Anda di halaman 1dari 12

Tribunal de Justiça do Rio de

Janeiro TJ-RJ - APELAÇÃO : APL


00239031220128190011 RIO DE
JANEIRO CABO FRIO 1 VARA
CIVEL - Inteiro Teor

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro


Gabinete da Desembargadora Marilia de Castro Neves Vieira

VIGÉSIMA CÂMARA CÍVEL


Agravo Interno na Apelação Cível Nº 0023903-
12.2012.8.19.0011
Agravante: CÂNDIDO GUIMARAES DE MELLO
Agravado: INSTITUTO DE BENEFÍCIOS E ASSISTÊNCIA AOS
SERVIDORES MUNICIPAIS DE CABO FRIO

Agravo Interno na Apelação Cível alvejando Decisão proferida


pelo Relator que negou seguimento ao recurso. Administrativo.
Município de Cabo Frio. Gratificação de Produtividade.
Leis 57/79 e 1.220/92. Aposentadoria. Revisão do Tribunal de
Contas do Estado. Supressão de gratificação. Possibilidade.
Pleito de restabelecimento de aposentadoria no valor integral,
incluindo a Gratificação de Produtividade, da Lei 57/79.
Conforme preceitua o art. 37, X, da Constituição Federal, a
remuneração dos servidores públicos somente poderá ser
alterada por lei específica. Assim, conforme preceituam os
artigos 1º e 7º da Lei nº 57/79, a Gratificação de Produtividade
somente será conferida aos ocupantes do cargo de Fiscal
quando no efetivo exercício de suas atribuições. Desta forma, a
Gratificação prevista na Lei nº 57/79, por se tratar de parcela
de natureza precária, não pode integrar os proventos de
aposentadoria do autor. A jurisprudência já firmou
entendimento no sentido da impossibilidade de cumulação das
duas vantagens, uma vez que ambas possuem o mesmo
fundamento, o que é vedado pelo inciso XIV do
artigo 37 da Constituição Federal. Assim, embora o autor tenha
recebido a referida gratificação durante todos esses anos, certo
é que a Gratificação de Produtividade e a Gratificação de
Produtividade Incorporada foram concedidas sob o mesmo
fundamento, sendo que a Lei 57/79, não prevê a incorporação
da referida Gratificação aos vencimentos dos fiscais, ao
contrário da Lei nº 1.220/92, que prevê a incorporação,
passando a compor a remuneração do servidor. Desta forma, o
Tribunal de Contas do Estado sugeriu corretamente a exclusão
da Gratificação de Produtividade do benefício do autor,
devendo eventual contribuição previdenciária incidente sobre
tal parcela ser restituída ao servidor, em ação própria,
respeitada a prescrição quinquenal. Não há que se falar em
devolução dos valores pagos a título da Gratificação de
Produtividade. Resta sedimentado que as verbas
previdenciárias pagas a maior, recebidas de bo -fé pelo
segurado não são objeto de repetição Decisão desprovida de
ilegalidade, abuso ou desvio de poder, prolatada dentro da
competência do relator, não passível, na hipótese, de
modificação.

ACORDÃO
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
Gabinete da Desembargadora Marilia de Castro Neves Vieira

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo Interno


interposto contra Apelação Cível n.. 0023903-
12.2012.8.19.0011, em que é Agravante CÂNDIDO
GUIMARAES DE MELLO e Agravado INSTITUTO DE
BENEFÍCIOS E ASSISTÊNCIA AOS SERVIDORES
MUNICIPAIS DE CABO FRIO.
A C O R D A M os Desembargadores que compõem a Vigésima
Câmara Cível, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em
negar provimento ao recurso. Decisão unânime.

Cândido Guimarães de Mello ajuizou ação ordinária de


Obrigação de Fazer em face do Instituto de Benefícios e
Assistência aos Servidores Municipais de Cabo Frio –
IBASCAF.

Alega que exerceu o cargo de Fiscal no Município de Cabo Frio,


tendo se aposentado em 01/09/2009, com proventos integrais.
Aduz que teve retirado dos seus proventos de aposentadoria a
parcela relativa à produtividade, sendo que esse desconto
decorreu de processo administrativo em trâmite no Tribunal de
Contas do Estado do Rio de Janeiro e que a exclusão se deu
antes mesmo que houvesse qualquer decisão definitiva do
Tribunal.

Persegue por esta ação, a condenação do réu a restabelecer a


sua aposentadoria no valor integral, incluindo a Gratificação de
Produtividade, da Lei 57/79, no valor de R$ 1.393,69.

Regularmente citado, o réu contestou arguindo a


impossibilidade jurídica do pedido. No mérito, alega que no
mês de Outubro de 2012 o benefício do autor foi revisto, tendo
sido excluída a Gratificação de Produtividade prevista na Lei
Municipal nº 57/79, em razão de processo administrativo no
Tribunal de Contas do Estado, que firmou o entendimento de
que somente as parcelas inerentes ao cargo efetivo deviam
compor os proventos dos aposentados, agindo, assim, em
observância ao Princípio da Autotutela. Afirma que somente a
Lei Municipal nº 1220/1992 prevê o direito à incorporação da
produtividade nos vencimentos dos servidores municipais
ocupantes do cargo de Fiscal, não ocorrendo o mesmo com a
Gratificação de Produtividade paga em razão da Lei
Municipal 57/79. Pugnou pela improcedência do pedido.

O réu apresentou, ainda, Reconvenção em face do autor,


objetivando receber o valor de R$ 54.162,48, por restituição
dos valores pagos a título de Gratificação de Produtividade
prevista na Lei Municipal nº 57/79.

Em contestação à reconvenção, o autor alega que agiu de bo -fé


o receber os seus proventos de aposentadoria, não podendo ser
penalizado
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
Gabinete da Desembargadora Marilia de Castro Neves Vieira

por erro praticado pela Autarquia Municipal e verificado após


anos pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro,
pugnando pela improcedência da reconvenção.

Desate pela sentença do Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca de


Cabo Frio. Assentou o e. decidente que o Órgão de Contas
firmou o entendimento de que apenas a Lei 1.220/92 prevê a
incorporação da Gratificação de Produtividade, em atividade, o
que faz com que esta passe a compor a remuneração do
servidor, não ocorrendo o mesmo com a Gratificação prevista
na Lei nº 57/79. Assentou, ainda, que os valores pagos têm
natureza alimentar, não sendo passíveis de repetição. Daí
julgou improcedentes o pedido na ação principal e o pedido
reconvencional, determinando despesas processuais pro-rata,
com a ressalva do artigo 12, da Lei 1.060/50 em favor do
autor/reconvindo, ante a gratuidade de justiça que lhe foi
deferida, e, honorários advocatícios compensados.

Inconformado, o autor recorreu, renovando os argumentos já


expendidos e foi contrariado em prestígio da sentença,
deixando a d. Procuradoria de se manifestar por não
vislumbrar interesse público a ser resguardado.

Decisão Monocrática às fls. 345/349, aditada ás fls. 367/371


negando seguimento ao recurso, na forma do permissivo legal
contido no caput, do art. 557, do CPC.

Insurge-se o Agravante contra esta Decisão renovando a tese


esposada no apelo, perseguindo a reversão.

O recurso é tempestivo. Este é o relatório


É de se negar provimento ao agravo interno.

Pretende o autor o restabelecimento de sua aposentadoria no


valor integral, incluindo a Gratificação de Produtividade, da
Lei 57/79.

Conforme preceitua o art. 37, X, da Constituição Federal, a


remuneração dos servidores públicos somente poderá ser
alterada por lei específica. In verbis:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer


dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
também, ao seguinte:
...
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que
trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou
alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em
cada caso,
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
Gabinete da Desembargadora Marilia de Castro Neves Vieira

assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem


distinção de índices;

Assim, conforme preceituam os artigos 1º e 7º da Lei nº 57/79,


a Gratificação de Produtividade somente será conferida aos
ocupantes do cargo de Fiscal quando no efetivo exercício de
suas atribuições. Confira-se:

“Art. 1º- Fica criada a Gratificação de Produtividade na forma


desta Lei e será atribuída aos Fiscais de Rendas, Inspetores de
Rendas e aos Fiscais constantes do Grupo Ocupacional IV, da
Tabela III, mencionado na Lei nº 001/78, de 03 de março de
1978 que, no exercício de suas funções, contribuírem para
maior eficácia ou incremento das atividades inerentes ao
sistema tributário fiscal.”(grifo nosso).

...

Art. 7º - A Gratificação de Produtividade somente será


conferida aos ocupantes dos cargos enumerados no Artigo 1º
desta Lei, quando no efetivo exercício de suas atribuições na
Secretaria Municipal de Fazenda.

Parágrafo primeiro – Considera-se, também, como efetivo


exercício na Secretaria Municipal de Fazenda, para os efeitos
deste Artigo, os afastamentos decorrentes de férias, casamento,
luto e convocação para os serviços obrigatórios – por Lei.”.

Desta forma, como bem asseverou o d. sentenciante, a


Gratificação prevista na Lei nº 57/79, por se tratar de parcela
de natureza precária, não pode integrar os proventos de
aposentadoria do autor.

Conforme consta do documento de fls. 45/46, os proventos de


aposentadoria do autor foram fixados com base no artigo 3º,
da Emenda Constitucional nº 47/2005, vigente ao tempo da
concessão de sua aposentadoria.

A jurisprudência já firmou entendimento no sentido da


impossibilidade de cumulação das duas vantagens, uma vez
que ambas possuem o mesmo fundamento, o que é vedado pelo
inciso XIV do artigo 37 da Constituição Federal.

“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer


dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
Gabinete da Desembargadora Marilia de Castro Neves Vieira

impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,


também,
o seguinte:
...
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor
público não serão computados nem acumulados para fins de
concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)”

Assim, embora o autor tenha recebido a referida gratificação


durante todos esses anos, certo é que a Gratificação de
Produtividade e a Gratificação de Produtividade Incorporada
foram concedidas sob o mesmo fundamento, sendo que a
Lei 57/79, não prevê a incorporação da referida Gratificação
aos vencimentos dos fiscais, ao contrário da Lei nº 1.220/92,
que prevê a incorporação, passando a compor a remuneração
do servidor.

Neste sentido, os seguintes julgados:

0294395-46.2010.8.19.0001 - APELACAO

DES. LUIZ FERNANDO DE CARVALHO - Julgamento:


30/11/2011 - TERCEIRA CÂMARA CIVEL

PROFISSIONAL DA SAÚDE
GRATIFICACAO ADICIONAL
IMPOSSIBILIDADE
BIS IN IDEM
DIREITO ADQUIRIDO
INEXISTENCIA

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO VISANDO


O PAGAMENTO DA GRATIFICAÇÃO DE EMERGÊNCIA A
FISIOTERAPEUTAS SERVIDORES INTEGRADOS AO
REGIME EXTENSIVO DE ATIVIDADES FUNCIONAIS
INERENTE À IMPLANTAÇÃO DO PROJETO ALTERNATIVO
DO HOSPITAL SALGADO FILHO, COM FUNDAMENTO NO
DECRETO MUNICIPAL 13.341/94. SENTENÇA DE
IMPROCEDÊNCIA. APELAÇÃO. ESPÉCIE VENCIMENTAL
EXTINTA PELO DECRETO 15.724/97, ANTES MESMO DA
ADMISSÃO DOS AUTORES AO SERVIÇO PÚBLICO, SENDO
SUBSTITUÍDA PELA GRATIFICAÇÃO DE ENCARGOS
ESPECIAIS POR EXTENSÃO DE ATIVIDADES FUNCIONAIS,
QUE É PERCEBIDA POR TODOS ELES. IMPOSSIBILIDADE
DE PERCEPÇÃO DE DUAS GRATIFICAÇÕES PROPTER
LABOREM COM BASE NO MESMO FATO FUNCIONAL, QUE
CARACTERIZARIA BIS IN IDEM. PLEITO QUE
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
Gabinete da Desembargadora Marilia de Castro Neves Vieira

NÃO PODE SER ACOLHIDO MESMO SOB O FUNDAMENTO


DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS.
INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME
JURÍDICO-ADMINISTRATIVO, MORMENTE QUANDO A
GRATIFICAÇÃO JÁ HAVIA SIDO EXTINTA QUANDO DO
INGRESSO DOS AUTORES NO SERVIÇO PÚBLICO. APELO
DESPROVIDO.

0095368-19.2009.8.19.0001
- APELACAO
DES. FERDINALDO DO NASCIMENTO - Julgamento:
12/11/2012 - DECIMA NONA CÂMARA CIVEL

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REVISÃO DE BENEFÍCIO


PREVIDENCIÁRIO. RITO ORDINÁRIO. SERVIDOR
PÚBLICO APOSENTADO. Supressão da gratificação
denominada "Encargos SES". Sentença improcedente. Apelo
do autor. Razões recursais manifestamente improcedentes. A
parcela da gratificação paga a título de "direito pessoal" já
abrange a parcela "encargos SES", razão pela qual se mostra
acertada a supressão desta última pelo Tribunal de Contas do
Estado em 2004, dois anos depois da passagem do autor para a
inatividade, conforme o processo administrativo acostado aos
autos. Não pode o autor perceber duas gratificações de
encargos especiais de natureza idêntica e na mesma proporção.
A administração pública possui o poder-dever de rever seus
atos, anulando os atos ilegais e revogando aqueles que estejam
no âmbito da sua discricionariedade. Prevalência do princípio
da autotutela. Aplicação do disposto no art. 557, caput,
do CPC que autoriza o Relator decidir monocraticamente o
recurso. NEGADO SEGUIMENTO AO APELO.

Com efeito, a autotutela é o instrumento de que dispõe a


Administração Pública para verificar a legalidade de seus atos e
o atendimento das funções que lhe são legalmente fixadas por
decorrência da autoexecutoriedade dos atos administrativos.

Desta forma, o Tribunal de Contas do Estado sugeriu


corretamente a exclusão da Gratificação de Produtividade do
benefício do autor. Este o entendimento do Colendo STF:

AI 769812 AgR / RS - RIO GRANDE DO SUL


AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
Gabinete da Desembargadora Marilia de Castro Neves Vieira

Relator (a): Min. ROSA WEBER


Julgamento: 03/06/2014 Órgão Julgador: Primeira Turma
Publicação
ACÓRDÃO ELETRÔNICO
DJe-122 DIVULG 23-06-2014 PUBLIC 24-06-2014

DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.


APOSENTADORIA. RETIFICAÇÃO DO ATO DE
APOSENTADORIA PELO TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO. INCORPORAÇÃO INTEGRAL DE GRATIFICAÇÃO.
NÃO POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS
LEGAIS. LEI COMPLEMENTAR 10.098/1994.
POSSIBILIDADE DE A ADMINISTRAÇÃO ANULAR OU
REVOGAR SEUS ATOS. SÚMULA 473/STF. ACÓRDÃO
RECORRIDO PUBLICADO EM 02.3.2009.
A jurisprudência da Corte é firme no sentido de que a
Administração Pública pode anular os seus próprios atos
quando eivados de vícios que os tornem ilegais, desde que
observado o devido processo legal, conforme disposto na
Súmula 473/STF: “A Administração pode anular seus próprios
atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada em todos os casos, a apreciação
judicial.”
O Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul,
observado o devido processo legal, não homologou a
aposentadoria da ora agravante com a incorporação de 100%
da função gratificada exercida - por não preencher os
requisitos previstos na Lei Complementar 10.098/1994 -, tão
somente referendou a primeira e correta decisão da
Administração, com a incorporação de 40% da gratificação
denominada ASP-6, publicada em 05.11.2003.
As razões do agravo regimental não se mostram aptas a
infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada,
mormente no que se refere à conformidade entre o que
decidido no acórdão recorrido e a jurisprudência desta Corte.
Agravo regimental conhecido e não provido.

Esta a jurisprudência desta Corte, como se extrai dos seguintes


julgados:
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
Gabinete da Desembargadora Marilia de Castro Neves Vieira

0018191-12.2010.8.19.0011 - APELACAO / REEXAME


NECESSARIO - DES. FERNANDO CERQUEIRA -Julgamento:
01/10/2013 - DECIMA QUINTA CÂMARA CIVEL

APELAÇÃO CÍVEL. PRETENSÃO DE INCORPORAÇÃO DE


VERBA DENOMINADA ¿GRATIFICAÇÃO DE
PRODUTIVIDADE¿ INSTITUÍDA PELA LEI 57/79.
MUNICÍPIO DE CABO FRIO. SENTENÇA DE
IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL. 1.Caráter pro labore
faciendo da referida gratificação, destinada aos servidores que
se encontram no efetivo exercício de suas funções. 2.Hipótese
em que não se enquadra a autora, ora apelante, em gozo de
licença pra tratamento de saúde. 3.Sentença irretocável.
4.Precedentes desta Corte e do STJ (AgRg no RMS 13919 /
BA). RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

Quanto à reconvenção, não há que se falar em devolução dos


valores pagos a título da Gratificação de Produtividade.

Resta sedimentado que as verbas previdenciárias pagas a


maior, recebidas de bo -fé pelo segurado não são objeto de
repetição. Confira-se:

AGRAVO REGIMENTAL - PROCESSUAL CIVIL - RESERVA


DE PLENÁRIO - INAPLICABILIDADE - DIREITO
PREVIDENCIÁRIO - RESTITUIÇÃO DE PARCELAS PAGAS
DE BOA-FÉ - IMPOSSIBILIDADE.
1. Decidida a questão jurídica sob o enfoque da legislação
federal, sem qualquer juízo de incompatibilidade vertical com
a Constituição Federal, é inaplicável a regra da reserva de
plenário prevista no art. 97 da Carta Magna.
2. Descabe a repetição de indébito de verbas previdenciárias
pagas a maior, recebidas de bo -fé pelo segurado, dado o
caráter alimentar dos valores, ainda que decorrentes de
antecipação de tutela posteriormente cassada ou revogada.
Precedentes.
3. Agravo regimental não provido.
(AgRg no AREsp 196245 / MG, Relator (a) Ministra DIVA
MALERBI (DESEMBARGADORA CONVOCADA TRF 3ª
REGIÃO) (8315), T2 - SEGUNDA TURMA, DJe 04/12/2012).
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
Gabinete da Desembargadora Marilia de Castro Neves Vieira

A Decisão em combate, a par de ter sido suficientemente


fundamentada, foi prolatada dentro do prudente arbítrio
conferido ao Relator, não havendo excesso, desvio ou abuso de
poder.
POR ISSO, a Turma Julgadora, sem discrepância, decide
desprover o Recurso.

Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2016

Marilia de Castro Neves Vieira


Desembargador Relator

Anda mungkin juga menyukai