Disciplina: Introdução à
Engenharia de Produção
Aula 8 – Áreas de Conhecimento da Engenharia de Produção:
Pesquisa Operacional
Engenharia da Qualidade
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Meta
• Apresentar duas áreas de conhecimento da Engenharia de Produção
com seus objetivos, mercado de trabalho e suas respectivas subáreas:
Pesquisa Operacional e Engenharia da Qualidade.
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Objetivos
• Após esta aula você será capaz de:
• Saber o que abrange a área de conhecimento da Engenharia de
Produção - Pesquisa Operacional;
• Saber o que abrange a área de conhecimento da Engenharia de
Produção - Engenharia da Qualidade;
• Reconhecer o que o Engenheiro de Produção faz no mercado de
trabalho quando atua em cada uma destas áreas.
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Pesquisa Operacional
• Refere-se à resolução de problemas reais envolvendo situações de
tomada de decisão, através de modelos matemáticos
habitualmente processados computacionalmente.
• Aplica conceitos e métodos de outras disciplinas científicas
na concepção, no planejamento ou na operação de sistemas para
atingir seus objetivos.
• Procura, assim, introduzir elementos de objetividade e racionalidade
nos processos de tomada de decisão, sem descuidar dos elementos
subjetivos e de enquadramento organizacional que caracterizam os
problemas.
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Pesquisa Operacional – Histórico
1. Na 2ª Guerra Mundial, a Pesquisa Operacional surgiu para resolver problemas
- de natureza logística,
- de natureza tática e
- de estratégia militar.
2. Os problemas eram complexos, com necessidade de envolvimento de técnicas
matemáticas complexas.
3. Com o fim do conflito, houve a transferência do conhecimento adquirido para a
área civil.
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Fases de um estudo
de PO
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Pesquisa Operacional
• Temas:
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a) Modelagem, Simulação e Otimização
• Um modelo é uma representação das relações dos componentes de
um sistema, sendo considerada como uma abstração, no sentido
em que tende a se aproximar do verdadeiro comportamento do
sistema.
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a) Modelagem, Simulação e Otimização
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Fonte: CHWIF E MEDINA, 2006
a) Modelagem, Simulação e Otimização
• Tipos:
- Modelos Simbólicos
- Modelos Analíticos
- Modelos de Simulação
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a) Modelagem, Simulação e Otimização
• Modelos simbólicos:
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a) Modelagem, Simulação e Otimização
• Modelos analítico:
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a) Modelagem, Simulação e Otimização
• Modelo de Simulação
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b) Programação Matemática
• Um modelo de programação matemática representa alternativas ou escolhas
desse problema como variáveis de decisão e procura por valores dessas
variáveis de decisão que minimizam ou maximizam funções dessas variáveis,
chamadas funções objetivos, sujeito a restrições sobre os possíveis valores
dessas variáveis de decisão. Abaixo os sub-itens:
- Programação Linear
- Programação Discreta
- Programação Não-linear
- Fluxo de Redes
- Programação Multi-objetivos
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b) Programação Matemática
• Programação Linear (Otimização Linear)
As funções são lineares nas variáveis, mas essas variáveis só podem assumir
valores inteiros (0, 1, 2,...).
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b) Programação Matemática
• Programação Não-linear (Otimização não-linear)
Uma ou mais funções são não-lineares nas variáveis (expoentes ou
logaritmos nas variáveis)
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b) Programação Matemática
• Fluxo de Redes (Otimização em redes)
• São utilizados quando o problema possui características que permitem sua
representação como uma rede ou um grafo.
• Exemplos:
- Problema de Caminho Mínimo
- Problema de Caminho Máximo
- Problema de Árvore Geradora Mínima
- Problema de Fluxo Máximo
- Problema de Fluxo de Custo Mínimo
Fonte: BATALHA, 2008
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c) Processos Decisórios
• Processo Decisório é o processo de escolher o caminho mais adequado
à empresa, em uma determinada circunstância.
• Uma organização precisa ser capaz de otimizar recursos e atividades, assim como
criar um modelo competitivo que a permita superar os rivais. Considerando que o
mundo é dinâmico e vive em constante mudança, onde as ideias afloram devido
às pressões do momento, essa resposta poderia ser simples demais.
• Para que um negócio ganhe a vantagem competitiva é necessário que ele alcance
um desempenho superior. Para tanto, a organização deve estabelecer uma
estratégia adequada, tomando as decisões certas.
• Com sistemas de análise e apoio à decisão garante-se mais eficiência e eficácia e
consegue-se assim ir ao encontro da otimização dos payoffs ganhando pró-
atividade em vez de reatividade de uma forma transversal.
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c) Processos Decisórios
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c) Processos Decisórios
• Níveis Hierárquicos da Decisão
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c) Processos Decisórios
• Níveis Hierárquicos da Decisão
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d) Processos Estocásticos
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d) Processos Estocásticos – Teoria das Filas
• “A fila que anda é a outra, mas não adianta trocar de fila pois a fila que anda
é a outra.” Lei de Murphy.
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e) Teoria dos Jogos
• Teoria dos jogos é um ramo da matemática aplicada que estuda situações estratégicas onde jogadores
escolhem diferentes ações na tentativa de melhorar seu retorno. Inicialmente desenvolvida como
ferramenta para compreender comportamento econômico e depois usada pela Corporação RAND para
definir estratégias nucleares, a teoria dos jogos é hoje usada em diversos campos acadêmicos.
• A partir de 1970 a teoria dos jogos passou a ser aplicada ao estudo do comportamento animal, incluindo
evolução das espécies por seleção natural.
• Devido a interesse em jogos como o dilema do prisioneiro iterado, no qual interesses próprios e racionais
prejudicam a todos, a teoria dos jogos vem sendo aplicada nas ciências políticas, ciências
militares, ética, economia, filosofia e, recentemente, no jornalismo, área que apresenta inúmeros e diversos
jogos, tanto competitivos como cooperativos.
• Finalmente, a teoria dos jogos despertou a atenção da ciência da computação que a vem utilizando em
avanços na inteligência artificial e cibernética.
Fonte: Wikipedia.org
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e) Teoria dos Jogos
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e) Teoria dos Jogos
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f) Análise de Demanda
• O que é demanda?
• É a disposição dos clientes a consumirem bens e serviços ofertados por uma
organização.
Fonte: (LUSTOSA et al., 2008)
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f) Análise de Demanda
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f) Análise de Demanda
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Dados de variáveis Dados históricos Informações que
que expliquem as de vendas expliquem o
Tratamento estatístico
dos dados de vendas e
outras variáveis
Informações da Informações de
conjuntura clientes
econômica
PREVISÃO DE DEMANDA
g) Inteligência Computacional
Técnica Inspiração na
Computacional Natureza
Neurônios
Redes Neurais
biológicos
Computação
Evolução biológica
Evolucionária
Processamento
Lógica Fuzzy
lingüístico
Sistemas Processo de
Especialistas Inferência
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g) Inteligência Computacional
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Engenharia da Qualidade
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Engenharia da Qualidade
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Engenharia da Qualidade
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a) Gestão de Sistemas da Qualidade
Ampliação da Gestão da Qualidade
Planejamento e
Concepção de
produto
Projeto do Produto
Qualidade de
& Processo
projeto do processo
SATISFAÇÃO
DOS
CLIENTES
Qualidade de
Produção
fabricação
Qualidade de
Pós-Venda
fabricação
Fonte: Werkema, 1995
b) Planejamento e Controle da Qualidade
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b) Planejamento e Controle da Qualidade
Estágios:
• Controle de processo produtivo – técnicas para reduzir ao mínimo o
número de defeitos ou peças fora da especificação
• Inspeção por Amostragem – reduzir a um mínimo a quantidade de
peças inspecionadas
• 1946 (EUA) – Sociedade Americana de Controle de Qualidade (ASQC)
• Japão – União da Ciência e Engenharia Japonesa (JUSE)
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b) Planejamento e Controle da Qualidade
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c) Normalização, Auditoria e Certificação
para a Qualidade
• Normalização
• É uma atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou
potenciais, prescrições destinadas à utilização comum, com vistas à obtenção
do grau ótimo de ordem em um dado contexto.
• Objetivos:
• Economia
• Comunicação
• Segurança
• Proteção ao consumidor
• Eliminação de barreiras técnicas e comerciais
c) Normalização, Auditoria e Certificação
para a Qualidade
• ISO
• O escopo da ISO sobre normalização está estabelecido em todos os campos
do conhecimento, exceto nas áreas de engenharia elétrica e eletrônica (IEC)
• Seu trabalho é desenvolvido por mais de 2.981 grupos técnicos, compostos
por mais de 20 mil especialistas de todo mundo
• Já resultou na publicação de mais de 13 mil normas desde a fundação
c) Normalização, Auditoria e Certificação
para a Qualidade
• ISO Brasil
• O Brasil participa da ISO através da ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas) – sociedade privada, sem fins lucrativos, tendo
como associadas pessoas físicas e jurídicas
• É reconhecida pelo Governo Brasileiro como Foro Nacional de
Normalização
• Os documentos normativos de caráter consensual aprovados pela
ABNT são considerados “Normas Brasileiras”
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d) Organização Metrológica da Qualidade
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d) Organização Metrológica da Qualidade
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d) Organização Metrológica da Qualidade
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d) Organização Metrológica da Qualidade
• Confiabilidade
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e) Confiabilidade de Processos e Produtos
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e) Confiabilidade de Processos e Produtos
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e) Confiabilidade de Processos e Produtos
• Importância da Confiabilidade
• Estratégia para a solução de determinados problemas, uma vez que nos
fornece parâmetros para se tomar decisões mais fundamentadas;
• Para a maximização do retorno sobre os ativos,
• Máxima disponibilidade para a produção,
• Adequado custo de manutenção subsidiado por confiabilidade.
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e) Confiabilidade de Processos e Produtos
• Benefícios da Confiabilidade
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Atividades
• Se você quer conhecer um pouco sobre as áreas de atuação da
Pesquisa Operacional, veja o vídeo seguinte:
• O que é Pesquisa Operacional?
https://www.youtube.com/watch?v=tX6Rw7KJGjE
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Referências Bibliográficas
• ABEPRO (Associação Brasileira de Engenharia de Produção). Engenharia de Produção: grande área e diretrizes curriculares. Porto Alegre, 1998.
• ______. Engenharia de Produção: grande área e diretrizes curriculares. Rio de Janeiro, 2001.
• ______. Referências curriculares da Engenharia de Produção. Santa Bárbara D’Oeste, 2003.
• ______. Áreas da Engenharia de Produção. Rio de Janeiro, 2008.
• BAZZO, W. A.; PEREIRA, L. T. do V. Introdução à Engenharia. Florianópolis: Editora da UFSC, 2006.
• BATALHA, M. O. Introdução à Engenharia de Produção. Rio de Janeiro: Campus, 2008.
• BOIKO, T. J. P. Introdução à Engenharia de Produção – Apostila. Disciplina de Introdução à Engenharia de Produção. Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial.
Departamento de Engenharia de Produção. Universidade Estadual do Paraná – Campus de Campo Mourão. Campo Mourão. 2011.
• Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA). Trajetória e estado da arte da formação em engenharia, arquitetura e agronomia, Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2010. Disponível em: http://www.publicacoes.inep.gov.br/portal/download/713. Acesso em: 20 de Outubro 2014.
• PORTAL DA EDUCAÇÃO Distribuição Física - Logística Empresarial. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/. Acesso em: 01 de Fevereiro 2015.
• MÁSCULO, F. S. Um Panorama Da Engenharia De Produção. Disponível em: http://www.abepro.org.br/interna.asp?ss=1&c=924 . Acesso em: 15 de Outubro 2014.
• OLIVEIRA, R.M.S; et al. Engenharia de Produção: Tópicos e Aplicações. Ensino a Distancia. Universidade do Estado do Pará. Belém. 2010.
• PASQUALINI, F.; LOPES, A.O.; SIEDENBERG, B. Gestão da Produção. Coleção Educação a Distancia. Editora Unijuí, Ijuí, RS. 2010.
• PAULA, G.L. Fundamentos da Logística. Ensino a Distancia. Instituto Federal do Paraná. Curitiba, PR. 2012.
• SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
• Werkema, Cristina. Ferramentas Estatísticas Básicas para o Gerenciamento de Processos. Fundação Christiano Ottoni, Siqueira, Luiz Gustavo Primo. Controle Estatístico de
Processo. Ed. Pioneira, 1995.
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