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CLÍNICA FREUDIANA
A p re s e nta :
Inventar-se
E X I B I Ç ÃO D O D O C U M E N TÁ R I O O S A L DA T E R R A
Direção: Win Wenders e Juliano Salgado
Debatedores:
Shnaider Alves santos
Psicanalista, Membro da ACF
Carla Tavares
Prof. Dra. em Linguís ca Aplicada - UFU
Data: 18/03/2019
Horário: 19h
Local: Anfiteatro 5S – Campus Santa Mônica
Entrada Gratuita
Inscrições prévias necessárias
em (34) 9 9335-0745
pelo whatsapp
Realização:
CURSOS INTRODUTÓRIOS:
Lacan redescobriu Freud. Seu percurso é notável e não pode deixar de ser
visitado. Duas fórmulas são fundamentais: 1. “o inconsciente é estruturado como
linguagem”, 2. “a relação sexual não existe”. Essas afirmações entrelaçam-se e trabalham
à semelhança de fitas que se torcem. Os textos freudianos são as bases do percurso. O
retorno de Lacan a Freud não é, entretanto, um retorno a um mesmo lugar, uma vez que o
ponto de par da se faz atravessado por um contexto histórico que diz respeito tanto à
Psicanálise quanto a outros campos do saber. Retorno que promoveu uma nova ruptura,
um novo descentramento no saber.
Assim, Lacan fez a Psicanálise avançar, pois a cultura, como simbólico e como
linguagem, também avança. Além de avançar, ela se transforma rapidamente. Nesses
novos tempos, em que novos sujeitos são porta-vozes do inconsciente, queremos, por
meio do ensino de Lacan, ouvir o que nos diz “esse saber que não se sabe”. Freud fundou a
Psicanálise com a descoberta do inconsciente, e Lacan, um dos grandes psicanalistas do
século XX, deu um estatuto de primeiríssima grandeza àquilo que nos diferencia de todos
os animais.
1. FREUD E A CULTURA
Inseridos no “mundo em que vivemos”, notamos, mais especificamente nos úl mos 20
anos, jogos de forças nas relações sociais cujos efeitos podemos colher em nossa vida
co diana e na clínica. Impactados sob essas condições, precisamos dar conta de ler e
ar cular fenômenos que nos colocam em cheque todo o tempo: o acirramento dos
embates polí cos, das tensões religiosas e étnicas, o incremento da violência urbana e as
rupturas no pacto social sob diferentes formas. Nesse sen do, voltar a Freud significa
acompanhar o trabalho de um analista que, ins gado por questões semelhantes, soube
lançar esse olhar ao sujeito e o laço social. O propósito desse seminário é percorrer os
chamados textos sociológicos de Sigmund Freud de modo a nos permi r traçar as bases
orientadoras fundamentais con das no método psicanalí co que nos auxiliem na leitura
do nosso tempo histórico, social e clínico. Para alcançar esse obje vo, vamos percorrer a
vocação e a per nência do método psicanalí co como uma ciência dos processos
inconscientes que se desenrolam no individuo, nos grupos, nas ins tuições e em toda
sorte de produções culturais que tomamos como objeto de nossas inquietações.
2. DISCIPLINA DO COMENTÁRIO
Lacan parece dar con nuidade ao seu percurso elabora vo desde o Seminário 10, no
qual, avança com sua “invenção” – o objeto a – principalmente como causa, mas, em
alguns momentos, também como resto.
O Seminário 13 leva a cabo a tarefa de tentar definir o estatuto desse objeto. Seria ele uma
experiência, um objeto sensível? Ou um constructo lógico? Portanto, tem como ponto de
par da a experiência com a obra de Diogo Velazquez – As meninas, 1656. Essa obra
levanta questões sobre realidade e ilusão, por meio de uma composição enigmá ca. Há
espaços reais e virtuais. Para Foucault, exemplifica a passagem à modernidade. Para
Lacan, o quadro é a visão de um grande espelho posto à frente. Um espelho, um reflexo,
uma imagem...
Assim, a minha intenção é dupla: primeiro, percorrer mais um seminário de Lacan. Desta
vez, um que não se conta entre os já estabelecidos por Miller e, curiosamente, faz parte de
uma espécie de “buraco” na sequência de seminários publicados. Segundo, fazer avançar
questões concernentes à clínica e à pólis, por meio do objeto. Parece-me que esse
conceito levaria a uma interrogação per nente sobre as subje vidades no mundo atual.
A clínica com crianças surgiu em 1930, centralizada nas pesquisas psiquiátricas, girando
em torno da esquizofrenia infan l e do au smo. Desde o nascimento da Psicanálise, o
tratamento de crianças dentro dessa perspec va mostra-se como uma questão
fundamental para os analistas. Nessa via, o núcleo de inves gação sobre a clínica da
infância e da adolescência visa, de forma con nuada, discu r, a par r de leituras de textos
e enxertos clínicos, as peculiaridades do tratamento desses sujeitos que, na transferência
com o analista, devem ser tomados como tal.
O sofrimento infan l permanece prisioneiro das leituras “medicalizantes” e reduzido aos
transtornos os mais variados. Para o ano de 2019, daremos seguimento ao trabalho de
anos anteriores, discu ndo, sobretudo, o lugar em que tais sujeitos são tomados em
diferentes âmbitos. Isso implica avançarmos na inves gação dessas subje vidades e
buscarmos discernir cole vamente suas iden dades.
Entendemos que, diante dos impasses que essa clínica apresenta, o analista não deve
recuar, ao contrário, deve servir-se dela para sustentar sua posição é ca naquilo que
verdadeiramente o diferencia dos outros discursos que tomam a criança e o adolescente
como objeto: a do saber não-todo.
Neste ano, percorreremos o seminário 9 de Lacan, A Iden ficação, por meio de leituras e
discussões, visando apreender esse conceito central da Psicanálise, bem como seus
desdobramentos (iden dades e fenômenos grupais) e sua atualidade na prá ca clínica e
na compreensão da contemporaneidade.
ENCONTROS TEMÁTICOS
Cons tui-se em um espaço de reflexão e debate sobre temas atuais, ar culados com a
proposta de formação da ACF.
Os encontros são programados e divulgados previamente pela ACF e no site.
AGENDE-SE
Segundo semestre 2019
ENCONTRO ANUAL DA ACF
INFORMAÇÕES E ESCLARECIMENTOS:
(34) 99335-0745
clinicafreudiana@clinicafreudiana.com.br
@clinicafreudianaudia
clinicafreudianaudia
Rua
MEMBROS
Ana Cecília Crispim Silva
Margarete A. Domingues