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1.

Válvulas no Processo Industrial

As válvulas correspondem a aproximadamente 5% dos custos totais na implementação de uma


tubulação na indústria. Em termos de números de unidades, elas perdem apenas para as conexões
de tubulações. É um mercado estável de aproximadamente $ 2 bilhões por ano. (RIBEIRO, M.
A.; Válvulas de Controle e Segurança)
As válvulas são usadas em tubulações e em entradas e saídas de vasos e tanques em várias
aplicações diferentes, ais principais são:
1. Serviço liga-desliga
2. Serviço de controle proporcional
3. Prevenção de vazão reversa
4. Controle de alívio de pressão
5. Especiais
6. Controle de Vazão Direcional
7. Serviço de Amostragem
8. Limitação de Vazão
9. Selagem de Vaso ou de Tanque
Dessas várias aplicações, a mais utilizada se relaciona com o controle de processos. Ou seja,
válvulas para controlar o fluxo do fluido na tubulação. É dessa categoria de válvulas que
trataremos neste documento, as chamadas VÁLVULAS DE CONTROLE.

1.1 Definição de válvula de controle

Várias entidades de normas já tentaram definir válvula de controle, mas nenhuma definição
é aceita universalmente. Algumas definições exigem que a válvula de controle tenha um atuador
acionado externamente, logo, a válvula reguladora auto-atuada pela própria energia do fluido
manipulado não seria considerada válvula de controle.
Outro problema encontra-se nas válvulas liga-desliga, uma vez que algumas definições
determinam que a válvula de controle seja capaz de abrir, fechar e modular, mas nem toda válvula
de controle é capaz de prover vedação completa. Não há consenso no valor do vazamento que
desqualificaria uma válvula de controle.
Outra definição de válvula de controle estabelece que o sinal para o atuador da válvula venha
de um controlador automático. Porém, é aceito que o sinal de atuação da válvula possa ver de
controlador, estação manual, solenoide piloto ou que a válvula seja também atuada manualmente.
Certamente, não há um limite claro entre válvula de controle e uma válvula de bloqueio com
um atuador. Embora a válvula de bloqueio não seja usada para trabalhar em posição intermediária
e a válvula de controle não seja apropriada para dar uma vedação total, algumas válvulas de
controle podem vedar. Mesmo assim, há um enfoque diferente para as duas válvulas, de bloqueio
e de controle. A válvula de controle é projetada e construída para operar modulando de modo
contínuo e confiável com um mínimo de histerese e atrito no engaxetamento da haste. A vedação
total é apenas uma opção extra. A válvula de bloqueio é projetada e construída para operar
ocasional ou periodicamente. O selo da haste não precisa ser tão elaborado como o da válvula de
controle. Atrito, histerese e guia da haste são de pouca importância para a válvula de bloqueio e
muito importantes para a de controle.
Portanto, na prática, uma válvula de controle é uma válvula que controla o fluxo do fluido,
trabalhando fechada, aberta ou em qualquer posição intermediária a essas duas, com a opção de
vedação sendo apenas um diferencial.

Figura 1 – Esquema típico de uma válvula de controle. Fonte:

1.2 Válvulas de Controle

As funções da válvula de controle são:


1. Conter o fluido do processo, suportando todos os rigores das condições de operação.
Como o fluido do processo passa dentro da válvula, ela deve ter características mecânicas
e químicas para resistir à pressão, temperatura, corrosão, erosão, sujeira e contaminantes
do fluido.
2. Responder ao sinal de atuação do controlador. O sinal padrão é aplicado ao atuador da
válvula, que o converte em uma força, que movimenta a haste, em cuja extremidade
inferior está o obturador, que varia a área de passagem do fluido pela válvula.
3. Variar a área de passagem do fluido manipulado. A válvula de controle manipula a vazão
do meio de controle, pela alteração de sua abertura.
4. Absorver a queda variável da pressão da linha. Em todo o processo, a válvula é o único
equipamento que pode fornecer ou absorver queda de pressão controlável.
Após instalada na tubulação, para poder desempenhar todas as funções requeridas, a válvula de
controle deve ter corpo, atuador e castelo. Além destes, ela pode ter acessórios opcionais que
facilitam e otimizam o seu desempenho, como posicionador, booster, chaves e volantes.
(RIBEIRO, M. A.; Válvulas de Controle e Segurança)

1.3 Corpo da Válvula

O corpo da válvula de controle é um vaso de pressão, com uma ou duas sedes, onde se
assenta o plug, que está na extremidade da haste, que é acionada pelo atuador. A posição relativa
entre o obturador e a sede, modulada pelo sinal que vem do controlador, determina o valor da
vazão do fluido que passa pelo corpo da válvula, variando a queda de pressão através dela.
Constituem o corpo: a sede, o obturador, a haste, o guia da haste, o engaxetamento e a
selagem de vedação. O conjunto haste-plug-sede é chamado de trim.

Figura 2 – Corpo de uma válvula de controle. Fonte:

Sede
A válvula de duas vias pode ter sede simples ou dupla. A sede da válvula é onde se assenta
o obturador. A posição relativa entre o obturador e a sede é que estabelece a abertura da válvula.
Na válvula de sede simples há apenas um caminho para o fluido passar no interior da válvula. A
válvula de sede simples é excelente para a vedação, porém requer maior força de
fechamento/abertura. A válvula de sede dupla, no interior da qual há dois caminhos para o fluxo,
geralmente apresenta grande vazamento, quando totalmente fechada. Porém, sua vantagem é na
exigência de menor força para o fechamento e abertura
Plug
O plug ou obturador da válvula pode ter diferentes formatos e tamanhos, para fornecer
vazamentos diferentes em função da abertura. Cada figura geométrica do obturador corresponde
a uma quantidade de vazão em função da posição da haste. Os formatos típicos fornecem
características linear, parabólica, exponencial, abertura rápida.

Materiais
O material da válvula deve ser compatível com as características de corrosão e abrasão
do fluido, uma vez que estará em contato com este. A parte externa do corpo da válvula é metálica,
geralmente de ferro fundido ou aço carbona cadmiado, aço inoxidável AISI 316, ANSI 304,
bronze, ligas especiais para alta temperatura, alta pressão e resistentes à corrosão química.

Conexões Terminais
A válvula é instalada na tubulação através de suas conexões. O tipo de conexões terminais
a ser especificado para uma válvula é normalmente determinado pela natureza do sistema da
tubulação em que a válvula vai ser inserida. As conexões mais comuns são flangeadas,
rosqueadas, soldadas. Há ainda conexões especiais e proprietárias de determinados fabricantes.
Os fatores determinantes das conexões terminais são tamanho da válvula, tipo do fluido, valores
da pressão e temperatura e segurança do processo.

1.4 Castelo

O castelo (bonnet) liga o corpo da válvula ao atuador. A haste da válvula se movimenta


através do engaxetamento do castelo. Há três tipos básicos de castelo: aparafusado, união e
flangeado. O engaxetamento no castelo para alojar e guiar a haste com o plug, deve ser de tal
modo que não haja vazamento do interior da válvula para fora e nem muito atrito que dificulte o
funcionamento ou provoque histerese. Para facilitar a lubrificação do movimento da haste e
prover vedação, usam-se caixas de engaxetamento. Algumas caixas requerem lubrificação
periódica. Os materiais típicos de engaxetamento incluem Teflon®, asbesto, grafite e a
combinação deles (asbesto impregnado de Teflon e asbesto grafitado). Quando a aplicação
envolve temperaturas extremas, muito baixas (criogênicas) ou muito elevadas, o castelo deve ter
engaxetamento com materiais especiais (semimetálicos) e possuir aletas horizontais, que
aumentem a área de troca de calor, facilitando a transferência de energia entre o processo e a
atmosfera externa e protegendo o atuador da válvula contra temperaturas extremas. Em aplicações
onde se quer vedação total ao longo da haste, pois o fluido do processo é usam-se foles como
selos. O fluido do processo pode ser selado interna ou externamente ao fole.

1.5 Atuador

Os modos de operação da válvula dependem do seu tipo, localização no processo, função no


sistema, tamanho, freqüência de operação e grau de controle desejado. Os modos possíveis são
manual ou automático. A atuação manual pode ser local ou remota. A atuação local pode ser feita
diretamente por volante, engrenagem, corrente mecânica ou alavanca. A atuação manual remota
pode ser feita pela geração de um sinal elétrico ou pneumático, que acione o atuador da válvula.
Para ser atuada automaticamente a válvula pode estar acoplada a mola, motor elétrico, solenóide,
servo mecanismo, atuador pneumático ou hidráulico. Frequentemente, é necessário ou desejável
operar automaticamente a válvula, de modo contínuo ou através de liga-desliga. Isto pode ser
conseguido pela adição à válvula padrão um dos seguintes acessórios
1. Atuador pneumático ou hidráulico para operação contínua ou de liga-desliga;
2. Solenóide elétrica para operação de liga-desliga;
3. Motor elétrico para operação contínua ou de liga-desliga;
Geralmente, um determinado tipo de válvula é limitado a um ou poucos tipos de atuadores; por
exemplo, as válvulas de alívio e de segurança são atuadas por mola; as válvulas de retenção são
atuadas por mola ou por gravidade e as válvulas globo de tamanho grande e com alta pressão de
processo são atuadas por motores elétricos ou correntes mecânicas. As válvulas de controle
contínuo são geralmente atuadas pneumaticamente e através de solenóides, quando se tem o
controle liga-desliga. Geralmente estes mecanismos de operação da válvula são considerados
acessórios da válvula.

1.6 Características da Válvula de Controle

A característica da válvula de controle é definida como a relação entre a vazão através


dela e a posição da haste, variando ambas de 0 a 100%. A vazão na válvula depende do sinal de
saída do controlador que vai para o atuador. Na definição da característica, admite-se que
1. o atuador da válvula é linear (o deslocamento da haste é proporcional à saída do
controlador)
2. A queda de pressão através da válvula é constante
3. O fluido do processo não está em cavitação, flashing ou na vazão sônica (choked)

São definidas duas características da válvula: inerente e instalada. A característica


inerente se refere à observada com uma queda de pressão constante através da válvula; é a
característica construída e fora do processo. A instalada se refere à característica quando a válvula
está em operação real, com uma queda de pressão variável e interagindo com as influências do
processo não consideradas no projeto.
Para se ter um controle eficiente e estável em todas as condições de operação do processo,
a malha de controle deve ter um comportamento constante em toda a faixa. Isto significa que a
malha completa do processo, definida como a combinação sensor-transmissor-controlador
válvula-processo deve ter seu ganho e dinâmicas os mais constantes possível. Ter um
comportamento constante significa ser linear.
Na prática, a maioria dos processos são não lineares, fazendo a combinação sensor-
transmissor-controlador-processo não linear. Assim, deve-se ter o controlador não-linear para ter
o sistema total linear. A outra alternativa é a de escolher o "comportamento da válvula" não linear,
para tornar linear a combinação sensor-transmissor controlador-processo. Se isso é feito
corretamente, a nova combinação sensor-transmissor-processo-válvula se torna linear, ou com o
ganho constante. O comportamento da válvula de controle é a sua "característica de vazão".
Figura 3 – Característica da válvula. Fonte: (RIBEIRO, M. A.; Válvulas de Controle e Segurança)

O objetivo da caracterização da vazão é o de fornecer um ganho do processo total


relativamente constante para a maioria das condições de operação do processo. A característica
da válvula depende do seu tipo. Tipicamente os formatos do contorno do plug e da sede definem
a característica. As três características típicas são linear, igual percentagem e abertura rápida;
outras menos usadas são hiperbólica, raiz quadrática e parabólica
Característica de igual percentagem
Na válvula de igual percentagem, iguais percentagens de variação de abertura da válvula
correspondem a iguais percentagens de variação da vazão. Matematicamente, a vazão é
proporcional exponencialmente à abertura. O índice do expoente é a percentagem de abertura.
O termo "igual percentagem" se aplica porque iguais incrementos da posição da válvula
causam uma variação da vazão em igual percentagem. Quando se aumenta a abertura da válvula
de 1%,, indo de 20 a 21%, a vazão ira aumentar de 1% de seu valor à posição de 20%. Se a posição
da válvula é aumentada de 2%, indo de 60 a 61%, a vazão ira aumentar de 1% de seu valor à
posição de 60%. A válvula é praticamente linear (e com grande inclinação) próximo à sua abertura
máxima.
A válvula de igual percentagem produz uma vazão muito pequena para grande variação
da abertura, no inicio de sua abertura, mas quando está próxima de sua abertura total, pequenas
variações da abertura produzem grandes variações de vazão. Ela exibe melhor controle nas
pequenas vazões e um controle instável em altas vazões.
Característica linear

Na válvula com característica linear a vazão é diretamente proporcional à abertura da


válvula. A abertura é proporcional ao sinal padrão do controlador, de 20 a 100 kPa (3 a 15 psig),
se pneumático e de 4 a 20 mA cc, se eletrônico.
A característica linear produz uma vazão diretamente proporcional ao valor do
deslocamento da válvula ou de sua posição da haste. Quando a posição for de 50%, a vazão através
da válvula é de 50% de sua vazão
máxima.
A válvula com característica linear possui ganho constante em todas as vazões. O
desempenho do controle e uniforme e independente do ponto de operação.
Característica instalada
O dimensionamento da válvula se baseia na queda de pressão através de suas conexões,
assumida como constante e relativa à abertura de 100% da válvula. Quando a válvula está
instalada na tubulação do sistema, a queda de pressão através dela varia quando há variação de
pressão no resto do sistema. A instalação afeta substancialmente a característica e a
rangeabilidade da válvula.
A característica instalada é real e diferente da característica inerente, que é teórica e de
projeto. Na prática, uma válvula com característica inerente de igual percentagem se torna linear,
quando instalada. A exceção, quando a característica inerente é igual à instalação, ocorre quando
se tem um sistema com bombeamento com velocidade variável, onde é possível se manter uma
queda de pressão constante através da válvula, pelo ajuste da velocidade da bomba.
A característica instalada de qualquer válvula depende dos seguintes parâmetros
1. Característica inerente, ou a característica para a válvula com queda de pressão
constante e a 100% de abertura;
2. Relação da queda de pressão através da válvula com a queda de pressão total do
sistema;
3. Fator de superdimensionamento da válvula.
É difícil prever o comportamento da válvula instalada, principalmente porque a
característica inerente se desvia muito da curva teórica, há não linearidades no atuador da válvula,
nas curvas da bomba.
Escolha das características
A escolha da característica da válvula e seu efeito no dimensionamento é fundamental
para se ter um bom controle, em larga faixa de operação do processo. A válvula com característica
inerente linear parece ser a mais desejável, porém o objetivo do projetista é obter uma
característica instalada linear. O que se deseja realmente é ter a vazão através da válvula e de
todos os equipamentos em série com ela variando linearmente com o deslocamento de abertura
da válvula. Como a queda de pressão na válvula varia com a vazão (grande vazão, pequena queda
de pressão) uma válvula não-linear normalmente fornece uma relação de vazão linear após a
instalação.
A escolha da característica correta da válvula para qualquer processo requer uma analise
dinâmica detalhada de todo o processo. Há numerosos casos onde a escolha da característica da
válvula não resulta em conseqüências serias. Qualquer característica de válvula é aceitável quando
1. A constante de tempo do processo é pequena (processo rápido), como vazão,
pressão de líquido e temperatura com misturadores;
2. A banda proporcional ajustada do controlador é estreita (alto ganho);
3. As variações de carga do processo são pequenas, menos que 2:1.
A válvula com característica linear é comumente usada em processo de nível de líquido e
em outros processos onde a queda da pressão através da válvula é aproximadamente constante.
A válvula com característica de igual percentagem é a mais usada; geralmente, em
aplicações com grandes variações da queda de pressão ou onde uma pequena percentagem da
queda de pressão do sistema total ocorre através da válvula.
Quando se tem a medição da vazão com placa de orifício, cuja saída do transmissor é
proporcional ao quadrado da vazão, deve-se usar uma válvula com característica de raiz
quadrática (aproximadamente a de abertura rápida). A válvula com a característica de vazão de
abertura rápida é, tipicamente, usada em serviço de controle liga-desliga, onde se deseja uma
grande vazão, logo que a válvula comece a abrir.
As recomendações (Driskell) resumidas para a escolha da característica da válvula são
1. Abertura rápida, para controle de vazão com medição através da placa de orifício e com
variação da queda de pressão na válvula pequena (menor que 2:1);
2. Linear, para controle de vazão com medição através da placa de orifício e com variação
da queda de pressão na válvula grande (maior que 2:1 e menor que 5:1);
3. Linear, para controle de vazão com sensor linear, nível e pressão de gás, com variação
de queda de pressão através da válvula menor que 2:1;
4. Igual percentagem, para controle de vazão com sensor linear, nível e pressão de gás,
com variação de queda de pressão através da válvula maior que 2:1 e menor que 5:1;
5. Igual percentagem, para controle de pressão de líquido, com qualquer variação da
queda de pressão através da válvula.
Como há diferenças grandes entre as características inerente e instalada das válvulas e por causa
da imprevisibilidade da característica instalada, deve-se preferir
1. Válvula cuja contrução tenha uma propriedade intrínseca, como a borboleta e a de disco
com abertura rápida;
2. Válvula que seja caracterizada pelo projeto, como as com plugs linear e de igual
percentagem;
3. Válvula digital que possa ser caracterizada por software;
4. Característica que seja obtida através de equipamento auxiliar, como gerador de
função, posicionador caracterizado, cam de formato especial. Estes instrumentos são
principalmente úteis para a alteração da característica instalada errada.
Em resumo, a característica da válvula de controle deve casar com a característica do processo.
Este casamento significa que os ganhos do processo e da válvula combinados resultem em um
ganho total linear.
Desempenho
O bom desempenho da válvula de controle significa que a válvula
1. É estável em toda a faixa de operação do processo;
2. Não opera próxima de seu fechamento ou de sua abertura total;
3. É suficientemente rápida para corrigir os distúrbios e as variações de carga do
processo;
4. Não requer a modificação da sintonia do controlador depois de cada variação
de carga do processo.
Para se conseguir esse bom desempenho da válvula, deve-se considerar os fatores que afetam seu
desempenho, tais como característica, rangebilidade inerente e instalada, ganho, queda de pressão
provocada, vazamento quando fechada, características do fluido e resposta do atuador.

2. Perda de carga

O escoamento em uma tubulação vai, em algum momento passar através de curvas, mudanças
de área e acessórios, dentre os quais, as válvulas. Ao passar por esses dispositivos, perdas de
cargas chamadas de perdas de carga localizadas ou singulares, são encontradas, sobretudo
como resultado da separação do escoamento. Essas perdas variam de dispositivo para
dispositivo; devido à complexidade do escoamento no interior destes, esta perda de carga
normalmente é determinada experimentalmente e, para a maioria dos componentes, são
fornecidas na forma adimensional. A expressão mais comumente utilizada para modelar uma
perda de carga localizada, hs, é

Onde Ks é o coeficiente de perda de carga singular, função da geometria da singularidade e do


número de Reynolds característico do escoamento. Ou seja

Em muitas situações reais, o número de Reynolds é grande o suficiente para que o


escoamento através do componente seja dominado pelos efeitos de inércia e a dependência do
coeficiente de perda de carga localizada em relação ao número de Reynolds seja muito pequena.
Dessa forma, na maioria dos casos práticos, Kv é função somente da geometria do dispositivo
considerado. (Roteiro de experiências de laboratório, escola politécnica de São Paulo)
O coeficiente Kv, também chamado de coeficiente de caudal, medido em m³/h, é um
caudal volumétrico experimental (capacidade) realizado através de uma válvula que, para um
trabalho específico, terá as seguintes condições:

 Perda de pressão admissível através da válvula igual a 1 bar.


 O fluido transportado é água para uma zona de temperatura de 278 K a 313 K (5º
C a 40º C)
 A unidade de caudal volumétrico é m³/h ou l/m³
O valor do coeficiente de caudal Kv é obtido por meio da seguinte equação a partir dos resultados
de teste:
∆𝑝𝑘𝑣 𝜌
Kv = 𝑄 ∗ √ ∆𝑝
∗𝜌
𝑤

As perdas nas válvulas inseridas na tubulação também são expressas usualmente como
um comprimento equivalente de duto. No caso desses elementos, no entanto, existe uma
dificuldade adicional: as válvulas podem variar sua abertura continuamente. As tabelas registram
valores de perdas para a situação em que a válvula está totalmente aberta; numa válvula
parcialmente fechada as perdas seriam maiores. Isso é razoável no caso de válvulas fixas, mas
não no caso de válvulas de controle, que tipicamente têm sua abertura variando continuamente no
tempo, de forma a controlar o fluxo. É exatamente esta a razão deste trabalho, apesar dos
fabricantes fornecerem tabelas com os valores de Kv apenas para a válvula totalmente aberta, para
as válvulas de controle necessita-se do conhecimento do coeficiente para vários valores de
abertura, para que se saiba a perda de carga em cada um dos casos. Além disso, existem vários
tipos de válvulas, e o formato exato de cada uma varia também com o fabricante. Por isso,
normalmente, devem-se usar tabelas fornecidas pelo próprio fabricante ou realizar ensaios
experimentais específicos.

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