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Aula 04 – Direito Processual do Trabalho

1. Custas processuais
Valor que é pago ao Estado pelos atos processuais. Não há pagamento de custas prévias na JT.
Momento: Art. 789, CLT determina que o pagamento das custas é feito ao final do processo
pelo vencido. Esse “ao final” vai depender da interposição de recurso. Se o juiz julgou a ação
improcedente, o impetrante terá que pagar as custas processuais após o trânsito em julgado
da sentença em casa de inexistência de recurso. Entretanto, se o vencido recorrer no prazo de 8
dias ele terá que pagar as custas processuais, ou seja, as custas serão pagar no prazo recursal
e o recurso apenas será admitido se houver o pagamento das custas, sendo o requisito de
admissibilidade.
Valor: Art. 789 também fala do valor das custas. Esse valor é indicado na sentença, que também
determinará quem é o responsável pelo pagamento. Esse valor vai ser calculado em uma base
de 2%, que poderá incidir sobre o valor da condenação (mais comum) ou sobre o valor da
causa, que é usado em caso de improcedência total ou em caso de arquivamento sem resolução
de mérito. Ainda, esses 2% podem ser calculados sobre o valor do acordo homologado pelo
juiz. No caso de omissão do acordo quanto ao pagamento das custas, como não existe vencido,
as partes serão responsáveis pelo seu pagamento, ou seja, será metade para cada um. Entretanto,
o acordo poderá determinar quem será o responsável pelas custas, por exemplo, o acordo poderá
determinar que as custas serão pagas integralmente pela empresa, neste caso não existe divisão,
será aplicada a regra contida no acordo.
O 789 determina, ainda, um valor mínimo de custas que é R$10,64 (dez reais e sessenta e
quatro centavos).
Antes da RT apenas existia valor mínimo, agora existe, também, um valor máximo que é
determinado pelo maior valor do benefício pago ao INSS, que será 4 vezes esse valor.
Honorários periciais: a reforma também trouxe novidade. Antes disso, o TST, com a OJ N.º
98 da SDI-2 determina que os honorários prévios ilegais, ou seja, o juiz não poderá determinar
um depósito prévio para início de uma prova pericial. Nesses casos, cabe MS. Isso não mudou,
o que houve foi que a RT trouxe esse entendimento para a CLT ao incluir o §3º do art. 790-B
da CLT.
Os honorários periciais serão pagos ao final no mesmo momento das custas pelo sucumbente
na pretensão do objeto da perícia, ou seja, é aquele que perdeu o pedido relacionado à perícia.
Ex.: equiparação salarial.

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Obs.: o laudo não determinará quem será o sucumbente, ele apenas pode determinar que o
pretendente não tem razão, mas o que vai determinar é a decisão do juiz, que poderá ser
contrária ou não à perícia.
A reforma incluiu a possibilidade de parcelamento do valor da perícia no §2º do art. 790-B
da CLT. Antes, se a parte não tivesse condições de pagar a perícia, a união que se
responsabilizaria pelo pagamento e agora apenas em caso da impossibilidade de pagamento a
vista e parcelado.
Súmula 457 do TST determina que, excepcionalmente, os honorários periciais serão pagos
pela união quando a parte sucumbente não tiver condições de pagar.
A reforma incluiu outra possibilidade: o art. 790-B, §4º determina que se a parte for
sucumbente no pedido relacionado à perícia, mas for vencedor em outros pedidos, ele terá
crédito suficiente para pagar a perícia, então nesse caso o sucumbente paga. Isso vale para outras
ações, mesmo que não seja a mesma onde houve a perícia.
Súmula 341 do TST trata dos honorários do assistente técnico não podem ser confundidos
com honorários do peritos, isso porque o primeiro é contratado pela parte, opcionalmente, para
acompanhar o perito nomeado pelo juiz. Assim, quem paga esses honorários do assistente é
quem contratou, independentemente do resultado.
Art. 790-A da CLT diz que quem está isento de pagar as custas processuais são os beneficiários
da justiça gratuita, os entes públicos (natureza jurídica de direito público, portanto sociedade
de economia mista e empresas públicas não estão isentas), o Ministério Público do Trabalho,
Correios e Estados estrangeiros.
Obs.: os conselhos profissionais, que são as entidades fiscalizadoras das profissões, não
possuem isenção das custas processuais.

2. Nulidades processuais
a) Princípio da transcendência ou do prejuízo, art. 794 da CLT
Para praticar atos processuais tem-se que verificar a forma processual para realizar aquele ato,
caso não seja observado, pode existir uma nulidade ou não, pois não é uma regra absoluta.
Esse princípio determina a nulidade em caso da inobservância da forma.
Nulidade é um erro de forma + prejuízo. Para que eu possa identificar se houve nulidade, precisa
analisar se aquele erro de forma gerou um prejuízo, se não houver prejuízo não terá nulidade.
Ex.: entrega de notificação em endereço divergente. Aqui houve erro de forma, entretanto a
empresa que recebeu a notificação tem relações com a que deveria ser notificada e encaminhou

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a notificação. Nesse caso, não houve prejuízo pois a comunicação ao réu foi realizada, mesmo
com um erro de forma.
Essa regra apenas se aplica às nulidades relativas, isto porque a relativa gera prejuízo para
partes e a nulidade absoluta gera prejuízo para o Estado. Assim, no caso da nulidade absoluta
existe uma presunção de prejuízo, não sendo necessária essa análise da existência de prejuízo.

b) Princípio da convalidação ou da preclusão, art. 795 da CLT


No caso em que a nulidade deixou de existir, seja por aceitação ou pro preclusão (perda de
prazos). A nulidade deverá ser alegada na primeira oportunidade.
Ex.: tem uma nulidade que deverá ser alegada e se não for, ela deixará de existir por meio da
convalidação e preclusão, como no caso da incompetência territorial que deverá ser alegada na
contestação. Se não alegar, aquela comarca se torna competente e o vício é convalidado.
Esta regra também se aplica apenas para as nulidades relativas, pois não há preclusão das
nulidades absolutas.

c) Princípio da economia processual, art. 796, a, da CLT


A nulidade não será declarada se for possível suprir a falta ou repetir o ato, ou seja, se a nulidade
não acarretar uma situação grave que não possa ser suprida ou repetida, ela não será
determinada.

d) Princípio do interesse, art. 796, b, da CLT


Determina que quem der causa a nulidade não poderá alega-la, isto para que você não possa se
beneficiar com essa ação.

e) Princípio da utilidade ou aproveitamento, art. 797 da CLT


No caso da declaração de nulidade, em regra geral, todos os atos realizados ao ato nulo são
igualmente anulados, entretanto é possível aproveitar alguns atos.
Ex.: ato1_____ato2_____ato nulo______ato4_____ato5. Neste caso, os atos 1 e 2 são válidos,
entretanto, o ato 4 e 5 poderão ser aproveitados se eles não tiverem sido contaminados.

f) Princípio da instrumentalidade das formas, art. 277 do NCPC


Esse princípio deve ser associado com finalidade.
Os atos processuais possuem uma forma e devem ser realizados dentro da forma estabelecida
para atingir uma finalidade específica, mas se eu atingir essa finalidade sem observar a forma,
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esses atos são válidos, pois a finalidade é mais importante do que seguir a forma
predeterminada.

3. Petição inicial
A petição inicial trabalhista poderá ser verbal ou escrita.
A petição verbal consta no art. 786 da CLT que determina que ela será distribuída para uma
das varas do trabalho. Após, a parte terá 5 dias para comparecer à vara para que essa petição
seja reduzida à termo. Se a parte não comparecer nos 5 dias em caso de falta injustificada, ela
sofrerá com a perempção (art. 731 da CLT), que é a penalidade que a parte sofre de não poder
ajuizar aquela ação por 6 meses. Diferentemente do processo civil, onde a perempção pode ser
perpétua, no processo do trabalho ela sempre será provisória pelo prazo de 6 meses.
Existem dois casos em que a petição inicial deverá, obrigatoriamente, ser escrita: inquérito
para apuração de falta grave e dissídio coletivo, art. 853 da CLT traz essa determinação no
caso do inquérito e, no caso do dissídio, é por entendimento jurisprudencial e doutrinário, pois
entende-se que devem ser abordadas as cláusulas da negociação que estão sendo discutidas.
A petição escrita está prevista no art. 840 da CLT, onde são determinados os requisitos para
sua propositura, como endereçamento ao juízo competente, qualificação das partes, narrativa
dos fatos, formulação dos pedidos, data e assinatura. Entretanto, a reforma trabalhista trouxe
mais um requisito, que é o valor da causa da petição inicial.
O §3º do 840 determina que haverá extinção do processo sem resolução do mérito quando o
valor da causa não for indicado na petição inicial.

a) Emenda da petição inicial, art. 321 do NCPC


Em caso de vícios sanáveis da petição, o legislador determina que seja dada a oportunidade à
parte a possibilidade de corrigir a petição.
A súmula 263 do TST determina que o juiz é obrigado a determinar a emenda para que o autor
corrija a petição no prazo de 15 dias. E, apenas em caso de não observância do prazo para
corrigir, a petição será indeferida e o processo será extinto sem resolução do mérito.
No momento que o juiz intima a parte para emendar, ele é obrigado a apontar o vício que
deverá ser corrigido.
A emenda da petição não poderá ser realizada no MS se for para juntar documentos, de acordo
com a súmula 415 do TST. Isto ocorro porque o MS exige prova pré-constituída para
demonstração do direito líquido e certo, por isso não pode juntar documento em emenda.

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b) Aditamento da petição inicial, art. 329 do NCPC
É modificar a petição para incluir pedidos, por exemplo. Esse aditamento vai depender do
momento, assim, ele será possível até a apresentação da defesa sem anuência da parte. Após a
apresentação da defesa, também será possível, mas apenas com o consentimento da parte.
E iniciada a instrução não será mais possível o aditamento.
Destaque-se que aqui não existe vício como no caso da emenda, aqui é apenas a inclusão de
algum pedido.

c) Requisitos dispensados na petição inicial


O pedido de notificação do réu não é requisito essencial, pois ele é automático, de acordo com
o art. 841 da CLT que determina que o serventuário terá 48 horas para expedir a notificação.
O pedido de especificação de provas também não é necessário, pois é o juiz no caso concreto
que decidirá quais provas serão produzidas ou não.

d) Desistência da ação, art. 841, §3º da CLT


A parte poderá desistir da ação a depender do momento.
Antes da defesa poderá desistir.
Se o réu já tiver apresentado defesa, será necessário o consentimento dele.

4. Notificação do reclamado
Após apresentada a petição inicial, o réu deverá ser cientificado. No processo do trabalho todos
os atos de cientificação são chamados de notificação.

a) Forma, art. 841 da CLT:


Essa notificação, chamada de citação no processo civil, deverá ter a forma postal, ou seja, a
notificação ocorrerá pelos correios com Aviso de Recebimento. A notificação poderá ser por
meio de edital, mas, em primeiro momento, será por correio.
A notificação no processo do trabalho será feita para um endereço, sendo um ato impessoal,
não sendo para uma pessoa.

b) Prazos, art. 841 da CLT:


Para notificação, que, o primeiro deles, determina que o serventuário terá o prazo de 48 horas
para expedir essa notificação para o endereço do réu. Outro prazo previsto pelo artigo é aquele
entre a ciência do processo e a data da audiência (apresentação da defesa), assim, o prazo é de,
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no mínimo, 5 dias entre o recebimento da notificação e a realização da audiência.
Destaque-se que a fazenda pública terá o prazo em quádruplo para defesa, de acordo com
o DL 779/69. Lembrando que o NCPC determina que será em dobro para defesa e recurso,
enquanto na JT o prazo é quádruplo para defesa e duplo para recorrer.
A súmula 16 do TST trata do prazo de recebimento: em 48 horas o servidor terá que expedir a
notificação e a parte terá, no mínimo 5 dias para se defender, e essa súmula traz uma presunção
de recebimento dessa notificação em 48 horas. Essa presunção é relativa, que é a que cabe prova
em sentido contrário. Assim, caberá ao destinatário alegar que não recebeu essa notificação no
prazo.

c) Notificação por edital, art. 841, §1º da CLT:


Determina que, se não foi possível a notificação postal, ela será feita por edital e não por oficial
de justiça. O oficial de justiça apenas atuará no processo de execução.
Obs.: não pode notificar por edital no rito sumaríssimo (ações de até 40 salários mínimos), art.
852-B, II da CLT. Em caso de impossibilidade da notificação postal, o processo será extinto
sem resolução de mérito.

d) Notificação por oficial de justiça, art. 880 da CLT:


Apenas no processo de execução, isto porque o ato é complexo. Por exemplo, a notificação para
pagar em 48 horas (nomear bens à penhora ou pagar a quantia), se não fizer nenhum desses
atos, o oficial retorna para realizar a penhora dos bens.
Obs.: Diferente do processo de conhecimento, a notificação aqui é pessoal.

e) Pluralidade de advogados, súmula 427 do TST:


Apenas um dos advogados será o responsável para receber as notificações. A súmula diz que
esse pedido deverá ser atendido e que se outro advogado foi intimado, é caso de nulidade
relativa (erro de forma + prejuízo).

f) Ausência de notificação das testemunhas, art. 825 da CLT:


Não existe a intimação prévia no processo do trabalho, como também não existe a necessidade
de apresentar o rol de testemunhas, pois elas irão à JT pois a parte pediu.

g) Notificação realizada em audiência, art. 825 da CLT:


Determina que a notificação é realizada no ato e o prazo começa a correr no próximo dia útil.
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