos membros que integram os Conselhos Comunitários de
Segurança?

1.5 Hipóteses da pesquisa

Para esta pesquisa em particular, não serão avançadas as hipóteses, tendo em conta tratar-se
de uma pesquisa qualitativa as hipóteses estão explícitas. Este posicionamento é
fundamentado por Gil (2017.p 22) “ geralmente, naqueles estudos em que o objectivo é o de
descrever determinado fenómeno ou as características de um grupo, as hipóteses não
enunciadas formalmente”.

1.6 Delimitação da pesquisa

A teoria de actividades rotineiras baseia-se no princípio de que os esforços de prevenção, a


polícia e a comunidade devem estar atentas a três factores vinculados a cada um dos lados do
triângulo (infractor, alvo e ausência de guarnição) que podem tanto auxiliar quanto atrapalhar
o trabalho de prevenção. Assim, para que efective-se a redução de oportunidade para o
cometimento do crime, deve-se garantir que pelo menos um dos três elementos, esteja
ausente, neste caso em vertente, o guardião capacitado deve estar permanentemente em
prontidão, facto que pode ser suprida pela existência e operacionalidade dos CCS.

A periodização do policiamento comunitário como objecto de estudo é o facto de considerar-


se o mesmo como aposta acertada para a prevenção criminal, bem como no garante
estratégico da segurança para os cidadãos.

A escolha da 1ª Esquadra da PRM da Cidade de Xai-Xai, precisamente a Localidade de


Chilaulene e o Bairro “A” da Cidade é pelo facto de as duas áreas apresentar características
contraditórias. Por um lado, a Localidade de Chilaulene é uma zona periférica, mas a mais
tranquila da Cidade de Xai-Xai, pelo facto de ser conhecidos como “ zona quente”, onde os
seus residentes controlam toda movimentação das pessoas, principalmente as desconhecidas
na zona. Quando detectam um movimento estranho alertam-se em desencadeiam uma
operação de intersectarem as pessoas em questão e procuram saber dos seus objectivos. Por
outro lado, o Bairro “A” que constitui a zona de cimento, é a zona mais conflituosa,
9

caracterizada por existência de muitos empreendimentos económicos e frequentes crimes


ligados a propriedade. Apesar de tantos apelos para a organização e revitalização de CCS, os
residentes desta zona mostram-se apáticos para a materialização desta política.

O interesse temporal para a pesquisa é pelo facto de o ano de 2017 ter sido emitida a instrução
5/DOSP/PC/2017 que instruí a realização de no mínimo quatro reuniões de educação do
cidadão para a prevenção da criminalidade, facto que obrigou a direcção da 1ª Esquadra a
desencadear uma revitalização dos CCS. A partir deste ano foram realizadas muitas
actividades envolvendo o policiamento comunitário para a redução do crime. O ano de 2018
considera-se um período suficiente para avaliar actividades realizadas dentro de um ano,
como forma de averiguar as constatações detectadas e permitir a rectificação das lacunas
existentes.

1.7 Revisão da literatura

1.7.1 Teoria de base

Para a materialização da pesquisa, funcionará a teoria das actividades rotineiras. Esta teoria
foi inicialmente proposta por Lawrence Cohen e Marcus Felson e defende que para que um
crime ocorra deve haver convergência de tempo e espaço em, pelo menos, três elementos,
nomeadamente um provável agressor, um alvo adequado, na ausência de um guardião capaz
de impedir o crime (Clarke e Felson, 1998).

A escolha desta teoria é pelo facto de ser paralela ao modelo geral de oportunidades, na
medida em que o crime que ocorre na via pública resulta de oportunidades, pois, existe uma
vulnerabilidade e probabilidade de aumento da ocorrência do crime quando os três elementos
convergem no tempo e no espaço. E uma vez ser impossível afectar a cada via pública,
estabelecimento e residência um agente da polícia para garantir a segurança, este trabalho
pode ser levado a cabo em coordenação entre a população e a comunidade através dos CCS.

Segundo Felson (1987), as actividades de rotina fornecem escolhas aos indivíduos, incluindo
os criminosos, e criam subsequentes possibilidades para certos eventos, determinando o
sucesso dos ofensores em actividades criminais, ou das potenciais vítimas a impedir a
vitimação, ou seja, os criminosos seleccionam os seus alvos (pessoas, serviços e bens) onde
denotam a inexistência de um guardião capaz de impedir o cometimento do acto.
10

Segundo Clarke e Felson (1998), o comportamento individual é resultado da interacção entre


indivíduo e ambiente, sendo que a oportunidade, pode ser considerada a principal causa de um
crime. Neste contexto, as acções de policiamento comunitário poderão reduzir a oportunidade
para existência simultânea dos três elementos ora mencionados.

1.7.2 Definição dos conceitos

a) Tendências

Segundo o dicionário online português, tendências é a disposição natural que leva algo ou
alguém a se mover em direcção a outra coisa ou pessoa.

b) Policiamento comunitário

No entender de Oliveira (2006) policiamento comunitário é uma estratégia de natureza


proactiva, baseada em parceria que através da presença dos elementos policiais sobre o
terreno, obtém a co-responsabilidade de todos os actores nas tarefas da segurança e melhor
conhecimento recíproco junto da população, com vista a optimização do trabalho policial
sobre um determinado território em termos de eficácia da imagem e de custos.

Para Normandeau (1998) policiamento comunitário é uma abordagem filosófica,


organizacional e operacional da polícia cujo fundamento baseia-se no trabalho em parceria
entre a polícia e a colectividade, no sentido de melhorar a gestão da criminalidade, da ordem
pública e desenvolvimento de programas de prevenção ao crime.

Segundo Trojanowicz e Bucqueroux (1994) policiamento comunitário é uma maneira


inovadora e poderosa que circunscreve-se na concentração de energias e talentos do
departamento policial na direcção das condições que dão origem ao crime e a repetidas
chamadas por auxílio local.

Um olhar sobre as abordagens feitas pelos autores supracitados, verifica-se que o


policiamento comunitário trata-se de uma estratégia policial no trabalho proactivo para a
prevenção e resposta oportuna as solicitações da população através da parceria com a
comunidade local.

No nosso entender, policiamento comunitário é uma actividade preventiva e operativa,


baseada na parceria entre a polícia e a comunidade para intervenção oportuna em situações de
11

alteração da Ordem, Segurança e Tranquilidade Públicas (OSTP) como forma de capitalizar o


conhecimento do terreno e redução de custos operacionais.

c) Periferia

Segundo Martins (2008, p. 50) “a periferia é a designação dos espaços caracterizados pela
urbanização patológica, pela negação do propriamente urbano e de um modo de habitar e
viver urbanos”.

A abordagem feita por Santos (2007, p. 76), refere que “a periferia passa a ser entendida (...)
como locus da segregação imposta às classes pobres”. Contudo, a periferia não é somente isso, é
igualmente espaço que se torna cada vez mais plural, “bem como os seus conteúdos, revelando
novas práticas sócio-espaciais, novas formas de diferenciação e segregação urbana”

De acordo com Ávila (2006) periferia é uma zona localizada distante do centro da cidade e de
locais de trabalho, habitado por indivíduos com um poder aquisitivo para investir no sonho da
casa própria.

O conceito de periferia tornou-se muito polémico e contraditório entre diferentes pensadores. É


evidente uma conceitualização baseada das suas características físicas e económicas, bem como
da localização.

Nesta pesquisa tomar-se-á como base a localização, definindo a periferia como aquela zona que
independentemente das suas características económicas e físicas localizar-se em torno de um
ponto urbano ou cidade.

1.8 Metodologia a pesquisa

Segundo Minayo 1 citado por Tozoni-Reis (2009:16) metodologia da pesquisa é o estudo dos
métodos pelos quais o pesquisador irá tomar no processo de produção do conhecimento sobre
a realidade que se busca conhecer, isto é, o conjunto de procedimentos técnicos e
instrumentais que vão corporizar a pesquisa.

1
Minayo, M.C. Pesquisa social: Teorias, Método, Criatividade. Petrópolis: Vozes, 1998
12

1.8.1 Paradigma de investigação

A materialização desta pesquisa estará sob responsabilidade do paradigma sócio-crítico. Este


paradigma defende que o conhecimento trata-se de uma construção reflecxiva.

O recurso a este paradigma é pelo facto de se pretender estudar um fenómeno concreto e


esclarecimento dos contornos nele envolvente, neste caso as tendências do policiamento
comunitário na periferia e na cidade. Este fenómeno carece de uma análise interpretativa e
não estatística.

1.8.2 Classificação da pesquisa quanto a sua natureza

Neste âmbito aplicar-se-á a pesquisa qualitativa.

A pesquisa qualitativa “não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o
aprofundamento da compreensão de um grupo social ou de uma organização, ocupa-se pelos
significados, dos motivos, aspirações, atitudes partindo de uma realidade social”( Silveira &
Gerhardt, 2009:31).

A aplicação deste tipo é pelo facto de haver uma intenção clara reflectida na explicação das
razões que estão por de traz da preferência e aceitação do policiamento comunitário na
periferia e fracas ou repulsão da mesma política no centro da cidade de Xai-Xai.

Na prática, a aplicação deste tipo na pesquisa vai consistir na descrição e caracterização das
questões comportamentais dos residentes da Localidade de Chilaulene (periferia) e do Bairro
A (centro da cidade) que representa um contexto situacional.

1.8.3 Método de abordagem

Neste âmbito, a pesquisa vai basear-se do método de indutivo.

Segundo Marconi e Lakatos (2009:86) o método indutivo consiste na avaliação dos dados
particulares.

A aplicação deste método visa estabelecer uma lógica científica, pois, segundo fundamenta
Vieira (2009:88) “a pesquisa qualitativa e marcantemente indutiva”.
13

1.9 Técnicas de recolha de dados

Os procedimentos técnicos a serem usados na pesquisa serão as bibliográficos, documentais,


entrevistas e observação.

Segundo Fonseca (2002)2 citado por Silveira e Gherardit (2009:37) a pesquisa bibliográfica é
aquela baseada em material analisada cientificamente e publicadas por meios escritos e
electrónicos, nomeadamente: livros, artigos científicos, páginas de web sites.

A escolha desta técnica é para fortificar os fundamentos na revisão da literatura para a


fundamentação conceitual e teórica de diversos conceitos e teoria relativa á temática e baseara
de obras e artigos científicos.

A pesquisa documental recorre a fontes mais diversificadas e dispersas, sem tratamento


analítico, tais como: tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais,
cartas, filmes, fotografias, pinturas, tapeçarias, relatórios de empresas, vídeos de programas de
televisão (Ibid).

Na prática, para esta pesquisa, serão compulsados documentos como leis, relatórios,
brochuras de capacitação e formação de membros da PRM em matéria do policiamento
comunitário.

A entrevista é uma técnica de colecta de dados não documentados sobre um determinado


assunto, onde a comunicação flui em forma de um diálogo assimétrico, em que uma das partes
busca dados e a outra apresenta-se como fonte da informação (Ibid. p: 72).

O recurso a esta técnica é pelo de, segundo os autores permitir a colecta de mais elementos
não expressos na fala, nomeadamente: gestos, gaguejos, nervosismo etc. Estes elementos
possibilitam mais análises para uma pesquisa meramente qualitativa.

O tipo de entrevista a ser aplicada será a semi-estruturada, que consiste no recurso a um


roteiro sobre o tema, mas que durante a entrevista é permitido fazer outras questões não

2
Fonseca, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.
14

previstas tendo em conta o ângulo de pesquisa (Ibid). Esta técnica vai permitir a abordagem
de assuntos inerentes a pesquisa constatados no terreno.

A aplicação desta técnica vai abranger a 10 indivíduos, três voluntários dos CCS da
Localidade de Chilaulene, três indivíduos representativos de estratos sociais diferentes e
quatro funcionários públicos membros da PRM, nomeadamente: O Comandante Provincial da
PRM de Gaza, o Chefe do Departamento do Policiamento Comunitário no Comando
Provincial da PRM de Gaza e dois Chefes de Cectores sendo um da Localidade de Chilaulene
e um do Bairo “A”. ”

A observação constitui uma técnica que baseia-se dos sentidos para a apreensão de
determinados aspectos da realidade e consiste em ver, ouvir e examinar os fatos ou fenómenos
que se pretende investigar (Ibid,p:74).

O recurso a esta técnica visa aferir o grau de veracidade das informações recolhidas em
diversas fontes.

A aplicação desta técnica será não participante. Este tipo de recolha de dados, o pesquisador
não se integra ao grupo observado. Contudo, desempenha o papel de espectador. O recurso a
este tipo é para evitar sujeições à matéria em pesquisa.
15

II REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ávila, Milene. Peixoto, “Periferia é periferia em qualquer lugar”? Antenor Garcia: Estudo
de uma periferia interirana. UFSCar, São Carlos, 2006

Clarke. Ronald. V. e Felson, Marcus. A oportunidade faz o ladrão. Teoria prática da


prevenção da criminalidade. Police Research Series, Paper 98. Home Office. Policing and
reducing crime unit. London, November 1998. Disponível em
https://pt.scribd.com/document/219022810/A-oportunidade-faz-o-ladrao

Gerhardt, Tatiana Engel e silveira, Denise Tolfo . Métodos de pesquisa. Editora da UFRGS.
Porto Alegre, 2009;

Gil, António Carlos. Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 6ª ed. São Paulo: Atlas 2017

Marconi, M. Andrade e Lakatos (2009), Fundamentos da Metodologia Científica, Editora:


Atlas, São Paulo, 2009

Martins, José de Souza. A aparição do demônio na fábrica – origens sociais do eu dividido no


subúrbio operário. 34ª ed, São Paulo, 2008

Oliveira, José Ferreira de. As Políticas de segurança e os modelos de policiamento: A


emergência do policiamento de proximidade. 1ª ed. Edicoes Almedina, Coimbra,2006;

Santos, R. O. Periferias urbanas: ensaio de síntese da produção teórica brasileira. In: X Simpósio
Nacional de Geografia Urbana - SIMPURB, 2007, Florianópolis. Anais...Comissão Organizadora
do X SIMPURB, 2007. 1 CD-ROM.

Trojanowicz, Robert e Bucqueroux, Bonnie. Policiamento Comunitário: Como começar.


Rio de Janeiro, PMERJ,1994

Vieira, José Guilherme Silva. Metodologia de pesquisa científica na prática. Editora Fael,
Curitiba , 2010

Anda mungkin juga menyukai