1. NOTA INTRODUTÓRIA
Com advento da Lei nº 9.271, de 17 de abril de 1996, alterou-se a redação do
artigo 366 do Código de Processo Penal, consagrando uma “cisão” do tradicional
tratamento da revelia dado aos acusados citados por edital, com a introdução de
mecanismos mais efetivos ao devido processo legal (due process of law).
2. CITAÇÃO
O ato citatório, além de dar ao acusado a ciência de que foi contra ele
deflagrada a persecução criminal, visa, outrossim, a conceder-lhe entrevista pessoal
com o juiz e a possibilidade do exercício do direito de autodefesa. 1
É tão essencial o ato em foco que a sua falta vicia o processo desde o início,
ocasionando-lhe nulidade absoluta. Disciplina o art. 564, inciso III, alínea “e”, do
Código de Processo Penal que: “A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: ... III –
por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: ... e) a citação do réu para ver-se
processar...”.
1
ALMEIDA, José Eulálio Figueredo. Suspensão do processo e da prescrição penal. Belo Horizonte: Del Rey,
1998, p. 20.
2
TACrim-SP, HC 119.796, RT 578/364. Apud GRINOVER, Ada Pelegrini; SCARANCE FERNANDES,
Antonio; GOMES FILHO, Antonio Magalhães. As nulidades no processo penal. 6ª ed. São Paulo: Malheiros,
1999, p. 101/102.
4
nos processos de crimes afiançáveis praticados por funcionário público (CPP, art.
514).
Cuidando-se de acusado preso, a lei exige que seja requisitado, a fim de ser
apresentado em juízo, com o escopo de ser qualificado e interrogado. A referida
requisição não prejudica a citação por mandado, que deve ser realizada pelo oficial
de justiça, dando-lhe conhecimento da imputação que lhe é feita. Aliás, a Excelsa
Corte já editou Súmula (nº 351), com o seguinte teor: “É nula a citação por edital de
réu preso na mesma unidade da Federação em que o juiz exerce a jurisdição.”
A outra hipótese de citação por edital a ser analisada diz respeito à pessoa
incerta. A redação do art. 363, II, do CPP, contém uma imprecisão na expressão, ao
mencionar: “A citação ainda será feita por edital: ... II – quando incerta a pessoa que
tiver de ser citada.” Ora, a lei fala em pessoa incerta, todavia, sabe-se que uma
ação não pode ser intentada contra pessoa completamente desconhecida. Daí, o
art. 41 do CPP, que se refere ao oferecimento da denúncia ou queixa, prevê que tais
peças devem conter, dentre outros, a qualificação do acusado ou esclarecimentos
pelos quais se possa identificá-lo. Neste particular, a pessoa é certa, mas não se
sabe o nome ou endereço capaz de permitir a citação direta. A denúncia ou queixa,
conforme o caso, deve apontar os sinais característicos, pelos quais a pessoa
possa ser identificada, sendo sempre dirigida a determinado indivíduo.
3. REVELIA
Carnelutti, citado por Edson Prata, pontifica que “as partes são sujeitos
necessários ou, pelo menos, úteis ao processo, uma delas ou ambas não se
colocando à disposição do ofício constitui, no mínimo, uma dificuldade à realização
da justiça.”5
3
Ibid. p. 103.
4
TORNAGHI, Hélio. Curso de Processo Penal. 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 1992, v. 2, p. 147.
5
CANELUTTI, Francisco. Sistema de Derecho Penal. Uteha Argenitna, trad., de Niceto Alcalá-Zomora y
Castilo e Santiago Sentís Melendo, nº 644. Apud PRATA, Edson. A revelia no Direito Brasileiro. São Paulo:
EUD, 1981, p. 19.
8
No âmbito processual penal, diz-se revel o acusado que, citado por uma das
formas delineadas no Código de Processo Penal, não atende ao chamamento. Se o
acusado é citado pessoalmente para comparecer em juízo, a fim de ser qualificado
e interrogado, mas não se faz presente ao ato, tem-se como revel. A revelia é
conseqüência de sua teimosia, recalcitrância de não vir a juízo, quando deveria,
nem ter constituído defensor. No caso, os efeitos da revelia incidem, dando-se
seguimento ao processo sem a sua presença e sem sua intimação para os demais
atos processuais, como forma de sanção, apenas nomeando-lhe defensor. De igual
modo, o processo não será paralisado, prosseguindo sem a presença do acusado,
quando este for intimado, por mandado, para qualquer ato, e deixa de comparecer
sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunica o
novo endereço ao juízo (art. 367 do CPP).
Por outro lado, os efeitos da revelia não se processam quando o acusado for
citado por edital e não comparece para ser interrogado ou não constitui defensor, ex
vi do art. 366 do CPP, com sua nova redação. O dispositivo referido determina para
a hipótese em que se suspenda o andamento do processo e o curso da prescrição,
excepcionando, apenas, a possibilidade de produção de provas consideradas
urgentes e a decretação de prisão preventiva, conforme se verá adiante.
6
ALMEIDA, José Eulálio Figueredo. Suspensão do processo e da prescrição penal. Belo Horizonte: Del Rey,
1998, p. 164.
9
7
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. 23 ed., São Paulo: Saraiva, 2001, v. 1, p. 44.
8
ANSENJO, Jiminez. Apud TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. 23 ed., São Paulo:
Saraiva, 2001, v. 1, p. 45.
9
CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2000, p. 19.
10
Outra fonte de alteração do art. 366 do CPP, não menos importante que os
princípios referidos, são os acordos internacionais. Pode-se citar a Convenção
Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica, de
10
Ibid., p. 20.
11
“ Art. 8º – Garantias Judiciais: ... 2. Toda pessoa acusada de delito tem direito a que
se presuma sua inocência enquanto não se comprove legalmente sua culpa. Durante
o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias
mínimas: ... b) comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação
formulada; c) concessão ao acusado do tempo e dos meios adequados para a
preparação de sua defesa; e d) direito do acusado ... de comunicar-se, livremente e
em particular, com seu defensor.”
“Art. 14, nº 3. Toda pessoa acusada de um delito terá direito, em plena igualdade,
pelo menos, as seguintes garantias: a) ser informado, sem demora, numa língua que
compreenda e de forma minuciosa, da natureza e dos motivos da acusação contra
ela formulada; b) de dispor do tempo e dos meios necessários à preparação de sua
defesa e a comunicar-se com defensor de sua escolha; c) ...; d) de estar presente no
julgamento e defender-se pessoalmente ou por intermédio de defensor de sua
escolha; de ser informado, caso não tenha defensor, do direito que lhe assiste de tê-
lo e, sempre que o interesse da justiça assim o exija, de ter um defensor designado
11
ex officio gratuitamente, se não tiver meios de remunerá-lo”. (sic).
“Não é por outras razões que diversos ordenamentos processuais, mais sensíveis
às garantias constitucionais, há muito tempo aboliram qualquer possibilidade de
condenação à revelia: Alemanha e Áustria, Reino Unido e Canadá, Holanda, Suécia
e Suíça, Noruega e Finlândia assim fazem. No direito ibero-americano, Portugal e
quase todos os países da América Latina suprimiram o processo à revelia, suspendo-
o até que o acusado apareça.” 12
12
GRINOVER, Ada Pellegrini. Fundamentos políticos do novo tratamento da revelia. Boletim IBCCrim, v. 42,
ed. especial, jun/1996, p. 1.
13
Ibid., mesma página.
13
“art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado,
ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz
determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o
caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. § 1º. As
provas antecipadas serão produzidas na presença do Ministério Público e do
defensor dativo. § 2º. Comparecendo o acusado, ter-se-á por citado pessoalmente,
prosseguindo o processo em seus ulteriores atos. ”
Note-se que o dispositivo revogado, por sua vez, não fazia distinção quanto à
modalidade de citação. Bastava o não comparecimento ou a ausência do acusado
ao interrogatório para se configurar a revelia e se processarem os seus efeitos. Não
se levava em conta se a citação era ficta ou real; ambas recebiam o mesmo
tratamento. Por essa ótica, a norma não se preocupava com o efetivo conhecimento
da ação penal pelo acusado.
5. 1. Suspensão do processo
14
TREDINNICK, André Felipe Alves da Costa. Op. cit., p. 30.
15
“1ª - a lei não fixou limite, de modo que o termo final do prazo suspensivo ocorre na
data em que o réu comparece em Juízo, qualquer que seja o tempo decorrido; 2ª -
deve ser considerado o máximo abstrato da pena privativa de liberdade cominada à
infração penal; 3ª - leva-se em conta o mínimo abstrato da pena privativa de
liberdade cominada; 4ª - tem-se em vista o limite máximo do prazo prescricional
previsto em nossa legislação, que é de vinte anos (CP, art. 109, I); 5ª - o limite
temporal da suspensão é o mesmo da prescrição (CP, art. 109), em atenção ao
mínimo abstrato da pena privativa de liberdade; 6ª - o limite extremo superior da
suspensão da prescrição é o mesmo do art. 109 do CP, regulado pelo máximo da
pena privativa de liberdade cominada à infração penal.”17
18
OLIVEIRA, Lucas Pimentel de. A revelia e a suspensão do processo. Revista do Ministério Público
Paulista, jul/1996, p. 15.
19
Apud FERRARI, Eduardo Reale; CUSTÓDIO, Rosier B. A Lei nº 9.271/96 e sua aplicação prática. Boletim
IBCCrim, v. 56, jul/1997, p. 11.
18
“suspensa ação penal por crime de lesão corporal leve (CP, art. 129, caput), o
impedimento do curso prescricional tem o termo máximo de quatro anos (CP, art.
109, V), i.e., o prazo prescricional da pretensão punitiva só pode ficar suspenso até
quatro anos. Nesse limite recomeça a ser contado o lapso extintivo, que é de quatro
anos, considerada pena máxima abstrata, computando-se o tempo anterior à
suspensão.”20
20
Quem milita na área criminal sabe que não é difícil se deparar com
testemunhas que, ao serem indagadas acerca dos fatos, respondem, por exemplo:
22
MALULY, Jorge Assaf. Lei nº 9.271/96: Provas urgentes e o depoimento testemunhal. Boletim IBCCrim, v.
52, mar/1997, p. 8.
23
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Código de Processo Penal Comentado. 5 ed. São Paulo: Saraiva,
1999, v. 1, p. 628.
24
MALULY, Jorge Assaf. Op. cit. p. 8.
22
“não me lembro, porque já faz muito tempo”. Tais perguntas, por vezes,
necessitavam ser respondidas de maneira precisa para formar a convicção do
julgador a respeito da cena criminosa denunciada.
Saliente-se que há outras provas que não são urgentes e podem esperar
para ser produzidas no futuro. Ademais, é imprescindível a suspensão do processo,
uma vez que a sentença apenas deve ser prolatada após a versão do acusado nos
25
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Op. cit.,p. 250.
23
O art. 366 do CPP, com as expressões “podendo o juiz” e “se for o caso”,
prevê a possibilidade da decretação da prisão em exame quando o acusado citado
por edital não comparecer ou não constituir defensor. Em qualquer hipótese, exclui-
se daqui a capacidade de a medida ser compulsória, sob pena de se restabelecer a
prisão obrigatória no Brasil.
26
TREDINNICK, André Felipe Alves da Costa. Op. cit., p. 83.
24
Insta salientar que a custódia preventiva não sofreu alteração com a Lei nº
9.271/96, continuando a ser decretada, tão-somente, nos crimes dolosos punidos
com reclusão e, excepcionalmente, nos punidos com detenção, apenas quando (art.
313 do CPP): a) o acusado for vadio; b) houver dúvida sobre sua identidade e não
fornecer ou não indicar elementos para esclarecê-la; ou c) o acusado for reincidente
em crime doloso, ressalvado o disposto no art. 64, I, do CP.
O crime pode ser praticado por uma ou várias pessoas. Quando esta última
hipótese ocorre, há concurso de pessoas, concurso de agentes, co-autoria, co-
participação, co-delinqüência ou concursus delinquentium. Para Magalhães
Noronha, há concurso “quando mais de uma pessoa, ciente e voluntariamente,
participa da mesma infração penal (crime ou contravenção).” 29 Acrescenta ainda o
27
BASTOS, Marcelo Lessa. Lei 9.271/96: A suspensão do processo e da prescrição no caso de concurso de
pessoas. COAD. Mai/1997, p. 74.
28
Ibid., mesma página.
29
NORANHA, E. Magalhães. Direito Penal. 24 ed., São Paulo: Saraiva, 1986, p. 204. v. 1.
26
Por fim, há de se considerar que a teoria unitária foi temperada pela teoria
restritiva do autor, ante a redação do § 2º do art. 29 do CP, que distinguiu o autor do
partícipe, sendo aquele o que realiza a conduta prevista no tipo penal, ao passo que
ser este o que contribui de qualquer modo para o crime, embora não pratique ato
que está descrito na norma incriminadora.
As condições, por sua vez, segundo Júlio Fabbrini Mirabete, dizem respeito
às relações do agente com a vida exterior, com outras pessoas e com as coisas 34,
tais como estado civil, parentesco, profissão etc. Igualmente, como as
circunstâncias pessoais, as condições de caráter pessoal, em regra, não se
comunicam, salvo nas hipóteses em que são elementares do delito.
36
CARVALHO, Luiz Airton de. Princípios constitucionais da segurança jurídica no Estado democrático de
direito. Revista AMB. v. 3, nov/dez 1997, p. 20.
37
CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito Constitucional. 6 ed., Coimbra: Almedina, 1993, p. 562.
38
TUCCI, Rogério Laura; CRUZ E TUCCI, José Rogério. Constituição de 1998 e processo – regramentos e
garantias constitucionais do processo. São Paulo: Saraiva, 1989, p. 38.
29
Ao seu turno, Rogério Lauria Tucci e José Rogério Cruz e Tucci aborda que:
“Tal concepção – de que a igualdade abrange não só o campo da criação da lei, mas,
também, o da aplicação – implica que o juiz, no exercício da função jurisdicional, a
despeito de não estar vinculado ao precedente judiciário, deve decidir de idêntico
modo questões análogas.”42
39
Ignácio Burgoa Apud ibid., na mesma página.
40
* a igualdade, do ponto de vista jurídico, manifesta-se na possibilidade e capacidade de que várias pessoas,
numericamente indeterminadas, adquiram direitos e contraiam obrigações derivadas de uma certa e determinada
situação em que se encontram. “Tradução livre do autor”.
41
CANOTILHO, J. J. Gomes. Op. cit., p. 570.
42
TUCCI, Rogério Laura, CRUZ e TUCCI, José Rogério. Op. cit.,p. 41.
30
43
MIRABETE, Julio Fabbrini. Código de Processo Penal. 2 ed., São Paulo: Atlas, 1995, p. 654.
44
Ibid., na mesma página.
31
Por razões óbvias, registre-se que nos casos em que a decisão benéfica ao
co-réu se arrimar em motivos de caráter exclusivamente pessoal, os seus efeitos
não poderão ser estendidos aos demais.
Assim, fundando-se no conteúdo do art. 580 do CPP, que, por sua vez,
encontra subsídio no regramento isonômico, é possível a aplicação analógica deste
dispositivo aos casos de concurso de pessoas, quando ocorrer suspensão do
processo em relação a determinado co-réu e aos outros não, desde que a decisão
superveniente seja favorável e não se funde em motivo que possua conotação
exclusivamente pessoal. A aplicação é possível até porque foi alcançada, para a
hipótese, a verdade real que se busca para proferir o julgamento, encontrando-se
esteio nos princípios reitores da persecução penal.
6.4.1. Decisões
32
45
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. 23 ed. São Paulo: Saraiva, 2001, v. 4, p. 233.
33
A primeira ocorre quando o fato, embora previsto no tipo como crime, é lícito.
Tal acontece nas hipóteses previstas no art. 23 do Código Penal, sendo elas:
46
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Op. cit.,p. 654.
36
A segunda diz respeito ao fato típico e lícito, mas o agente é isento em face
de uma circunstância pessoal. Essas hipóteses estão previstas no Código Penal,
nos arts. 20, § 1º (descriminante putativa); 21, segunda parte (erro inevitável sobre a
ilicitude do fato); 22 (coação irresistível e obediência hierárquica); 26
(desenvolvimento mental incompleto ou retardado) e 28, § 1º (embriaguez fortuita
completa). 47
A.6 – Insuficiência de prova para a condenação. Esse inciso prevê que não
se pode julgar procedente a pretensão punitiva por falta de provas capazes de
embasar uma condenação49. Pairam dúvidas sobre o fato, a autoria ou a culpa (lato
sensu). No processo há elementos probantes que consideram o agente culpado e
outros que permitem supô-lo inocente. Com efeito, há provas em desfavor do
agente, todavia elas são insuficientes para autorizar a condenação porque foram
parcialmente produzidas.50
47
TORNAGHI, Hélio. Op. cit., nota 05, p. 180.
48
Ibid., na mesma página.
49
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. cit., nota 46, p. 448.
50
TORNAGHI, Hélio. Op. cit., nota 05, p. 180.
37
7. CONSIDERAÇÕES ÚLTIMAS
17. A prisão preventiva não sofreu alteração com a Lei nº 9.271/96, podendo
ser decretada, tão-somente, nos crimes dolosos punidos com reclusão e, nas
ressalvas da lei, para os punidos com detenção.
19. O co-réu revel pode, por intermédio de defensor dativo, quando lhe for
nomeado para produção de prova urgente, ou constituído, pedir ao juiz que lhe
aproveitem os efeitos da decisão benéfica do outro co-réu.
41
24. A sentença absolutória, quando fundada no art. 386, incisos I, III e V, este
último dependendo do caso, do CPP, é capaz de beneficiar os co-réus para quem o
processo se encontre paralisado.
26. Não importa a decisão, qualquer dela, quando for benéfica ao acusado e
não possuir cunho exclusivamente pessoal, aproveitar-se-á aos demais co-réus
para quem o processo se encontra suspenso.
8. BIBLIOGRAFIA
CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
JESUS, Damásio E. de. Notas ao art. 366 do Código de Processo Penal, com
redação da Lei nº 9.271/96. Boletim IBCCrim, v. 42, p. 3, 1996. (Edição especial).
LIMA FILHO, Altamiro de Araújo. Alterações ao código penal e processo penal. 2 ed.
São Paulo: Direito, 1996.
MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 18 ed., São Paulo: Atlas, 1999.
v. 1.
NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria Andrade. Código de Processo Civil
Comentado e legislação processual civil extravagante em vigor. 2 ed., São
Paulo: RT, 1996.
TORNAGNI, Hélio. Curso de processo penal. 8 ed. São Paulo: Saraiva, 1992, v. 1.