CENTRO DE ENGENHARIAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS E PAVIMENTAÇÃO
MOSSORÓ/RN
2018
CRISNARA DE ARAÚJO DUARTE
JULIANA CARLA FRUTUOSO DE SOUZA
MARCELO AUGUSTO DA COSTA
MARIA MAYRLLA OLIVEIRA DO REIS
PAULO RÉGIS CHAGAS CAVALCANTE
VICTOR JOSÉ GOMES DE OLIVEIRA
MOSSORÓ/RN
2018
2
LISTA DE FIGURAS
3
LISTA DE TABELAS
4
SUMÁRIO
1.ENSAIO DE COMPACTAÇÃO .......................................................................................... 6
1.1.RESUMO ......................................................................................................................... 6
1.2.INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 7
1.3.OBJETIVO ...................................................................................................................... 7
1.4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 7
1.5 METODOLOGIA ........................................................................................................... 9
1.6.RESULTADOS ............................................................................................................. 12
1.7.CONCLUSÃO ............................................................................................................... 13
2.ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA ( ISC ou CBR) ................................................. 14
2.1.RESUMO ....................................................................................................................... 14
2.2.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 15
2.3.OBJETIVO .................................................................................................................... 15
2.4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 15
2.5.METODOLOGIA ......................................................................................................... 16
2.6.RESULTADOS ............................................................................................................. 17
2.7.CONCLUSÃO ............................................................................................................... 19
3. ENSAIO DE FRASCO DE AREIA .................................................................................. 20
3.1.RESUMO ....................................................................................................................... 20
3.2.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 21
3.3.OBJETIVO .................................................................................................................... 21
3.4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 21
3.5. METODOLOGIA ........................................................................................................ 22
3.6.RESULTADOS ............................................................................................................. 23
3.7.CONCLUSÃO ............................................................................................................... 24
4. ENSAIO DE ADENSAMENTO ........................................................................................ 25
4.1.RESUMO ....................................................................................................................... 25
4.2.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 26
4.3.OBJETIVO .................................................................................................................... 26
4.4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 26
4.5.METODOLOGIA ......................................................................................................... 30
4.6.RESULTADOS ............................................................................................................. 31
4.7.CONCLUSÃO ............................................................................................................... 35
5.REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 36
5
1.ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
1.1.RESUMO
O trabalho tem objetivos sobre a compactação dos solos, pode-se ver que existem vários
mecanismos para diferentes tipos de compactações de solo, e pode ser feita por processos
mecânicos e manuais, no qual haverá aumento da resistência, redução da compressibilidade e a
permeabilidade, que depende consequentemente de cada tipo de solo. O método utilizado foi o
de Proctor, que de maneira geral é realizado através de ininterruptos impactos de um soquete
na amostra para retirar o ar que fica comprimido as camadas do solo, para obter o melhor
resultado possível, objetivando a obtenção da chamada curva de compactação, a massa
específica seca máxima e a umidade ótima do solo em estudo, dois fatores importantes para
uma compactação correta e com precisão. O material do ensaio pode ou não ser reutilizado,
mas quando eles não são usados novamente os resultados são mais concretos pois na
compactação anterior pode existir a quebra de grãos.
6
1.2.INTRODUÇÃO
O estudo do comportamento dos solos ao serem submetidos à energia de compactação
é de extrema importância para a engenharia civil. Regido pela NBR 7182 – Ensaio de
Compactação – Método de Ensaio, resume-se a consecutivas investigações em uma amostra de
solo, que, ao sofrerem compactação, apresenta diferentes resistências a esses processos,
conforme o teor de umidade presente no mesmo.
Sabendo-se que a água é capaz de reduzir o atrito entre as partículas, o que facilita o
processo de compactação, ao passo que, para excessivas quantidades dispersa os grãos e
absorve parte da energia de impacto a eles fornecida, faz-se necessário a determinação da
umidade ótima, responsável por conferir a mais eficiente compactação para a mesma energia
utilizada. Conforme a norma, outrora citada, o estudo comportamental do solo ensaiado deve
ser feito em termos de massa específica aparente seca, tornando mais coerente a análise, uma
vez que é a porção seca de solo que está diretamente ligada à sua resistência.
A partir do conhecimento da umidade ótima e massa específica aparente seca máxima,
é feito o controle de compactação em campo, o que envolve a escolha do tipo de máquina que
será utilizada, número de camadas que irão compor a matriz compactada, quantidade de energia,
em termos de número de passadas, que serão fornecidas a cada camada e massa específica final
do solo.
1.3.OBJETIVO
O ensaio tem por objetivo retratar como é realizado o ensaio de compactação (ensaio
de Proctor normal) e mostrar a obtenção da umidade ótima através da curva de compactação
pelo método de reuso do solo.
1.4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O método de compactar o solo é utilizado em diversas áreas da construção civil,
principalmente no âmbito da geotecnia. Sua importância é muito elevada devido ao fato de que
na maioria dos casos, o solo não se encontra nas condições adequadas para execução de obras.
Esse processo de comprimir o solo traz vantagens para suas propriedades, entre elas a mais
importante, aumentar sua estabilidade para que receba qualquer tipo de construção (Artigo 2).
Segundo Browne (2006), para quantificar as características do solo para ser realizada
a compactação, é indispensável a comparação entre os dois ensaios de compactação, o de campo
e o de laboratório.
7
Compactação do Solo
Caputo (1975), definia a compactação do solo como sendo um processo manual ou
mecânico que pretende diminuir o volume dos seus vazios e consequentemente aumentar sua
resistência, tornando o solo com uma maior estabilidade.
De acordo com Dantas (2013), a compactação de solos é feita com a intenção de se
evitar diversos problemas que podem acontecer nas construções, como por exemplo, ruptura de
taludes e de barragens, recalques excessivos em rodovias e aterros, entre outros.
O início da técnica de compactação é creditado ao engenheiro norte-americano
Proctor, que, em 1933, publicou suas observações sobre a compactação de aterros. De acordo
com seus estudos, os elementos que influenciam na qualidade da compactação do solo são
(artigo 1):
Tipo de solo;
Teor de umidade do solo;
Esforço de compactação necessário;
Ensaio de Proctor
Na década de 30, Ralph Proctor aprimorou os estudos sobre a compactação dos solos
e chegou à conclusão que a umidade era um fator que interferia no resultado da compactação.
Sendo assim, os ensaios deixaram de ser realizados de forma empírica, a passaram a serem
feitos com conhecimentos técnicos (MASSAD, 2003).
O método por impacto é a forma mais empregada em ensaios de laboratório. O ensaio
de compactação Proctor Normal foi normatizado no Brasil pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas - NBR7182 (ABNT, 1986), Solo – Ensaio de Compactação, sendo utilizado
amostras não trabalhadas, e realizado nos três níveis de energia: normal, intermediário e
modificado (SOBREIRA, 2014).
Sendo realizada a compactação, são obtidos ao menos 5 pontos (dois pontos no ramo
seco – parte ascendente do gráfico –, um ponto próximo a umidade ótima e dois pontos no ramo
úmido – parte descendente do gráfico), em que são definidos um teor de umidade para cada
massa específica do solo, o peso específico e finalmente a umidade ótima. (CAPUTO,1975).
8
1.5 METODOLOGIA
Neste tópico será relatado o procedimento para execução do ensaio de compactação
realizado.
a. Preparou-se a amostra de solo de 6,5 kg aproximadamente. Foi utilizado solo disponível
em laboratório e previamente posto para secagem natural. De acordo com o técnico do
laboratório era um solo bastante seco, já que fazia alguns dias que aquele solo se
encontrava no laboratório. Utilizando as mãos, a amostra foi destorroada, posta em uma
bandeja e pesada, assim como também foi levado a balança o cilindro de compactação,
que possui um volume de 2085 cm³ e peso de 6,50 kg (Figura 1).
Figura 1:Amostra de solo a) e o cilindro b) pesado em balança
11
1.6.RESULTADOS
UMIDADE
Capsulas Peso das Capsulas (g) Peso do solo (g)
23 5,22 19,46
3II 5,83 40,63
1H 5,93 35,5
17 5,93 Sem medição
V3 5,99 Sem medição
Fonte: Autoria própria (2018).
Após a realização da compactação nos três corpos de provas, foram pesados e com isso
determinado os valores do solo úmido.
Como não houve a leitura das umidades no dia posterior, apenas foi feita a coleta e
pesagem, não é possível realizar a construção do gráfico da curva de compactação, pois com os
valores da umidade é possível obter o peso da água (Pw), o peso do solo seco (Ps), os próprios
valores de umidade de cada corpo de prova (h) no dia seguinte, o peso especifico úmido (γn) e
por fim o peso especifico do solo seco (γd), onde seria construído o gráfico da curva de
12
compactação h(%) por γd(g/cm³) e obtido a umidade ótima do ensaio (Wot) de acordo com o
ilustrado na Figura 6.
1.7.CONCLUSÃO
13
2.ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA ( ISC ou CBR)
2.1.RESUMO
O presente estudo tem por finalidade obter um valor representativo para o solos em relação a
expansão e ao CBR (California Bearing Ratio), através da metodologia do ensaio de Índice de
Suporte Califórnia (ISC ou CBR), primeiro fazendo um expansão da amostra e após um tempo
decorrido ira ser feita a penetração na amostra. Será mostrado todo procedimento realizado,
resultados, também como as conclusões sobre o trabalho.
14
2.2.INTRODUÇÃO
O ensaio do Índice de Suporte Califórnia (ISC ou CBR - California Bearing Ratio) é um
ensaio de grande importância na construção civil, principalmente no ramo da pavimentação, no
qual o mesmo ter por propósito avaliar a resistência do solo para o dimensionamento de
pavimentos. Através do ensaio é possível conhecer qual será a expansão de um solo sob um
pavimento quando o mesmo estiver saturado, além de fornecer indicações da perda de
resistência do solo com a saturação. Apesar de ter um caráter empírico, o ensaio de CBR é
mundialmente usado e serve de base para o dimensionamento de pavimentos flexíveis.
2.3.OBJETIVO
Este ensaio tem por objetivo fixar as condições para determinação do Índice de
Suporte Califórnia (CBR) de solos, utilizando amostras não trabalhadas.
2.4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Na década de 20, nos EUA, em virtude da demanda crescente de manutenção da malha
viária e de construções de novas rodovias com maior capacidade estrutural, surgiram programas
de avaliação estrutural de rodovias, que resultaram no surgimento do ensaio CBR (MARSON,
L. A., 2004).
O índice de suporte Califórnia (ISC), também conhecido como CBR (California Bearing
Ratio), é um teste de penetração para analisar as características mecânicas de um solo. Foi
desenvolvido pelo Departamento de Transporte da Califórnia antes da Segunda Guerra
Mundial.
No Brasil, as normas que tratam do ensaio CBR são a NBR 9895/87 - Solo - Índice de
Suporte Califórnia, elaborada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a
DNER-ME 049/94 - Solos - determinação do Índice de Suporte Califórnia, utilizando amostras
não trabalhas, feita pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER).
15
segundo o DNIT (2006) “ os materiais do subleito devem apresentar uma expansão, medida no
ensaio C.B.R., menor ou igual a 2% e um C.B.R maior ou igual a 2%.
2.5.METODOLOGIA
Amostra
A amostra foi seca ao ar, destorroada e homogeneizada e reduzida. Passa-se a amostra
representativa na peneira de 19 mm; havendo material retido nessa peneira, procede-se à
substituição do mesmo por igual quantidade, em massa, do material passando na peneira de 19
mm e retido na peneira de 4,8 mm, obtido de outra amostra representativa. Repetem-se as
operações referidas tantas vezes quantos corpos de prova tiverem de ser moldados.
Expansão
Terminadas as moldagem retira-se o disco espaçador de cada corpo de prova e o molde
devem ser invertido e fixado no respectivo prato-base perfurado. No corpo de prova, no espaço
deixado pelo disco espaçador deve ser colocada a haste de expansão com os pesos anelares.
Essa sobrecarga deve ter massa superior a 4,536 kg. Adapta-se, ainda, na haste de expansão,
um extensômetro fixo ao tripé porta-extensômetro, colocado na borda superior do cilindro,
destinado a medir as expansões ocorridas, que devem ser anotadas de 24 em 24 horas. O corpo
de prova permaneceu imersos em água durante 72 horas (três dias). Findo esse tempo, o corpo
de prova estará preparado para a penetração.
Penetração
16
2.6.RESULTADOS
Expansão
Diferenças de
Dia Tempo (h) Leituras (mm) leituras (mm)
0 0 0 0,00
1 24 0,49 0,49
2 48 0,91 0,42
3 72 1,29 0,38
Fonte: Autoria própria (2018).
𝟏,𝟐𝟗−𝟎,𝟒𝟗
Expansão(%)= 𝒙𝟏𝟎𝟎
𝟏𝟐𝟓
Expansão = 0,64%
Penetração
Leituras obtidas no ensaio de penetração, no qual será necessário para se obter o Índice
de Suporte Califórnia (ISC), as leituras foram feitas em intervalos de tempos como
expresso na tabela 4.
17
Tabela 4: Leituras do ensaio de penetração.
Tempo Penetração Leitura
(min) (mm) (mm)
0,5 0,63 0,013
1 1,27 0,02
1,5 1,9 0,024
2 2,54 0,026
2,5 3,17 0,029
3 3,81 0,031
3,5 4,44 0,033
4 5,08 0,035
5 6,35 0,038
6 7,62 0,041
7 8,89 0,045
8 10,16 0,051
9 11,43 0,054
10 12,7 0,059
Fonte: Autoria própria(2018).
A partir dos dados da tabela 4 podemos construir a tabela 5, no qual a mesma contém a
pressão padrão de algumas penetrações, a pressão obtida em cada leitura, no qual a mesma é
calculada a partir do produto de uma constante do próprio equipamento que é 100,6
Kgf/(mm.cm²) pela leitura no ensaio de penetração, e o Índice de Suporte Califórnia foi obtivo
através da seguinte formula presente na NORMA DNIT 172/2016.
𝐏𝐫𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐂𝐚𝐥𝐜𝐮𝐥𝐚𝐝𝐚
𝐈𝐒𝐂 = 𝒙 𝟏𝟎𝟎
𝐏𝐫𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐩𝐚𝐝𝐫ã𝐨
2.7.CONCLUSÃO
Com os resultados adquiridos durante os ensaios, pode-se obter um valor representativo
para o solo estudado em relação a expansão e ao CBR, esses valores são respectivamente 0,
64% e 3,72%, que quando comparados com os valores especificados pelo DNIT, esse tipo de
solo pode ser utilizado no subleito, vale ressaltar que para valores mais precisos e confiáveis
deve-se fazer uma análise amostral maior. Em relação aos dados de umidade e curva de
compactação não foi possível obter esses valores.
19
3. ENSAIO DE FRASCO DE AREIA
3.1.RESUMO
O presente relatório tem por objetivo mostrar a massa específica aparente do solo “in
situ”, ou seja, no local onde será construída a edificação. Para a isso é explicado alguns
conceitos fundamentais, durante o relatório, para o entendimento dos leitores. Então o presente
relatório vai mostrar como foi realizado todo o ensaio, os dados que obtivemos, todos os
cálculos que realizamos para chegar aos resultados finais. É mostrado todo o procedimento feito
e considerações realizadas para o experimento. E por fim, é comentado o benefício que o ensaio
traz pra engenharia civil e as conclusões que podemos aferir com o ensaio realizado.
20
3.2.INTRODUÇÃO
Em ambos os cenários, seja público ou privado, a prática de estudo do solo não é comum
nas construções brasileiras. Segundo Clóvis Salioni Júnior, “Você tem dois cenários: o cenário
do setor privado que é mais competitivo, e se encontram alguns problemas eventualmente é
pelo excesso de competição, questões éticas, esses tipos de coisas. Já o setor público tem outros
problemas. A nossa legislação permite que o gestor público contrate por licitação, ou seja, ele
não escolhe, então ele está sujeito a quem atende as especificações da licitação e que não
necessariamente são as empresas mais adequadas, mais capazes ou mais sérias”.
3.3.OBJETIVO
Esse método tem a finalidade de determinar a massa específica aparente do solo, “in
situ”. Aplica-se ao subleito e às diversas camadas de solo do pavimento.
3.4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Para a realização do ensaio é muito importante entendermos a definição de alguns
conceitos sobre mecânica dos solos. E um conceito que abordaremos é o peso específico natural,
que segundo Carlos de Sousa Pinto em seu livro, Curso básico de mecânica dos solos (2006),
“peso específico natural é a relação entre o peso total do solo e seu volume. É expresso pelo
símbolo 𝜸𝒏 . A expressão ‘peso específico natural’ é, algumas vezes, substituída por ‘peso
específico’ do solo. No caso de compactação do solo, o peso específico natural é denominado
peso específico úmido”.
O autor também define o princípio do ensaio do peso específico natural, “Para sua
determinação, molda-se um cilindro do solo cujas dimensões conhecidas permitem calcular o
volume. O peso total dividido pelo volume é o peso específico natural. O peso específico
também pode ser determinado a partir de corpos irregulares, obtendo-se o volume por meio do
peso imerso n’água. Para tal, o corpo deve ser previamente envolto em parafina”.
E por fim Carlos faz direcionamentos aos pesos específicos naturais, “O peso específico
natural não varia muito entre os diferentes solos. Situa-se em torno de 19 a 20kN/m³ e, por isso,
21
quando não conhecido é estimado como igual a 20kN/m³. Pode ser um pouco maior (21kN/m³)
ou um pouco menor (17kN/m³). Casos especiais, como as argilas orgânicas moles, podem
apresentar pesos específicos de 14kN/m³”.
Baseado nesse conceito podemos realizar o ensaio, pois esse é o conceito principal para
o entendimento dos procedimentos realizados e considerações feitas.
3.5. METODOLOGIA
Determinação da massa da areia que preenche a cavidade no terreno
Registrou-se a massa do conjunto frasco-funil (com o frasco cheio de areia), e anotamos
a massa (𝑴𝟏 ) de 4,05kg;
Fizemos a escavação do buraco no local onde foi realizado o ensaio;
Instalou-se o conjunto frasco-funil, de modo que o funil ficasse apoiado no rebaixo da
bandeja e colocado sobre o buraco escavado. Abriu-se o registro, deixando a areia
escoar até cessar o movimento dentro do frasco com a areia restante. Determinou-se a
massa de areia restante (𝑴𝟐 ) de 2,25kg;
A massa de areia que fica no funil (𝑴𝟑 ) já é padronizada no laboratório e a massa
correspondente é de 0,524kg;
A massa de areia (𝑴𝟒 ) que preencheu a cavidade no é calculada pela equação:
𝑴𝟒 = 𝑴𝟑 − 𝑴𝟏 − 𝑴𝟐 .
22
Determinação do teor de umidade do solo
Determinamos a unidade do teor do solo (w) a partir do speed test, que nos forneceu
uma pressão de 0,4 kgf/cm² que de acordo com a tabela no material nos fornece uma
umidade de 2%.
3.6.RESULTADOS
Massa da areia deslocada:
𝑴𝟒 = 𝑴𝟑 − 𝑴𝟏 − 𝑴𝟐
Massa de solos:
𝑴𝟕 = 𝑴𝟓 − 𝑴𝟔
𝑴𝟕 𝟏𝟎𝟎
𝝆𝒅 = 𝝆𝒂𝒓𝒆𝒊𝒂 . .
𝑴𝟒 (𝟏𝟎𝟎 − 𝒘)
Onde:
Assim, temos:
𝟏𝟒𝟏𝟒 𝟏𝟎𝟎
𝝆𝒅 = 𝟏, 𝟒𝟑𝟕. . = 𝟏, 𝟓𝟗𝒈/𝒄𝒎³
𝟏𝟐𝟕𝟔 (𝟏𝟎𝟎 + 𝟎, 𝟎𝟐)
23
3.7.CONCLUSÃO
Com o resultado obtido no item 6.0 e com a referência bibliográfica do item 4.0
podemos perceber que o solo no qual foi feito o ensaio tem o seu peso específico próximo aos
valores citados pelo o autor Carlos.
Assim podemos perceber que o objetivo do ensaio foi atingido, pois conseguimos
identificar a massa específica do solo “in situ”. Assim temos uma proposta de solução para a
problemática citada na introdução. Apesar de sabermos que não é suficiente para a segurança
da edificação, mas já é um parâmetro que podemos analisar antes da construção e podemos
projetar a edificação já com as adequações necessárias.
24
4. ENSAIO DE ADENSAMENTO
4.1.RESUMO
Todos os materiais sofrem deformações quando estão sujeitos a carregamentos. A
deformação na maioria dos solos (mesmo sob pequenas cargas) é bem maior que a dos
materiais estruturais como aço e concreto, podendo ser produzida imediatamente ou ao longo
do tempo. O ensaio de adensamento unidimensional ou ensaio de compressão oedométrica foi
realizado de acordo com a NBR-12007, tendo sido adaptado devido a pouca disponibilidade
de tempo. Não foi possível se obter os diagramas, visto que alguns dados não foram coletados
no decorrer dos cinco dias de ensaio. Contudo, para fins de compreensão da teoria, o
experimento foi proveitoso e cumpriu com seus objetivos.
Palavras-chave: Adensamento, ensaio, recalque, cargas no solo.
25
4.2.INTRODUÇÃO
Adensamento pode ser definido como a deformação que uma camada de solo saturado
sofre ao ser submetido a um aumento de tensão. Essa deformação depende diretamente do tipo
de solo, bem como do estado em que este se encontra com relação a solicitações de tensões, do
tempo de adensamento, da carga aplicada e da espessura da camada (em alguns casos).
4.3.OBJETIVO
Esta prática teve por objetivo a realização do ensaio de adensamento unidirecional de
acordo com a NBR MB 3336, e a construção da curva que relaciona a variação do índice de
vazios com o carregamento aplicado no solo.
4.4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Conceitos
De acordo com Lambe & Whitman (1970), uma amostra de solo consiste em um
conjunto de diversas partículas individuais de solo, cujos vazios são preenchidos por ar e/ou
água. As forças aplicadas sobre essa amostra são transmitidas partícula a partícula, além da
parcela suportada pela água dos vazios. De acordo com Coutinho (1976), quando ocorre um
acréscimo uniforme de carga em um solo saturado, esta é suportada, a princípio, pela água
presente nos poros, por esta ser incompressível. Após a aplicação da carga, ocorre drenagem da
água presente nos poros e a carga excedente passa a ser transferida para a estrutura do solo,
resultando numa variação de volume do mesmo. A este processo, dá-se o nome de adensamento.
26
Caputo (2014) exemplifica por meio de figuras o processo de adensamento, o que pode
ser visualizado na Figura 7, onde o po é a pressão transmitida em um ponto qualquer do solo
(M) próximo a uma fundação. Pode-se obter a pressão efetiva (p) e pressão neutra (u) a partir
da soma:
p0 = p + u
27
O tempo necessário para o adensamento, deve-se apenas à baixa permeabilidade do
solo;
O solo é lateralmente confinado;
As deformações originadas devido ao adensamento são infinitesimais;
As tensões normais totais e efetivas são constantes em uma seção horizontal durante o
processo de adensamento.
Essa teoria, também conhecida como teoria clássica tem suas limitações, as quais são
discutidas por Brasil (2015). Uma das maiores restrições do uso desta teoria está na adoção da
relação linear entre o índice de vazios e a tensão vertical efetiva, relação fortemente não-linear.
Outra crítica feita pelo autor reside na adoção de valores constantes para parâmetros que sofrem
variação com o tempo, como o coeficiente de adensamento, além da atribuição de propriedades
determinadas a partir de pequenas massas de solo tomadas como indeformadas para grandes
porções de solo.
28
encontram na natureza em diferentes condições de confinamento, mas comumente usa-se dupla
superfície drenante como caso geral.
Outros pesquisadores também observaram que, quando a relação entre área de argila
submetida a uma carga e a espessura de uma amostra de argila for grande, os recalques são
aproximadamente unidimensionais, ou seja, não ocorre deformação lateral. A partir de
parâmetros obtidos nesses ensaios unidimensionais, também chamados de oedométricos, é
possível prever a velocidade e quantidade de recalque e a velocidade de dissipação da pressão
nos poros, bem como estabelecer a relação entre tensão vertical efetiva e o índice de vazios
(COUTINHO, 1976; BRASIL, 2015).
Bressani et al. (2009) destacam que os solos moles têm como características a baixa
resistência e alta compressibilidade. Compostos por argilas ou siltes, esse tipo de solo
geralmente se encontra em estado normalmente adensado ou ligeiramente pré-adensado.
O cálculo de recalques por adensamento é de fundamental importância em obras de
aterros rodoviários, fundações diretas, barragens, pistas de pouso de aeroportos, entre outras.
Embora o problema que mais afeta as estruturas seja o recalque diferencial, não há meios de
avalia-los previamente. Porém, estudos têm mostrado que os danos a estruturas causados por
recalque diferencial estão associados ao recalque total.
29
Ainda conforme Marangon (2009), os resultados do ensaio de adensamento podem ser
representados de diversas formas. A curva de compressão do solo geralmente é representada
em função do índice de vazios versus o logaritmo da tensão vertical. Essas relações podem ser
visualizadas na Figura 9.
4.5.METODOLOGIA
Para a realização do ensaio de adensamento utilizou-se como aparelhagem principal a célula
de adensamento que consiste basicamente em um dispositivo apropriado para conter o corpo de
prova e que permite a aplicação de cargas verticais à medida que ocorre variação da altura do
mesmo.
4.6.RESULTADOS
Do procedimento relativo à determinação da umidade higroscópica, deve-se obtida a
umidade do solo em análise, que servirá para o cálculo do índice de vazios inicial.
𝑀𝑝𝑟𝑒𝑛𝑠𝑎
𝑝𝑛
𝑀𝑝𝑟𝑒𝑛𝑠𝑎 + 𝑀𝑆𝑜𝑙𝑜 𝑝𝑑 =
1+ℎ
𝑀𝑠 𝑀𝑠
𝐷𝑝𝑟𝑒𝑛𝑠𝑎 𝑝𝑛 = =
𝑉𝑠 𝑉𝑝𝑟𝑒𝑛𝑠𝑎
𝑝𝑠
ℎ𝑝𝑟𝑒𝑛𝑠𝑎 𝑒𝑖 = −1
𝑝𝑑
𝑝𝑠 : 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠
31
A partir da leitura realizada nos instantes estabelecidos por norma, para cada carga,
foram elaboradas as tabelas seguintes, referentes aos estágios de carregamento e
descarregamento. Para cada leitura, foi determinada a altura do corpo de prova (H-C.P.),
equivalente à deformação, dada pela diferença entre a leitura instantânea e inicial, subtraída da
altura inicial da amostra. Foi observado que no início de cada estágio de carregamento a
deformação é bastante acentuada, mas no decorrer do ensaio esta passa a crescer de forma lenta,
o que está de acordo com o que Marangon (2009) observou.
32
Para a elaboração da curva de índice de vazios em função da pressão, é necessário
calcular tais grandezas após cada estágio do ensaio. A pressão é determinada pela relação entre
área e carga aplicada, enquanto que, para os índices de vazio, por norma, tem-se:
𝐻𝑖 𝐻
𝐻𝑠 = 𝑒= −1
1 + 𝑒𝑖 𝐻𝑠
O gráfico à seguir mostra como deve ser comportamento do índice de vazios para cada
final de estágio, com a aplicação das respectivas cargas, escritas em termos de pressão.
e
0,9
0,8
0,7
0,6
Índice de vazios
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0,100 1,000 10,000 100,000
Pressão (kPa)
33
Tem-se então a forma típica da curva mostrando o comportamento do índice de vazios
durante o carregamento e o descarregamento. Como é esperado, o índice de vazios diminuiu à
medida que as solicitações vão sendo aumentadas.
Pelo método Pacheco e Silva, ilustrado na Figura 11, tem como determinar a tensão de
pré-adensamento.
34
4.7.CONCLUSÃO
É importante que o procedimento experimental ocorra de forma adequada, sendo realizado
todos os procedimentos de acordo com a normativa. Sendo assim, partir dos resultados obtidos
é realizar possível a construção do gráfico tempo-deformação durante o adensamento para os
incrementos de carga selecionados.
Pode-se então analisar se o solo apresenta o comportamento usual, com relação inversa
entre tensão aplicada e índice de vazios. Além disso, é possível observar os estágios de
compressão inicial, adensamento primário e compressão secundária
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5.REFERÊNCIAS
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