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Sacrifício

Abril 2012 Conferência Geral


Élder Dallin H. Oaks
Do Quórum dos Doze Apóstolos

Nossa vida de serviço e sacrifício é a mais adequada expressão de nosso


compromisso de servir ao Mestre e ao próximo.

O sacrifício expiatório de Jesus Cristo foi chamado de “o mais transcendental de todos os


acontecimentos desde a aurora da criação até as in nitas eras da eternidade”.1 Esse
sacrifício é a mensagem central de todos os profetas. Ele foi pre gurado pelos sacrifícios
de animais exigidos pela lei mosaica. Um profeta declarou que o signi cado total deles
“[indicava] aquele grande e último sacrifício [do] (…) Filho de Deus, sim, in nito e eterno”
(Alma 34:14). Jesus Cristo suportou um sofrimento incompreensível para tornar-Se o
sacrifício pelos pecados de todos. Esse sacrifício ofereceu o maior bem — o Cordeiro
puro e imaculado — pelo maior mal — os pecados do mundo inteiro. Nas memoráveis
palavras de Eliza R. Snow:

“Seu sangue pelos homens deu,


e assim nos libertou;
Seu sacrifício de amor
ao mundo resgatou”.2

Esse sacrifício — a Expiação de Jesus Cristo — está no cerne do plano de salvação.

O incompreensível sofrimento de Jesus Cristo encerrou os sacrifícios por derramamento


de sangue, mas não encerrou a importância do sacrifício no plano do evangelho. Nosso
Salvador exige que continuemos a oferecer sacrifícios, mas os sacrifícios que Ele agora
ordena que façamos “[é o] sacrifício [de] um coração quebrantado e um espírito contrito”
(3 Né 9:20). Ele também ordena que amemos e sirvamos uns aos outros, ou seja, que
ofereçamos uma pequena imitação de Seu próprio sacrifício, sacri cando nosso próprio
tempo e prioridades egoístas. Em um hino inspirado, cantamos: “O sacrifício traz
bênçãos celestiais”.3

Abordarei esses sacrifícios mortais que nosso Salvador pede que façamos. Não incluirei
os sacrifícios que somos compelidos a fazer ou os atos motivados por vantagens
pessoais e não por serviço ou sacrifício (ver 2 Né 26:29).

I.
A religião cristã tem uma história de sacrifícios, incluindo o maior de todos. Nos
primeiros anos da Era Cristã, Roma martirizou milhares por causa da fé que tinham em
Jesus Cristo. Nos séculos subsequentes, à medida que controvérsias doutrinárias
dividiram os cristãos, houve grupos que perseguiram e até mataram os membros de
outros grupos. Cristãos mortos por outros cristãos são os martírios mais trágicos da fé
cristã.

Muitos cristãos ofereceram sacrifícios voluntários motivados pela fé em Cristo e por seu
desejo de servi-Lo. Alguns decidiram dedicar toda a vida adulta a serviço do Mestre. Esse
nobre grupo inclui os que fazem parte das ordens religiosas da Igreja Católica e os que
dedicaram uma vida inteira de serviço como missionários cristãos nas várias religiões
protestantes. Os exemplos deles são desa adores e inspiradores, mas a maioria dos que
creem em Cristo não precisam nem conseguem dedicar a vida inteira ao serviço
religioso.

II.
Para a maioria dos seguidores de Cristo, nossos sacrifícios envolvem coisas que fazemos
cotidianamente em nossa vida pessoal normal. Nesse sentido, não conheço nenhum
grupo cujos membros façam mais sacrifícios do que os santos dos últimos dias. Seus
sacrifícios, meus irmãos e irmãs, contrastam imensamente com a busca de realização
pessoal que vemos no mundo.

Meu primeiro exemplo são os pioneiros mórmons. Seu épico sacrifício de vidas, de
relacionamentos familiares, de lares e de conforto faz parte do alicerce do evangelho
restaurado. Sarah Rich explicou o que motivava aqueles pioneiros ao descrever a ocasião
em que seu marido, Charles, foi chamado para uma missão: “Aquele foi um momento
realmente difícil para mim e para meu marido, mas o dever nos chamou a separar-nos
um do outro por um tempo, e sabendo que [estávamos] obedecendo à vontade do
Senhor, sacri camos nossos próprios sentimentos para estabelecer a obra (…) de ajudar
a edi car o Reino de Deus na Terra”.4

Atualmente, a força mais visível da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é o
serviço e o sacrifício abnegados de seus membros. Antes da rededicação de um de
nossos templos, um ministro cristão perguntou ao Presidente Gordon B. Hinckley por
que o templo não tinha nenhuma representação da cruz, o símbolo mais comum da fé
cristã. O Presidente Hinckley respondeu que o símbolo de nossa fé cristã é “a vida de
nosso povo”.5 Realmente, nossa vida de serviço e sacrifício é a mais adequada expressão
de nosso compromisso de servir ao Mestre e ao próximo.

III.
Não temos um clero remunerado com formação pro ssional na Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias. Por isso, os membros leigos que são chamados para liderar
e servir em nossas congregações têm de assumir todo o fardo de nossas numerosas
reuniões, nossos programas e nossas atividades da Igreja. Eles fazem isso em mais de
14.000 congregações, apenas nos Estados Unidos e no Canadá. Evidentemente, não
somos os únicos que temos membros leigos na congregação, servindo como
professores e líderes. Mas o número de horas doadas por nossos membros para instruir
e ministrar uns aos outros é extraordinariamente grande. Nosso empenho em fazer com
que cada família de nossas congregações seja visitada por mestres familiares a cada mês
e que cada mulher adulta seja visitada por professoras visitantes a cada mês é um
exemplo disso. Não conheço nenhum serviço comparável em nenhuma organização do
mundo.

O exemplo mais conhecido de serviço e sacrifício incomparáveis na Igreja é o trabalho de


nossos missionários. Atualmente, eles são mais de 50.000 rapazes e moças, e mais de
5.000 homens e mulheres adultos. Eles dedicam de seis meses a dois anos da vida para
ensinar o evangelho de Jesus Cristo e prestar serviço humanitário em mais de 160 países
do mundo. Seu trabalho sempre envolve sacrifício, inclusive os anos que dedicam ao
trabalho do Senhor e também os sacrifícios feitos para prover fundos para seu sustento.

Aqueles que permanecem no lar — os pais e outros membros da família — também se


sacri cam privando-se da companhia e do serviço dos missionários que enviaram. Um
jovem brasileiro, por exemplo, recebeu o chamado missionário quando trabalhava para
sustentar os irmãos e as irmãs, depois que o pai e a mãe faleceram. Uma Autoridade
Geral relatou que esses irmãos e essas irmãs se reuniram em conselho e lembraram que
os falecidos pais lhes haviam ensinado a estarem sempre preparados para servir ao
Senhor. O rapaz aceitou seu chamado missionário, e um irmão de dezesseis anos
assumiu a responsabilidade de trabalhar para sustentar a família.6 A maioria de nós
conhece muitos outros exemplos de sacrifício para servir uma missão ou sustentar um
missionário. Não conheço nenhum outro serviço e sacrifício voluntário como esse em
nenhuma outra organização do mundo.

Com frequência nos perguntam: “Como é que vocês convencem seus jovens e seus
membros idosos a deixar os estudos ou a aposentadoria para sacri car-se desse modo?”
Ouvi muitos dar esta explicação: “Sabendo o que o Salvador fez por mim — Sua graça em
sofrer por meus pecados e vencer a morte para que eu possa viver novamente — sinto-
me privilegiado em fazer o pequeno sacrifício que me é pedido a Seu serviço. Quero
compartilhar o entendimento que Ele me deu”. Como é que persuadimos esses
seguidores de Cristo a servir? Um profeta explicou: “Simplesmente pedimos a eles que o
façam”.7

Outros sacrifícios resultantes do serviço missionário são os sacrifícios daqueles que


colocam em prática os ensinamentos dos missionários e se tornam membros da Igreja.
Para muitos conversos, esses sacrifícios são extremamente signi cativos, incluindo a
perda de amigos e do convívio familiar.

Há muitos anos, numa conferência como esta, ouvi falar de um rapaz que conheceu o
evangelho restaurado enquanto estudava nos Estados Unidos. Quando esse homem
estava prestes a retornar a seu país de origem, o Presidente Gordon B. Hinckley
perguntou o que aconteceria com ele quando voltasse para casa como cristão. “Minha
família cará decepcionada”, respondeu o rapaz. “Pode ser que me expulsem de casa e
me considerem morto. Quanto ao meu futuro e a minha carreira, todas as
oportunidades me serão negadas.”

“Está disposto a pagar um preço tão alto pelo evangelho?” Perguntou o Presidente
Hinckley.
Com lágrimas nos olhos, o rapaz respondeu: “É a verdade, não é?” Quando lhe foi
respondido que sim, ele replicou: “Então, o que mais importa?”8 Esse é o espírito de
sacrifício que há entre muitos de nossos membros novos.

Outros exemplos de serviço e sacrifício aparecem na vida dos membros éis que servem
em nossos templos. O serviço no templo é exclusivo dos santos dos últimos dias, mas o
signi cado desse sacrifício deve ser compreensível a todos os cristãos. Os santos dos
últimos dias não têm a tradição de serviço em um monastério, mas podemos
compreender e honrar o sacrifício daqueles cuja fé cristã os motiva a dedicar a vida a
essa atividade religiosa.

Nesta conferência, há apenas um ano, o Presidente Thomas S. Monson relatou um


exemplo de sacrifício associado ao serviço no templo. Um pai e el santo dos últimos
dias, de uma remota ilha do Pací co, trabalhou arduamente em um local distante por
seis anos para juntar o dinheiro necessário para levar a mulher e os dez lhos para fazer
o casamento e o selamento para a eternidade no Templo da Nova Zelândia. O
Presidente Monson explicou: “Aqueles que compreendem as bênçãos eternas que
advêm do templo sabem que nenhum sacrifício é grande demais, nenhum preço é alto
demais, nenhuma luta é difícil demais para receber essas bênçãos”.9

Sinto-me grato pelos maravilhosos exemplos de amor cristão, serviço e sacrifício que vi
entre os santos dos últimos dias. Vejo-os desempenhando seus chamados da Igreja,
geralmente com grande sacrifício de tempo e recursos. Vejo-os servindo missão com
seus próprios recursos. Vejo-os doando alegremente suas habilidades pro ssionais a
serviço de seus semelhantes. Vejo-os cuidando dos pobres pessoalmente ou por meio
de contribuições para o bem-estar e para os fundos humanitários da Igreja.10 Tudo isso
é con rmado em um estudo em âmbito nacional nos Estados Unidos que concluiu que
os membros ativos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias “voluntariam-
se e doam bem mais que a média dos americanos, sendo muito mais generosos ao
doarem tempo e dinheiro que os norte-americanos mais religiosos [20 por cento].”11

Esses exemplos de doação fortalecem todos nós. Lembram-nos do ensinamento do


Salvador:

“Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, (…)

Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por
amor de mim, achá-la-á” (Mateus 16:24–25).

IV.
Talvez o exemplo mais conhecido e importante de serviço e sacrifício abnegados
aconteça em nossa família. As mães se dedicam a criar e educar os lhos. Os maridos se
dedicam a sustentar a mulher e os lhos. Os sacrifícios envolvidos no serviço de
importância eterna prestado à família são numerosos demais para mencionar e
conhecidos demais para que precisem ser lembrados.

Também vejo abnegados santos dos últimos dias adotando crianças, inclusive as que
têm necessidades especiais, procurando dar-lhes a esperança e a oportunidade que lhes
foram negadas no passado. Vejo-os cuidando de familiares e vizinhos acometidos de
defeitos congênitos, de enfermidades mentais ou físicas, e dos efeitos da idade
avançada. O Senhor os vê também, e Ele pediu que Seus profetas declarassem que “à
medida que vocês se sacri cam uns pelos outros e por seus lhos, o Senhor vai
abençoá-los”.12

Creio que os santos dos últimos dias que oferecem serviço e sacrifício abnegados em
reverente imitação de nosso Salvador aderem mais plenamente a valores eternos do que
qualquer outro grupo de pessoas. Os santos dos últimos dias consideram que seu
sacrifício de tempo e recursos faz parte de seu aprendizado e de sua quali cação para a
eternidade. Essa é a verdade revelada em Lectures on Faith, que ensina que “uma
religião que não exige o sacrifício de todas as coisas jamais terá força su ciente para
produzir a fé necessária para a vida e salvação. (…) É por meio desse sacrifício, e dele
somente, que Deus ordenou que o homem deva desfrutar a vida eterna”.13

Assim como o sacrifício expiatório de Jesus Cristo é um ponto central do plano de


salvação, nós, seguidores de Cristo, precisamos fazer nossos próprios sacrifícios para
preparar-nos para o destino que esse plano provê para nós.

Sei que Jesus Cristo é o Filho Unigênito de Deus, o Pai Eterno. Sei que graças a Seu
sacrifício expiatório, temos a certeza da imortalidade e a oportunidade da vida eterna.
Ele é nosso Senhor, nosso Salvador e nosso Redentor, e presto testemunho Dele em
nome de Jesus Cristo. Amém.

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