Segurança em Laboratórios:
Aspectos Ambientais e Ocupacionais
- 3ª Oferta
Segurança do trabalho
1. Conceito
Conjunto de medidas técnicas, operacionais, legais, administrativas, educacionais, médicas e
psicológicas que objetivam evitar acidentes, incidentes e doenças, por meio de instrução,
conscientização e convencimento de pessoas na implantação de práticas preventivas e da
eliminação de condições inseguras do ambiente (CHIAVENATO, 2004).
A segurança do trabalho é fundamental para o exercício de qualquer atividade produtiva,
pois garante o máximo possível da integridade física, emocional, psicológica e
comportamental ao trabalhador (BEZERRA; CARVALHO, 2011).
2. Pilares
Entre outros princípios, informação, capacitação e consciência, prevenção, apoio da direção e
promoção da saúde constituem-se fatores cruciais para o sucesso de programas de
segurança do trabalho.
3. Universidades
Estas instituições, em especial as públicas, estão pautadas no tripé formado por ensino,
pesquisa e extensão.
Para dar sustentação a suas atividades-fim, as universidades precisam contar com o apoio e
o suporte de diversas áreas, dispondo de serviços administrativos, financeiros, contábeis, de
manutenção, engenharia, limpeza, segurança, saúde, compras, gestão ambiental, controle
de estoques e patrimônio, tecnologia da informação e outros.
Com base na integração desses setores, é necessário que haja planejamento nas
universidades para que a contratação de serviços e a aquisição de produtos e equipamentos
sejam conscientes, sustentáveis e, portanto, compatíveis com a utilização.
No que tange aos produtos químicos, o efetivo planejamento institucional implica (1)
melhores condições de segurança, pois evita que se façam grandes estoques de substâncias
nas dependências da universidade, (2) diminuição do volume ou da massa de resíduos
gerados (minimizando ou, porventura, eliminando os desperdícios) e (3) economia de
recursos.
3. Universidades
3.1. Cenário
As universidades públicas, inclusive a Unifesp, tendem a pertencer a um contexto no qual há
heterogeneidade de público e de cursos, bem como rotatividade de estudantes
e diversificados hábitos, cultura, rotinas e trabalhos.
Além disso, resultados, produtos e subprodutos da pesquisa podem ser incertos, acarretando
impactos, situações de risco e resíduos que não foram previstos.
Em relação aos resíduos, estes apresentam grande variedade no âmbito das universidades,
de modo que demandam estratégias diferentes para gerenciamento.
Tais peculiaridades precisam ser ressaltadas, quando se formulam planos de gestão
ambiental e de segurança em laboratórios.
3.2. Laboratórios
Um programa de segurança em laboratórios envolve diversos setores, instâncias diretivas,
gerenciais, técnicas e operacionais, trabalhadores, campos do conhecimento, variáveis e
aspectos ambientais.
• Em se tratando da universidade, tal programa tem a obrigação de contemplar a inserção
dos estudantes nas atividades laboratoriais.
• Os laboratórios onde se manipulam produtos químicos podem ter grandes variedades de
reagentes, solventes e resíduos, resultando em severas incompatibilidades.
• Paralelamente, no caso da universidade pública, deve-se considerar que a mesma tem
função social e precisa atuar na vanguarda das questões ambientais e ocupacionais.
3.3. Responsáveis
Os chefes, supervisores ou simplesmente responsáveis pelos laboratórios devem:
5. Perigo x Risco
Estes termos não são sinônimos, e aqui discutiremos seus conceitos.
Perigo (hazard): agente (físico, químico ou biológico) ou ação que pode causar dano.
Situações de perigo:
O perigo está sempre associado à natureza de um produto, equipamento, material biológico
ou outros elementos e condições. É uma característica (ou propriedade) inerente ao agente
em questão. O ácido sulfúrico, por exemplo, é intrinsecamente corrosivo. Não deixará de ser
corrosivo.
Voltando ao ácido sulfúrico, a exposição a esta substância pode ser evitada (ou, pelo menos,
minimizada) mediante (1) uso de equipamentos de proteção coletiva e equipamentos de
proteção individual, (2) experimentos e análises em microescala, (3) substituição parcial ou
total por outros compostos menos perigosos, entre outras medidas.
5.1. Em outra perspectiva
6. Tipos de risco
Tendo em vista as Normas Regulamentadoras (NR) 5 (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes - CIPA), 9 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA) e 17
(Ergonomia), do Ministério do Trabalho e Emprego, existem cinco tipos de risco no ambiente
laboral: físico, químico, biológico, ergonômico e de acidentes. O Quadro 2 abaixo apresenta
com maior detalhamento e exemplos esses riscos:
Névoa - É um aerodispersóide formado por partículas líquidas geradas pela ruptura mecânica
de um líquido. Exemplos: nebulização de agrotóxicos e pintura por meio de spray (PEIXOTO;
FERREIRA, 2013).
Fumos - São constituídos por partículas muito pequenas (aerodispersóides), que se formam
quando alguns materiais sólidos se vaporizam ou sublimam com o calor e logo se esfriam
bruscamente e condensam. O caso mais comum corresponde às partículas de fumos que se
formam no processo de solda, no qual os vapores do metal fundido se esfriam, solidificam-se
e são aerotransportados. Também se produzem nos processos de fundição de metais
(PEIXOTO; FERREIRA, 2013).
Fibras - São partículas sólidas produzidas por rompimento mecânico com característica física
de um formato alongado. Também são classificadas como aerodispersóides. Exemplo:
amianto (PEIXOTO; FERREIRA, 2013).
Gases - Compreendem átomos (no caso dos gases nobres) ou moléculas no estado gasoso
da matéria, o qual tem a capacidade de se expandir de maneira espontânea, ocupando todo
o espaço que lhe é disponível (MICHAELIS, 2017). Encontram-se na fase gasosa à pressão e
temperatura ambientes. Por isso, misturam-se intimamente com o ar e espalham-se com
facilidade. Exemplos: monóxido de carbono (produzido pelas combustões incompletas),
dióxido de carbono, nitrogênio, cloro, oxigênio, hélio e metano.
7.1. Exemplo
Tendo em mente os tipos de risco abordados na Seção 6, bem como suas respectivas cores
de identificação, apresenta-se abaixo um exemplo de mapa de risco:
8. Referências
BEZERRA, I. X. B.; CARVALHO, R. J. M. Construção de um sistema de indicadores de
desempenho em ergonomia na construção de edifícios: um modelo para alcançar a
excelência no desempenho empresarial. Revista Eletrônica Sistemas & Gestão. Volume
6, Número 3, 2011, pp. 312-326, DOI: 10.7177/sg.2011.v6.n3.a6. Disponível em:
<www.revistasg.uff.br/index.php/sg/article/download/V6N3A6/V6N3A6>. Acesso em: 16
ago. 2017.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Guia de Análise de Acidentes de
Trabalho, 2010. Disponível
em:<http://www.prevenirseg.com.br/biblioteca/guia_analise_acidente.pdf>. Acesso em: 09
out. 2017.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Norma Regulamentadora (NR) N° 9 -
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA. Publicação: Portaria MTb N°
3.214, de 08 de junho de 1978. Atualizações/Alterações: Portaria SSST Nº 25, de 29 de
dezembro de 1994. Portaria MTE Nº 1.297, de 13 de agosto de 2014. Portaria MTE Nº 1.471,
de 24 de setembro de 2014. Portaria MTb Nº 1.109, de 21 de setembro de 2016. Portaria
MTb Nº 871, de 06 de julho de 2017.Disponível em:
<http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR09/NR-09-2016.pdf>. Acesso em
12 out. 2017.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Norma Regulamentadora (NR) N° 17.
Ergonomia. Publicação: Portaria GM Nº 3.214, de 08 de junho de 1978.
Atualizações/Alterações: Portaria MTPS Nº 3.751, de 23 de novembro de 1990. Portaria SIT
Nº 08, de 30 de março de 2007. Portaria SIT Nº 09, de 30 de março de 2007. Portaria SIT
Nº 13, de 21 de junho de 2007. Disponível em:
<http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR17.pdf>. Acesso em: 12 out. 2017.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Norma Regulamentadora (NR) N° 5.
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA. Publicação: Portaria GM Nº
3.214, de 08 de junho de 1978. Alterações/Atualizações: Portaria SSMT Nº 33, de 27de
outubro de 1983. Portaria SSST Nº 25, de 29 de dezembro de 1994. Portaria SSST Nº 08, de
23 de fevereiro de 1999. Portaria SSST Nº 15, de 26 de fevereiro de 1999. Portaria SSST Nº
24, de 27 de maio de 1999. Portaria SSST Nº 25, de 27 de maio de 1999. Portaria SSST Nº
16, de 10 de maio de 2001. Portaria SIT Nº 14, de 21 de junho de 2007. Portaria SIT Nº
247, de 12 de julho de 2011. Disponível em:
<http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR5.pdf>. Acesso em: 12 out. 2017.
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos na
organização. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
HALL, J.; OLIVEIRA, R. V.; QUELHAS, O. L. G.; CUNHA, J. Segurança e saúde nas escolas, do
aprendizado à vivência, uma questão de educação. In: Encontro Nacional de Engenharia
de Produção, 20. São Paulo. 2000. Disponível em:
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2000_e0015.pdf>. Acesso em: 30 maio 2018.
MICHAELIS. Gás. Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, 2017. Disponível em:
<http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/gás/>. Acesso
em: 12 out 2017.
PEIXOTO, N. H.; FERREIRA, L. S. Higiene Ocupacional III. Colégio Técnico Industrial da
Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria, 2013. Disponível em:
<http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_seguranca/sexta_etapa/higiene_ocupacional_3.pdf
>. Acesso em: 12 out. 2017.
PORTAL DA EDUCAÇÃO. Exposição e vias de entrada de agentes químicos no
organismo humano. Publicado em: 17 abr. 2013. Disponível em: <https://goo.gl/nvijvZ>.
Acesso em: 10 out. 2017.
TAVARES, C. R. G. Segurança do Trabalho I. EPR - Equipamento de Proteção
Respiratória. Curso Técnico de Segurança do Trabalho. Ministério da Educação. Publicado
em: 03 nov. 2009. Disponível em:
<http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_amb_saude_seguranca/tec
_seguranca/seg_trabalho/291012_seg_trab_a11.pdf>. Acesso em: 12 out. 2017.
Vidrarias e outros equipamentos e
utensílios de laboratório
1. Introdução
As boas práticas de laboratório (BPL) correspondem a um conjunto de ações cujo objetivo é
proporcionar a diminuição dos riscos e dos desperdícios, no ambiente em questão (FMUSP,
2015).
Tais medidas são constituídas por atividades e processos organizacionais no local de
trabalho, além de procedimentos básicos (FMUSP, 2015), como:
2. 5S - sensos
O programa 5S é uma ferramenta empregada para implantar o sistema de qualidade total
em uma instituição e, porventura, na vida profissional e pessoal de cada indivíduo
(PANTALEÃO, 2017).
O referido método surgiu no Japão após a Segunda Guerra Mundial, com a finalidade de
reestruturar, organizar e melhorar a produção das indústrias da nação, intencionando
superar a crise de competitividade (PANTALEÃO, 2017).
O método 5S tem este nome porque é formado por 5 palavras que começam com a letra
"S": Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu e Shitsuke (PANTALEÃO, 2017).
Trata-se de um sistema composto por cinco conceitos básicos e simples, cuja essência está
pautada na necessidade de mudanças coletivas e individuais de atitudes, pensamentos e
comportamento, permitindo, através da prática, alcançar os objetivos propostos
(PANTALEÃO, 2017).
2.1. Princípios
2.2. Aplicação
Utilização:
Ordenação:
guarda dos materiais, reagentes e utensílios mais usados em locais mais acessíveis,
guarda de objetos mais pesados em locais mais baixos (obviamente),
organização dos reagentes e resíduos químicos, no almoxarifado e no abrigo,
respectivamente, considerando critérios de compatibilidade e incompatibilidade (nunca
por ordem alfabética),
organização de equipamentos conforme sua sequência de utilização,
comunicação acerca dos riscos, das regras e dos equipamentos de emergência do local,
comunicação em relação a saídas de emergência,
arquivo ou pasta que contenha fichas de informações de segurança de produtos químicos
(FISPQ) e
números de telefone de emergência colocados em locais conhecidos e de fácil
visualização.
---
Limpeza:
---
Saúde:
---
Autodisciplina (essencial para elaboração, implantação e
manutenção dos sensos):
3. Condutas
NUNCA fumar, comer nem beber nos laboratórios.
NUNCA aplicar (ou usar) maquiagem nos laboratórios.
NUNCA usar equipamentos ou utensílios do laboratório para fins pessoais.
NUNCA utilizar o olfato para identificação de substâncias químicas (LMIM-USP, 2015).
Não usar ornamentos durante o trabalho no laboratório (pulseiras, anéis, brincos, etc).
Não usar lentes de contato no laboratório.
Não usar o celular no laboratório.
PLANEJAR protocolos antes de executar experimentos.
NUNCA devem ser realizados experimentos sem a presença de outra pessoa. Em caso de
acidente, ela poderá auxiliá-lo(a) (LMIM-USP, 2015).
Manter protocolo de rotina acessível em caso de acidentes (LMIM-USP, 2015).
Utilizar sempre sapato fechado (LMIM-USP, 2015).
Manter os cabelos presos (LMIM-USP, 2015).
Recomenda-se fortemente que se utilizem carrinhos para transporte de vidrarias,
instrumentos, recipientes e demais materiais de laboratório.
NUNCA usar EPI fora do ambiente de trabalho.
NUNCA pipetar com a boca.
Comunicar ao responsável pelo laboratório qualquer condição de falta de segurança ou
simplesmente anormal.
4. Lavagem das mãos
A lavagem das mãos deve ser efetuada antes e depois dos procedimentos.
Nesse sentido, todos os lavatórios e pias devem:
a) possuir torneiras ou comandos que dispensem o contato das mãos quando do fechamento
da água;
b) ser providos de sabão líquido e toalhas descartáveis para secagem das mãos (BRASIL,
2011).
O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer, no
mínimo, antes e depois do uso dos referidos EPI (BRASIL, 2011).
O uso de "álcool gel" não substitui o uso da água corrente e do sabonete líquido, para
lavagem das mãos.
A lavagem deve ocorrer em todas as áreas das mãos, conforme figura abaixo:
8. Diluição de ácidos
Nunca despejar água num ácido. Adicionar o ácido sobre a água. Além disso, o
ácido deve ser adicionado gradativa e lentamente, com agitação constante (AYALA;
DE BELLIS, 2003).
1. Edificação.
2. Pavimentação.
3. Compartimentalização, conforme critérios de compatibilidade química.
4. Drenagem.
5. Ventilação.
6. Iluminação.
7. Medidas de proteção contra incêndio.
8. Proteção coletiva.
9. Sistema de contenção de resíduos.
10. Referências
AYALA, J. D.; DE BELLIS, V. M. Química Inorgânica Experimental. Departamento de
Química da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2003. Disponível em:
<https://qui.ufmg.br/~ayala/matdidatico/apostila_inorg_exp.pdf>. Acesso em: 02 nov.
2017.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora N° 32. Segurança
e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Publicações: Portaria GM Nº 485, de 11 de
novembro de 2005. Portaria GM Nº 939, de 18 de novembro de 2008. Portaria GM Nº 1.748,
de 30 de agosto de 2011. Disponível em:
<http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR32.pdf>. Acesso em: 15 out. 2017.
COSTALONGA, A. G. C.; FINAZZI, G. A.; GONÇALVES, M. A. Normas de Armazenamento
de Produtos Químicos. Universidade Estadual Paulista. Curso de Higiene e Segurança.
Araraquara, 2010. Disponível em: <http://www.unesp.br/pgr/pdf/iq2.pdf>. Acesso em: 15
out. 2017.
FMUSP - Hospital das Clínicas. Laboratórios de Investigação Médica - LIM. Guia de Boas
Práticas Laboratoriais. São Paulo, 2015. Disponível em: <www.limhc.fm.usp.br/portal/wp-
content/uploads/2015/11/Manual_Guia_de_Boas_Praticas.pdf>. Acesso em: 03 nov. 2017.
LMIM-USP - Laboratório de Materiais e Interfaces Moleculares da Universidade de São
Paulo. POPs. Experimentos. Ribeirão Preto, 2015. Disponível em:
<http://sites.usp.br/lmim/seguranca-e-limpeza-laboratorio/>. Acesso em: 03 nov. 2017.
PANTALEÃO, S. F. Programa 5 "S" - uma prática que gera resultados. Guia Trabalhista,
2017. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/metodo5s.htm>.
Acesso em: 04 nov. 2017.
SILVA, J. M. 5S: O ambiente da qualidade. 3. ed. Belo Horizonte: Fundação Christiano
Ottoni, 1994. 160 p.
TEIXEIRA, A. Funções químicas e suas reatividades. PUC-Rio - Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro. Coordenação Central de Educação a Distância, 2010. Disponível
em: <http://web.ccead.puc-
rio.br/condigital/mvsl/Sala%20de%20Leitura/conteudos/SL_funcoes_quimicas.pdf>. Acesso
em: 02 nov. 2017.
Equipamentos de proteção coletiva e
equipamentos de proteção individual
Os equipamentos de proteção coletiva (EPC) e os equipamentos de
proteção individual (EPI) são dispositivos cuja função principal
compreende manter a integridade física dos indivíduos, no âmbito de
sua atividade laboral. Trata-se de aparatos ou indumentárias que
proporcionam eliminação ou atenuação dos riscos a que os
trabalhadores estão submetidos.
Os EPC possibilitam a proteção do grupo, do patrimônio, do meio
ambiente e da pesquisa desenvolvida. São exemplos desses
equipamentos as cabines de segurança, capelas químicas, fluxo laminar,
sensores em máquinas, pisos antiderrapantes e outros (FONSECA;
BESSA; BRITO, 2011).
Segundo Figueiredo (2014), EPC consistem em dispositivos, sistemas ou
meios, fixos ou móveis, que visam à preservação da integridade física
não apenas de um indivíduo, mas da coletividade. Consequentemente,
os EPC prezam pela saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros, bem
como da sociedade e do meio ambiente, tendo o objetivo bem mais
amplo quando comparado aos EPI, já que estes pretendem proteger
apenas quem os utiliza.
Chuveiros de emergência, lava-olhos e extintores, embora sejam de uso
coletivo, podem ser inseridos em outra categoria fora dos EPC, uma vez
que são acionados quando já aconteceu o evento indesejado (acidente
ou incidente). Então, a função genuína desses dispositivos é mitigar os
prejuízos (sejam estes humanos, ambientais ou materiais), e não agir
para evitar tais ocorrências. O extintor tem a finalidade de combater o
princípio de incêndio; já os chuveiros de emergência e os lava-olhos são
destinados a atender prontamente às vítimas de acidentes, como
derramamentos, respingos e quebra de frascos.
Entendem-se como EPI os dispositivos, especificamente de uso
individual, reservados a proteger a segurança e a saúde do trabalhador
contra riscos ocupacionais. A instituição empregadora é obrigada a
fornecer aos seus empregados, gratuitamente, os EPI adequados ao
risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas
seguintes circunstâncias: i) sempre que as medidas coletivas, ou de
ordem geral, não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; ii)
enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem em fase de
implantação; iii) para atender a situações de emergência, como
vazamentos e derramamentos de produtos químicos, ou liberação de
gases e/ou vapores tóxicos em reação não usual ou não esperada
(BRASIL, 2017).
O uso de EPI é uma exigência da legislação trabalhista brasileira,
através da Norma Regulamentadora (NR) 6 (BRASIL, 2017). O
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atesta a qualidade dos EPI
nacionais ou importados disponíveis no mercado, ao emitir o Certificado
de Aprovação (CA). O fornecimento ou a comercialização de EPI sem o
CA é considerado crime, de modo que comerciante e empregador ficam
sujeitos às penalidades previstas em lei (BRASIL, 2017; SILVA JUNIOR,
2004).
No âmbito do Estado de São Paulo, a Lei nº 14.466/2011 determina que todos os
profissionais de saúde ficam proibidos de circular fora do ambiente de trabalho vestindo EPI
com os quais trabalham, tais como jalecos e aventais (SÃO PAULO, 2011).
Ao se analisar o ambiente de um laboratório da área de química, por exemplo, enfatizam-se
os seguintes EPI: avental, óculos de segurança, luvas e proteção respiratória (RIO GRANDE
DO SUL, 2000).
Avental
Óculos de segurança
Luvas
Proteção respiratória
O avental deve ser confeccionado em tecido de algodão tratado (queima mais devagar) para
proteger o trabalhador dos respingos da substância manipulada no laboratório, mas é
ineficaz em exposições extremamente acentuadas, incêndios ou grandes derramamentos.
Outras especificações desta indumentária compreendem: (1) comprimento até os joelhos e
mangas compridas com fechamento em velcro, (2) fechamento da vestimenta com botões e
(3) não possuir abertura lateral nem bolso, para não haver acúmulo de poeira ou outros
resíduos (GAVETTI, 2013).
---
É pertinente registrar que, no portal do Ministério do Trabalho e Emprego, podem ser
consultados os Certificados de Aprovação para os diferentes EPI, como luvas, protetores
facial e auricular, respirador e purificador de ar, óculos e vestimenta do tipo jaleco ou
avental (BRASIL, 2016). Clique aqui para realizar a busca.
Os óculos de segurança devem ser utilizados por todo profissional que trabalha em
laboratório ou depósitos de reagentes ou resíduos químicos. Deve possuir leveza, conforto,
tratamentos antirrisco e antiembaçante, proteção lateral e cordão de segurança fixo
(GAVETTI, 2013).
Observe que no CO2 formado, o carbono apresenta o seu Nox máximo (+4). Quando
isso ocorre, quer dizer que todo combustível foi consumido e, portanto, é uma reação
de combustão completa.
Combustão incompleta:
A combustão se dá de forma incompleta quando não houver oxigênio suficiente
para consumir todo o combustível. No caso dos compostos orgânicos que
estamos considerando, os produtos da combustão incompleta podem ser
monóxido de carbono (CO) e água; ou carbono elementar (C) e água.
Por exemplo, nos automóveis, a combustão deve ser completa, pois se for
incompleta gera o monóxido de carbono, que é extremamente tóxico. Em vários
lugares, pessoas já morreram ao inalar esse gás em garagens mal ventiladas.
É por isso que é importante manter o motor bem regulado, para que entre ar
suficiente e a combustão seja completa.
Em algumas fábricas, como a de produção de carvão ou de negro-de-fumo, o
objetivo é exatamente realizar uma reação de combustão incompleta.
Observando o Nox do carbono, vemos que ele não apresenta o seu Nox máximo,
portanto, as combustões abaixo são incompletas:
Resumindo, temos:
2. Incêndio
Trata-se da ocorrência de fogo descontrolado, o que acarreta riscos para seres vivos,
estruturas, equipamentos e, portanto, meio ambiente.
3. Tetraedro do fogo
Para haver fogo, é necessária a combinação de quatro elementos: combustível, comburente,
calor e reação em cadeia.
A reunião desses quatro componentes é chamada de tetraedro do fogo.
Combustível: algum material ou produto que irá queimar (CARVALHO et al., 2006).
Comburente: substância que reage com um combustível, provocando a combustão
(MICHAELIS, 2017). Normalmente, é o oxigênio.
Calor: energia térmica em trânsito de um corpo para outro, devido, unicamente, a uma
diferença de temperatura (UFRGS, 2002a).
Reação em cadeia: reação química contínua entre o combustível e o comburente, a
qual libera mais calor para a reação e mantém a combustão em um processo sustentável
(CARVALHO et al., 2006).
5. Transmissão de calor
A transmissão de calor pode ocorrer mediante fenômenos de condução, convecção e
irradiação.
Condução: o calor é transportado da região de maior temperatura para a região de menor
temperatura, através do contato físico direto. Neste fenômeno, não há deslocamento
apreciável das moléculas.
6. Classes de incêndio
Exemplos e características
Fogo envolvendo materiais combustíveis sólidos, tais como
madeiras, tecidos, papéis, borrachas, plásticos termoestáveis e outras fibras orgânicas, que
queimam em superfície e profundidade, deixando resíduos.
Fogo envolvendo líquidos e/ou gases inflamáveis ou combustíveis, plásticos e graxas que se
liquefazem por ação do calor e queimam somente em superfície. Queimam somente em
superfície e não deixam resíduos após a queima.
Fogo em metais pirofóricos, tais como magnésio, titânio, zircônio, sódio, potássio e lítio.
14. Referências
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12693: Sistemas de proteção por
extintores de incêndio. Publicada em 13 set. 2013.
CARVALHO, R. V. T. G.; ROSA, L. M. ; SILVA, M. G.; BARROS, F. C. ; BRAGA, G. C. B. ;
ARAÚJO, A. A. ; LANDIM, H. R. O. ; SOUZA JÚNIOR, D. V ; MALAQUIAS, V. S. L. ; CAMPOS,
A. T. ; PEREIRA, S. L. ; SPOTORNO, M. Q. ; PEREIRA, K. M. G. ; VALDEZ, R. F. C. C. ;
RAMALHO, M. D. ; ALVES, K. R. B. ; RIBEIRO, G. B. ; SILVA, E. J. ; LISBOA NETO, J. P. ;
SALAZAR, H. F. Manual básico de combate a incêndio. Módulo 1 - Comportamento do
fogo. Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Brasília, 2006. Disponível em:
<http://www.bombeiros.rr.gov.br/down/DEIOP/INCENDIO/MCI_Mod1_Comportamento_do_f
ogo.pdf>. Acesso em: 12 out. 2017.
DIÁRIO DO NORDESTE. Venda de extintores tem aumento de até 340%. Publicado em:
04 fev. 2013. Disponível em:
<http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/cidade/venda-de-extintores-tem-
aumento-de-ate-340-1.114613>. Acesso em: 22 out. 2017.
EXTINCÊNDIO. Conheça as classes de fogo e agentes dos extintores, 2004. Disponível
em: <www.extincendio.net/saibamais.php>. Acesso em: 22 out. 2017.
FLORES, B. C.; ORNELAS, E. A.; DIAS, L. E. Fundamentos de combate a incêndio.
Manual de bombeiros. Estado de Goiás. Corpo de Bombeiros Militar. Goiânia, 2016.
Disponível em: <http://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/cbmgo-
1aedicao-20160921.pdf>. Acesso em: 22 out. 2017.
FOGAÇA, J. R. V. Combustão completa e incompleta. Mundo Educação > Química >
Química Orgânica. Publicado em: 15 fev. 2012. Disponível em:
<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/combustao-completa-incompleta.htm>.
Acesso em: 28 out. 2017.
MATTOS, U. A. O.; MÁSCULO, F. S. Higiene e Segurança do Trabalho. Associação
Brasileira de Engenharia de Produção. Campus - ABEPRO. Elsevier Editora. Rio de Janeiro,
2011.
MAUS, A. Informativo Técnico (IT nº 002/DAT/CBMSC). Sistema preventivo por
extintores definição do agente extintor.Estado de Santa Catarina. Secretaria da
Segurança Pública e Defesa do Cidadão. Corpo de Bombeiros Militar. Diretoria de Atividades
Técnicas - DAT. Florianópolis, 2006. Disponível em:
<www.cbm.sc.gov.br/dat/arquivos/Info%20Tec%20002%20-%20Agente%20Extintor.pdf>.
Acesso em: 28 out. 2017.
MICHAELIS - Dicionário Brasileiro de Língua Portuguesa. Comburente. Editora
Melhoramentos, 2017. Disponível em:
<http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=comburente>. Acesso em: 28
out. 2017.
PROTEGE. Extintor de incêndio para cozinhas. São Paulo, 2006b. Disponível em:
<http://www.protege.ind.br/download/Ficha%20tecnica%20Classe%20K.pdf>. Acesso em:
20 out. 2017.
PROTEGE. Extintores de incêndio para metais pirofóricos. São Paulo, 2006a. Disponível
em: <http://www.protege.ind.br/download/Ficha%20tecnica%20Classe%20D.pdf>. Acesso
em: 20 out. 2017.
PROTEGE. Extintores Pó ABC. São Paulo, 2009. Disponível em:
<http://www.protege.ind.br/subProdutos.php?titulo=Produtos&titulo_esquerdo=Categorias&
CategoriaID=3 >. Acesso em: 20 out. 2017.
RESIL. Ficha técnica - extintor pó ABC - 4kg, 2016. Disponível em:
<www.resil.com.br/datafiles/uploads/ficha-tecnica-4kilos.pdf>. Acesso em: 22 out. 2017.
UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Classes de incêndio. Porto Alegre,
2014. Disponível:
<http://www.ufrgs.br/espmat/disciplinas/geotri2014/modulo3/bombeiros/classes.htm>.
Acesso em: 28 out.2017.
UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Convecção. Instituto de Física. Porto
Alegre, 2002b. Disponível:
<http://www.if.ufrgs.br/mpef/mef008/mef008_02/Beatriz/conveccao.htm>. Acesso em: 28
out.2017.
UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Irradiação. Instituto de Física. Porto
Alegre, 2002c. Disponível:
<http://www.if.ufrgs.br/mpef/mef008/mef008_02/Beatriz/conveccao.htm>. Acesso em: 28
out.2017.
UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O que é calor? Instituto de Física.
Porto Alegre, 2002a. Disponível:
<www.if.ufrgs.br/mpef/mef008/mef008_02/Beatriz/calor.htm>. Acesso em: 28 out.2017.
Como interpretar as informações sobre
produtos químicos?
1. Introdução
Neste espaço, nós discutiremos o Diagrama ou Diamante de Hommel, as classes de risco
para transporte e, com mais ênfase, o Sistema Global Harmonizado de Classificação e
Rotulagem de Produtos Químicos (GHS - Globally Harmonized System of Classification and
Labeling of Chemicals).
2. Diagrama ou Diamante de Hommel
Trata-se de uma comunicação de risco criada e adotada pela National Fire Protection
Association (Associação Nacional para Proteção contra Incêndios), dos Estados Unidos da
América. O Diamante ou Diagrama de Hommel é mundialmente conhecido pelo código NFPA
704.
Constitui-se um sistema que classifica a severidade de exposição aguda a um produto
químico, durante situações de emergência (por exemplo, incêndio e derramamento)
(RIBEIRO, 2017).
Não deve ser aplicado para:
transporte,
exposição ocupacional não emergencial e
exposição crônica (RIBEIRO, 2017).
https://cameochemicals.noaa.gov/search/simple
Inserir nome (em Inglês), número CAS (sem traços) ou número ONU da substância.
Clique nos termos para encontrar as respectivas informações sobre a substância de
interesse. Entenda aqui como fazer a busca.
Não sabe o que é número CAS? Clique aqui.
Não sabe o que é número ONU? Clique aqui.
O GHS* é um sistema que define e classifica os perigos dos produtos químicos. Além disso,
estabelece elementos de comunicação desses perigos e das precauções nos rótulos e nas
fichas de informações de segurança de produtos químicos. Uma equipe internacional de
especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) é responsável pelo desenvolvimento
e atualização do GHS (GUERRA; O'DOWD, 2013).
O documento oficial e norteador do GHS é o Purple Book (Livro Púrpura), cuja versão mais
recente foi lançada em 2017, relativa à sua sétima revisão (CHEMSAFETY, 2017).
* GHS - Sistema Global Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos (Globally Harmonized System of Classification and Labeling of Chemicals )
4.1. Enquadramento
A rotulagem dos produtos químicos deve obedecer à Norma Brasileira (NBR) 14725-3/2017,
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e está em concordância e harmonia
com o GHS.
A legislação relacionada à obrigatoriedade de cumprimento da mencionada Norma encontra-
se abaixo:
b) Se o símbolo de corrosivo se aplica, o ponto de exclamação não pode ser utilizado quando
for usado para irritação aos olhos e pele.
c) Se o símbolo de perigo à saúde for empregado para sensibilização respiratória, o ponto de
exclamação não pode ser aplicado quando usado para sensibilização à pele ou para irritação
aos olhos e pele.
Explosivos
Gases inflamáveis
Aerossóis
Gases oxidantes (gases comburentes)
Gases sob pressão
Líquidos inflamáveis
Sólidos inflamáveis
Substâncias e misturas autorreativas
Líquidos pirofóricos
Sólidos pirofóricos
Substâncias e misturas sujeitas a autoaquecimento
Substâncias e misturas que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis
Líquidos oxidantes
Sólidos oxidantes
Peróxidos orgânicos
Corrosivo para os metais
Perigos à saúde
Exemplo de rótulo:
1. Aspectos gerais
A elaboração e o formato da FISPQ são padronizados pela ABNT NBR 14725-4/2014. A
mencionada ficha, que tem caráter multidisciplinar e não confidencial, contempla
procedimentos e medidas de proteção, segurança, saúde e meio ambiente, envolvendo
determinado produto ou mistura.
A FISPQ constitui-se base de informação para confecção dos rótulos e das fichas de
emergência dos produtos químicos.
O documento deve ter numeração das páginas, indicando o número total de páginas ou da
última página. Além disso, precisa informar a data de sua versão mais recente.
2. Estrutura
A distribuição de seu conteúdo deve dar-se em 16 seções, cujas terminologia, numeração e
sequência não devem ser alteradas. Assim sendo, exige-se a seguinte estrutura:
3. Detalhamento
Apresentando minuciosamente a FISPQ, esta possui o formato descrito abaixo:
1. Identificação/Identificação do produto e da empresa
- Nome do produto (nome comercial), conforme rótulo.
- Código de identificação (quando existente).
- Nome da empresa.
- Endereço e telefone de contato da empresa.
- Telefone para emergências.
- FAX/e-mail da empresa.
- Alguns dos principais usos recomendados
2. Identificação de perigos
- Classes e categorias/subcategorias de perigo (ABNT NBR 14725-2) e elementos
apropriados de rotulagem.
- Outros perigos que não resultem em classificação.
Elementos de comunicação dos perigos (elementos apropriados de rotulagem):
Palavras de advertência (perigo ou cuidado/atenção)
Pictogramas (conforme GHS)
Frases de perigo (perigos físicos, à saúde, ao meio ambiente)
Exemplos: H221: Gás inflamável. H315: provoca irritação cutânea. H401: tóxico para
organismos aquáticos.
Frases de precaução (geral, prevenção, resposta a emergências, armazenamento e
disposição)
Veja um exemplo desta seção 2 aqui.
3. Composição e informações sobre os ingredientes
- Informar se o produto é substância ou mistura de substâncias
Substâncias:
Misturas:
Nome químico ou comum dos componentes perigosos - alternativamente, podem ser inclusos
os não classificados como perigosos.
Nº CAS
Concentração em ordem decrescente (ou faixa de concentração) de ingredientes ou
impurezas que contribuam para o perigo acima dos valores de corte ou que possuam limites
de exposição.
4. Medidas de primeiros socorros
- Instruções/recomendações básicas
- Inalação; contato com pele; contato com olhos; ingestão
- Sintomas e efeitos mais importantes
- Notas para o médico
5. Medidas de combate a incêndio
- Meios de extinção
- Perigos específicos
- Medidas de proteção da equipe de combate a incêndio
6. Medidas de controle para derramamento ou vazamento
- Precações pessoais, equipamentos de proteção individual e procedimentos de emergência
- Precauções ao meio ambiente
- Métodos e materiais para contenção e limpeza
7. Manuseio e armazenamento
- Precauções para manuseio seguro.
- Condições de armazenamento seguro, incluindo incompatibilidades.
8. Controle de exposição e proteção individual
- Parâmetros de controle (limites ambientais e biológicos)
- Medidas de controle de engenharia
- Medidas de proteção individual
9. Propriedades físicas e químicas
- Aspecto, odor, limite de odor, pH, ponto de fusão/ponto de congelamento, ponto de
ebulição inicial e faixa de temperatura de ebulição, ponto de fulgor, taxa de evaporação,
inflamabilidade, limites de inflamabilidade ou explosividade, pressão de vapor, densidade
de vapor, densidade relativa, solubilidade, coeficiente de partição octanol/água, temperatura
de autoignição, temperatura de decomposição, viscosidade.
10. Estabilidade e reatividade
- Reatividade
- Estabilidade química
- Possibilidade de reações perigosas
- Condições a serem evitadas
- Materiais incompatíveis
- Produtos perigosos de decomposição
11. Informações toxicológicas
- Toxicidade aguda; corrosão/irritação à pele; lesões oculares graves/irritação ocular;
sensibilização respiratória ou à pele; mutagenicidade em células germinativas;
carcinogenicidade; toxicidade à reprodução; toxicidade para órgãos-alvo específicos –
exposição única e repetida; perigo por aspiração.
- Vias de exposição; efeitos tardios e imediatos e efeitos crônicos; dados numéricos de
toxicidade; efeitos de interação; outras informações
12. Informações ecológicas
- Ecotoxicidade
- Persistência e degradabilidade
- Potencial bioacumulativo
- Mobilidade no solo
- Outros efeitos adversos
13. Considerações sobre destinação final
Esta seção deve informar os métodos recomendados para tratamento e disposição segura e
ambientalmente aprovados.
Estes métodos de tratamento e disposição (por exemplo, coprocessamento, incineração etc.)
devem ser aplicados ao produto, restos de produtos e embalagens usadas.
Deve ser chamada a atenção do usuário para a possível existência de regulamentações locais
para tratamento e disposição.
14. Informações sobre transporte
- Número ONU
- Nome apropriado para embarque
- Classe/subclasse de risco
- Numero de risco
- Grupo de embalagem
- Perigos ao ambiente
- Medidas/condições específicas de precaução
* Terrestre (ANTT), hidroviário (código IMDG, DPC do Ministério da Marinha, ANTAQ), aéreo
(ANAC, ICAO, IATA, DAC do ministério da aeronáutica)
15. Informações sobre regulamentações
Regulamentações específicas para o produto químico
16. Outras informações
Informações importantes, mas não especificamente descritas às seções anteriores
Referências bibliográficas
Legendas e abreviaturas
4. Obrigações
Vale ressaltar que o fornecedor do produto tem obrigação de disponibilizar a FISPQ
atualizada e completa ao usuário. Este, por sua vez, deve adotar as medidas de precaução
no ambiente laboral, analisar criticamente a FISPQ e treinar e capacitar os trabalhadores que
manuseiam e/ou gerenciam produtos químicos.
5. Referências
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14725-4: Produtos químicos —
Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente. Parte 4: Ficha de
informações de segurança de produtos químicos (FISPQ). Publicada em: 19 nov.
2014.
RIBEIRO, M. G. Sistemas de Classificação de Produtos Químicos. FUNDACENTRO -
Fundação Jorge Duprat e Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho. São Paulo, 2017.
VENTURA, F. F. ABNT NBR 14725 - partes 3 e 4. FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat
e Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho. São Paulo, 2017.