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INTRODUÇÃO AO DTO ADM.

CONCEITO DE ESTADO

É uma instituição organizada a nível político, social e jurídico, dotada de


personalidade jurídica própria de direito público, dirigida por um governo soberano
interna e externamente, e possui como elementos o GOVERNO, o POVO e o
TERRITÓRIO, sendo o responsável pelo controle social através do uso da força, que é
monopolizado por si.
Pode atuar em relações privadas ou públicas, mas sempre com personalidade
jurídica de direito público.
Um Estado de Direito é aquele que se submete ao direito que ele mesmo
instituiu.
A noção de Estado de Direito surgiu com a doutrina alemã do século 19 com
base em três requisitos, sendo eles a tripartição dos poderes, a universalidade da
jurisdição e a generalização do princípio da legalidade, fazendo com que o principal
critério de legitimação dos atos seja a sua concordância com o ordenamento jurídico.

PODERES DO ESTADO

São os poderes do Estado: Legislativo, Executivo e Judiciário, independentes e


harmônicos entre si, cada qual exercendo funções típicas e atípicas, definidas
constitucionalmente.
A função típica do Judiciário é decidir as controvérsias existentes aplicando a
norma para definir o caso concreto. Porém, possui a função atípica de se auto-organizar
(administrativa) e de legislar, através de Sumula Vinculante, que vinculam os três
poderes como se lei fosse.
O Legislativo possui como função típica editar leis e a função atípica de
investigar e julgar, através de CPIs ou julgar os crimes de responsabilidade, bem como
de administrar, através de suas atribuições internas.

Não se deve, porém, confundir governo com Estado, sendo este último um povo,
localizado em um território e sujeitos a um governo, enquanto o governo significa o
elemento formador de um Estado, sendo a cúpula diretiva deste estado.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A Administração Pública, quando assim grafada, se refere a conjuntos de órgãos


e agentes públicos no exercício da função administrativa, independente do poder a que
estejam vinculados, sendo este o sentido formal, orgânico ou subjetivo.
Em sentido material, a administração pública, assim grafada, é a atividade
exercida pelo Estado em busca do interesse público.
Doutrinariamente, há quatro funções da Administração Pública:
Função prestacional: prestar serviços públicos.
Função ordenadora: realizada através do poder de polícia, que pode limitar a
liberdade e propriedade privada do cidadão em nome do interesse público.
Função regulatória: pelo incentivo ao desenvolvimento econômico e social,
através de funções públicas transferidas para particulares, que são fiscalizadas por
Agencias Reguladoras, por exemplo.
Função de controle: é exercida internamente. É o poder-dever do Estado de
analisar a legalidade e correção dos seus atos e de seus órgãos. É dever do Judiciário e
do Legislativo realizar este controle, mas que não pode ser excluído do Executivo.
Assim, atividade administrativa é a função voltada para o bem da coletividade,
desenvolvida pelo Estado para privilegiar necessidades coletivas e a coisa pública,
sendo, então, um múnus publico.

DIREITO ADMINISTRATIVO

É um ramo do direito público que visa regular as relações e interesses sociais,


sempre atuando, por isto, de forma superior juridicamente falando, com determinadas
prerrogativas, com base em um conjunto de normas e princípios para a satisfação dos
interesses da coletividade, mesmo que implique em restrição de direitos individuais para
alguns.
CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO

Há uma grande dificuldade de definir o que seria o Direito Administrativo, em


sua definição, havendo diversas correntes para tal.

CORRENTE LEGALISTA: o direito administrativo é apenas o conjunto


de normas administrativas em nosso ordenamento, reduzindo, então, o papel da
doutrina, jurisprudência e princípios norteadores.
CRITÉRIO DO P. EXECUTIVO: esta corrente considera que o Dto.
Adm. estaria ligado, unicamente, a atuação do P. Executivo, sem considerar a atuação
administrativa dos demais poderes.
CRITÉRIO DAS RELAÇÕES JURÍDICAS: é insuficiente, pois
delimita-se a entender que o Direito Administrativo se resumiria à disciplina que regula
a relação jurídica existente entre o particular e a administração pública, esquecendo os
atos interno.
CRITÉRIO DO SERVIÇO PÚBLICO: é, também, insuficiente, pois não
considera que a administração pública não presta apenas serviços públicos, exercendo,
também, o poder de polícia, a exploração de atividades econômicas.
CONCEITO TELEOLÓGICO: conceitua o Dto. Adm. como um conjunto
de princípios jurídicos que regula as atividades do Estado. É considerado um conceito
incompleto por não abranger toda a matéria.
CRITÉRIO NEGATIVISTA: deve ser conceituado por exclusão, sendo o
ramo do direito que regula aquilo que não for objeto de interesse de nenhum outro ramo.
É, também, insatisfatório.

Atualmente, portanto, é adotado o CRITÉRIO FUNCIONAL, que significa dizer


que o Direito Administrativo é o ramo do direito que estuda e analisa a disciplina
normativa da função administrativa, por qual quer dos três poderes exercida, ou até
mesmo por particulares.
Assim, uma definição completa é a de que o Direito Administrativo é um
conjunto harmônico de princípios que regem os órgãos, agentes e atividades públicas
tendentes a realizar, concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado.

FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO


LEI: é a fonte primordial e deve ser interpretada a palavra LEI para abranger
todas as espécies normativas, como DL, MP, LC, LO e Leis Delegadas. Como fontes
secundárias, há os atos normativos expedidos pela administração pública. Porém, vale
ressaltar que a LEI é a única que poderá inovar o sistema.
JURISPRUDÊNCIA: é fonte secundária de grande importância, inclusive na
falta de lei. Pode, também, vir a vincular a administração pública direta ou indireta, no
caso de Súmula Vinculante, aprovada pelo STF por votação de 2/3 dos seus membros
aprovando teor decisório vinculante após diversas e reiteradas decisões sobre matéria
constitucional.
DOUTRINA: é fonte secundária utilizada para fundamentar as atuações da
Administração Pública, influenciando para a criação de normas e julgamento de lides.
COSTUMES: podem ser SOCIAIS, que são um conjunto de regras não escritas
observadas de forma uniforme por toda a sociedade, somente tendo lugar como fonte
indireta na produção legislativa ou jurisprudencial; podem ser COSTUMES
ADMINISTRATIVOS, que são aqueles caracterizados pela prática administrativa
reiterada, admitida em caso de lacuna legal, funcionando como fonte secundária do
Direito Administrativo.
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO: são princípios não escritos, que servem
como vetores genéricos.

COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR

A princípio, a competência para legislar sobre o direito administrativo é


concorrente entre a União, os Estados e o DF, cabendo ao município apenas expedir leis
para atender a necessidade de interesse local.
Porém, há matérias de competência privativa da União, sendo aquelas dispostas
no art. 22 da CF/88.

INTERPRETAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO

São utilizados para a interpretação das normas do direito administrativo os


métodos hermenêuticos tradicionais, devendo, porém, considerar alguns requisitos: 1-
Desigualdade jurídica entre a Adm. e os administrados (deve sempre prevalecer o
interesse da coletividade); 2- Presunção de legitimidade (no que se refere aos processos
administrativos a que se submetem os atos); 3- Necessidade de poderes discricionários
para a Administração atender ao interesse público (o administrador não é mero
intérprete legal, pois deve decidir, dentro dos limites legais, o oportuno para a
sociedade).

SISTEMAS DE CONTROLE DA ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA

A sociedade tem o poder de controlar as atividades Estatais, fazendo com que


surgissem, ao redor do mundo, formas de conter os atos ilegais ou ilegítimos praticados
pelo poder público.
A primeira forma é o sistema francês, ou contencioso administrativo, onde a
justiça comum não possui legitimidade para julgar os atos administrativos praticados,
existindo, para tal, um órgão administrativo superior, com capacidade de gerar a coisa
julgada, ficando de fora deste contencioso administrativo apenas o que envolva a
capacidade da pessoa, repressão penal e litígios que envolvam a propriedade privada,
sendo respeitada, então, à máxima, a separação dos poderes.
A segunda forma é o sistema inglês, ou de jurisdição única, onde todo e qualquer
caso litigioso poderá ser levado ao Judiciário, o que não impede, porém, a existência de
processo na esfera administrativa, somente impedindo que a esfera administrativa faça
coisa julgada material (apenas a coisa julgada administrativa), o que permite que o
cidadão procure o Judiciário mesmo após decidida a lide em definitivo no âmbito
administrativo.
Vale ressaltar que o sistema de jurisdição única não veda a revisão de atos ilegais
pela própria administração, visto que isto não é uma faculdade do administrador, mas
sim um dever.
O Brasil adotou o sistema de jurisdição única, baseado no sistema de freios e
contrapesos, independente do esgotamento das vias administrativas existentes.

RELAÇÃO COM OUTROS RAMOS DO DIREITO

Direito Constitucional: é, assim como o Direito Administrativo, um ramo que


estuda, diretamente, o Estado. Porém, o Direito Administrativo busca estudar e regular a
organização interna do Estado e as relações jurídicas em que este atua em busca do
interesse coletivo, enquanto o Direito Constitucional disciplina a estruturação geral do
estado, estabelecendo os fins a que o ente público deve perseguir, bem como determina
as garantias dos cidadãos.

Direito Tributário: analisa e estuda a aquisição da disponibilidade de receita para


que o administrador possa perseguir o bem público. Semelhante é o Direito Financeiro,
que estuda a forma de disponibilização destas receitas.

Direito Processual: o processo administrativo se utiliza de princípios e normas


do processo civil e penal, bem como princípios relativos à garantia de defesa dos
acusados.

Direito do Trabalho: há uma convergência maior no que se refere à possibilidade


da Administração INDIRETA contratar pessoas, por meio da CLT. Ainda, há a moderna
corrente doutrinária que disciplina ser responsabilidade do Estado, quando este
terceirizar atividades e a empresa contratada não respeitar os direitos trabalhistas.

Direito Penal: os ilícitos praticados por servidores púbicos em face da


administração são disciplinados pelo código penal (inclusive aqueles praticados contra a
administração, mas não por servidores), sem o prejuízo da esfera administrativa.

Direito Civil: são de grande importância as regras da teoria geral dos contratos e
da função social da propriedade quando se analisa os contratos administrativos e as
restrições na propriedade privada.

Direito Empresarial: é ligado ao Direito Administrativo no que se refere às


empresas estatais, quando se trata de celebração de contratos ou exploração de atividade
econômica.

Direito Eleitoral: compete ao Direito Administrativo a estruturação da justiça


eleitoral, bem como a definição de regras de votação e funcionamento dos partidos
políticos.
Ciências Sociais: embora não possuam força coercitiva, pois não impõem
obrigações, elas estudam as atividades do Estado e buscam o interesse coletivo.

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