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Tradugao reso: Rubin, da Impresstoe acabamentor Soe Astéla desejo descrever alguns dos comportamentos a que 0 suj para construir representacdes sensiveis, eventualmente que nao constituem uma reprodugio de objectos ou de vividas. Refiro-me aos enquadramentos do sonho, as 105 perante uma questao que nao poder, sem diivida, ser independentemente de uma outra, a da reprodugio das ‘As criagbes da imaginacdo, por mais originals que seja ‘0s de Penfield - no plano neurofisiolégico! — e de Piaget € er ~ ao nivel da psicologia genética? - forneceram dados rantes que servirdo de base 4 nossa exposigio. Todavia, 0 studo centrar-se-4 na andlise da composigao de imagens ¢ de imagens novas. Em que consistem estas invencdes? te ¢ @ felta essa nossa capacidade de nos subtrairmos as influen- das pelo meio que nos rodeia, que poder é esse que nos (ocar em suspenso aquilo a que chamamos a «realidade» deixarmos invadir por «quadros irteais»? gage et mécanismnes cérébraux, Paris, PUF, 1963, ifn, Paris, PUE, 1966, lado que (como acontece com os , wrta Inesperada de metaforas ¢, por que serve de enquadramento as sinteses artisticas), ‘ encara:lo como a manifestagtio de uma fungao De imediato nos ocorre relacioné-lo com 0 il do imagindrio: trata-se de uma representagao falsa. id ao sonho para se opor a Protagoras, sustentando que as coisas so exactamente como nos parecem de admitir que @ fantasia do sonho, & sua confi- _ corresponde um ser. Como distinguir, entdo, a sujeito que sonha chega a acreditar que esta a y que diferenca existira entre este sujeito que | que, acordado, narra aquilo que sonhou?? is de Montaigne ter colocado a questéo de de pensar e de agir ndo sera uma outra josso estado de vigilia uma espécie de dor- {s tarde, Husserl, ir40 basear 0 processo de odo destinado a apreender a realidade, ou a aa que emana do sonho» (R. Caillois) (0s ainda destacar a fungdo de renovacio a sua intervencao em projectos de accao. ls de ter assinalado no Sofista (264 a) que a © composicao de sensagoes e de opinides deve terminada fungdo cognitiva, atribuia-lhe ja no a fungio de sustentaculo de esperancas. F seu turno, demonstra que a imagem é um acto, € a vimento que acompanhou a sensacao e que con- ‘facto de uma «poténcia», na faculdade imagina- m as palavras de um comentador, a imagem nao ltnes eo nod homens - quando estes nao inteligéncla: «@ na medida em que € sr de deselar Gpeyn4dv) que o animal se transforma io motor, nao podendo ser detentor desse pocier sem 0 imaginagdo» (Sensitiva ou racional).? Esta concepeao imaginagdo ir4 nao s6 orientar a teoria da purgacdo das paixdes ‘erlagdes do imaginério, como ira ainda inspirar uma certa rea- ilitagao desta funcdo no plano do conhecimento. Ela surge, com efeito, como elemento intermediario entre as fungoes se ‘mais elevadas e as fungdes racionais mals modestas. Hla é, nas pala- ‘yras de um comentador, o guia (xopver)) das sensagbes.3 J, Starobinski# relembra como, partindo desta posicao intermé- | 0 neoplatonismo foi induzido a conferir a imaginacao «um _ papel decisivo na conversao ascendente», mostrando ainda a influ- incia exercida por esta concepgio sobre toda uma corrente de pen- jento do final da Idade Média.S Perfilhada e desenvolvida por “Glordano Bruno, durante a Renascenca, esta corrente conheceré uum novo alento com o Romantismo, em especial na Alemanha. ‘A imaginacao deixa de ser entendida como a mera reminiscéncla de sensacdes no interior de um sujeito privado do seu poder de cri- ‘tiea, para passar a ser a revelagdo do sentido das aparéncias e das actividades da vida quotidiana. Este sentido est contido em nos: Sonhamos com viagens através do Universo, mas nao estard ele tido em nds? Ignoramos as regiGes profundas do nosso espitito. ado por Roa 433b 27-30. id, p. 429. Comentarios a historia do conceito de imaginagdo. Cahiers internationaux du sym \2), pp. 17-29. ‘Slarobinski refere-se, em particular, a Dante. Em Jordi Sant Jord deparamo-nos| ‘Com um exemplo flagrante do papel atribuido a Imagem, no seu poema Jus lo fron port vosta bella semblanca: «J'ai tant mixé votre dowx visage/ quill reste en {ravle une empreinte/ que meme la mort ne peut effacer.» (eTantas vezes feo vosso doce rosto/ que asia matca permanece em mim gravada/ sem te possa opai-law) (S potmes d/amour, versto francesa de R. Ne 0, 1945, 9.38)

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