Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 1
1.1. Objectivos.................................................................................................................... 2
3. Caldeiras ............................................................................................................................. 3
5.2. Queimadores.............................................................................................................. 20
7. Conclusão ......................................................................................................................... 24
Este trabalho tem como objectivo, estudar as caldeiras ou geradores de vapor, que são
equipamentos utilizados para transformar água em vapor. Abordaremos as suas classificações,
os sistemas de combustão e como efectuar cálculo da eficiência em caldeiras de vapor. Esses
equipamentos são usados para insta1ações onde se deseja ter a obtenção de vapor ou vapor
superaquecido, na qual trocará calor com um fluído de menor temperatura.
CALDEIRAS DE VAPOR CONVENCIONAIS E DE RECUPERAÇÃO.
1.1.Objectivos
Objectivo Geral
O presente trabalho tem como objectivo geral fazer um estudo sobre caldeiras de vapor
convencionais e de recuperação.
Objectivos específicos:
2. Metodologia de Investigação
O presente trabalho baseou-se em pesquisas científico-didáticas com base em artigos
electrónicos e materiais digitais.
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CALDEIRAS DE VAPOR CONVENCIONAIS E DE RECUPERAÇÃO.
3. Caldeiras
3.1.Breve historial
As primeiras aplicações práticas ou de carácter industrial de vapor surgiram por volta do século
XVII. O inglês Thomas Savery patenteou em 1698 um sistema de bombeamento de água
utilizando vapor como força motriz. Em 1711, Newcomen desenvolveu outro equipamento
com a mesma finalidade, aproveitando idéias de Denis Papin, um inventor francês. A caldeira
de Newcomen era apenas um reservatório esférico, com aquecimento directo no fundo, também
conhecida como caldeira de Haycock.
James Watt modificou um pouco o formato em 1769, desenhando a caldeira Vagão a precursora
das caldeiras utilizadas em locomotivas a vapor. Apesar do grande desenvolvimento que Watt
trouxe a utilização do vapor como força motriz, não acrescentou muito ao projecto de caldeiras.
Todos estes modelos provocaram desastrosas explosões, devido a utilização de fogo directo e
ao grande acúmulo de vapor no recipiente. A ruptura do vaso causava grande liberação de
energia na forma de expansão do vapor contido.
Nos finais do século XVIII e início do século XIX houveram os primeiros desenvolvimentos
da caldeira com tubos de água. O modelo de John Stevens movimentou um barco a vapor no
Rio Hudson. Stephen Wilcox, em 1856, projectou um gerador de vapor com tubos inclinados,
e da associação com George Babcock tais caldeiras passaram a ser produzidas, com grande
sucesso comercial .
Em 1880, Alan Stirling desenvolveu uma caldeira de tubos curvados, cuja concepção básica é
ainda hoje utilizada nas grandes caldeiras de tubos de água.
Nesta época, tais caldeiras já estavam sendo utilizadas para geração de energia eléctrica. A
partir do início deste século o desenvolvimento técnico dos geradores de vapor se deu
principalmente no aumento das pressões e temperaturas de trabalho, e no rendimento térmico,
com utilização dos mais diversos combustíveis. A aplicação a propulsão marítima alavancou o
desenvolvimento de equipamentos mais compactos e eficientes.
As caldeiras são dispositivos que elevam a temperatura e a pressão de fluidos pela transferência
de energia em forma de calor.
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3.2.Caldeiras de vapor
Caldeira de vapor é um equipamento que se destina a gerar vapor através de uma troca térmica
entre o combustível e a água, sendo que isto é feito por este equipamento construído com
chapas e tubos cuja finalidade é fazer com que água se aquece e passe do estado líquido para o
gasoso, aproveitando o calor liberado pelo combustível que faz com as partes metálicas da
mesma se aqueçam e transfiram calor à água produzindo o vapor. As caldeiras são também
denominadas Geradores de vapor.
A energia necessária à operação, isto é, o fornecimento de calor sensível à água até alcançar a
temperatura de ebulição, mais o calor latente a fim de vaporizar a água e mais o calor de
superaquecimento para transformá-la em vapor superaquecido, é dada pela queima de um
combustível.
Caldeiras de Vapor convencionais: são os geradores de vapor mais simples, queimam algum
tipo de combustível como fonte geradora de calor.
De acordo com esse padrão de classificação, as caldeiras podem ser reunidas segundo o tipo
de combustíveis usado na caldeira:
Para a escolha do combustível a usar deve se ter em conta alguns parâmetros importantes como
por exemplo:
Custo do combustível; e
Facilidade de aquisição.
O tipo de combustível a ser utilizado irá definir os aspectos construtivos da fornalha. Uma
caldeira concebida para a utilização de óleo combustível ou gás não deve ser aplicada para a
queima de carvão sem antes sofrer algumas alterações.
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4º Tecnologia de combustão
Segundo esse critério, as caldeiras podem ser classificadas como:
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6º Aplicação Principal
Geralmente, as caldeiras de vapor que são usadas em uma central termoeléctrica são
projectadas para trabalharem com vapor superaquecido a temperaturas situadas na faixa de
400 a 560°C. A faixa de pressão típica de operação é da ordem de 6 a 18 MPa, no entanto,
elas podem suportar pressões da ordem de 34 MPa.
Caldeiras de vapor utilizadas na indústria, normalmente operam com pressões menores que 2
MPa quando usadas para fins térmicos. Já no caso de uma central de cogeração industrial, as
caldeiras trabalham com pressões na faixa de 2 a 8 MPa, quanto que sua temperatura de
operação típica varia entre 340 a 440°C.
7º Forma construtiva
a) Caldeiras de tubos verticais - Nas caldeiras de tubos verticais, os tubos são colocados
verticalmente num corpo cilíndrico fechado nas extremidades por placas, chamadas
espelhos. A fornalha interna fica no corpo cilíndrico logo abaixo do espelho inferior.
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Este critério permite a classificação das caldeiras conforme a forma em que a água é exposta
ao calor. Elas podem ser de dois tipos:
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Uma caldeira aquotubular pode custar até 50% mais que uma caldeira flamotubular de
capacidade equivalente;
Construção mais complexa;
Exigem tratamento de água muito cuidadoso.
3.4.Caldeiras Mistas
Estas caldeiras são consideradas como caldeiras híbridas, pois possuem uma parte aquatubular
e outra flamotubular. São caldeiras de alta eficiência, já que possuem um misto das vantagens
de ambos os tipos de caldeiras (aquatubulares e flamotubulares). Em geral, são empregadas em
sistemas onde o apelo de economia de combustível é muito difundido, e quando necessita-se
de maior eficiência energética, num menor espaço.
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d) Seção de convecção - feixe de tubos de água, recebendo calor por forçada; pode ter um
ou mais passagens de gases.
e) Superaquecedor - trocador de calor que aquecendo o vapor saturado transforma-o em
vapor superaquecido.
f) Economizador - trocador de calor que através do calor sensivel dos gases de combustão
saindo da caldeira aquecem a água de alimentação.
g) Pré-aquecedor de ar - trocador de calor que aquece o ar de combustão também
trocando calor com os gases de exaustão da caldeira.
h) Exaustor - faz a exaustão dos gases de combustão, fornecendo energia para vencer as
perdas de carga devido a circulação dos gases.
i) Chaminé - lança os gases de combustão ao meio ambiente, geralmente a uma altura
suficiente para dispersão dos mesmos.
Grandes geradores de vapor podem possuir mais componentes além dos que citados
anteriormente. A caldeira pode ainda ter equipamentos de limpeza dos gases, tais como filtros,
precipitadores eletrostáticos para captação de material particulado ou ainda lavadores de gases
para captação de gases ácidos: SOx,NOx, etc.
Qc = mc . PCI
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PCI-Poder calorífico inferior do combustível (no presente caso, o valor foi indicado
pelo fornecedor do combustível.
Onde:
Sendo CPar o calor específico médio do ar. Admite-se para o Cp,ar o valor de 1kJ/(kg.º c ), se
Tar ≅ Tambiente≅ Cp,ar ≅ 0
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Onde :
Saídas de energia
Qv = mvapor . hv
O seu cálculo pode ser feito através de ábacos, conforme o tipo de combustível. Normalmente,
este tipo de ábacos é referente ao valor de PCI, porém, sempre que se use o PCS considera-se
energia perdida nos gases de combustão a energia de condensação do vapor de água mais a
resultante da combustão, sendo necessário fazer a seguinte correção:
CaudalH2O ∗ 2510kJ
Onde:
Cg - Calor especifico dos gases secos;
Cg =1 kJ/(kg.ºC) para o ar;
Cg =1,1 kJ/(kg.ºC) para gases de combustão com baixo excesso de ar;
Tg = Temperatura dos gases (ºC);
Tr = Temperatura de referência (ºC);
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Onde:
Qco = Perdas associadas a inqueimados nos gases de combustão (kJ/h);
Pcv + Pcf = Perdas de combustível nas cinzas (%);
CO = Monóxido de carbono nos gases de combustão (% volume);
CO2 = Dióxido de carbono nos gases de combustão (% volume);
K = Constante que depende do combustível utilizado;
Os valores da constante K para alguns tipos de combustíveis encontram-se na
tabela:
Combustível Valor de K
Carvão betuminoso 63
Gasóleo 53
Óleos(thick, thin, burner) 54
Propano 48
Gás natural 37
Tabela 1:Valores da constante K para alguns combustíveis
Tp - Temperatura das purgas medida após qualquer recuperação de calor existente (ºC);
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onde:
Para determinar as perdas de energia por radiação e convecção natural é necessário conhecer a
potência da caldeira para selecionar a percentagem de perdas relativa à capacidade nominal a
utilizar nos cálculos. Após obter o valor de potência recorre-se à tabela.
As perdas são referidas à capacidade máxima da caldeira. Nos casos em que a caldeira se
encontre a regimes inferiores pode considerar-se que as perdas variam na proporção inversa da
razão entre o consumo atual de combustível e o que se verifica à capacidade máxima.
vaporização máxima
(Qp ∗ )
caudal de vapor produzido
Qradiação+convecção = ∗ PCI ∗ mc :
100
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Balanço de energia
Do balanço de energia, o que entra de calor no volume de controlo (caldeira), deve ser igual ao
que sai.
Qentra = Qsai
Rendimento energético
Energiaútil
η= ∗ 100
Energiatotal de entrada
Qv
η= ∗ 100
𝑄𝑐 + 𝑄𝑠𝑐 + 𝑄𝑎𝑟 + 𝑄ℎ𝑎𝑟 + 𝑄𝑎𝑔
É também frequente considerar como calor útil a diferença entre o calor total do vapor
produzido e o calor sensível da água de alimentação e como calor total entrado apenas o calor
de combustão, sendo a eficiência calculada pela equação:
𝑄𝑣 − 𝑄𝑎𝑔
𝜂= ∗ 100
𝑄𝑐
Onde:
Pcv = perdas associadas ao combustível nas cinzas volantes (%);
A = Fração em peso de inertes no combustível (com base na sua composição às condições de
queima);
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Fci = Fração em peso das cinzas volantes em relação ao total de inertes do combustível;
Ccc = Fração em peso do combustível nas cinzas volantes.
A equação é idêntica à equação (Pcv) substituindo as cinzas volantes pelas cinzas de fundo.
3. Perdas de energia associadas ao calor sensível nos gases secos de combustão (Pgc)
Pcf + Pcv
K(Tg − Ta ) ∗ (1 −
Pgc = 100 )
CO2
Onde:
Pgc = perdas de energia associadas ao calor sensível nos gases secos de combustão (%);
Tg = Temperatura gases de combustão à saída da caldeira (ºC);
Ta = Temperatura do ar de combustão à entrada da caldeira (ºC);
Pcv + Pcf = Perdas acima referidas (%);
CO2 = % em volume de CO2 presente nos gases de combustão;
K = Constante que depende do combustível utilizando valores de K para cálculos com base
no Pci.
Combusível Valor de K
Gasóleo 0.51
Propano 0.45
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Os valores de K também podem ser calculados para qualquer hidrocarboneto, usando a equação
de (Pgc) tendo sido esta a considerada neste trabalho.
255 ∗ C
K=
Pci
Onde:
C = % em peso de carbono presente no combustível (nas condições de queima).
4.Perdas de energia associadas à entalpia do vapor de água nos gases de combustão (PH2 O ).
Onde:
PH2 O = perdas de energia associadas à entalpia do vapor de água nos gases de combustão (%);
mH2 O = % em peso da humidade no combustível nas condições de queima;
H = % em peso de hidrogénio no combustível nas condições de queima.
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Onde:
Pco = perdas de energia associadas a in queimados nos gases de combustão (%);
Pcv + Pcf = Perdas de combustível nas cinzas (%);
% CO = Monóxido de carbono nos gases de combustão;
(% volume) CO2 = Dióxido de carbono nos gases de combustão;
(% volume) K1 = Constante que depende do combustível utilizado.
Para determinar as perdas por radiação e convecção natural é necessário conhecer a potência
da caldeira para selecionar a percentagem de perdas à capacidade nominal a utilizar nos
cálculos tal como já foi referido no cálculo do calor perdido por radiação e convecção no
método do balanço de energia.
Onde:
Pp = perdas de calor associadas às purgas (%);
Tp = Temperatura das purgas após qualquer recuperação de calor existente (ºC);
Tag = Temperatura da água de alimentação à caldeira (ºC);
p= % das purgas em relação ao total de água de alimentação da caldeira (incluindo qualquer
produção de vapor “Flash”);
Ep = Somatório de todas as perdas referidas nas equações anteriores.
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Alimentação de combustível;
Alimentação de comburente;
Zona de mistura;
Zona de ignição;
Zona de estabilização;
Circuitos de evacuação;
Segurança;
Impacte ambiental;
Custos (aquisição, exploração, manutenção, e.t.c)
5.1.Fornalhas
A fornalha apresenta um sistema distribuidor de ar onde uma parte desse ar é concedida
juntamente com o combustível (ar primário) e o ar remanescente é injetado por meio de um
grupo de bocais posicionados em diversas seções do forno (ar secundário). Esta distribuição
visa assegurar um processo de combustão completo.
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5.2.Queimadores
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Actualmente, com a elevação do preço dos combustíveis e a criação de leis ambientais que
exigem cada vez mais a eficiência nos processos de produção e consumo de energia tem
estimulado cada vez mais o uso do processo de recuperação de calor.
Em centrais termelétricas, o calor remanescente das turbinas pode ser utilizado como uma
fonte energética para um ciclo a vapor. A otimização do processo de recuperação de calor
ocorre quando se combina a geração de energia elétrica com o uso de calor em outro processo
de produção; conhecido como cogeração, e que possibilita uma eficiência de até 90% da
energia proveniente do combustível.
Na geração de energia elétrica, ocorre a combinação dos ciclos a gás e a vapor. Nesse sentido,
a caldeira de recuperação representa a ligação entre esses dois ciclos. Geralmente, nesse
cenário, a caldeira de recuperação é conhecida pela sigla HRSG (HEAT RECOVERY STEAM
GENERATOR).
As caldeiras de recuperação podem ser classificadas de acordo com alguns critérios, entre eles:
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7. Conclusão
Depois da realização do trabalho, o grupo pôde concluir que as caldeiras de vapor são
equipamentos capazes de proporcionar a mudança de estado físico de um fluído, inicialmente
líquido, para o estado de vaporização. Em centrais termoelétcricas o processo de recuperação
de calor ocorre quando se combina a geração de energia eléctrica com o uso de calor em outro
processo de produção. As caldeiras de vapor são classificadas segundo vários critérios como,
o tipo de combustível ou fonte de calor utilizado( líquido,sólido e gasoso), a disposição relativa
dos gases e do fluído de trabalho (flamotubular e aquotubular) e entre outros critérios.
Uma outra conclusão que o grupo teve, é que a energia necessária à operação, isto é, o
fornecimento de calor sensível à água até alcançar a temperatura de ebulição, mais o calor
latente a fim de vaporizar a água e mais o calor de superaquecimento para transformá-la em
vapor superaquecido, é dada pela queima de um combustível.
TRABALHO EM GRUPO 24
CALDEIRAS DE VAPOR CONVENCIONAIS E DE RECUPERAÇÃO.
8. Referências Bibliográficas:
GOMES, R. A. Modelagem Computacional de Caldeiras de Recuperação
Térmica.2009
STUCHI.at all. Principais componentes e tipos de centrais termelétricas. 2015
https://www.ebah.com.br/content/ABAAAf0kUAC/caldeira-recipiente-metalico -
17.03.2019,pelas: 16h22
SOEIRO.C, ELDER; ANTONIOLLI. A,FÁBIO. caldeira de recuperação. 2005
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