Educação, reestruturação interior, assimilação do saber cognitivo.
Conceitos que se completam
e que apesar de se apresentarem como signos diferentes, somam valores dentro da formação humana. Ser um educador na era em que vivemos é debater com as complexidades impostas pelo mundo dentro da depreciação da vida, dos valores reais, do ter e não ser. Uma educação que agregue preceitos e molde positivamente o pensar do homem. Uma batalha é travada dentro de um cenário que se compõe por uma sufixação “ista”: egoísta, indiferentista, abstencionista, capitalista. Movidos por uma paixão compulsória em atingir um objetivo que o outro, e não o próprio ser, exige, e ao fazê-lo, o homem se perde, se distancia da verdade, se envolve, pelas próprias mãos, em uma rede obscura que limita seus pensamentos. O homem não mais é válido, tão pouco suficiente o bastante para a concretização de sonhos. Serão, tais sonhos, o verdadeiro alcance, traçado pelo ser vigente, na busca pela felicidade plena? Terão os valores reais se perdido dentro da evolução cognitiva, que mascara o homem moderno e o limita a encontrar encalços verdadeiramente relevantes? Um conflituoso cenário que embarca a humanidade no mais hediondo velejar de seus anseios. Uma época desprovida de valores humanos, onde o pensamento deixou de ser um agregador da mente. Tudo tão automatizado que se assusta pensar, se assusta desgarrar da tutelagem de ideias escravizadora da mente doente do homem moderno. Como reescrever uma história composta por enredos absintos, dos quais o próprio homem se fez progenitor das palavras e, consignou no livro da vida um período repleto de medo e escravidão? Não me refiro à escravidão proveniente das correntes físicas. A escravidão que assola o homem moderno o faz pela mente, pela não capacidade de se pensar além, de se fazer humano pelo o que de mais valioso se espera fazer – o sair de si, em prol do outro. Uma evolução de ideias na busca de superar a pequenez do materialismo que apodrece a moral. Dentro dessa linha, se enquadra a árdua tarefa do educador, na disseminação do saber. Ir além do pragmático. Atingir, o que o papel e tinta não conseguem fazer. Entalhar, através de seu exemplo, uma nova forma de enxergar a vida, buscando dentro da padronização, um reinventar de sonhos. Essa tarefa, não deve ser delegada somente dentro das paredes didáticas, que envolvem um aprendiz. Uma reformulação da mente é um processo contínuo que deve ser posto em prática desde a primeira lição de vida. Para isso, precisamos agir mais, nos preocupar com que realmente é expressivo. Que consigamos entender que, nosso eu, deve ser menos si e, mais outro, nos desgarrando assim, das muitas armadilhas que nos assediam e nos impedem de alcançar a transcendência do físico, pelo não físico. É nesse caminho que devemos nos estreitar, abdicando de prazeres momentâneos, de propósitos enganadores, que empobrecem nosso íntimo e nos deslocam para uma pseudo-realidade. Que nos conscientizemos dessa fuga invisível do homem, que se tornou cíclica e que submeteu a humanidade ao um ruminar de desencontros. Crédula ou não, ela deve buscar forças em si mesma, para se superar, nesse âmbito confuso, por si traçado, no ecoar de seus atos, prioridades, práticas. Que ela possa se desfazer da exiguidade de princípios, atingindo assim um patamar sonhado. Este é o primeiro passo, entender que não é impossível ser melhor. Que não somos máquinas desprovidas de sentimentos, que não nos foi predestinado nada, nossas escolhas, nossas cobiças só existem porque as fizemos. Que não percamos nosso lado humano, mas que possamos nos revestir do lado divino. Essa é a matemática perfeita, da qual a assimilação, não deve passar despercebida. Uma mistura eclética de homem e Deus. Que saibamos agir como homem, mas que, além, muito além de nossa pequenez, nos resguardemos de algo gloriosamente místico. Dosando cada sentimento, racionando cada ação e, distanciando a cada minuto, da ignorância avassaladora que deteriora o homem.