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Material Complementar

ARTEFATO
A palavra “artefato” se refere aos objetos produzidos pelo trabalho humano e se
contrapõe, portanto, aos objetos naturais ou acidentais. Trata-se de uma categoria
muito ampla, abrangendo sem distinção objetos tecnológicos e artísticos, industriais e
artesanais, independentemente de FUNÇÃO, UTILIDADE OU VALOR SIMBÓLICO.

A noção de artefato é o elemento básico para definir o CONCEITO ainda mais


abrangente de CULTURA MATERIAL. Uma cultura material se constitui de um
determinado conjunto de artefatos, relacionados por critérios de contiguidade
temporal, geográfica, étnica, ou de uso.

Historicamente, a palavra artefato costumava ser mais utilizada para se referir


aos objetos produzidos por outras culturas que não a CULTURA ocidental moderna.
Durante décadas e até séculos, seu uso se fez mais frequente nas áreas de Arqueologia
e Antropologia, ou seja, no discurso construído sobre a ARTE e TECNOLOGIA alheias.

Assim, falava-se de um espelho romano antigo como um ARTEFATO, enquanto o


espelho moderno era um PRODUTO ou OBJETO utilitário. Fala-se de uma escultura
africana como um artefato, enquanto a escultura europeia era arte. Trata-se,
evidentemente, de uma distinção improcedente. Todos esses objetos são artefatos, e
alguns pertencem também a outras categorias, como tecnologia e arte, entre outras.

Pode ser útil pensar no design como uma área que gera artefatos, pois a
amplitude desse conceito ajuda a superar distinções que muitas vezes dificultam a
comparação de objetos produzidos em contextos diferentes, ou com o emprego de
meios e técnicas muito diversos entre si.

Independentemente da FORMA, da FUNÇÃO ou da ÉPOCA de sua produção, todo


objeto humano é um artefato no sentido etimológico de ter sido “feito com arte” (do
latim, arte factus). Em outras palavras, todo objeto produzido pelo esforço humano
entra em existência através de algum processo que transforma a ideia em matéria: a
objetivação, no seu sentido estrito.

Esse processo – que no design corresponde ao ato de projetar – é definidor em


muitos sentidos da nossa própria humanidade. O ser humano é um animal que gera
artefatos, e os artefatos são os vestígios mais eloquentes da nossa ação como cultura e
espécie.

Bons estudos!

REFERÊNCIAS
COELHO, Luiz Antonio L. (org.). Conceitos-chave em design. Rio de Janeiro: Ed. PUCRio: Novas Idéias,
2008.

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