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Gentílico: sul-africano(a)
austro-africano(a)[1]
Cód. ISO ZA
Websitegovernamental http://www.gov.za/
África do Sul, oficialmente República da África do Sul, é um país localizado no extremo
sul da África, entre os oceanosAtlântico e Índico,[7] com 2 798 quilômetros de litoral.[8][9] É
limitado pela Namíbia, Botsuana e Zimbábue ao norte; Moçambique e Suazilândia a leste;
e com o Lesoto, um enclave totalmente rodeado pelo território sul-africano.[10] O país é
conhecido por sua biodiversidade e pela grande variedade de culturas, idiomas e crenças
religiosas. A Constituiçãoreconhece 11 línguas oficiais.[7] Duas dessas línguas são de
origem europeia: o africâner, uma língua que se originou principalmente a partir
do neerlandês e que é falado pela maioria dos brancos e mestiços sul-africanos, e o inglês
sul-africano, que é a língua mais falada na vida pública oficial e comercial, mas é apenas o
quinto idioma mais falado em casa.[7]
Considerado uma economia de renda média alta pelo Banco Mundial, o país é
considerado um mercado emergente. A economia sul-africana é a segunda maior do
continente (atrás apenas da Nigéria) e a 25ª maior do mundo (PPC). Multiétnico, o país
possui as maiores comunidades de europeus, indianos e mestiços da África. Apesar de
70% da população sul-africana ser composta por negros,[11] este grupo é bastante
diversificado e abrange várias etnias que falam línguas bantas, um dos idiomas que têm
estatuto oficial.[7] No entanto, cerca de um quarto da população está desempregada[12] e
vive com menos de 1,25 dólar por dia.[13]
A África do Sul é uma democracia constitucional, na forma de uma república parlamentar;
ao contrário da maioria das repúblicas parlamentares, os cargos de chefe de
Estado e chefe de governo são mesclados em um presidente dependente do parlamento.
É um dos poucos países africanos que nunca passaram por um golpe de Estado ou
entraram em uma guerra civil depois do processo de descolonização, além de
ter eleições regulares sendo realizadas por quase um século. A grande maioria dos negros
sul-africanos, no entanto, foram completamente emancipados apenas depois de 1994,
após o fim do regime do apartheid. Durante o século XX, a maioria negra lutou para
recuperar os seus direitos, que foram suprimidos durante décadas pela minoria branca,
dominante política e economicamente, uma luta que teve um grande papel na história e
recente do país.
O país é um dos membros fundadores da União Africana, da Organização das Nações
Unidas (ONU) e da Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (NEPAD), além de
ser membro do Tratado da Antártida, do Grupo dos 77, da Zona de Paz e Cooperação do
Atlântico Sul, da União Aduaneira da África Austral, da Organização Mundial do
Comércio (OMC), do Fundo Monetário Internacional (FMI), do G20, do G8+5 e é uma das
nações BRICS. Tem ainda a melhor infraestrutura e a segunda maior economia do
continente.[14][15]
Índice
1Nome
2História
o 2.1Pré-história
o 2.2Expansão bantu
o 2.3Contato português
o 2.4Colonização europeia
o 2.5Guerra dos Bôeres
o 2.6Independência, república e regime segregacionista
o 2.7Era pós-apartheid
3Geografia
o 3.1Clima
o 3.2Biodiversidade
4Demografia
o 4.1Maiores cidades
o 4.2Composição étnica
o 4.3Religião
o 4.4Idiomas
o 4.5Problemas socioeconômicos
5Governo e política
o 5.1Lei
o 5.2Forças armadas
o 5.3Relações internacionais
6Subdivisões
7Economia
o 7.1Turismo
8Infraestrutura
o 8.1Ciência e tecnologia
o 8.2Educação
o 8.3Saúde
o 8.4Energia e transportes
9Cultura
o 9.1Belas artes
o 9.2Literatura
o 9.3Culinária
o 9.4Música
o 9.5Esportes
o 9.6Feriados
10Ver também
11Referências
o 11.1Bibliografia
12Ligações externas
Nome
Mzansi, derivado do Xhosa substantivo umzantsi que significa "sul", é um nome
coloquial para a África do Sul,[16][17]enquanto alguns partidos políticos pan-africanistas
preferem o termo "Azania".[18]
História
Ver artigo principal: História da África do Sul
Ver também: Cronologia da história da África do Sul
Pré-história
A África do Sul contém alguns dos mais antigos sítios arqueológicos e fósseis humanos do
mundo.[19][20][21] Vários restos de fósseis foram recuperados a partir de uma série de
cavernas na província de Gauteng. A área é um Patrimônio Mundialpela UNESCO e foi
denominada o Berço da Humanidade. Os locais incluem Sterkfontein, que é um dos mais
ricos territórios de fósseis hominídeos no mundo. Outros locais incluem Swartkrans,
Caverna de Gondolin, Kromdraai, Caverna Coopers e Malapa. O primeiro fóssil de
hominídeo descoberto na África, a Criança de Taung, foi encontrado perto da cidade de
Taung, na província Noroeste, em 1924. Outros restos de hominídeos foram recuperados
a partir de sítios de Makapansgat em Limpopo, Cornelia e Florisbad no Estado Livre,
Caverna Border em KwaZulu-Natal, na embocadura do rio Klasies em Eastern Cape e
Pinnacle Point, Elandsfontein e na Caverna Die Kelders em Western Cape. Esses sítios
indicam que várias espécies de hominídeos viviam na África do Sul há cerca de três
milhões de anos, entre eles o Australopithecus africanus.[22]
Expansão bantu
Ver artigo principal: Expansão bantu
Na época do contato europeu, o grupo étnico dominante eram os povos bantu que
migraram de outras partes da África cerca de mil anos antes. Os dois principais grupos
eram os xhosas e os zulu. Em 1487, o explorador português Bartolomeu Dias liderou a
primeira viagem europeia a desembarcar em território que atualmente faz parte da África
do Sul.[26]
Em 4 de dezembro, Dias desembarcou em Walfisch Bay (agora conhecido como Walvis
Bay, na atual Namíbia). Antes disto, em 1485, Diogo Cão tinha chegado a Cabo Cross,
160 km a norte de Walvis bay.[26]
Depois de 8 de janeiro de 1488, impedido de prosseguir ao longo da costa por conta
de tempestades, Dias navegou em alto mar e passou o ponto mais meridional da África
sem vê-lo. Ele chegou até a costa oriental de África, no que chamou de Rio do Infante,
provavelmente o atual rio Groot, em maio de 1488, mas em seu retorno, viu o Cabo, que
chamou de primeira Cabo das Tormentas.[27]
Mais tarde, o rei João II de Portugal rebatizou o ponto para Cabo da Boa Esperança, uma
vez que levava às riquezas das Índias Orientais. A façanha de Dias foi posteriormente i