ENSINO DA MATEMÁTICA I
CURSO DE GRADUAÇÃO – EAD
FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO
ENSINO DA MATEMÁTICA I
Batatais
Claretiano
2015
© Ação Educacional Claretiana, 2011 – Batatais (SP)
Versão: jul./2015
510 G626f
ISBN: 978-85-8377-391-7
CDD 510
Preparação Revisão
Aline de Fátima Guedes Cecília Beatriz Alves Teixeira
Camila Maria Nardi Matos Eduardo Henrique Marinheiro
Felipe Aleixo
Carolina de Andrade Baviera Filipi Andrade de Deus Silveira
Cátia Aparecida Ribeiro Juliana Biggi
Dandara Louise Vieira Matavelli Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Elaine Aparecida de Lima Moraes Rafael Antonio Morotti
Josiane Marchiori Martins Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Lidiane Maria Magalini Talita Cristina Bartolomeu
Luciana A. Mani Adami Vanessa Vergani Machado
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Patrícia Alves Veronez Montera Projeto gráfico, diagramação e capa
Raquel Baptista Meneses Frata Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Simone Rodrigues de Oliveira Luis Antônio Guimarães Toloi
Raphael Fantacini de Oliveira
Bibliotecária Tamires Botta Murakami de Souza
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Wagner Segato dos Santos
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web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do
autor e da Ação Educacional Claretiana.
CRC
Conteúdo––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Introdução ao estudo dos princípios elementares da Matemática e suas aplica-
ções nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Objetivos gerais do ensino da
Matemática para o primeiro e segundo ciclos do Ensino Fundamental. Números:
sistema de numeração decimal e números racionais. Cálculo mental e operações
com números naturais. Geometria. Espaço e forma. Grandezas e medidas. Me-
todologias: história da Matemática, resolução de problemas, jogos e tecnologia
da informação.
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1. INTRODUÇÃO
Uma das obras que compõem os Cursos de Graduação na
modalidade EaD é Fundamentos e Métodos do Ensino da Matemá-
tica I, a qual oferece um conteúdo que é essencial para formação
do futuro professor.
O ensino da Matemática vem passando por transformações
devido ao grande número de alunos reprovados e com baixo ín-
dice de aproveitamento na disciplina. O aluno não entende e não
10 © Fundamentos e Métodos do Ensino da Matemática I
É importante que você reflita sobre a questão exposta por Ubiratan, pois será instiga-
do a buscar outras formas interessantes de ensinar a Matemática para seus alunos.
A prioridade não pode ficar em ensinar uma disciplina pela disciplina, jus-
tificada dizendo-se que aquilo que consta dos programas será útil para
algo. Acredito que uma boa formação de professores e de profissionais,
alertas para os avanços científicos e tecnológicos, é essencial para que
as escolas sobrevivam.
Particularmente importante é o caso da Matemática. Há grande neces-
sidade de uma matemática atual. Se os Educadores Matemáticos não
assumirem seu ensino, este será feito por outros e a Matemática será
incorporada a outras disciplinas e perderá seu caráter de disciplina autô-
noma no currículo do futuro.
Você pode estar se perguntando: essa não é uma questão preocupante? De-
vemos ter consciência de que nosso papel nesse processo é importante. Não
podemos ignorar essa observação e deixar que a Matemática perca seu caráter
de disciplina autônoma!
Isso é verdade na vida profissional. Aceita-se que a matemática é essen-
cial para o sistema de produção, mas tolera-se que a matemática seja
inacessível para aqueles que produzem. Este é um dos principais fatores
de desigualdade social.
Na entrevista gravada que deu para o Oitavo Congresso Internacional de
Educação Matemática, Paulo Freire diz:
"eu acho que uma preocupação fundamental, não apenas dos matemá-
ticos, mas de todos nós, sobretudo dos educadores, a quem cabe certas
decifrações do mundo, eu acho que uma das grandes preocupações
deveria ser essa: a de propor aos jovens, estudantes, alunos homens do
campo, que antes e ao mesmo em que descobrem que 4 por 4 são 16,
descobrem também que há uma forma matemática de estar no mundo.
Eu dizia outro dia aos alunos que quando a gente desperta, já cami-
nhando para o banheiro, a gente já começa a fazer cálculos matemáti-
cos. Quando a gente olha o relógio, por exemplo, a gente já estabelece
a quantidade de minutos que a gente tem para, se acordou mais cedo,
se acordou mais tarde, para saber exatamente a hora em que vai chegar
à cozinha, que vai tomar o café da manhã, a hora que vai chegar o carro
que vai nos levar ao seminário, para chegar às oito. Quer dizer, ao des-
pertar os primeiros movimentos, lá dentro do quarto, são movimentos
matematicizados. Para mim essa deveria ser uma das preocupações,
a de mostrar a naturalidade do exercício matemático. Lamentavelmen-
te, o que a gente vem fazendo, e eu sou um brasileiro que paga, paga
caro... Eu não tenho dúvida nenhuma que dentro de mim há escondido
um matemático que não teve chance de acordar, e eu vou morrer sem
ter despertado esse matemático, que talvez pudesse ter sido bom. Bem,
uma coisa eu acho, que se esse matemático que existe dormindo em
mim tivesse despertado, de uma coisa eu estou certo, ele seria um bom
professor de matemática. Mas não houve isso, não ocorreu, e eu pago
hoje muito caro, porque na minha geração de brasileiras e brasileiros
lá no Nordeste, quando a gente falava em matemática, era um negócio
para deuses ou gênios. Se fazia uma concessão para o sujeito genial
© Caderno de Referência de Conteúdo 23
que podia fazer matemática sem ser deus. E com isso, quantas inte-
ligências críticas, quantas curiosidades, quantos indagadores, quanta
capacidade abstrativa para poder ser concreta, perdemos. Eu acho que,
nesse congresso, uma das coisas que eu faria era não um apelo, mas
eu diria aos congressistas, professores de matemática de várias partes
do mundo, que ao mesmo tempo em que ensinam que 4 vezes 4 são 16
ou raiz quadrada e isso e aquilo outro, despertem os alunos para que se
assumam como matemáticos".
A mistificação do saber matemático, reforçado pelos testes e exames ro-
tineiros, é a maior causa de se negar, ao povo, o importante instrumento
de crítica proporcionado pela matemática.
Os testes e exames, ao mesmo tempo em que negam à grande maioria
da população o acesso à cidadania plena, tampouco estimulam o indi-
víduo a realizar todo o seu potencial criativo. Assim, nenhum dos dois
objetivos maiores da educação é atingido.
E quanto ao uso da tecnologia e de instrumentos comunicativos? Será que a
utilização desses recursos leva o aluno a se interessar mais pela Matemática?
Como os instrumentos comunicativos, analíticos e tecnológicos respondem aos
objetivos maiores da educação?
Calculadoras, computadores e uma nova matemática
Com a disponibilidade das calculadoras e dos computadores, o ensino da
Matemática deve mudar radicalmente de orientação. Lamentavelmente,
ainda permanece a insistência em ensinar "rigorosamente" como fazer
operações e resolver equações. Não é de estranhar o desencanto cada
vez maior dos alunos com a matemática. O mesmo se pode dizer sobre a
Física, a Química e, praticamente, todas as disciplinas tradicionais.
É interessante notar que Rui Lopes Viana Filho, o "garotão nota 10" que
obteve uma medalha de ouro na 39ª Olimpíada Internacional de Matemá-
tica, diz que:
"Se me pedirem para fazer uma multiplicação de números na casa de
milhões ou bilhões, terei muita dificuldade e provavelmente errarei. Isso é
coisa de máquina, função de uma boa calculadora ou de um computador.
As pessoas acham que o bom matemático é aquele sabe fazer contas
mirabolantes. Não é verdade. Em geral, os melhores matemáticos têm
aversão a esse tipo de operação. A maioria dos gênios calculistas são
autistas ou débeis mentais."
Os alunos estão aprendendo mal os programas tradicionais. Mas isso não
faz falta. O mais grave é que não estejam aprendendo coisas realmente
importantes nos cursos de matemática. Insistir no inútil, desinteressante e
obsoleto esgota o tempo e a energia do aluno, e prejudica, até impede, o
aprendizado de coisas úteis, interessantes e modernas, essenciais para
viver na sociedade moderna.
Quase todos os nossos currículos, em todos os graus de ensino, igno-
ram os avanços das últimas décadas. Com o argumento falso que é
Glossário de Conceitos
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rápi-
da e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um bom
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de co-
nhecimento dos temas tratados na obra Fundamentos e Métodos
do Ensino da Matemática I. Veja, a seguir, a definição dos princi-
pais conceitos:
1) Epistemologia: conjunto de conhecimentos que têm por
objetivo o conhecimento científico, visando explicar os
seus condicionamentos (sejam eles técnicos, históricos,
ou sociais, sejam lógicos, matemáticos, ou linguísticos),
sistematizar as suas relações, esclarecer os seus vínculos
e avaliar os seus resultados e aplicações (DICIONÁRIO
ELETRÔNICO AURÉLIO).
2) Estatística: "disciplina de Matemática que trata das for-
mas de coletar, organizar, representar, analisar e inter-
pretar os dados de um estudo" (COLL; TEBEROSKY, 2000,
p. 235).
3) Geoplano: "é um pedaço de madeira, de forma quadra-
da, com vários pregos cravados, à meia altura, formando
um quadriculado. É importante ressaltar que a distância
de um prego para outro, tanto na horizontal quanto na
vertical, é a mesma. O Geoplano é um recurso utiliza-
do para auxiliar os professores no trabalho com figuras
e formas geométricas planas. No Geoplano, pode ser
trabalhado o conceito de medida, de vértice, de aresta,
de lado, de simetria, área, perímetro, multiplicação nas
séries iniciais, entre outros. Nele formam-se polígonos
variados, cujas áreas e perímetros podem ser calcula-
dos. É um grande material no auxílio aos professores. Os
polígonos são formados por borrachinhas. Hoje em dia,
com o auxílio de recursos computacionais, foi criado um
software do Geoplano. É mais uma forma de interação
da máquina com o homem em benefício da construção
de conceitos matemáticos" (SCRIBD, 2011).
4) Heurística: "arte de inventar, de fazer descobertas; ciên-
cia que tem por objeto a descoberta dos fatos; ramo da
© Caderno de Referência de Conteúdo 27
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem ser
de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertativas.
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como
relacioná-las com a prática do ensino de Pedagogia pode ser uma
forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a re-
solução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará se
preparando para a avaliação final, que será dissertativa. Além disso,
essa é uma maneira privilegiada de você testar seus conhecimentos
e adquirir uma formação sólida para a sua prática profissional.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Dicas (motivacionais)
O estudo desta obra convida você a olhar, de forma mais apu-
rada, a Educação como processo de emancipação do ser humano.
É importante que você se atente às explicações teóricas, práticas
e científicas que estão presentes nos meios de comunicação, bem
como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, ao com-
partilhar com outras pessoas aquilo que você observa, permite-se
descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a ver e a
notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, portanto,
uma capacidade que nos impele à maturidade.
Você, como aluno dos Cursos de Graduação na modalidade
EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente.
Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri-
3. E-REFERÊNCIA
D’AMBROSIO, U. Porque ensinar matemática? Disponível em: <http://www.ciadaescola.
com.br/eventos/reuniao2004/natureza/pos/por_que_se_ensina_matematica.pdf>.
Acesso em: 27 jul. 2011.
EAD
Introdução a
Fundamentos e Métodos
do Ensino da
Matemática I
1
"Os números são as regras dos seres e a Matemática é
o Regulamento do Mundo" (SÓ MATEMÁTICA, 2011).
1. OBJETIVOS
• Responder às seguintes questões: Por que ensinar Mate-
mática? Quais são as reais necessidades do aluno? Qual a
melhor metodologia? Quais são os conteúdos essenciais?
Por que a maior parte dos alunos não entende Matemá-
tica? Por que é preciso ensinar Matemática nas séries ini-
ciais do Ensino Fundamental?
• Adquirir formação de professor responsável, atuante e
comprometido com um ensino de qualidade, estabele-
cendo contato com as mais recentes pesquisas na área da
Matemática e na Educação Matemática.
• Compreender sobre a prática de ensinar Matemática ante
as discussões acerca do papel desta no currículo do Ensi-
no Fundamental.
• Identificar os objetivos gerais da Matemática para o En-
sino Fundamental nas séries iniciais e refletir sobre eles.
• Reconhecer os objetivos dos processos de avaliação da
Matemática.
34 © Fundamentos e Métodos do Ensino da Matemática I
2. CONTEÚDO
• Objetivos do ensino da Matemática para o Ciclo I do Ensi-
no Fundamental.
• Avaliação em Matemática.
• Desafio de ensinar Matemática.
• Matemática e cotidiano.
• Por que ensinar Matemática nas séries iniciais?
Ubiratan D´Ambrósio
Doutor em Matemática e atual presidente da Holos-Brasil,
Ubiratan D’Ambrósio é um dos maiores pesquisadores da
visão holística em Ciências, Educação, História, Arte, Reli-
gião e Filosofia. Membro do Conselho de Pugwash Confe-
rence on Science and Word Affairs e presidente da Socie-
dade Latino-Americana de História das Ciências e da Tec-
nologia, foi também signatário das Declarações de Vene-
za, de Dagomys e de Vancouver, e autor de aproximada-
mente 200 obras, entre trabalhos e livros (imagem disponí-
vel em: <www.emis.ams.org/journals/NNJ/EB-Dambrosio.html>. Acesso em: 20
out. 2010. Texto disponível em: <http://www.comciencia.br/entrevistas/ambrosio.
htm>. Acesso em: 3 out. 2010).
Pitágoras
Pitágoras foi um filósofo e matemático grego que nasceu
em Samos pelos anos de 571 a.C. e 570 a.C. e morreu,
provavelmente, em 497 a.C. ou 496 a.C. em Metaponto.
A sua biografia está envolta em lendas. Diz-se que o
nome significa altar da Pítia ou o que foi anunciado pela
Pítia, pois sua mãe, ao consultar a pitonisa, soube que a
criança seria um ser excepcional.
Pitágoras foi o fundador de uma escola de pensamento
grega chamada em sua homenagem de pitagórica (ima-
gem disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biogra-
fias/pitagoras.jhtm>. Acesso em: 11 fev. 2011. Texto disponível em: <http://www.
auto-ajuda2.com.br/filosofiagrega.htm>. Acesso em: 3 out. 2010).
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Atualmente, sabemos o grande desafio que é ensinar Mate-
mática em um mundo que está crescendo cada vez mais, tal qual
a tecnologia.
Dessa forma, os professores que vão trabalhar com Matemá-
tica devem refletir sobre o ensino dessa disciplina, tendo em vista
a futura atuação profissional de seus alunos.
Você, possivelmente, em algum momento já se perguntou:
1) Quais os objetivos de ensinarmos Matemática?
2) O que realmente o aluno precisa aprender?
3) Qual é a melhor estratégia de trabalho?
4) Quais os conteúdos básicos para seu aprendizado?
5) Por que a maior parte dos alunos não entende Matemática?
O estudo desta obra ajudará você a encontrar essas respos-
tas e a construir uma outra visão sobre o ensino da Matemática,
mais contextualizado, divertido e criativo.
Segundo os PCNs – Matemática para o Ensino Fundamental:
O ensino de Matemática costuma provocar duas sensações contra-
ditórias, tanto por parte de quem ensina como por parte de quem
aprende: de um lado, a constatação de que se trata de uma área
de conhecimento importante; de outro, a insatisfação diante dos
resultados negativos obtidos com muita freqüência em relação à
sua aprendizagem (BRASIL, 2011).
© U1 – Introdução a Fundamentos e Métodos do Ensino da Matemática I 37
Número Mágico–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Você conhece o número mágico?
1089 é conhecido como o número mágico. Veja por quê:
Escolha qualquer número de três algarismos distintos: por exemplo, 875.
Agora escreva este número de trás para frente e subtraia o menor do maior:
875 - 578 = 297
Agora inverta também esse resultado e faça a soma:
297 + 792 = 1089 (o número mágico)
Aviso: lembramos que devem ser usados três dígitos no cálculo. Exemplo:
574 - 475 = 099
099 + 990 = 1089 (SÓ MATEMÁTICA, 2007).
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6. MATEMÁTICA E COTIDIANO
Se você já é professor, deve ter se deparado, em sua prática
docente, com alunos que perguntam: "Por que é que eu preciso
aprender isso?".
Certamente, isso acontece em situações descontextualiza-
das para o aluno, não despertando nele qualquer tipo de interesse.
Segundo Toledo; Toledo (1997, p. 11):
Mais que listas de exercícios e problemas-tipo, que a criança re-
solve "só para treinar", seria importante que professores e alunos
estivessem voltados para os aspectos matemáticos das situações
do cotidiano, estabelecendo os vínculos necessários entre a teoria
estudada e cada uma dessas situações.
Portanto, fique atento para que você consiga criar uma me-
todologia de trabalho que atenda a todos os objetivos apresen-
tados.
Resultados e discussão––––––––––––––––––––––––––––––––
2 1 3
O aluno que cometeu o seguinte erro: + = deve retomar o conceito de
3 5 8
adição de números representados na forma fracionária [...]. O professor deixa de
ser o centralizador da avaliação, abrindo espaço para que o aluno participe do
julgamento da exatidão dos seus procedimentos e de suas conclusões. Colocada
dessa forma, a avaliação é uma dimensão que se integra em todos os momentos
ao processo de produção de conhecimento.
As condições oferecidas ao aluno para "julgar" a correção dos seus procedimen-
tos podem ocorrer de várias formas:
-- por meio de construções com material didático, seja ele peças de jogos ou
lápis e papel;
-- por meio de critérios matemáticos que verificam a exatidão de propostas feitas,
conclusões estabelecidas (como no exemplo da adição de números na forma
fracionária, citada anteriormente sobre a reelaboração dos erros);
-- buscando na interação social aspectos não considerados na elaboração da
sua resposta, que a tornem inadequada ou pouco abrangente.
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Poema Matemático––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Pra que dividir sem racionar
Na vida é sempre bom multiplicar
E por A mais B
Eu quero demonstrar
Que gosto imensamente de você
Por uma fração infinitesimal
Você criou um caso de cálculo integral
E para resolver este problema
Eu tenho um teorema banal
Quando dois meios se encontram desaparece a fração
E se achamos a unidade
Está resolvida a questão
Para finalizar vamos recordar
Que menos por menos dá mais, amor
Se vão as paralelas
Ao infinito se encontrar
Por que demoram tanto dois corações se integrar
Se desesperadamente, incomensuravelmente
Eu estou perdidamente apaixonado por você.
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9. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Sugerimos que você procure responder, discutir e comentar
as questões a seguir, que tratam da temática desenvolvida nes-
ta unidade, ou seja, como ensinar Matemática nos dias de hoje,
quais os conteúdos exigidos segundo os Parâmetros Curriculares
Nacionais, de que forma avaliar o aluno no ensino dessa disciplina,
quais os objetivos gerais e, também, quais as metodologias utiliza-
das no dia de hoje como ferramenta de ensino.
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar seu desempenho. Se você encontrar dificuldade em
responder às questões, procure revisar os conteúdos estudados
para sanar as suas dúvidas.
© U1 – Introdução a Fundamentos e Métodos do Ensino da Matemática I 49
10. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, estudamos a importância do ensino da Ma-
temática, bem como reconhecemos algumas dificuldades encon-
tradas para realizar esse ensino, o porquê de se ensinar a Mate-
mática e um novo olhar sobre a avaliação, privilegiando sempre o
raciocínio lógico do aluno.
Nas próximas unidades, estudaremos, detalhadamente, as
metodologias de trabalho da Matemática, bem como os conteú-
dos atitudinais, procedimentais e conceituais.
Especificamente, estudaremos as seguintes metodologias:
História da Matemática, resolução de problemas, recursos de jo-
gos em sala de aula e introdução da Tecnologia da Informação.
Veremos, ainda, nos conteúdos conceituais, números e opera-
ções, espaço e forma, grandezas e medidas e Tecnologia da Informação.
11. E-REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/
seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em: 24 jan. 2011.
D’AMBRÓSIO, U. Que matemática deve ser aprendida nas escolas hoje? Disponível em:
<http://vello.sites.uol.com.br/aprendida.htm>. Acesso em 26 jun. 2010.
D’AMBROSIO, U. Porque ensinar matemática? Disponível em: <http://www.ciadaescola.
com.br/eventos/reuniao2004/natureza/pos/por_que_se_ensina_matematica.pdf>.
Acesso em: 27 jul. 2011.
JOBIM, A. C. Poema matemático. Disponível em: <http://www.medonline.com.br/med_
ed/med8/ensaio8.htm>. Acesso em: 12 jun. 2007.
SÓ MATEMÁTICA. Frases Matemáticas. Disponível em: <http://www.somatematica.com.
br/frases.php>. Acesso em: 24 mar. 2011.
______. Número Mágico. Disponível em: <http://www.somatematica.com.br/
curiosidades.php>. Acesso em: 12 jul. 2007.