1. Custas processuais
Valor que é pago ao Estado pelos atos processuais. Não há pagamento de custas prévias na JT.
Momento: Art. 789, CLT determina que o pagamento das custas é feito ao final do processo
pelo vencido. Esse “ao final” vai depender da interposição de recurso. Se o juiz julgou a ação
improcedente, o impetrante terá que pagar as custas processuais após o trânsito em julgado
da sentença em casa de inexistência de recurso. Entretanto, se o vencido recorrer no prazo de 8
dias ele terá que pagar as custas processuais, ou seja, as custas serão pagar no prazo recursal
e o recurso apenas será admitido se houver o pagamento das custas, sendo o requisito de
admissibilidade.
Valor: Art. 789 também fala do valor das custas. Esse valor é indicado na sentença, que também
determinará quem é o responsável pelo pagamento. Esse valor vai ser calculado em uma base
de 2%, que poderá incidir sobre o valor da condenação (mais comum) ou sobre o valor da
causa, que é usado em caso de improcedência total ou em caso de arquivamento sem resolução
de mérito. Ainda, esses 2% podem ser calculados sobre o valor do acordo homologado pelo
juiz. No caso de omissão do acordo quanto ao pagamento das custas, como não existe vencido,
as partes serão responsáveis pelo seu pagamento, ou seja, será metade para cada um. Entretanto,
o acordo poderá determinar quem será o responsável pelas custas, por exemplo, o acordo poderá
determinar que as custas serão pagas integralmente pela empresa, neste caso não existe divisão,
será aplicada a regra contida no acordo.
O 789 determina, ainda, um valor mínimo de custas que é R$10,64 (dez reais e sessenta e
quatro centavos).
Antes da RT apenas existia valor mínimo, agora existe, também, um valor máximo que é
determinado pelo maior valor do benefício pago ao INSS, que será 4 vezes esse valor.
Honorários periciais: a reforma também trouxe novidade. Antes disso, o TST, com a OJ N.º
98 da SDI-2 determina que os honorários prévios ilegais, ou seja, o juiz não poderá determinar
um depósito prévio para início de uma prova pericial. Nesses casos, cabe MS. Isso não mudou,
o que houve foi que a RT trouxe esse entendimento para a CLT ao incluir o §3º do art. 790-B
da CLT.
Os honorários periciais serão pagos ao final no mesmo momento das custas pelo sucumbente
na pretensão do objeto da perícia, ou seja, é aquele que perdeu o pedido relacionado à perícia.
Ex.: equiparação salarial.
2. Nulidades processuais
a) Princípio da transcendência ou do prejuízo, art. 794 da CLT
Para praticar atos processuais tem-se que verificar a forma processual para realizar aquele ato,
caso não seja observado, pode existir uma nulidade ou não, pois não é uma regra absoluta.
Esse princípio determina a nulidade em caso da inobservância da forma.
Nulidade é um erro de forma + prejuízo. Para que eu possa identificar se houve nulidade, precisa
analisar se aquele erro de forma gerou um prejuízo, se não houver prejuízo não terá nulidade.
Ex.: entrega de notificação em endereço divergente. Aqui houve erro de forma, entretanto a
empresa que recebeu a notificação tem relações com a que deveria ser notificada e encaminhou
3. Petição inicial
A petição inicial trabalhista poderá ser verbal ou escrita.
A petição verbal consta no art. 786 da CLT que determina que ela será distribuída para uma
das varas do trabalho. Após, a parte terá 5 dias para comparecer à vara para que essa petição
seja reduzida à termo. Se a parte não comparecer nos 5 dias em caso de falta injustificada, ela
sofrerá com a perempção (art. 731 da CLT), que é a penalidade que a parte sofre de não poder
ajuizar aquela ação por 6 meses. Diferentemente do processo civil, onde a perempção pode ser
perpétua, no processo do trabalho ela sempre será provisória pelo prazo de 6 meses.
Existem dois casos em que a petição inicial deverá, obrigatoriamente, ser escrita: inquérito
para apuração de falta grave e dissídio coletivo, art. 853 da CLT traz essa determinação no
caso do inquérito e, no caso do dissídio, é por entendimento jurisprudencial e doutrinário, pois
entende-se que devem ser abordadas as cláusulas da negociação que estão sendo discutidas.
A petição escrita está prevista no art. 840 da CLT, onde são determinados os requisitos para
sua propositura, como endereçamento ao juízo competente, qualificação das partes, narrativa
dos fatos, formulação dos pedidos, data e assinatura. Entretanto, a reforma trabalhista trouxe
mais um requisito, que é o valor da causa da petição inicial.
O §3º do 840 determina que haverá extinção do processo sem resolução do mérito quando o
valor da causa não for indicado na petição inicial.
4. Notificação do reclamado
Após apresentada a petição inicial, o réu deverá ser cientificado. No processo do trabalho todos
os atos de cientificação são chamados de notificação.