Anda di halaman 1dari 9

PROJETO APLICADO

INSTITUTO POLITÉCNICO – CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

PATOLOGIAS
PATOLOGIAS DA
D A CONSTRUÇÃO CIVIL:
CI VIL: INFIL
INF ILTRAÇÕES
TRAÇÕES
Curso: Engenharia Civil
Orientador: Rodrigo Fidelis Viana de Oliveira
Coorientadores: Anton Semenchenko, Guilherme Maciel Araújo, Hélio Luiz Simonetti, Nelício Faria de
Sales

 Autores: Bruno de Sousa Knischewski, Danielli Evangelista de Quadros, Eduarda Cássia da Silva
Faria, Daniel Vieira Gabriel Loureiro, Élcio João Cardoso Teixeira, Fernando Pereira, Fernando
Marques Porto de Sousa, Ivan Arthur e Cunha

Resumo
Na construção civil pode-se atribuir patologia ao estudo dos danos ocorridos em
edificações. Essas patologias podem se manifestar de diversos tipos, tais como:
trincas, fissuras, infiltrações e danos por umidade excessiva na estrutura. Os
defeitos mais comuns decorrentes de infiltrações podem variar de bolhas e manchas
nas paredes até problemas estruturais, comprometendo a segurança e a
estabilidade das construções e até a saúde das pessoas. A impermeabilização é
uma etapa muito importante na construção civil, geralmente é composta de um
conjunto de camadas, com funções específicas, as quais devem ser adequadamente
dimensionadas e planejadas de forma a garantir a eficiência desejada com o melhor 
custo-benefício. A manta asfáltica, sistema de impermeabilização flexível vem sendo
cada vez mais utilizado, pois garante excelente tratamento, principalmente sobre
lajes e coberturas. Os custos do reparo dessas patologias podem ser até quinze
vezes maiores do que se fosse executado no andamento da obra.
Palavras chave: Patologias na Construção Civil, Infiltração, Impermeabilização, Sistemas de
Impermeabilização, Manta Asfáltica.

1. Introdução

 A água na construção civil é muito importante, pois faz parte da constituição de


argamassa, concretos, tintas, entre outros. Porém, ao mesmo tempo em que ela é
um aliado, pode ser um elemento indesejável nas construções quando não
precisamos dela, sendo necessárias medidas para contê-la.
O desempenho de uma construção está diretamente ligado à longevidade da
mesma, e a umidade indesejada presentes nestas construções são um dos
elementos que podem gerar patologias capazes de reduzir a vida útil ou prejudicar o
conforto dos usuários.

Nas edificações os defeitos mais comuns decorrentes de infiltrações, podem variar 


de bolhas e manchas nas paredes até problemas estruturais, comprometendo a
segurança e a estabilidade das construções e até a saúde das pessoas.
Esse trabalho se justifica pelo fato de que o problema da umidade em habitações é
cada vez mais frequente em nossos dias, por isso surge a importância de preservar 
a edificação contra os danos causados pelas infiltrações. É importante descobrir 
qual sistema de impermeabilização adequado para proteger e ampliar a vida útil da
construção.

O objetivo desse trabalho é abordar o conceito de infiltração nas edificações,


apresentando os sistemas de impermeabilização e os principais materiais utilizados
hoje em dia. Será dada ênfase na utilização das mantas asfálticas em lajes de
cobertura bem como seus benefícios em relação aos outros materiais. Em segundo
plano, analizar os benefícios da prevenção em relação ao tratamento das patologias
ocasionadas pela infiltração.

2. Revisão Bibliográfica

2.1. Infiltração
 A infiltração pode ser caracterizada como a passagem da água no estado líquido ou
vapor do meio exterior para o interior. O transporte de vapor de água pelo interior de
um material se dá pela diferença de pressão de vapor nas regiões deste, sendo que
o fluxo sempre ocorre da maior para menor pressão, até que se chegue ao equilíbrio
entre elas, processo esse denominado difusão. Já pelo estado líquido a
transferência se dá pela capilaridade e percolação que é um fenômeno que resulta
da ação que a água causa no interior dos poros de um determinado material.
(RIGHI, 2009).

Experiência realizada para perceber a infiltração por percolação em um tijolo


comum:
Gráfico 1 - Resultado da experiência de percolação

Há vários tipos de infiltrações que afetam a estrutura física das obras especialmente
nos materiais utilizados em sua construção como, por exemplo, no reboco, na
pintura, no concreto, no aço, entre outros. A infiltração, além de interferir na
durabilidade da obra, é prejudicial à saúde do homem, uma vez que o ambiente
úmido abriga micro-organismos (fungos) que são responsáveis pelo
desencadeamento de doenças, podendo gerar desgaste físico e emocional nos
usuários da edificação.

 As infiltrações podem ocorrer através de outras patologias, como nas trincas e
rachaduras. Dentro do corpo da obra, as infiltrações danificam a estrutura e podem
ocasionar danos ainda maiores, como por exemplo, corrosão na estrutura metálica.
 Além disso, as infiltrações podem acabar expondo as armaduras de metal, o que
ocasiona um dano grandioso a estrutura da obra. Segundo Mário Marques (1987), a
umidade, quando permanece, pode deteriorar qualquer material de construção
fazendo com que a obra se desvalorize.

Segundo Ferreira (2008), a umidade nas edificações representa um dos problemas


mais difíceis de serem corrigidos dentro da construção civil. Essa dificuldade está
relacionada à complexidade dos fenômenos envolvidos e à falta de estudos e
pesquisas. Para resolver esse problema uma das soluções é implantar ainda no
projeto de uma construção um sistema de impermeabilização.

2.2. Impermeabilização
 A NBR 9575/10  – Impermeabilização: Seleção e Projeto  – definiu uma série de
conceitos e terminologias importantes, além de ter incorporado diversos conceitos e
tipos de impermeabilização até então sem normalização.

 A NBR 9575/10 define: impermeabilizar é o ato de isolar e proteger os materiais de


uma edificação da passagem indesejável de líquidos e vapores, mantendo assim as
condições de desempenho, habitabilidade e durabilidade de uma construção. A
condição de impermeabilizar está associada a uma pressão limite, convencionada
em ensaio específico.
De acordo com a arquiteta Elka Porciúncula (2009), a impermeabilização geralmente
é composta de um conjunto de camadas, com funções específicas, as quais devem
ser adequadamente dimensionadas e planejadas de forma a garantir a eficiência
desejada com o melhor custo-benefício.
Um dos principais benefícios da impermeabilização é a durabilidade da edificação.
Se feita de forma correta, irá prolongar a vida útil dos elementos construtivos,
evitando constantes manutenções e reparos, além de manter o visual da edificação
com aspecto saudável. (Moraes, 2009).

Segundo Wilson Neves (2010), gestor executivo do IBI (Instituto Brasileiro de


Impermeabilização), é importante um projeto de impermeabilização bem feito para
evitar a necessidade de obras de correção ou execução de impermeabilização
posterior à finalização do empreendimento. O custo do serviço de impermeabilização
em relação ao custo total de uma obra fica entre 2% e 2,5%. Se o serviço não for 
executado, a impermeabilização posterior sobe para 13% a 14% do custo total
dessa obra.
Gráfico 2 - Porcentagem de Investimentos nas Edificações
- Fonte: www.vedacit.com.br/infoteca/noticias. Data de
acesso: 18/09/12.

2.2.1. Classificação
De acordo com Yazigi (2011),
“As estruturas estão sujeitas às variações de temperatura do ambiente, o que provoca
esforços de tração e de compressão sobre elas. [...] Estando a impermeabilização
solidária à estrutura, conclui-se que aquela deva acompanhar a movimentação desta,
bem como resistir às tensões de tração e de compressão atuantes. Como geralmente
a estrutura está submetida ora a esforços de tração ora de compressão, [...] os
materiais da impermeabilização também serão submetidos a ciclos de expansão e
retração. Chama-se, então, de resiliência de um material a capacidade que ele tem
de retornar às suas dimensões iniciais, uma vez cessada a causa que provocou a
deformação, seja ela de origem térmica seja de origem mecânica, e após vários ciclos
de repetição do fenômeno em questão.”

Desse modo, a impermeabilização pode ser classificada nos itens descritos a seguir:

2.2.1.1. Rígidos
Impermeabilizantes que não apresentam a propriedade de trabalharem com a
estrutura principal da edificação. São aditivos que atuam no sistema capilar,
preenchendo todos os vazios dos poros, impedindo a percolação da água. São
misturados aos concretos e às argamassas destinadas ao assentamento de
elementos de alvenaria e revestimentos. (SALGADO, 2011). Exemplos:
Cristalização; Argamassa rígida.

2.2.1.2. Semiflexíveis
São revestimentos impermeabilizantes constituídos por materiais que possuem
dilatação e flexibilidade e trabalham com a estrutura, podendo absorver pequenas
movimentações ou acomodações dela e suportar pressões negativas e positivas.
(SALGADO, 2011).

2.2.1.3. Flexíveis
São os que possuem em sua composição materiais que modificam as características
elásticas do produto, pois recebem adições de polímeros, elastômetros etc.,
podendo absorver considerável movimentação estrutural. Exemplos:

 Membrana flexível moldada in loco”:


“   Emulsões asfálticas; Soluções asfálticas;
Emulsões acrílicas; Asfaltos oxidados + Estrutura; Asfaltos modificados +
Estrutura + Elastômeros em solução.

 Manta flexível Pré-fabricada: Mantas asfálticas; Mantas elastoméricas; Mantas


poliméricas (PVC).

O sistema de impermeabilização flexível pode ser dividido em dois grupos: as


emulsões e mantas.

- Emulsões: conforme Júlio Salgado (2011),


São feitas a base de elastômeros sintéticos e betumes emulsionados ou de base
acrílica. Quando aplicados, a quente ou a frio, formam um filme impermeabilizante,
elástico e de elevada aderência. Esses materiais não devem ficar expostos ao tempo,
pois por possuírem betume em sua composição, eles não resistem aos raios
ultravioleta. Para aumentar a vida útil desses materiais deve-se proceder à execução
de uma proteção mecânica sobre o produto aplicado.

- Mantas: um tipo de impermeabilização flexível cada vez mais utilizado, pois


garante excelente tratamento, principalmente sobre lajes e coberturas. É fornecida
em rolos, com variada espessura, uma para cada tipo de finalidade ou solicitação.

 A escolha do sistema de impermeabilização deverá ser determinada em função da


dimensão da obra, forma da estrutura, interferências existentes na área, custo, vida
útil etc.

2.3. Sistema de tratamento das infiltrações – Manta Asfáltica


 As mantas asfálticas configuram sistema de impermeabilização flexível e pré-
fabricado e são confeccionadas à base de asfalto modificado com polímeros e
estruturantes em poliéster ou polietileno. Em geral, seu uso é indicado para lajes,
reservatórios, jardineiras, paredes de encostas, áreas frias, dentre outros (CORSINI,
2011). Em comparação a outros sistemas de impermeabilização, a manta asfáltica é
indicada especialmente para estruturas sujeitas a movimentação. A NBR 9952/07 -
Manta Asfáltica para Impermeabilização - lista as principais características técnicas
das mantas, classificando-as em quatro categorias conforme os respectivos índices
de tração, alongamento, flexibilidade e espessura. As mantas ainda diferem quanto
ao tipo de acabamento, que pode ser de alumínio, de polietileno, ardosiado,
geotêxtil, entre outros. (CORSINI, 2011).

2.3.1. Aplicação
Passo a passo como utilizar o sistema de impermeabilização com mantas asfálticas:
(IBI, 2009).

 Passo 1  – Regularização: Regularizar o substrato para dar caimento da água


para os ralos, arredondar os cantos verticais e horizontais em meia cana
(aproximadamente quatro dedos de distância).
 Passo 2  – Imprimação: Aplicar uma demão de primer, (pintura de imprimação à
base d’água composta de asfaltos modificados e aditivos, isenta de solventes e
compostos orgânicos voláteis), em toda a área do piso e nos rodapés, na altura
adequada a cada caso. Aguardar secagem.
 Passo 3 - Aplicação da
Manta: Aquecer 
simultaneamente com
chama de maçarico o
primer e a manta,
avançando o rolo com o
pé.
 Passo 4 - Detalhe do
Rodapé: A colagem da
manta deve ser feita em Ilustração 1 - Impermeabilização com manta asfáltica. Fonte:
duas etapas: a 1° a ser  http://revista.construcaomercado.com.br/guia/habitacao-
financiamento-imobiliario/122/artigo228031-1.asp. Data de
aderida é a do plano acesso: 20/10/12.
horizontal (piso), para
depois na 2° etapa aderir a do plano vertical (parede).
 Passo 5 - Teste de Estanqueidade: Após a aplicação da manta feche as saídas e
encha o local com uma lâmina de água, por 72 horas no mínimo, verificando
assim se a impermeabilização está perfeita.
 Passo 6 - Camada Separadora: O filme plástico deve ser aplicado no piso após o
teste com água, para evitar aderência da argamassa da proteção mecânica que
promove esforços mecânicos sobre a manta asfáltica e facilita a manutenção em
eventual ponto danificado, posteriormente.
 Passo 7 - Proteção Mecânica de Transição: Sobre a camada separadora, aplique
argamassa em cimento e areia (traço 1:6), com espessura média de 2 cm. Por 
último, aplique o revestimento ou acabamento final.

3. Materiais e Métodos

Para este artigo foram desenvolvidos estudos sobre infiltrações e


impermeabilizações, em especial impermeabilizações com mantas asfálticas.
Pesquisas e levantamentos de dados foram feitos através de artigos científicos,
livros e revistas técnicas.

O site do Instituto Brasileiro de Impermeabilização bem como artigos publicados pela


revista Téchne, foram essenciais para a realização desse trabalho. O auxilio de
engenheiros e outros profissionais da área também contribuiu significativamente.

4. Conclusão

É importante ter claro que recuperar uma obra com problemas de infiltração é bem
mais caro e trabalhoso do que projetar e executar um sistema de impermeabilização
logo no início da obra. A proteção das estruturas contra infiltrações de água é
condição mínima e necessária a qualquer edificação, independentemente do
pavimento em que a infiltração possa se manifestar. A utilização de sistemas
impermeabilizantes, como a manta asfáltica, tem como função principal proteger a
edificação, permitindo um aumento da vida útil da construção, garantindo a
salubridade dos ambientes e melhorando a qualidade de vida dos usuários.
 Atualmente, com o nível de desenvolvimento e avanços tecnológicos obtidos pela
indústria da construção civil torna-se fundamental a execução do projeto de
impermeabilização para se evitar futuras patologias causadas pelas infiltrações.
5. Referências

 As Patologias Mais Comuns Pela Falta de Impermeabilização. Revista Téchne,


03/2009.
CRUZ , Júlio Henrique Pinto. Manifestações Patológicas de Impermeabilizações com
Uso de sistema Não Aderido de Mantas Asfálticas: Avaliação e Análise com Auxilio
de Sistema Multimídia. Monografia, Dissertação de Pós-graduação em Engenharia
Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2003.

GEOVANE, Venturini. (Estudo dos Sistemas de Impermeabilização: Patologias,


Prevenções e Correções  – Análise de Casos). Dissertação De Mestrado. 2009.

GUERCHENZON, Yara. Como lidar com paredes com umidade. Disponível em:
<http://delas.ig.com.br/casa/como-lidar-com-paredes-com-
umidade/n1237508155177.html> Acessado em 22/09/12.

MORAES, Maria Tereza Domingues. A importância da impermeabilização do Projeto


à construção, Monografia (Curso de especialização em Construção Civil) UFMG-
2009.

Patologias na Construção Civil. Disponível em <http://reformar-


eng.blogspot.com.br/2011/05/patologias-na-construcao-civil.html>. Acessado em
12/10/2012.

Sistemas de Impermeabilização na Construção Civil. Disponível em


<http://metalica.com.br/sistemas-de-impermeabilizacao-na-construcao-civil>.
 Acessado em 12/11/2012.

SOBRINHO, Mario Marques Beato. Estudos da Ocorrência de fungos e da


Permeabilidade em revestimentos de Argamassa em Habitações de Interesse Social
 – Estudo de Caso na Cidade de Pitangueiras/SP, Monografia Pós-graduação em
Construção Civil, 2008.

VALLE, Juliana Borges de Senna. Patologia das Alvenarias. Monografia (Curso de


Especialização de Tecnologia da Construção Civil), UFMG: 2008.

Anda mungkin juga menyukai