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Acidente de tráfego

ACIDENTE DE TRÁFEGO
INTRODUÇÃO
2 - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Criminalística
A Criminalística é entendida como sendo um sistema ou disciplina autônoma, ou
ainda, podemos considerar como sendo uma "Ciência Auxiliar do Direito Penal", que
através de complexos conhecimentos científicos de outras ciências e métodos
qualificadores tem o fim específico de pesquisar nos vestígios do fato criminoso os
elementos necessários para formalizar o exame de corpo de delito, produzindo a prova
pericial para instruir o processo penal.
O papel primordial da Criminalística é apontar de maneira irrefutável diante de
prova científica e irrecusável às reações delituosas do homem delinquente descobrindo o
material acusador: colhe esse material; defende-o; estuda-o; interpreta-o.
Perícia
Podemos conceituar perícia como sendo uma atividade de examinar as coisas e os
fatos, reportando sua autenticidade e opinando sobre as causas, essências e efeitos da
matéria examinada.
Pode haver em qualquer área, sempre onde existir a controvérsia ou a pendência,
inclusive em algumas situações empírica.
Sua origem desde os mais remotos tempos da humanidade, onde iniciou-se o
processo civilizatório, que alias, até hoje continua, um indivíduo que por sua experiência
ou por maior poderio físico, comandava a sociedade primitiva era, a bem dizer juiz,
legislador e executor ao mesmo tempo, já que examinava, por sua ótica, julgava, fazia e
executava as leis.
Na Índia surgiu a figura do árbitro, que na verdade era o perito e juiz ao mesmo
tempo, pois fazia a verificação dos fatos, o exame dos estado das coisas e lugares, e
também tinha o poder da decisão judicial.
Os primeiros vestígios da Perícia surgiram no Egito e na Grécia, onde existiam
especialistas em determinados campos para proceder a verificação e ao exame de
determinadas matérias.
O objetivo da Perícia é o estado do fato característico e peculiar, que está sendo
objeto de litígio extrajudicial ou judicial, que ocorre dentro do âmbito de qualquer uma das

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ciência em questão, fornecendo mediante um Laudo, Parecer ou Relatório, em linguagem


acessível ao ser humano normal, condições para o julgamento e apreciação jurídica do
fato estudado.
Laudo Pericial
O laudo pericial é um documento técnico que traz consigo o relato do técnico ou
especialista designado para avaliar determinada situação que estava dentro de seus
conhecimentos. O laudo é a tradução das impressões captadas pelo técnico ou
especialista, em torno do fato litigioso, por meio dos conhecimentos especiais de quem o
examinou.

Nota: “o juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar a sua
convicção com outros elementos ou fatos provados nos autos” [6].

Perito
Perito criminal é o "expert" a serviço da justiça, especializado em encontrar ou
proporcionar a chamada prova técnica ou prova pericial, mediante a análise científica de
vestígios produzidos e deixados na prática de delitos.
O perito criminal, agindo por requisição da autoridade judicial, pelo ministério
público ou pela autoridade policial, estuda o corpo (ou objeto envolvido no delito), refaz o
mecanismo do crime (para saber o que ocorreu), examina o local onde ocorreu o delito e
efetua exames laboratoriais, entre outras coisas.
Assim como o Magistrado recorre a diversos elementos de convicção para informar
a sua sentença, também o Perito se louva em esclarecimentos científicos para instruir o
seu laudo.
Existe, portanto, uma semelhança no campo de trabalho do Juiz e do Perito na
medida em que ambos recorrem a elementos científicos e fatuais para revelar a verdade
em torno de um acontecimento. Nem o magistrado nem o "expert" baseiam os seus
documentos de trabalho em convicções exclusivamente pessoais. Ao contrário, os seus
atos, além da motivação indispensável, devem refletir o contido nos autos de
procedimento em função da prova em sua mais ampla acepção.
Há, no entanto, uma diferença muito grande entre as funções do Juiz e do Perito.
Enquanto o Juiz julga, isto é, declara em favor desta ou daquela parte, o Perito constata,

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vale dizer, aponta uma realidade preexistente sem aprofundar a sua investigação aos
campos da decisão como forma de optar entre teses conflitantes.
Quando a infração deixa vestígios
Como se sabe, a perícia surge com a necessidade da prova técnica e científica,
para auxiliar o juiz na solução e elucidação dos vários delitos surgidos na sociedade como
um todo, e como não poderia deixar de existir, as ocorrências de tráfego também
necessita dos exames periciais.
Isso se dá pelo motivo da lei processual penal brasileira vigente expressar com
clareza a legalidade da perícia sempre que a infração penal deixar vestígios.
Art. 158 (CPP). Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Segundo lei específica, os peritos deverão elaborar o laudo pericial, onde
descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
preservação de local de acidente de tráfego
Em caso de acidente sem vítimas e com testemunhas do ocorrido, as partes
envolvidas devem deslocar os veículos para não obstruir a passagem dos outros carros.
Se o acidente foi simples, como uma colisão de um carro na traseira do outro, caso este
em que a jurisprudência entende que é presumida a culpa do condutor do veículo que
bateu na traseira do outro (salvo prova em contrário), então é dever dos envolvidos
deslocarem os carros para não bloquear o trânsito, sob pena, inclusive, de infração e
aplicação de multa pelo agente da autoridade de trânsito (Art. 178 do CTB).
Entretanto, se o acidente for mais complexo e houver divergência entre os
envolvidos sobre quem foi o responsável pela colisão, ou houver vítimas, os condutores e
envolvidos devem aguardar os agentes de trânsito, peritos, e socorristas, se for o caso
(Art. 176 do CTB).
LEI NO 6.174, DE 09 DE DEZEMBRO DE 1974
Art.1º da Lei no 6.174 Dispõe sobre a aplicação do disposto nos artigos 12, alínea
a, e 339 do Código de Processo Penal Militar. “ Nos casos de acidente de trânsito, não
impede que a autoridade ou agente policial possa autorizar, independente de exame de
local, a imediata remoção das vítimas, como dos veículos envolvidos nele, se estiverem
no leito da via pública e com prejuízo do trânsito”

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Acidente de tráfego

Parágrafo único. “A autoridade ou agente policial que autorizar a remoção


facultada neste artigo lavrará boletim, no qual registrará a ocorrência com todas as
circunstâncias necessárias à apuração de responsabilidades, e arrolará as testemunhas
que a presenciaram, se houver.”
LEI Nº 5.970 - DE 11 DE DEZEMBRO DE 1973
Art. 1º Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que
primeiro tomar conhecimento do fato poderá autorizar, independentemente de exame do
local, a imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos
nele envolvidos, se estiverem no leito da via pública e prejudicarem o tráfego.
Parágrafo único. Para autorizar a remoção, a autoridade ou agente policial lavrará
boletim da ocorrência, nele consignado o fato, as testemunhas que o presenciaram e
todas as demais circunstâncias necessárias ao esclarecimento da verdade.
Esse dispositivo tem prejudicado sobremaneira os exames perícias em locais de
acidente de tráfego, uma vez que a exceção virou regra.
Conceitos
Trânsito: é a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em
grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação
de carga ou descarga.
Tráfego: é o movimento de pedestres, veículos ou animais sobre vias terrestres,
considerando quanto a cada unidade de per si, isto é, a dinâmica do deslocamento físico
de pessoas, animais e veículos no seu aspecto individual.
Acidente de tráfego: é o incidente involuntário do qual participam, pelo menos, um
veículo em movimento; pedestres e obstáculos fixos, isolados ou conjuntamente,
ocorridos numa via terrestre, resultando danos ao patrimônio, lesões físicas ou morte.
Via: superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a
pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central. São vias terrestres urbanas ou
rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as
rodovias, que tenham seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição
sobre elas.
Pista: corresponde à parte da via normalmente utilizada para a circulação de
veículos, possuindo elementos separadores (linha de bordo nas rodovias por exemplo) ou

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por diferença de nível em relação às calçadas, canteiros ou ilhas (meio fio por exemplo),
assim chamada de pista de rolamento.
Faixa de trânsito: cada um dos trechos carroçáveis de uma pista de rolamento.
Unidade de tráfego: são assim considerados todos os veículos automotores
(caminhões, automóveis, motocicletas, ônibus), os de tração animal (carroças), os de
tração ou propulsão humana (bicicletas), pedestres, animais de porte arrebanhados ou
montados.
Limite da via

ACOSTAMENTO

Linha de bordo
FAIXA DE ROLAMENTO
VIA

PISTA

FAIXA DE ROLAMENTO

FAIXA DE ROLAMENTO
Linha de bordo

ACOSTAMENTO

Limite da via

Perícia em local de acidente de tráfego


Podemos dizer, de maneira bem simplista, que a perícia, em locais de acidentes de
tráfego, significa registrar os veículos, destroçados, as posições, as situações, a natureza
das avarias, as condições operacionais dos veículos, suas posições de imobilizações, os
cadáveres, se houver, as manchas em geral, os vestígios de solo (as marcas de
derrapagem, frenagem e outras deixadas no pavimento), os demais elementos que
podem se desprender das carrocerias, o estado do solo, as sinalizações etc.; e a partir da
complexidade de todos os elementos levantados, processá-los, e através de dedução e
indução lógicas, fazer a recomposição do evento, e contar através da dinâmica o modo
como ocorreu o evento, bem como, formular juízo técnico de valor confiável.
O levantamento de local de acidente de trânsito para posterior redação do laudo
pericial efetuado por perito é instrumento imprescindível nos processos judiciais
envolvendo ocorrências dessa natureza, uma vez que a partir do trabalho inicial de
[7]
levantamento é que resultará a definição da causa determinante para um acidente .

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Cabe ao perito responsável pelo levantamento um cuidado especial no uso dos


termos técnicos referentes a esse tão importante procedimento, para que nos laudos
periciais se evite ambiguidade de termos, termos inexistentes ou até mesmo ausência de
dados que possam ser ignorados por não se conhecer a maneira adequada de se relatar
[7]
.
Classificação geral dos acidentes de tráfego
Os acidentes de tráfego, segundo Ranvier Feitosa Aragão [2], são divididos em:
Acidente Simples: quando envolve somente uma unidade de tráfego. Temos
como exemplo de acidente simples o abandono do veículo de uma artéria e se choca
contra um obstáculo fixo.
Acidente Múltiplo: quando envolve duas ou mais unidades de tráfego. Temos
como exemplo de acidente múltiplo as colisões, os abalroamentos e atropelamentos.
Acidente sem contato: ocorre quando uma unidade de tráfego contribui para o
acidente, contudo não interage plenamente com a outra, ou seja, não entra em contato
físico.
Tipos de acidentes de tráfego
Pode-se tipificar os acidentes da seguinte forma:
• colisão: é o embate entre dois ou mais veículo em movimento. Os acidentes
envolvendo ciclistas devem ser tratados como colisão entre veículos caso o
condutor da bicicleta esteja montado na bicicleta. Caso a pessoa envolvida no
acidente esteja apenas empurrando a bicicleta, o acidente deve ser tratado como
atropelamento;
• abalroamento: é o embate de veículo em movimento contra outro que se encotra
parado;
• choque: é o embate de um veículo contra um obstáculo fixo como poste, árvore,
muro, parede ou guarda-corpo;
• atropelamento: ocorre quando um veículo (automóveis, motocicletas e caminhões)
colide contra pessoas ou animais (semoventes, cães, etc);
• capotamento: evento no qual o veículo, por causas as mais diversas, gira em
torno de seu eixo vertical e, na fase final de imobilização, apresenta-se apoiado
sobre a sua cobertura, com as rodas voltadas para cima;

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Acidente de tráfego

• tombamento: evento no qual o veículo, por causas as mais diversas, gira em torno
de seu eixo vertical e, na fase final de imobilização, apresenta-se apoiado sobre
uma das laterais;
• precipitação: queda livre de um veículo por ação da gravidade e que ocorre por
causas as mais diversas, como perda de direção, manobra brusca, etc.;
• colisão em cadeia: conhecida também como colisão sucessiva ou tamponamento,
ocorre quando um veículo embate na traseira de outro que segue imediatamente a
sua frente e este, esbarra no outro que também está à sua frente, e assim
sucessivamente. Pode envolver várias unidades de tráfego;
• mista: conjugação de dois ou mais tipos de eventos em um mesmo acidente.
Evidentemente que um acidente na maioria das vezes ocorre de forma complexa,
podendo dentro de um mesmo acidente ocorrer diversas formas de colisões e de embates
em uma sequência de fatos que cabe ao perito de local informar em uma sugestão de
dinâmica provável.
Designação das interações veiculares.
As interações veiculares recebem designações especiais, úteis na descrição dos
acidentes. Assim sendo, o choque, o abalroamento e a colisão podem ser melhor
definidas com a adução da seguinte terminologia, conforme figuras a seguir.

Frontal Semi-frontal pela direira

Semi-frontal pela esquerda Fricção lateral pela direita

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Acidente de tráfego

Fricção lateral pela esquerda Transversal anterior

Transversal média pela direita Transversal média pela esquerda

Transversal oblíqua

Pela direita Pela esquerda


Por impulsão Por oposição

Transversal ântero-posterior pela direita Transversal ântero-posterior pela esquerda

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Acidente de tráfego

REFRÊNCIAS

[1] - Wikipédia, a enciclopédia livre/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_autom%C3%B3vel

[2] - ARAGÃO, Ranvier Feitosa - Tratado de Perícia Criminalísitcas - Acidentes de Trânsito/Aspectos


técnicose jurídicos, Editora Sagra Luzzatto

[3] - http://www.facape.br/socrates/Trabalhos/A_Importancia_da_Pericia_Contabil.htm

[4] - Código de Processo Penal Militar/Decreto Lei n° 1.002, de 21 de outubro de 1969/


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del1002.htm

[5] - Curiosidades/ http://www.carroantigo.com/portugues/conteudo/curio_automovel_no_brasil.htm

[6] - Código de Processo Penal/Decreto Lei n° 3.689, de 3 de outubro de 1941/


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689Compilado.htm

[7] - Levantamento de locais de acidentes de trânsito/


http://www.seguranca.mt.gov.br/politec/3c/artigos/Levantamento_Transito.pdf

[8] - Código de Trânsito Brasileiro/ Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997/


http://www.denatran.gov.br/ctb.htm

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