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CALDEIRAS DE VAPOR CONVENCIONAIS E DE RECUPERAÇÃO.

Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 1

1.1. Objectivos.................................................................................................................... 2

2. Metodologia de Investigação .............................................................................................. 2

3. Caldeiras ............................................................................................................................. 3

3.1. Breve historial ............................................................................................................. 3

3.2. Caldeiras de vapor ....................................................................................................... 4

3.3. Critérios de classificação das caldeiras de vapor ........................................................ 4

3.3.1. Vantagens das caldeiras flamotubulares .............................................................. 7

3.3.2. Desvantagens das caldeiras flamotubulares ......................................................... 8

3.3.3. Vantagens das caldeiras aquotubulares ................................................................ 9

3.3.4. Desvantagens das caldeiras aquotubulares .......................................................... 9

3.4. Caldeiras Mistas .......................................................................................................... 9

3.4.1. Componentes principais de caldeiras ................................................................... 9

4. Cálculo do rendimento de geradores de vapor ................................................................. 10

4.1. Balanço energético em caldeiras ............................................................................... 10

4.1.1. Balanço energético (Método Direto) ................................................................. 10

4.1.2. Método das perdas ............................................................................................. 15

5. Sistema de combustão: fornalhas e queimadores ............................................................. 18

5.1. Fornalhas ................................................................................................................... 19

5.2. Queimadores.............................................................................................................. 20

6. Caldeiras de recuperação de calor .................................................................................... 21

6.1. Classificação e caracteristicas construtivas ............................................................... 21

7. Conclusão ......................................................................................................................... 24

8. Referências Bibliográficas ................................................................................................ 25


1. Introdução
O vapor de água é usado como meio de geração, transporte e utilização de energia desde os
primórdios do desenvolvimento industrial. Inúmeras razões colaboraram para a geração de
energia através do vapor. A água é o composto mais abundante da terra e, portanto, de fácil
obtenção e baixo custo. Na forma de vapor tem alto conteúdo de energia por unidade de massa
e volume, por essa razão, o vapor de água é utilizado como fluído de trabalho em ciclos
termodinâmicos, transformando a energia química de combustíveis fósseis ou nucleares em
energia mecânica, e em seguida, energia eléctrica.

Este trabalho tem como objectivo, estudar as caldeiras ou geradores de vapor, que são
equipamentos utilizados para transformar água em vapor. Abordaremos as suas classificações,
os sistemas de combustão e como efectuar cálculo da eficiência em caldeiras de vapor. Esses
equipamentos são usados para insta1ações onde se deseja ter a obtenção de vapor ou vapor
superaquecido, na qual trocará calor com um fluído de menor temperatura.
CALDEIRAS DE VAPOR CONVENCIONAIS E DE RECUPERAÇÃO.

1.1.Objectivos

Objectivo Geral
O presente trabalho tem como objectivo geral fazer um estudo sobre caldeiras de vapor
convencionais e de recuperação.

Objectivos específicos:

 Definir caldeiras de vapor convencionais e de recuperação;


 Apontar os critérios de classificação de caldeiras a vapor;
 Apresentar os sistemas de combustão( Fornalhas e Queimadores); e
 Apresentar as características construtivas.

2. Metodologia de Investigação
O presente trabalho baseou-se em pesquisas científico-didáticas com base em artigos
electrónicos e materiais digitais.

TRABALHO EM GRUPO 2
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3. Caldeiras
3.1.Breve historial
As primeiras aplicações práticas ou de carácter industrial de vapor surgiram por volta do século
XVII. O inglês Thomas Savery patenteou em 1698 um sistema de bombeamento de água
utilizando vapor como força motriz. Em 1711, Newcomen desenvolveu outro equipamento
com a mesma finalidade, aproveitando idéias de Denis Papin, um inventor francês. A caldeira
de Newcomen era apenas um reservatório esférico, com aquecimento directo no fundo, também
conhecida como caldeira de Haycock.

James Watt modificou um pouco o formato em 1769, desenhando a caldeira Vagão a precursora
das caldeiras utilizadas em locomotivas a vapor. Apesar do grande desenvolvimento que Watt
trouxe a utilização do vapor como força motriz, não acrescentou muito ao projecto de caldeiras.

Todos estes modelos provocaram desastrosas explosões, devido a utilização de fogo directo e
ao grande acúmulo de vapor no recipiente. A ruptura do vaso causava grande liberação de
energia na forma de expansão do vapor contido.

Nos finais do século XVIII e início do século XIX houveram os primeiros desenvolvimentos
da caldeira com tubos de água. O modelo de John Stevens movimentou um barco a vapor no
Rio Hudson. Stephen Wilcox, em 1856, projectou um gerador de vapor com tubos inclinados,
e da associação com George Babcock tais caldeiras passaram a ser produzidas, com grande
sucesso comercial .

Em 1880, Alan Stirling desenvolveu uma caldeira de tubos curvados, cuja concepção básica é
ainda hoje utilizada nas grandes caldeiras de tubos de água.

Nesta época, tais caldeiras já estavam sendo utilizadas para geração de energia eléctrica. A
partir do início deste século o desenvolvimento técnico dos geradores de vapor se deu
principalmente no aumento das pressões e temperaturas de trabalho, e no rendimento térmico,
com utilização dos mais diversos combustíveis. A aplicação a propulsão marítima alavancou o
desenvolvimento de equipamentos mais compactos e eficientes.

As caldeiras são dispositivos que elevam a temperatura e a pressão de fluidos pela transferência
de energia em forma de calor.

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3.2.Caldeiras de vapor
Caldeira de vapor é um equipamento que se destina a gerar vapor através de uma troca térmica
entre o combustível e a água, sendo que isto é feito por este equipamento construído com
chapas e tubos cuja finalidade é fazer com que água se aquece e passe do estado líquido para o
gasoso, aproveitando o calor liberado pelo combustível que faz com as partes metálicas da
mesma se aqueçam e transfiram calor à água produzindo o vapor. As caldeiras são também
denominadas Geradores de vapor.

A energia necessária à operação, isto é, o fornecimento de calor sensível à água até alcançar a
temperatura de ebulição, mais o calor latente a fim de vaporizar a água e mais o calor de
superaquecimento para transformá-la em vapor superaquecido, é dada pela queima de um
combustível.

Caldeiras de Vapor convencionais: são os geradores de vapor mais simples, queimam algum
tipo de combustível como fonte geradora de calor.

3.3.Critérios de classificação das caldeiras de vapor


As caldeiras a vapor podem ser classificadas a partir de alguns critérios, tais como:

1º Tipo de combustível ou fonte de calor utilizado

De acordo com esse padrão de classificação, as caldeiras podem ser reunidas segundo o tipo
de combustíveis usado na caldeira:

a) Sólido: lenha, carvão mineral, biomassa e resíduos sólidos;


b) Líquido: óleo combustível e óleo diesel;
c) Gasoso: gás natural, gás de processo e calor residual.

Para a escolha do combustível a usar deve se ter em conta alguns parâmetros importantes como
por exemplo:

 Custo do combustível; e
 Facilidade de aquisição.

O tipo de combustível a ser utilizado irá definir os aspectos construtivos da fornalha. Uma
caldeira concebida para a utilização de óleo combustível ou gás não deve ser aplicada para a
queima de carvão sem antes sofrer algumas alterações.

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2º Força motriz para a circulação do fluido de trabalho

De acordo com esse critério, as caldeiras podem ser classificadas como:


a) De circulação natural - Em caldeiras de circulação natural, a circulação do fluído de
trabalho no interior dos tubos acontece graças à diferença de densidade da água líquida e a
mistura água-vapor.
b) De circulação forçada - as caldeiras de circulação forçada são normalmente projectadas
com paredes de água e apenas um tambor separador. A água é movimentada de forma
contínua por diversas bombas. Seu projecto é concebido para a operação até pressões muito
próximas à pressão crítica da água.
c) De passe único - As caldeiras de passe único foram idealizadas, primeiramente, para ser
utilizadas em centrais termoeléctricas de alta potência. A água é obrigada a circular apenas
uma vez pela tubulação por uma bomba de alimentação, desse modo, não existe a
recirculação de água. Em 1923, o inventor Tcheco Mark Benson realizou a primeira tentativa
de aplicar uma caldeira de passe único de forma comercial.

3º Nível de pressão de operação


As caldeiras, segundo esse critério, podem ser classificadas em:

a) Caldeiras de vapor de baixa e média pressão (<10MPa)- normalmente são do tipo


industrial;

b) Caldeiras de vapor de alta pressão (10-16MPa) - empregadas em centrais


termoeléctricas e com circulação natural;
c) Caldeiras de vapor de pressão super alta (>17 MPa) - empregadas em centrais
termoeléctricas e com circulação forçada;
d) Caldeiras de vapor de pressão supercrítica (>22,1 MPa) - empregadas em centrais
termoeléctricas planificadas para operar em passe único;
e) Caldeiras de vapor com pressão deslizante - A operação em pressão deslizante pode ser
entendida como o processo de operar com cargas parciais em uma pressão de vapor mais
baixa do que a nominal. Esta prática visa diminuir as perdas que ocorrem nas válvulas de
admissão da turbina quando se trabalha com cargas parciais.

4º Tecnologia de combustão
Segundo esse critério, as caldeiras podem ser classificadas como:

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a) De grelha fixa e ou grelha rotativa: empregada na queima de biomassa ou de resíduos


agro-industrias em caldeiras de pequeno porte;
b) De queima em suspensão: empregada na queima de combustível sólido pulverizado, óleo
combustível ou gás natural;
c) Leito fluidizado (borbulhante ou circulante): empregado na queima de combustíveis
sólidos.

5º Organização do processo de tiragem do ar e gases de combustão.


De acordo com esse critério, as caldeiras podem ser classificadas como:
a) Tiragem natural – esse processo ocorre por efeito exclusivo da chaminé, garante o
suprimento de ar e remoção dos gases de exaustão.
b) Tiragem forçada – esse processo é realizado por sopradores na entrada da fornalha que
fornecem ar a queima e auxilia na retirada dos gases pela chaminé;
c) Tiragem induzida – esse processo é garantido por ventiladores de exaustão, que criam
uma pressão negativa dentro da fornalha;
d) Tiragem balanceada – é uma combinação da tiragem forçada com a tiragem induzida.
O processo de tiragem visa fornecer o volume de ar necessário para a combustão e obrigar
com que os gases circulem pelas diversas superfícies de troca de calor até serem eliminados
pela chaminé.

6º Aplicação Principal
Geralmente, as caldeiras de vapor que são usadas em uma central termoeléctrica são
projectadas para trabalharem com vapor superaquecido a temperaturas situadas na faixa de
400 a 560°C. A faixa de pressão típica de operação é da ordem de 6 a 18 MPa, no entanto,
elas podem suportar pressões da ordem de 34 MPa.
Caldeiras de vapor utilizadas na indústria, normalmente operam com pressões menores que 2
MPa quando usadas para fins térmicos. Já no caso de uma central de cogeração industrial, as
caldeiras trabalham com pressões na faixa de 2 a 8 MPa, quanto que sua temperatura de
operação típica varia entre 340 a 440°C.

7º Forma construtiva

a) Caldeiras de tubos verticais - Nas caldeiras de tubos verticais, os tubos são colocados
verticalmente num corpo cilíndrico fechado nas extremidades por placas, chamadas
espelhos. A fornalha interna fica no corpo cilíndrico logo abaixo do espelho inferior.

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b) Caldeiras de tubos horizontais – As principais caldeiras horizontais apresentam


tubulões internos nos quais ocorre a combustão e através dos quais passam os gases
quentes. Podem ter de 1 a 4 tubulões por fornalha.

As caldeiras horizontais podem ser dividas em:

 Caldeiras multitubulares (com fornalha externa ou com fornalha interna);


 Caldeiras com uma tubulação central (Cornovaglia);
 Caldeiras com duas tubulações (Lancashire);
 Caldeiras locomotivas e locomoveis;
 Caldeiras escocesas.

8º Disposição relativa dos gases e do fluido de trabalho

Este critério permite a classificação das caldeiras conforme a forma em que a água é exposta
ao calor. Elas podem ser de dois tipos:

a) Flamotubulares (pirotubulares) - As caldeiras flamotubulares são aquelas onde a


água é aquecida em um reservatório pelo calor fornecido por um sistema de tubulação
instalado em seu interior, onde acontece a queima dos combustíveis, ou seja, os gases
circulam pelo interior de tubos imersos em água. Este tipo de caldeira é, geralmente,
utilizado em aplicações de menor porte, isto é, é utilizada para pequenas capacidades
de produção de vapor ( da ordem de até 10 ton/h) e baixas pressões (até 10 bar),
chegando algumas vezes a 15 ou 20 bar.

Figura 1: caldeira flamotubular. Fonte: ebah.

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3.3.1. Vantagens das caldeiras flamotubulares

 Construção fácil, com relativamente poucos custos;


 São bastante robustas;
 Não exigem tratamento de água muito cuidadoso;
 Exigem pouca alvenaria;
 Utilizam qualquer tipo de combustível, líquido, gasoso ou sólido.

3.3.2. Desvantagens das caldeiras flamotubulares


 Pressão limitada em torno de 15 atm, devido à espessura da chapa dos corpos cilíndricos
crescer com o diâmetro;
 Partida lenta, em função de se aquecer todo o volume de água;
 Baixa capacidade e baixa taxa de produção de vapor por unidade de área de troca de
calor;
 Circulação de água deficiente;
 Dificuldades para instalação de superaquecedores, economizadores e pré-aquecedores
de ar.
b) Aquotubulares - A forma construtiva básica das caldeiras aquatubulares é aquela em
que o fluido de trabalho passa no interior dos tubos, os quais estão instalados no interior
de fornalhas que , durante a queima do combustível, transferem calor para a água. Esse
tipo de caldeira aquotubulares é empregado em centrais termoeléctricas e indústrias que
demandam uma grande quantidade de vapor ou que carecem de vapor superaquecido.

Figura 2: caldeira aquotubular. Fonte: ebah.

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3.3.3. Vantagens das caldeiras aquotubulares

 Maior taxa de produção de vapor por unidade de área de troca de calor;


 Possibilidade de utilização de temperaturas superiores a 450°C e pressões acima de 60
atm;
 Partida rápida em razão do volume reduzido de água nos tubos;
 A limpeza dos tubos é mais simples que na flamotubular e pode ser feita
automaticamente;
 A vida útil destas caldeiras pode chegar a 30 anos.

3.3.4. Desvantagens das caldeiras aquotubulares

 Uma caldeira aquotubular pode custar até 50% mais que uma caldeira flamotubular de
capacidade equivalente;
 Construção mais complexa;
 Exigem tratamento de água muito cuidadoso.

3.4.Caldeiras Mistas
Estas caldeiras são consideradas como caldeiras híbridas, pois possuem uma parte aquatubular
e outra flamotubular. São caldeiras de alta eficiência, já que possuem um misto das vantagens
de ambos os tipos de caldeiras (aquatubulares e flamotubulares). Em geral, são empregadas em
sistemas onde o apelo de economia de combustível é muito difundido, e quando necessita-se
de maior eficiência energética, num menor espaço.

3.4.1. Componentes principais de caldeiras


Os principais componentes são:

a) Cinzeiro- em caldeiras de combustíveis sólidos, é o local onde se depositam as cinzas


ou pequenos pedaços de combustível não queimados.
b) Fornalha - com grelha ou queimadores de óleo ou gás.
c) seção de irradiação - são as paredes da câmara de combustão revestidas internamente
por tubos de água.

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d) Seção de convecção - feixe de tubos de água, recebendo calor por forçada; pode ter um
ou mais passagens de gases.
e) Superaquecedor - trocador de calor que aquecendo o vapor saturado transforma-o em
vapor superaquecido.
f) Economizador - trocador de calor que através do calor sensivel dos gases de combustão
saindo da caldeira aquecem a água de alimentação.
g) Pré-aquecedor de ar - trocador de calor que aquece o ar de combustão também
trocando calor com os gases de exaustão da caldeira.
h) Exaustor - faz a exaustão dos gases de combustão, fornecendo energia para vencer as
perdas de carga devido a circulação dos gases.
i) Chaminé - lança os gases de combustão ao meio ambiente, geralmente a uma altura
suficiente para dispersão dos mesmos.

Grandes geradores de vapor podem possuir mais componentes além dos que citados
anteriormente. A caldeira pode ainda ter equipamentos de limpeza dos gases, tais como filtros,
precipitadores eletrostáticos para captação de material particulado ou ainda lavadores de gases
para captação de gases ácidos: SOx,NOx, etc.

4. Cálculo do rendimento de geradores de vapor


Existem dois métodos para a obtenção do valor de rendimento de geradores de vapor: o método
de balanço de energia (método direto) e o método das perdas.

4.1.Balanço energético em caldeiras


Nesta secção são apresentadas todas as entradas e saídas de energia da caldeira assim como a
sua eficiência, todas as equações apresentadas para o cálculo da mesma.

4.1.1. Balanço energético (Método Direto)


Entradas de energia

1.Calor de Combustão ( Qc)

Energia libertada na queima do combustível.

Qc = mc . PCI

mc -caudal mássico de combustível;

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PCI-Poder calorífico inferior do combustível (no presente caso, o valor foi indicado
pelo fornecedor do combustível.

2. Calor sensível do combustível (Qsc)

Energia resultante do combustível entrar a uma temperatura superior à temperatura de


referência ( Tr ).

Qsc = mc . CPcomb . (Tcomb − Tr )

Onde:

CPcomb - é o calor específico médio do combustível.

3. Calor sensível do ar seco (Qar)

Energia resultante do ar de combustão entrar a uma temperatura superior à temperatura de


referência.

Qar = mar . CPar . (Tar − Tr )

Sendo CPar o calor específico médio do ar. Admite-se para o Cp,ar o valor de 1kJ/(kg.º c ), se
Tar ≅ Tambiente≅ Cp,ar ≅ 0

4.Calor sensível da Humidade do ar (Qhar )

O vapor de água existente no ar entra à Tar

Qhar = mhum . CPhum . (Tar − Tr )

CPhum - é o calor específico médio do vapor de água no ar.

Calculou-se o calor especifico médio do vapor de água tendo-se obtido o valor


de 1,85 kJ/(kg.ºC).

O caudal de vapor de água do ar determina-se a partir da temperatura e da humidade relativa


do ar e usando o diagrama de ar húmido para conhecer a humidade absoluta. Normalmente
despreza-se esta parcela, pois apresenta valores muito baixos.

5. Energia associada à água de alimentação (Qag)

Energia resultante da água de alimentação entrar a uma temperatura superior à temperatura de


referência

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Qag = mag . CPag . (Tag − Tr )

Onde :

CPag -o calor específico médio da água líquida.


O calor especifico médio da água é Cpag = 4,186 kJ/(kg.ºC)

Saídas de energia

6. Energia contida no vapor de água (Qv)

Qv = mvapor . hv

hv - é a entalpia do vapor de água (lido nas tabelas de vapor de água)

7. Energia associada aos gases de combustão (QF)

O seu cálculo pode ser feito através de ábacos, conforme o tipo de combustível. Normalmente,
este tipo de ábacos é referente ao valor de PCI, porém, sempre que se use o PCS considera-se
energia perdida nos gases de combustão a energia de condensação do vapor de água mais a
resultante da combustão, sendo necessário fazer a seguinte correção:

CaudalH2O ∗ 2510kJ

No caso de elevados excessos de ar teremos então:

QF = mg . [Cg (Tg − Tr )] + Wg [1.9(Tg − Tr ) + 2480]

Onde:
Cg - Calor especifico dos gases secos;
Cg =1 kJ/(kg.ºC) para o ar;
Cg =1,1 kJ/(kg.ºC) para gases de combustão com baixo excesso de ar;
Tg = Temperatura dos gases (ºC);
Tr = Temperatura de referência (ºC);

mg = Caudal mássico de gases secos (kg/h);


Wg = Teor de humidade dos gases, para o presente caso de estudo assume o valor de
0,009 kg vapor/kg ar seco.

8. Energia associada aos inqueimados nos gases de combustão (Qco)

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K(CO) ∗ (1 − 0.1(Pcv + Pcf )


(CO) + (CO2 )
Qco = ∗ PCI ∗ mc
100

Onde:
Qco = Perdas associadas a inqueimados nos gases de combustão (kJ/h);
Pcv + Pcf = Perdas de combustível nas cinzas (%);
CO = Monóxido de carbono nos gases de combustão (% volume);
CO2 = Dióxido de carbono nos gases de combustão (% volume);
K = Constante que depende do combustível utilizado;
Os valores da constante K para alguns tipos de combustíveis encontram-se na
tabela:

Combustível Valor de K
Carvão betuminoso 63
Gasóleo 53
Óleos(thick, thin, burner) 54
Propano 48
Gás natural 37
Tabela 1:Valores da constante K para alguns combustíveis

9. Calor perdido nas purgas: Qpp

O calor perdido nas purgas pode ser calculado pela equação:

(Tp − Tag ) ∗ (p) ∗ (Pcv + Pcf )


(Tp − Tag ) ∗ (p) + (100 − (p) ∗ (660 − Tag ))
Qpp = ∗ PCI ∗ mc
100

Qpp -Perdas de calor associadas às purgas (kJ/h);

Tp - Temperatura das purgas medida após qualquer recuperação de calor existente (ºC);

Tag - Temperatura da água de alimentação à caldeira (ºC);

Ep - Somatório de todas as perdas referidas nas equações anteriores (Σ perdas gases

combustão, cinzas, etc.);

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p - % das purgas em relação ao total de água de alimentação da caldeira (incluindo qualquer


TDSag
produção de vapor “Flash”); dada por: p = ∗ 100
TDSp

onde:

TDSag-Sólidos dissolvidos na água de alimentação;


TDSp -Sólidos dissolvidos nas purgas.

10. Perdas de energia por radiação e convecção natural, Qradiação+convecção

Para determinar as perdas de energia por radiação e convecção natural é necessário conhecer a
potência da caldeira para selecionar a percentagem de perdas relativa à capacidade nominal a
utilizar nos cálculos. Após obter o valor de potência recorre-se à tabela.

Tipo de caldeira Perdas á capacidadde nominal


Caldeira de tubo de água e de trubos de fumo com 1.4
capacidade≥ 5MW
Caldeira tubo de água ou tubod de fumo com 1.6
capacidade entre 2 e 5 MW
Caldeira tubos de água e de tubos de fumo com 2.0
<2MW
Caldeiras de refractário, caldeiras de fumo com 3.0
topo seco e caldeiras com soleira em refractário
Caldeiras de água quente em F.F 4.5
Tabela 2: Percentagem de perdas à capacidade nominal (considerada máxima) para vários tipos
de caldeira

As perdas são referidas à capacidade máxima da caldeira. Nos casos em que a caldeira se
encontre a regimes inferiores pode considerar-se que as perdas variam na proporção inversa da
razão entre o consumo atual de combustível e o que se verifica à capacidade máxima.

Após a seleção de percentagem de perdas de energia à capacidade nominal (Qp) pode-se


calcular o calor perdido por radiação e convecção.

vaporização máxima
(Qp ∗ )
caudal de vapor produzido
Qradiação+convecção = ∗ PCI ∗ mc :
100

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Balanço de energia

Do balanço de energia, o que entra de calor no volume de controlo (caldeira), deve ser igual ao
que sai.

Qentra = Qsai

𝑄𝑐 + 𝑄𝑠𝑐 + 𝑄𝑎𝑟 + 𝑄ℎ𝑎𝑟 + 𝑄𝑎𝑔 = 𝑄𝑣 + 𝑄𝐹 + 𝑄𝑐𝑜 + 𝑄𝑟𝑎𝑑𝑖𝑎çã𝑜+𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 + 𝑄𝑝𝑝

Rendimento energético

Energiaútil
η= ∗ 100
Energiatotal de entrada

De onde para um gerador de vapor a eficiência é calculada de acordo com a equação:

Qv
η= ∗ 100
𝑄𝑐 + 𝑄𝑠𝑐 + 𝑄𝑎𝑟 + 𝑄ℎ𝑎𝑟 + 𝑄𝑎𝑔

É também frequente considerar como calor útil a diferença entre o calor total do vapor
produzido e o calor sensível da água de alimentação e como calor total entrado apenas o calor
de combustão, sendo a eficiência calculada pela equação:

𝑄𝑣 − 𝑄𝑎𝑔
𝜂= ∗ 100
𝑄𝑐

4.1.2. Método das perdas


Nesta secção são apresentadas todas as perdas de energia associadas à caldeira.

1.Perdas de energia associadas ao combustível nas cinzas volantes (Pcv)


A + Fci ∗ Ccc ∗ 33820 ∗ 100
Pcv =
(1 − Ccc ) ∗ Pci

Onde:
Pcv = perdas associadas ao combustível nas cinzas volantes (%);
A = Fração em peso de inertes no combustível (com base na sua composição às condições de
queima);

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Fci = Fração em peso das cinzas volantes em relação ao total de inertes do combustível;
Ccc = Fração em peso do combustível nas cinzas volantes.

2. Perdas de energia associadas ao combustível nas cinzas de fundo (Pcf)

A equação é idêntica à equação (Pcv) substituindo as cinzas volantes pelas cinzas de fundo.

A + Fci ∗ Ccc ∗ 33820 ∗ 100


Pcf =
(1 − Ccc ) ∗ Pci

3. Perdas de energia associadas ao calor sensível nos gases secos de combustão (Pgc)

Pcf + Pcv
K(Tg − Ta ) ∗ (1 −
Pgc = 100 )
CO2

Onde:
Pgc = perdas de energia associadas ao calor sensível nos gases secos de combustão (%);
Tg = Temperatura gases de combustão à saída da caldeira (ºC);
Ta = Temperatura do ar de combustão à entrada da caldeira (ºC);
Pcv + Pcf = Perdas acima referidas (%);
CO2 = % em volume de CO2 presente nos gases de combustão;
K = Constante que depende do combustível utilizando valores de K para cálculos com base
no Pci.

O valor da constante K, está tabelado para alguns tipos de combustível.

Combusível Valor de K

Carvão betuminoso 0.66

Gasóleo 0.51

Thick, thin, burner, óleos 0.54

Propano 0.45

Gás natural 0.35


Tabela3: Valores da constante K para alguns tipos de combustíveis

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Os valores de K também podem ser calculados para qualquer hidrocarboneto, usando a equação
de (Pgc) tendo sido esta a considerada neste trabalho.

255 ∗ C
K=
Pci

Onde:
C = % em peso de carbono presente no combustível (nas condições de queima).

4.Perdas de energia associadas à entalpia do vapor de água nos gases de combustão (PH2 O ).

(mH2 O + 9H) ∗ (210 − 4.2 ∗ Ta + 2.1 ∗ Tg )


PH2 O =
Pci

Onde:
PH2 O = perdas de energia associadas à entalpia do vapor de água nos gases de combustão (%);
mH2 O = % em peso da humidade no combustível nas condições de queima;
H = % em peso de hidrogénio no combustível nas condições de queima.

Os valores de percentagem em peso da humidade no combustível e de hidrogénio nas condições


de queima encontram-se tabelados para alguns tipos de combustíveis.

Combustível % em peso de hidrogénio % em peso de humidade


Coque 2.0 2.0
Antrancite 3.0 1.0
Carvão betuminoso 4.0 7.0
Gasóleo 13.0 -
Thick,thin, e burner óleos 11.5 -
GOL(Propano) 18.2 -
Gás natural 21.6 -
Turfa 6.4 20.0
Madeira 6.8 15.0
Tabela 4: Valores de percentagem em peso da humidade do combustível e de hidrogénio no
combustível para as condições de queima.

5. Perdas de energia associadas a inqueimados nos gases de combustão (Pco)

K1 ∗ CO ∗ (1 ∗ 0.1 ∗ (Pcv + Pcf))


Pco =
CO + CO2

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Onde:
Pco = perdas de energia associadas a in queimados nos gases de combustão (%);
Pcv + Pcf = Perdas de combustível nas cinzas (%);
% CO = Monóxido de carbono nos gases de combustão;
(% volume) CO2 = Dióxido de carbono nos gases de combustão;
(% volume) K1 = Constante que depende do combustível utilizado.

O valor da constante K1 está tabelado, para alguns tipos de combustível, na tabela 1.

6. Perdas de energia por radiação e convecção natural (Pradiação+convecção)

Para determinar as perdas por radiação e convecção natural é necessário conhecer a potência
da caldeira para selecionar a percentagem de perdas à capacidade nominal a utilizar nos
cálculos tal como já foi referido no cálculo do calor perdido por radiação e convecção no
método do balanço de energia.

7. Energia perdida nas purgas, (Pp )

(Tp − Tag ) ∗ (p) ∗ (100 − Ep )


Pp =
(Tp − Tag ) ∗ (p) + (100 − (p)) ∗ (100 − Tag )

Onde:
Pp = perdas de calor associadas às purgas (%);
Tp = Temperatura das purgas após qualquer recuperação de calor existente (ºC);
Tag = Temperatura da água de alimentação à caldeira (ºC);
p= % das purgas em relação ao total de água de alimentação da caldeira (incluindo qualquer
produção de vapor “Flash”);
Ep = Somatório de todas as perdas referidas nas equações anteriores.

8. Equação para cálculo do rendimento pelo método das perdas:

η = 100 − Σ de todas as perdas (%)

5. Sistema de combustão: fornalhas e queimadores


Cada tipo de combustível apresenta vantagens e inconvenientes relativos. O mesmo é verdade
relativamente aos sistemas de queima. O importante é ter o combustível e o sistema
adequados à utilização em causa.

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A escolha do sistema de queima adequado não depende apenas de considerações relativas à


combustão propriamente dita, mas, deve se ter em conta outros as pectos a saber:

 Alimentação de combustível;
 Alimentação de comburente;
 Zona de mistura;
 Zona de ignição;
 Zona de estabilização;
 Circuitos de evacuação;
 Segurança;
 Impacte ambiental;
 Custos (aquisição, exploração, manutenção, e.t.c)

5.1.Fornalhas
A fornalha apresenta um sistema distribuidor de ar onde uma parte desse ar é concedida
juntamente com o combustível (ar primário) e o ar remanescente é injetado por meio de um
grupo de bocais posicionados em diversas seções do forno (ar secundário). Esta distribuição
visa assegurar um processo de combustão completo.

O tipo de fornalha a ser utilizado é consequência do tipo de combustível utilizado e da


capacidade da caldeira. O tipo e o volume de combustível possuem papel fundamental na
construção da fornalha, do queimador e da caldeira.

Os tipos mais frequentes de fornalhas utilizadas na queima de combustíveis sólidos são:

a) Fornalhas de queima em grelha – este tipo de fornalha é, normalmente, utilizado em


caldeiras de pequeno e médio porte. Ainda que apresente algumas limitações, as
fornalhas de queima em grelha possuem grande importância uma vez que podem ser
ajustadas a diversos tipos de combustíveis. Hoje são aplicadas, sobretudo, em caldeiras
para a queima de lenha, bagaço de cana e resíduos da indústria. Outro emprego desse
tipo de fornalha que vem crescendo muito nos últimos anos é para a queima de lixo.
b) Fornalhas de grelha plana – são utilizadas em caldeiras de pequeno porte.
c) Fornalhas de grelha móvel ou rotativa – quando se utiliza uma caldeira de maior
porte recomenda-se que se utilizem fornalhas dotadas de grelhas móveis. Esse tipo de
fornalha garante a alimentação continua do combustível além de remover
automaticamente as cinzas.

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d) Fornalhas de queima em suspensão para combustíveis sólidos – neste tipo de


caldeiras, o combustível sofre uma preparação prévia em moinhos onde acontecem os
processos de moagem e secagem com o objetivo de se alcançar os níveis de
granulometria adequados para a combustão. Geralmente, nesse tipo de fornalha, se faz
o uso de carvão mineral como combustível.
e) Fornalhas de turbilhão (vórtex vertical) ou de jatos tangenciais – neste tipo de
fornalha, queimadores são colocados em um arranjo tangencial nas extremidades da
fornalha criando um movimento rotacional turbulento no núcleo da chama.
f) Fornalhas de queima em leito fluidizado – hoje existe a possibilidade de se utilizar
combustíveis que apresentam uma qualidade inferior e que não seriam aproveitáveis
para outros fins além da queima e por isso apresentam um baixo valor no mercado, essa
possibilidade aliada com as rigorosas normas ambientais impostas promove um
estimulo para o uso desse tipo de fornalha.

5.2.Queimadores

Os queimadores são utilizados para introduzir a combinação de ar e combustível na câmara de


combustão. Normalmente, são utilizados na combustão de carvão pulverizado, gás natural ou
combustíveis líquidos. Alguns queimadores atuais também auxiliam na redução de emissões
de óxidos de nitrogênio uma vez que eles estruturam o processo de combustão para que este
ocorra em diversas etapas fazendo com que as temperaturas sejam mais baixas quando
comparadas aos sistemas tradicionais.

Os queimadores podem ser do seguinte tipo:

a) Queimadores de injeção rotativa para carvão pulverizado -ar é obrigado a entrar na


câmara de combustão em movimento rotacional.
b) Queimadores de múltiplos bocais – são posicionados nas extremidades da fornalha.
Visando garantir a uma boa qualidade na mistura de carvão e ar, são empregados
queimadores com diversos bicos injetores.
c) Queimadores de combustíveis líquidos – nos queimadores de combustíveis líquidos
a combustão acontece em suspensão na fornalha. Quando se utiliza óleo combustível
ou óleo diesel, eles devem ser aquecidos para possibilitar o trabalho de bombeamento
e assegurar uma viscosidade adequada para o processo de nebulização e queima dentro
da câmara de combustão.

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6. Caldeiras de recuperação de calor


6.1.Classificação e caracteristicas construtivas

Actualmente, com a elevação do preço dos combustíveis e a criação de leis ambientais que
exigem cada vez mais a eficiência nos processos de produção e consumo de energia tem
estimulado cada vez mais o uso do processo de recuperação de calor.

Em centrais termelétricas, o calor remanescente das turbinas pode ser utilizado como uma
fonte energética para um ciclo a vapor. A otimização do processo de recuperação de calor
ocorre quando se combina a geração de energia elétrica com o uso de calor em outro processo
de produção; conhecido como cogeração, e que possibilita uma eficiência de até 90% da
energia proveniente do combustível.

Na geração de energia elétrica, ocorre a combinação dos ciclos a gás e a vapor. Nesse sentido,
a caldeira de recuperação representa a ligação entre esses dois ciclos. Geralmente, nesse
cenário, a caldeira de recuperação é conhecida pela sigla HRSG (HEAT RECOVERY STEAM
GENERATOR).

As caldeiras de recuperação podem ser classificadas de acordo com alguns critérios, entre eles:

a) Conforme o arranjo das superfícies de aquecimento-uma caldeira de recuperação


pode ter arranjo horizontal ou vertical. No arranjo horizontal, a caldeira possui
superfícies de troca de calor ao longo de um plano horizontal, possibilitando a
instalação das regiões de troca de calor sem a necessidade de um reforço em sua
estrutura, otimizando os processos de recuperação de calor e a geração de vapor. No
entanto, a caldeira utiliza uma grande área no plano horizontal.
No arranjo vertical, as caldeiras possuem as superfícies de troca de calor ao longo do
plano vertical. A principal vantagem dessa disposição é que o espaço ocupado por essa
caldeira é menor, porém existe a necessidade de um reforço estrutural o que pode
encarecer o projecto.
b) Conforme a força motriz para circulação – as caldeiras podem ser de circulação
natural ou de passe único. Em caldeiras de circulação natural, a circulação ocorre por
meio da força motriz gerada pelo diferencial de densidade que existe entre a fase
líquida e o vapor. Assim, não existe a necessidade de uma bomba para assegurar a
circulação. No entanto, não se pode gerar vapor a parâmetros supercríticos. Em

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caldeiras de passe único, a circulação ocorre por meio do diferencial de pressão


gerada por intermédio de bombas. Nesse tipo de caldeira é possível gerar vapor a
parâmetros supercríticos, o que aumenta a eficiência do sistema. Entretanto, com são
utilizadas bombas para assegurar a circulação o projeto pode tornar-se mais caro,
além disso, os componentes do sistema deverão resistir a cargas mais elevadas uma
vez que a pressão de operação é maior.
c) Conforme o modo de recuperação – o sistema pode ser sem queima suplementar ou
com queima suplementar. Em caldeiras de recuperação onde existe a queima
suplementar ocorre uma diminuição de eficiência em instalações de ciclo combinado,
porém, o uso da queima suplementar é feito visando elevar a potência disponível na
instalação de turbina a vapor.
d) Conforme o número de níveis de pressão – uma caldeira de recuperação pode
apresentar de um a três níveis de pressão. Quando se faz uso de caldeiras com dois ou
três níveis de pressão ocorre à redução das irreversibilidades intrínsecas ao processo de
troca de calor entre os gases e o vapor, uma vez que reduz a diferença de temperatura
entre ambos os fluidos. Ademais, é necessário levar em consideração a chance de que
a planta industrial careça de vapor a diferentes níveis de pressão, o que pode ser
vantajoso em plantas que utilizem cogeração.
e) Caldeiras de recuperação com arranjo horizontal – este tipo de caldeira é formado
por módulos que são concebidos para serem montados em diversas plantas que fazem
o uso de ciclos combinados. As caldeiras podem apresentar até quatro módulos:
 Módulo de alta pressão- é utilizado para a geração de potência.
 Dois módulos de pressões intermediárias - é utilizado para geração de potência,
além disso, também pode ser utilizado no controle da formação de NO2 e no
suprimento de calor para o processo;
 Módulo de baixa pressão- é, geralmente, utilizado nos processos de desaeração,
aquecimento da água de alimentação e em serviços auxiliares.
Em projectos de caldeiras, os parâmetros de pressão e temperatura do vapor são
escolhidos de modo que o projecto se torne tecnicamente viável e que o seu preço de
instalação não seja tão alto.
Normalmente, quando se utiliza pressões elevadas, levando em consideração uma mesma
área de troca de calor, é possível atingir uma maior eficiência de vapor nos ciclos
combinados, no entanto, em caldeiras de recuperação que apresentem um único nível de

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pressão, o uso de pressões elevadas provoca uma limitação na quantidade de calor


transferido. Por outro lado, em projetos de uma central termelétrica de ciclo combinado
que utiliza caldeiras com vários níveis de pressão, a seleção adequada dos níveis de
pressão pode elevar a potência gerada na planta.

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7. Conclusão

Depois da realização do trabalho, o grupo pôde concluir que as caldeiras de vapor são
equipamentos capazes de proporcionar a mudança de estado físico de um fluído, inicialmente
líquido, para o estado de vaporização. Em centrais termoelétcricas o processo de recuperação
de calor ocorre quando se combina a geração de energia eléctrica com o uso de calor em outro
processo de produção. As caldeiras de vapor são classificadas segundo vários critérios como,
o tipo de combustível ou fonte de calor utilizado( líquido,sólido e gasoso), a disposição relativa
dos gases e do fluído de trabalho (flamotubular e aquotubular) e entre outros critérios.

Uma outra conclusão que o grupo teve, é que a energia necessária à operação, isto é, o
fornecimento de calor sensível à água até alcançar a temperatura de ebulição, mais o calor
latente a fim de vaporizar a água e mais o calor de superaquecimento para transformá-la em
vapor superaquecido, é dada pela queima de um combustível.

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8. Referências Bibliográficas:
 GOMES, R. A. Modelagem Computacional de Caldeiras de Recuperação
Térmica.2009
 STUCHI.at all. Principais componentes e tipos de centrais termelétricas. 2015
 https://www.ebah.com.br/content/ABAAAf0kUAC/caldeira-recipiente-metalico -
17.03.2019,pelas: 16h22
 SOEIRO.C, ELDER; ANTONIOLLI. A,FÁBIO. caldeira de recuperação. 2005

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