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FACULDADE MARTHA FALCÃO DEVRY

TRABALHO DE FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA –


TESTES PSICOMÉTRICOS

MANAUS
2016
FACULDADE MARTHA FALCÃO DEVRY
DENILMA FERREIRA
SAMANTHA LOBO

TRABALHO DE FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA –


TESTES PSICOMÉTRICOS

Trabalho solicitado pela professora MSc.


Larissa Barbosa para obtenção de nota
parcial para a AP1 da disciplina
Fundamentos da Avaliação Psicológica –
Testes Psicométricos, do curso de
Psicologia da Faculdade Martha Falcão
Devry.

MANAUS
2016
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Transtornos de ansiedade são algumas das psicopatologias mais frequentes em crianças e


adolescentes atualmente, devido, principalmente, a experiências negativas em vários âmbitos,
como pessoal, escolar, social e familiar, sendo considerados fatores de risco para outras
possíveis psicopatologias, como depressão, transtornos de humor e de conduta, dentre outros.
O cenário é pior para crianças e adolescentes em situações de risco, como as que trabalham nas
ruas para sustentar sua família e/ou a si próprio.
Almeida Filho et al. (1997 apud Dalgalarrondo, 2008, p. 302), em sua investigação sobre
transtornos psiquiátricos em três capitais brasileiras, observou que os transtornos de ansiedade
incidem durante a faixa etária entre 9 e 18 anos, confirmando que tal psicopatologia é frequente
em crianças e adolescentes. Silva e Figueiredo (2005, p. 330) complementam, afirmando que
“[...] existem evidências consideráveis de que o início dos transtornos de ansiedade, tiveram
suas origens na infância [...]”.
De acordo com o CID-10, em crianças, a necessidade frequente de reasseguramento e
queixas somáticas recorrentes podem ser proeminentes, ou seja, se destacam dos demais que
possam sofrer do transtorno da ansiedade, incluindo jovens e adultos.
Ainda sobre os transtornos de ansiedade, segundo Dalgalarrondo (2000, apud Caíres e
Shinohara, 2010, p. 62),
“[...] inclui manifestações somáticas e
fisiológicas (dispnéia, taquicardia, vasoconstrição ou
dilatação, tensão muscular, parestesias, tremores,
sudorese, tontura, etc.) e manifestações psíquicas
(inquietação interna, apreensão, desconforto mental,
etc.)”.
Existem alguns testes no mercado que medem e avaliam os sintomas de transtornos de
ansiedade em crianças e adolescentes, entretanto, de acordo com o Conselho Federal de
Psicologia (2003 apud Silva e Figueiredo, 2005, p. 330),

“No Brasil, a maior crítica feita aos


instrumentos de avaliação em geral é a falta de
adaptações brasileiras e/ou regionais, uma vez que
muitos instrumentos disponíveis no mercado são
originários de outros países e editados sem
adaptações, não passando de simples traduções [...]”.
Por esta razão, é de extrema importância que se crie testes que se adequem ao contexto
brasileiro e suas regiões, como é o caso do Diagnóstico de Sintomas de Ansiedade em Crianças
e Adolescentes (DISANCA), que tem como objetivo facilitar o diagnóstico de crianças e
adolescentes que sofrem com Transtornos de Ansiedade por meio dos sintomas descritos acima,
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principalmente indivíduos que sobrevivem em situações de risco nas comunidades, e até mesmo
nas ruas da cidade de Manaus.
Atuando em trabalhos precoces, sem estrutura física ou mental, comprometendo seu
desenvolvimento psicossocial, é importante ressaltar que os mesmos, expostos a um ambiente
inseguro como as ruas, passam por situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa.
No entanto, quando há duração desse sentimento por longos períodos de tempo e passa a
interferir nas atividades do dia-a-dia, a ansiedade deixa de ser algo natural e passa a ser motivo
de preocupação, pois esse é na verdade, o principal sintoma dos Transtornos de ansiedade
generalizada, “[...] distúrbio caracterizado pela preocupação excessiva ou expectativa
apreensiva [...]” (DSM-IV).
O teste DISANCA é constituído por um questionário com 18 questões focadas nos
sintomas físicos e psíquicos, como “Eu me sinto inquieto quando estou só”, “Tenho problemas
para dormir”, “Problemas familiares me causam apreensão”, “Meu coração bate muito forte
quando penso em problemas que estão por vir”. As respostas são apresentadas em números de
0 a 3, onde 0 é equivalente a Nunca, 1 a Não Sei, 2 a Algumas Vezes e 3 a Sempre.
Pode ser aplicado em crianças e adolescentes, entre 9 e 18 anos, com requisitos mínimos
como saber ler e interpretar sentenças; aplicado em contexto variado como hospitais,
consultórios, salas de aula, etc, desde que seja em um ambiente silencioso, com iluminação e
conforto adequados, que não haja qualquer interferência na aplicação, ou no bem-estar do
indivíduo; de forma individual ou coletiva (até 8 indivíduos); pode ser auto administrativo ou
aplicado por um profissional (dependendo da demanda de dúvidas) de modo que o sentimento
de ansiedade dos indivíduos seja atenuado.
Quanto à validade do teste, segue o modelo TRI, já que, segundo Baptista e Gomes
(2011), “[...] embora a maioria dos testes venha sendo desenvolvida com base na TCT, acredita-
se que instrumentos diagnósticos [...]”, como o caso do DISANCA, “[...] podem ser
beneficiados com a utilização de modelos estatísticos mais modernos, como a TRI [...]”. Será
utilizada as seguintes categorias de validade: de conteúdo, que, como afirma Paes (2009 apud
apud MAXWELL PUC-RIO, 2011), “[...] verificam se as questões selecionadas representam o
comportamento que se quer medir [...]” e a de construto, que, de acordo com Vianna (2009
apud MAXWELL PUC-RIO, 2011), verifica se “[...] as variáveis que formam o teste
apresentam o verdadeiro significado teórico do conceito que o instrumento deseja abarcar [...]”,
comparando com outros instrumentos de medida que medem o mesmo conceito.
Para este instrumento, é esperado que ocorram erros de construção de teste, e para isso,
será necessário fazer uma avaliação de relação de itens, para que se ateste se condizem com o
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construto, de fato (consistência interna), por meio do coeficiente alfa de Cronbach. Outro tipo
de erro esperado é o não sistemático, relacionados a fatores não previstos, de difícil controle,
geralmente relacionado ao local do teste.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual de diagnóstico e estatística de


distúrbios mentais DSM-IV. São Paulo: Manole.

BAPTISTA, M. N.; GOMES, J. O. Escala Baptista de Depressão (Versão Adulto) – EBADEP-


A: evidências de validade de construto e de critério. Psico – UFS, Itatiba, v. 16, n. 2, p. 151-
161, mai./ago. 2011. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/pusf/v16n2/v16n2a04.pdf>.
Data de acesso: 17 mai. 2016.

CAÍRES, M. C.; SHINOHARA, H. Transtorno de ansiedade na criança: um olhar nas


comunidades. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, 2010.
Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbtc/v6n1/v6n1a05.pdf>. Data de acesso: 13
mai. 2016.

DALGALARRONGO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2ª ed. Porto


alegre: Artmed, 2008.

MAXWELL PUC-RIO. Mensuração de variáveis latentes. Disponível em: <


http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/22829/22829_3.PDF>. Acesso em: 17 mai. 2016.

MAXWELL PUC-RIO. Traços latentes e a Teoria de Resposta ao Item – TRI. Disponível em:
< http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/5253/5253_4.PDF>. Data de acesso: 17 mai. 2016.

SILVA, W. V. da.; FIGUEIREDO, V. L. M. de. Ansiedade infantil e instrumentos de avaliação:


uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Psiquiatria, Pelotas, v. 27, n. 4, 2005. Disponível
em: < http://www.scielo.br/pdf/rbp/v27n4/a14v27n4.pdf>. Data de acesso: 13 mai. 2016.

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