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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CENTRO DE ENGENHARIAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS E PAVIMENTAÇÃO

CRISNARA DE ARAÚJO DUARTE


JULIANA CARLA FRUTUOSO DE SOUZA
MARCELO AUGUSTO DA COSTA
MARIA MAYRLLA OLIVEIRA DO REIS
PAULO RÉGIS CHAGAS CAVALCANTE
VICTOR JOSÉ GOMES DE OLIVEIRA

ENSAIOS DE MECANICA DOS SOLOS II

MOSSORÓ/RN
2018
CRISNARA DE ARAÚJO DUARTE
JULIANA CARLA FRUTUOSO DE SOUZA
MARCELO AUGUSTO DA COSTA
MARIA MAYRLLA OLIVEIRA DO REIS
PAULO RÉGIS CHAGAS CAVALCANTE
VICTOR JOSÉ GOMES DE OLIVEIRA

ENSAIOS DE MECANICA DOS SOLOS II

Relatórios apresentados na disciplina de


Mecânica dos Solos II, Centro de Engenharias,
como pré-requisito para obtenção total da
terceira nota.
Orientador: Prof. Felipe Augusto Dantas de
Oliveira, UFERSA.

MOSSORÓ/RN
2018

2
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Amostra de solo a) e o cilindro b) pesado em balança................................................ 9


Figura 2: Realização da compactação das camadas com soquete ............................................ 10
Figura 3: Todas camadas já compactadas ................................................................................ 10
Figura 4: Extrator para retirada do solo compactado ............................................................... 11
Figura 5: Amostra de solo compactado, retirado do corpo de prova ........................................ 11
Figura 6: Curva de compactação e umidade ótima................................................................... 13
Figura 7 – Pressão na fundação.................................................................................................27
Figura 8 – Oedômetro...............................................................................................................29
Figura 9 – Relação de deformação volumétrica com índice de vazios.....................................30
Figura 10: Curva resultante do ensaio de adensamento relacionado o índice de vazios e a presão
aplicada.....................................................................................................................................33
Figura 11: Determinação da tensão de pré-adensamento pelo método de Pacheco e Silva......33
Figura 12: Determinação dos coeficientes de compressão e de recompressão.........................34

3
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Valores das umidades ............................................................................................... 12


Tabela 2: Valores dos corpos de prova ..................................................................................... 12
Tabela 3: Leituras do extensometro...........................................................................................17

Tabela 4: Leituras do ensaio de penetração..............................................................................18


Tabela 5: Pressão e Índice de Suporte Califórnia.....................................................................18
Tabela 6: Valores das alturas do corpo de prova equivalentes as deformações no
carregamento.............................................................................................................................32
Tabela 7: Valores das alturas do corpo de prova equivalentes as deformações no
descarregamento........................................................................................................................32

4
SUMÁRIO
1.ENSAIO DE COMPACTAÇÃO .......................................................................................... 6
1.1.RESUMO ......................................................................................................................... 6
1.2.INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 7
1.3.OBJETIVO ...................................................................................................................... 7
1.4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 7
1.5 METODOLOGIA ........................................................................................................... 9
1.6.RESULTADOS ............................................................................................................. 12
1.7.CONCLUSÃO ............................................................................................................... 13
2.ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA ( ISC ou CBR) ................................................. 14
2.1.RESUMO ....................................................................................................................... 14
2.2.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 15
2.3.OBJETIVO .................................................................................................................... 15
2.4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 15
2.5.METODOLOGIA ......................................................................................................... 16
2.6.RESULTADOS ............................................................................................................. 17
2.7.CONCLUSÃO ............................................................................................................... 19
3. ENSAIO DE FRASCO DE AREIA .................................................................................. 20
3.1.RESUMO ....................................................................................................................... 20
3.2.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 21
3.3.OBJETIVO .................................................................................................................... 21
3.4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 21
3.5. METODOLOGIA ........................................................................................................ 22
3.6.RESULTADOS ............................................................................................................. 23
3.7.CONCLUSÃO ............................................................................................................... 24
4. ENSAIO DE ADENSAMENTO ........................................................................................ 25
4.1.RESUMO ....................................................................................................................... 25
4.2.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 26
4.3.OBJETIVO .................................................................................................................... 26
4.4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 26
4.5.METODOLOGIA ......................................................................................................... 30
4.6.RESULTADOS ............................................................................................................. 31
4.7.CONCLUSÃO ............................................................................................................... 35
5.REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 36

5
1.ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
1.1.RESUMO

O trabalho tem objetivos sobre a compactação dos solos, pode-se ver que existem vários
mecanismos para diferentes tipos de compactações de solo, e pode ser feita por processos
mecânicos e manuais, no qual haverá aumento da resistência, redução da compressibilidade e a
permeabilidade, que depende consequentemente de cada tipo de solo. O método utilizado foi o
de Proctor, que de maneira geral é realizado através de ininterruptos impactos de um soquete
na amostra para retirar o ar que fica comprimido as camadas do solo, para obter o melhor
resultado possível, objetivando a obtenção da chamada curva de compactação, a massa
específica seca máxima e a umidade ótima do solo em estudo, dois fatores importantes para
uma compactação correta e com precisão. O material do ensaio pode ou não ser reutilizado,
mas quando eles não são usados novamente os resultados são mais concretos pois na
compactação anterior pode existir a quebra de grãos.

Palavras chaves: Compactação de solos, Proctor, Curva de compactação, Massa específica


seca máxima, Umidade ótima.

6
1.2.INTRODUÇÃO
O estudo do comportamento dos solos ao serem submetidos à energia de compactação
é de extrema importância para a engenharia civil. Regido pela NBR 7182 – Ensaio de
Compactação – Método de Ensaio, resume-se a consecutivas investigações em uma amostra de
solo, que, ao sofrerem compactação, apresenta diferentes resistências a esses processos,
conforme o teor de umidade presente no mesmo.
Sabendo-se que a água é capaz de reduzir o atrito entre as partículas, o que facilita o
processo de compactação, ao passo que, para excessivas quantidades dispersa os grãos e
absorve parte da energia de impacto a eles fornecida, faz-se necessário a determinação da
umidade ótima, responsável por conferir a mais eficiente compactação para a mesma energia
utilizada. Conforme a norma, outrora citada, o estudo comportamental do solo ensaiado deve
ser feito em termos de massa específica aparente seca, tornando mais coerente a análise, uma
vez que é a porção seca de solo que está diretamente ligada à sua resistência.
A partir do conhecimento da umidade ótima e massa específica aparente seca máxima,
é feito o controle de compactação em campo, o que envolve a escolha do tipo de máquina que
será utilizada, número de camadas que irão compor a matriz compactada, quantidade de energia,
em termos de número de passadas, que serão fornecidas a cada camada e massa específica final
do solo.
1.3.OBJETIVO
O ensaio tem por objetivo retratar como é realizado o ensaio de compactação (ensaio
de Proctor normal) e mostrar a obtenção da umidade ótima através da curva de compactação
pelo método de reuso do solo.

1.4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O método de compactar o solo é utilizado em diversas áreas da construção civil,
principalmente no âmbito da geotecnia. Sua importância é muito elevada devido ao fato de que
na maioria dos casos, o solo não se encontra nas condições adequadas para execução de obras.
Esse processo de comprimir o solo traz vantagens para suas propriedades, entre elas a mais
importante, aumentar sua estabilidade para que receba qualquer tipo de construção (Artigo 2).
Segundo Browne (2006), para quantificar as características do solo para ser realizada
a compactação, é indispensável a comparação entre os dois ensaios de compactação, o de campo
e o de laboratório.

7
Compactação do Solo
Caputo (1975), definia a compactação do solo como sendo um processo manual ou
mecânico que pretende diminuir o volume dos seus vazios e consequentemente aumentar sua
resistência, tornando o solo com uma maior estabilidade.
De acordo com Dantas (2013), a compactação de solos é feita com a intenção de se
evitar diversos problemas que podem acontecer nas construções, como por exemplo, ruptura de
taludes e de barragens, recalques excessivos em rodovias e aterros, entre outros.
O início da técnica de compactação é creditado ao engenheiro norte-americano
Proctor, que, em 1933, publicou suas observações sobre a compactação de aterros. De acordo
com seus estudos, os elementos que influenciam na qualidade da compactação do solo são
(artigo 1):
 Tipo de solo;
 Teor de umidade do solo;
 Esforço de compactação necessário;

Ensaio de Proctor
Na década de 30, Ralph Proctor aprimorou os estudos sobre a compactação dos solos
e chegou à conclusão que a umidade era um fator que interferia no resultado da compactação.
Sendo assim, os ensaios deixaram de ser realizados de forma empírica, a passaram a serem
feitos com conhecimentos técnicos (MASSAD, 2003).
O método por impacto é a forma mais empregada em ensaios de laboratório. O ensaio
de compactação Proctor Normal foi normatizado no Brasil pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas - NBR7182 (ABNT, 1986), Solo – Ensaio de Compactação, sendo utilizado
amostras não trabalhadas, e realizado nos três níveis de energia: normal, intermediário e
modificado (SOBREIRA, 2014).
Sendo realizada a compactação, são obtidos ao menos 5 pontos (dois pontos no ramo
seco – parte ascendente do gráfico –, um ponto próximo a umidade ótima e dois pontos no ramo
úmido – parte descendente do gráfico), em que são definidos um teor de umidade para cada
massa específica do solo, o peso específico e finalmente a umidade ótima. (CAPUTO,1975).

8
1.5 METODOLOGIA
Neste tópico será relatado o procedimento para execução do ensaio de compactação
realizado.
a. Preparou-se a amostra de solo de 6,5 kg aproximadamente. Foi utilizado solo disponível
em laboratório e previamente posto para secagem natural. De acordo com o técnico do
laboratório era um solo bastante seco, já que fazia alguns dias que aquele solo se
encontrava no laboratório. Utilizando as mãos, a amostra foi destorroada, posta em uma
bandeja e pesada, assim como também foi levado a balança o cilindro de compactação,
que possui um volume de 2085 cm³ e peso de 6,50 kg (Figura 1).
Figura 1:Amostra de solo a) e o cilindro b) pesado em balança

Fonte: Autoria própria (2018).


b. Não foram tiradas amostras para a determinação da umidade higroscopia. De acordo
com o técnico a umidade era de aproximadamente 0,5% por estar vários dias exposto
no laboratório.
c. Fixou-se o cilindro à sua base, acoplado ao cilindro complementar e a base rígida. Como
o cilindro utilizado foi o grande, utilizou-se o disco espaçador no fundo. Para evitar a
aderência do solo compactado com a superfície metálica do disco, colocou-se uma folha
de papel filtro de igual diâmetro. O cilindro tem dimensões segundo a norma.
d. Com a amostra na bandeja metálica e auxílio de uma proveta, adicionou-se água
gradativamente, revolvendo e homogeneizando o material, com o intuito de obter o teor
de umidade do solo em torno de 5% da umidade ótima.
e. Após completamente homogeneizado, procedeu-se com a sua compactação. Para isso,
era posta uma camada de solo, o soquete manuseado de forma que liberasse golpes
9
igualmente distribuídos sobre a camada, aplicados perpendicularmente (Figura 2). A
energia de compactação adotada foi a normal (12 golpes e 5 camadas). Atentou-se para
cada camada ter aproximadamente a mesma espessura.

Figura 2: Realização da compactação das camadas com soquete

Fonte: Autoria própria (2018).


f. Após a compactação da quinta e última camada, foi retirado o cilindro complementar.
O ideal é que fique uma camada de cerca de 10 mm de solo compactado acima do limite
do molde, que é posteriormente removido e rasado com uma régua. O cilindro, então,
pôde ser removido de sua base.
Figura 3: Todas camadas já compactadas

Fonte: Autoria própria (2018).


10
g. Logo após o cilindro foi pesado para obtenção do peso úmido do solo compactado (peso
do cilindro com solo compactado menos o peso do cilindro).
h. O cilindro foi posto sobre o extrator, para retirar o corpo de prova do molde (Figura 4).

Figura 4: Extrator para retirada do solo compactado

Fonte: Autoria própria (2018).


i. Após retirado do cilindro, o corpo de prova foi recolocado na bandeja e partido, para de
seu centro ser colada uma amostra de solo para determinação da umidade (Figura 5).

Figura 5: Amostra de solo compactado, retirado do corpo de prova

Fonte: Autoria própria (2018).

j. Com o material remanescente na bandeja, adicionou-se água, homogeneizando o


material, de forma a incrementar o teor de umidade de aproximadamente 2%.
k. Repetiu-se os procedimentos descritos mais duas vezes, totalizando 3 pontos, com o
objetivo de ter pontos no ramo seco e úmido, sendo 1 próximo a umidade ótima

11
1.6.RESULTADOS

A seguir se encontra os valores da umidade para apenas os três corpos de provas


compactados.

Tabela 1: Valores das umidades

UMIDADE
Capsulas Peso das Capsulas (g) Peso do solo (g)
23 5,22 19,46
3II 5,83 40,63
1H 5,93 35,5
17 5,93 Sem medição
V3 5,99 Sem medição
Fonte: Autoria própria (2018).

Após a realização da compactação nos três corpos de provas, foram pesados e com isso
determinado os valores do solo úmido.

Tabela 2: Valores dos corpos de prova


COMPACTAÇÃO
Peso Cilindro + Peso Solo
Corpo de prova (g) úmido (g)
9100 2600
9950 3450
9750 3250
Fonte: Autoria própria (2018).

Como não houve a leitura das umidades no dia posterior, apenas foi feita a coleta e
pesagem, não é possível realizar a construção do gráfico da curva de compactação, pois com os
valores da umidade é possível obter o peso da água (Pw), o peso do solo seco (Ps), os próprios
valores de umidade de cada corpo de prova (h) no dia seguinte, o peso especifico úmido (γn) e

por fim o peso especifico do solo seco (γd), onde seria construído o gráfico da curva de

12
compactação h(%) por γd(g/cm³) e obtido a umidade ótima do ensaio (Wot) de acordo com o
ilustrado na Figura 6.

Figura 6: Curva de compactação e umidade ótima

Fonte: Ilustração retirada da internet (2018).

Se o ensaio estivesse ocorrido da maneira correta, sem algum tipo de erro na


compactação, leitura das umidades ou no procedimento dos cálculos, a curva se comportaria de
acordo com o ilustrado na Figura 6, obtendo a umidade ótima para ser realizada a comparação
com o ensaio realizado em campo.

1.7.CONCLUSÃO

O ensaio de compactação de solos é muito importante para que se tenha a classificação


do solo. Esse método se dar por meio de transferência de energias. Foi observado que ao
acrescentar água no solo seco, facilita sua compatibilização, proporcionalmente. Ou seja, o
acréscimo de água não tem um efeito benéfico até alcançar a umidade ótima do solo. Nesse
experimento não foi coletado todos os dados precisos o que impossibilitou de efetua-lo de forma
correta, precisando assim refazê-lo.

13
2.ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA ( ISC ou CBR)
2.1.RESUMO
O presente estudo tem por finalidade obter um valor representativo para o solos em relação a
expansão e ao CBR (California Bearing Ratio), através da metodologia do ensaio de Índice de
Suporte Califórnia (ISC ou CBR), primeiro fazendo um expansão da amostra e após um tempo
decorrido ira ser feita a penetração na amostra. Será mostrado todo procedimento realizado,
resultados, também como as conclusões sobre o trabalho.

Palavras-Chaves: Expansão, penetração, índice.

14
2.2.INTRODUÇÃO
O ensaio do Índice de Suporte Califórnia (ISC ou CBR - California Bearing Ratio) é um
ensaio de grande importância na construção civil, principalmente no ramo da pavimentação, no
qual o mesmo ter por propósito avaliar a resistência do solo para o dimensionamento de
pavimentos. Através do ensaio é possível conhecer qual será a expansão de um solo sob um
pavimento quando o mesmo estiver saturado, além de fornecer indicações da perda de
resistência do solo com a saturação. Apesar de ter um caráter empírico, o ensaio de CBR é
mundialmente usado e serve de base para o dimensionamento de pavimentos flexíveis.

2.3.OBJETIVO
Este ensaio tem por objetivo fixar as condições para determinação do Índice de
Suporte Califórnia (CBR) de solos, utilizando amostras não trabalhadas.

2.4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Na década de 20, nos EUA, em virtude da demanda crescente de manutenção da malha
viária e de construções de novas rodovias com maior capacidade estrutural, surgiram programas
de avaliação estrutural de rodovias, que resultaram no surgimento do ensaio CBR (MARSON,
L. A., 2004).

O índice de suporte Califórnia (ISC), também conhecido como CBR (California Bearing
Ratio), é um teste de penetração para analisar as características mecânicas de um solo. Foi
desenvolvido pelo Departamento de Transporte da Califórnia antes da Segunda Guerra
Mundial.

O valor do índice de suporte Califórnia, é a relação, em porcentagem, entre a pressão


calculada ou pressão corrigida em um corpo-de-prova de solo preparado de modo padronizado
e uma pressão tomada como padrão.

𝐩𝐫𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐜𝐚𝐥𝐜𝐮𝐥𝐚𝐝𝐚 𝐨𝐮 𝐩𝐫𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐜𝐨𝐫𝐫𝐢𝐠𝐢𝐝𝐚


𝑰𝑺𝑪 = x 100
𝐩𝐫𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐩𝐚𝐝𝐫ã𝐨

No Brasil, as normas que tratam do ensaio CBR são a NBR 9895/87 - Solo - Índice de
Suporte Califórnia, elaborada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a
DNER-ME 049/94 - Solos - determinação do Índice de Suporte Califórnia, utilizando amostras
não trabalhas, feita pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER).

Para a construção civil, principalmente na área de pavimentação esse ensaio é importe


para sabermos como os solos se comportam quanto expostos a cargas e umidade, assim,

15
segundo o DNIT (2006) “ os materiais do subleito devem apresentar uma expansão, medida no
ensaio C.B.R., menor ou igual a 2% e um C.B.R maior ou igual a 2%.

2.5.METODOLOGIA
Amostra
A amostra foi seca ao ar, destorroada e homogeneizada e reduzida. Passa-se a amostra
representativa na peneira de 19 mm; havendo material retido nessa peneira, procede-se à
substituição do mesmo por igual quantidade, em massa, do material passando na peneira de 19
mm e retido na peneira de 4,8 mm, obtido de outra amostra representativa. Repetem-se as
operações referidas tantas vezes quantos corpos de prova tiverem de ser moldados.

Expansão
Terminadas as moldagem retira-se o disco espaçador de cada corpo de prova e o molde
devem ser invertido e fixado no respectivo prato-base perfurado. No corpo de prova, no espaço
deixado pelo disco espaçador deve ser colocada a haste de expansão com os pesos anelares.
Essa sobrecarga deve ter massa superior a 4,536 kg. Adapta-se, ainda, na haste de expansão,
um extensômetro fixo ao tripé porta-extensômetro, colocado na borda superior do cilindro,
destinado a medir as expansões ocorridas, que devem ser anotadas de 24 em 24 horas. O corpo
de prova permaneceu imersos em água durante 72 horas (três dias). Findo esse tempo, o corpo
de prova estará preparado para a penetração.

Penetração

O ensaio de penetração é realizado em uma prensa para determinação do Índice de


Suporte Califórnia. Leva-se esse conjunto ao prato da prensa e faz-se o assentamento do pistão
de penetração no solo, por meio da aplicação de uma carga de, aproximadamente, 45N,
controlada pelo deslocamento do ponteiro do extensômetro do anel dinamométrico; zeram-se,
a seguir, o extensômetro do anel dinamométrico e o que mede a penetração do pistão no solo.
Aciona-se a manivela da prensa manualmente. Cada leitura considerada no extensômetro do
anel é função de uma penetração do pistão no solo e de um tempo especificado para o ensaio.

16
2.6.RESULTADOS
Expansão

 Leituras obtidas no ensaio de expansão relatado anteriormente, no qual para se obter a


porcentagem de expansão do solo quando imerso por 72 horas, foram necessárias as
leituras presente na tabela 3.

Tabela 3: Leituras do extensometro

Diferenças de
Dia Tempo (h) Leituras (mm) leituras (mm)

0 0 0 0,00

1 24 0,49 0,49

2 48 0,91 0,42

3 72 1,29 0,38
Fonte: Autoria própria (2018).

No qual a partir da fórmula de expansão presente na NORMA DNIT 172/2016 obteve-


se a expansão do solo após decorrido o tempo de imersão.

𝒍𝐞𝐢𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥−𝐥𝐞𝐢𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐢𝐧𝐢𝐜𝐚𝐥 𝐧𝐨 𝐞𝐱𝐭𝐞𝐧𝐬𝐨𝐦𝐞𝐭𝐫𝐨


Expansão (%) = 𝒙𝟏𝟎𝟎
𝐀𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐢𝐧𝐢𝐜𝐢𝐚𝐥 𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐫𝐩𝐨 𝐝𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐯𝐚

𝟏,𝟐𝟗−𝟎,𝟒𝟗
Expansão(%)= 𝒙𝟏𝟎𝟎
𝟏𝟐𝟓

Expansão = 0,64%

Penetração
 Leituras obtidas no ensaio de penetração, no qual será necessário para se obter o Índice
de Suporte Califórnia (ISC), as leituras foram feitas em intervalos de tempos como
expresso na tabela 4.

17
Tabela 4: Leituras do ensaio de penetração.
Tempo Penetração Leitura
(min) (mm) (mm)
0,5 0,63 0,013
1 1,27 0,02
1,5 1,9 0,024
2 2,54 0,026
2,5 3,17 0,029
3 3,81 0,031
3,5 4,44 0,033
4 5,08 0,035
5 6,35 0,038
6 7,62 0,041
7 8,89 0,045
8 10,16 0,051
9 11,43 0,054
10 12,7 0,059
Fonte: Autoria própria(2018).

A partir dos dados da tabela 4 podemos construir a tabela 5, no qual a mesma contém a
pressão padrão de algumas penetrações, a pressão obtida em cada leitura, no qual a mesma é
calculada a partir do produto de uma constante do próprio equipamento que é 100,6
Kgf/(mm.cm²) pela leitura no ensaio de penetração, e o Índice de Suporte Califórnia foi obtivo
através da seguinte formula presente na NORMA DNIT 172/2016.

𝐏𝐫𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐂𝐚𝐥𝐜𝐮𝐥𝐚𝐝𝐚
𝐈𝐒𝐂 = 𝒙 𝟏𝟎𝟎
𝐏𝐫𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐩𝐚𝐝𝐫ã𝐨

Tabela 5: Pressão e Índice de Suporte Califórnia.

Tempo Penetração Leitura Pressão Padrão Pressão ISC


(min) (mm) (mm) (Kgf/cm²) (Kgf/cm²) (%)
0,5 0,63 0,013 - 1,31
1 1,27 0,02 - 2,01
1,5 1,9 0,024 - 2,41
2 2,54 0,026 70,31 2,62 3,72
2,5 3,17 0,029 - 2,92
3 3,81 0,031 - 3,12
3,5 4,44 0,033 - 3,32
4 5,08 0,035 105,46 3,52 3,34
5 6,35 0,038 - 3,82
6 7,62 0,041 131,58 4,12 3,13
7 8,89 0,045 - 4,53
8 10,16 0,051 161,71 5,13 3,17
9 11,43 0,054 - 5,43
10 12,7 0,059 182,8 5,94 3,25
Fonte: Autoria própria (2018).
18
Segundo a NORMA DNIT 172/2016 adotando-se o maior dos valores obtidos entre as
penetrações de 2,54 mm e 5,08 mm . Com isso adota-se para o solo utilizado no ensaio o ISC
de 3,72 % correspondente a penetração de 2,54 mm.

2.7.CONCLUSÃO
Com os resultados adquiridos durante os ensaios, pode-se obter um valor representativo
para o solo estudado em relação a expansão e ao CBR, esses valores são respectivamente 0,
64% e 3,72%, que quando comparados com os valores especificados pelo DNIT, esse tipo de
solo pode ser utilizado no subleito, vale ressaltar que para valores mais precisos e confiáveis
deve-se fazer uma análise amostral maior. Em relação aos dados de umidade e curva de
compactação não foi possível obter esses valores.

19
3. ENSAIO DE FRASCO DE AREIA
3.1.RESUMO
O presente relatório tem por objetivo mostrar a massa específica aparente do solo “in
situ”, ou seja, no local onde será construída a edificação. Para a isso é explicado alguns
conceitos fundamentais, durante o relatório, para o entendimento dos leitores. Então o presente
relatório vai mostrar como foi realizado todo o ensaio, os dados que obtivemos, todos os
cálculos que realizamos para chegar aos resultados finais. É mostrado todo o procedimento feito
e considerações realizadas para o experimento. E por fim, é comentado o benefício que o ensaio
traz pra engenharia civil e as conclusões que podemos aferir com o ensaio realizado.

Palavras-chave: In situ, densidade específica aparente, frasco de areia.

20
3.2.INTRODUÇÃO
Em ambos os cenários, seja público ou privado, a prática de estudo do solo não é comum
nas construções brasileiras. Segundo Clóvis Salioni Júnior, “Você tem dois cenários: o cenário
do setor privado que é mais competitivo, e se encontram alguns problemas eventualmente é
pelo excesso de competição, questões éticas, esses tipos de coisas. Já o setor público tem outros
problemas. A nossa legislação permite que o gestor público contrate por licitação, ou seja, ele
não escolhe, então ele está sujeito a quem atende as especificações da licitação e que não
necessariamente são as empresas mais adequadas, mais capazes ou mais sérias”.

Assim, visando contribuir com o problema em questão, buscou-se formas simples de


realizar o mínimo de estudo sobre o solo, mas que fosse esclarecedora quanto ao
comportamento do solo. Tendo em vista essa problematização, o ensaio de determinação da
massa específica aparente, in situ, com empregos do frasco de areia (ensaio do frasco de areia),
é uma opção para a realização de estudo do solo.

3.3.OBJETIVO
Esse método tem a finalidade de determinar a massa específica aparente do solo, “in
situ”. Aplica-se ao subleito e às diversas camadas de solo do pavimento.

3.4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Para a realização do ensaio é muito importante entendermos a definição de alguns
conceitos sobre mecânica dos solos. E um conceito que abordaremos é o peso específico natural,
que segundo Carlos de Sousa Pinto em seu livro, Curso básico de mecânica dos solos (2006),
“peso específico natural é a relação entre o peso total do solo e seu volume. É expresso pelo
símbolo 𝜸𝒏 . A expressão ‘peso específico natural’ é, algumas vezes, substituída por ‘peso
específico’ do solo. No caso de compactação do solo, o peso específico natural é denominado
peso específico úmido”.

O autor também define o princípio do ensaio do peso específico natural, “Para sua
determinação, molda-se um cilindro do solo cujas dimensões conhecidas permitem calcular o
volume. O peso total dividido pelo volume é o peso específico natural. O peso específico
também pode ser determinado a partir de corpos irregulares, obtendo-se o volume por meio do
peso imerso n’água. Para tal, o corpo deve ser previamente envolto em parafina”.

E por fim Carlos faz direcionamentos aos pesos específicos naturais, “O peso específico
natural não varia muito entre os diferentes solos. Situa-se em torno de 19 a 20kN/m³ e, por isso,

21
quando não conhecido é estimado como igual a 20kN/m³. Pode ser um pouco maior (21kN/m³)
ou um pouco menor (17kN/m³). Casos especiais, como as argilas orgânicas moles, podem
apresentar pesos específicos de 14kN/m³”.

Baseado nesse conceito podemos realizar o ensaio, pois esse é o conceito principal para
o entendimento dos procedimentos realizados e considerações feitas.

3.5. METODOLOGIA
Determinação da massa da areia que preenche a cavidade no terreno
 Registrou-se a massa do conjunto frasco-funil (com o frasco cheio de areia), e anotamos
a massa (𝑴𝟏 ) de 4,05kg;
 Fizemos a escavação do buraco no local onde foi realizado o ensaio;
 Instalou-se o conjunto frasco-funil, de modo que o funil ficasse apoiado no rebaixo da
bandeja e colocado sobre o buraco escavado. Abriu-se o registro, deixando a areia
escoar até cessar o movimento dentro do frasco com a areia restante. Determinou-se a
massa de areia restante (𝑴𝟐 ) de 2,25kg;
 A massa de areia que fica no funil (𝑴𝟑 ) já é padronizada no laboratório e a massa
correspondente é de 0,524kg;
 A massa de areia (𝑴𝟒 ) que preencheu a cavidade no é calculada pela equação:

𝑴𝟒 = 𝑴𝟑 − 𝑴𝟏 − 𝑴𝟐 .

Determinação da massa específica aparente da areia


 Utilizamos a areia que continha no laboratório para a realização do ensaio e segundo o
técnico do laboratório a areia trabalhada tinha uma massa específica (𝝆𝒂𝒓𝒆𝒊𝒂 ) de
1437g/dm³.

Determinação da massa de solo tirado da cavidade do terreno


 Com a escavação realizada, recolheu-se o material escavado e parte que ficou sobre a
bandeja, colocamos num recipiente plástico e medimos a massa (𝑴𝟓 ) de 1,466kg;
 Na sequência determinamos a massa do recipiente plástico (𝑴𝟔 ) de 0,052kg;
 A massa de solo que preenche a cavidade escavada (𝑴𝟕 ) é dada pela seguinte equação:
𝑴𝟕 = 𝑴𝟓 − 𝑴𝟔 .

22
Determinação do teor de umidade do solo
 Determinamos a unidade do teor do solo (w) a partir do speed test, que nos forneceu
uma pressão de 0,4 kgf/cm² que de acordo com a tabela no material nos fornece uma
umidade de 2%.
3.6.RESULTADOS
 Massa da areia deslocada:

𝑴𝟒 = 𝑴𝟑 − 𝑴𝟏 − 𝑴𝟐

𝑴𝟒 = (𝟒, 𝟎𝟓 − 𝟐, 𝟐𝟓 − 𝟎, 𝟓𝟐𝟒)𝒌𝒈 = 𝟏, 𝟐𝟕𝟔𝒌𝒈

 Massa de solos:

𝑴𝟕 = 𝑴𝟓 − 𝑴𝟔

𝑴𝟕 = (𝟏, 𝟒𝟔𝟔 − 𝟎, 𝟎𝟓𝟐)𝒌𝒈 = 𝟏, 𝟒𝟏𝟒𝒌𝒈

 Massa específica aparente do solo úmido “in situ”:

𝑴𝟕 𝟏𝟎𝟎
𝝆𝒅 = 𝝆𝒂𝒓𝒆𝒊𝒂 . .
𝑴𝟒 (𝟏𝟎𝟎 − 𝒘)

Onde:

𝝆𝒅 = massa específica aparente seca, do solo “in situ” (g/cm³);

𝝆𝒂𝒓𝒆𝒊𝒂 = massa específica aparente seca da areia (g/cm³);

𝑴𝟕 = massa do solo extraído da cavidade do terreno (g);

𝑴𝟒 = Massa de areia que preenche o terreno (g);

𝒘 = teor de umidade de solo extraído da cavidade no terreno (g).

Assim, temos:

𝟏𝟒𝟏𝟒 𝟏𝟎𝟎
𝝆𝒅 = 𝟏, 𝟒𝟑𝟕. . = 𝟏, 𝟓𝟗𝒈/𝒄𝒎³
𝟏𝟐𝟕𝟔 (𝟏𝟎𝟎 + 𝟎, 𝟎𝟐)

Transformando para o sistema internacional de unidades, logo:

𝟏, 𝟓𝟗𝒈 𝟏𝟓𝟗𝟎𝟎𝑵 𝟏𝟓, 𝟗𝒌𝑵


𝝆𝒅 = = =
𝒄𝒎𝟑 𝒎𝟑 𝒎𝟑

23
3.7.CONCLUSÃO
Com o resultado obtido no item 6.0 e com a referência bibliográfica do item 4.0
podemos perceber que o solo no qual foi feito o ensaio tem o seu peso específico próximo aos
valores citados pelo o autor Carlos.

Assim podemos perceber que o objetivo do ensaio foi atingido, pois conseguimos
identificar a massa específica do solo “in situ”. Assim temos uma proposta de solução para a
problemática citada na introdução. Apesar de sabermos que não é suficiente para a segurança
da edificação, mas já é um parâmetro que podemos analisar antes da construção e podemos
projetar a edificação já com as adequações necessárias.

24
4. ENSAIO DE ADENSAMENTO
4.1.RESUMO
Todos os materiais sofrem deformações quando estão sujeitos a carregamentos. A
deformação na maioria dos solos (mesmo sob pequenas cargas) é bem maior que a dos
materiais estruturais como aço e concreto, podendo ser produzida imediatamente ou ao longo
do tempo. O ensaio de adensamento unidimensional ou ensaio de compressão oedométrica foi
realizado de acordo com a NBR-12007, tendo sido adaptado devido a pouca disponibilidade
de tempo. Não foi possível se obter os diagramas, visto que alguns dados não foram coletados
no decorrer dos cinco dias de ensaio. Contudo, para fins de compreensão da teoria, o
experimento foi proveitoso e cumpriu com seus objetivos.
Palavras-chave: Adensamento, ensaio, recalque, cargas no solo.

25
4.2.INTRODUÇÃO
Adensamento pode ser definido como a deformação que uma camada de solo saturado
sofre ao ser submetido a um aumento de tensão. Essa deformação depende diretamente do tipo
de solo, bem como do estado em que este se encontra com relação a solicitações de tensões, do
tempo de adensamento, da carga aplicada e da espessura da camada (em alguns casos).

O adensamento do solo ocorre a partir da expulsão da água do seu interior. Essa


deformação pode ser instantânea, ocorrendo no momento de aplicação cada carga, ou pode
ocorrer de forma lenta com o passar do tempo.

A partir da variação do índice de vazios em função da tensão aplicada tem-se a formação


de uma curva de adensamento, onde pode-se observar a formação de três estágios a depender
do carregamento aplicado.

O procedimento de ensaio de adensamento unidirecional foi sugerido por Terzaghi, com


a finalidade de observar a variação do índice de vazios com a tensão aplicada. O ensaio é
regulamentado pela norma brasileira NBR 12007 MB – 3336 (Solo – Ensaio de Adensamento
Unidirecional). Este ensaio serve para a obtenção de forma direta de parâmetros do solo,
essenciais para os cálculos de deformações da camada no campo.

4.3.OBJETIVO
Esta prática teve por objetivo a realização do ensaio de adensamento unidirecional de
acordo com a NBR MB 3336, e a construção da curva que relaciona a variação do índice de
vazios com o carregamento aplicado no solo.

4.4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Conceitos
De acordo com Lambe & Whitman (1970), uma amostra de solo consiste em um
conjunto de diversas partículas individuais de solo, cujos vazios são preenchidos por ar e/ou
água. As forças aplicadas sobre essa amostra são transmitidas partícula a partícula, além da
parcela suportada pela água dos vazios. De acordo com Coutinho (1976), quando ocorre um
acréscimo uniforme de carga em um solo saturado, esta é suportada, a princípio, pela água
presente nos poros, por esta ser incompressível. Após a aplicação da carga, ocorre drenagem da
água presente nos poros e a carga excedente passa a ser transferida para a estrutura do solo,
resultando numa variação de volume do mesmo. A este processo, dá-se o nome de adensamento.

26
Caputo (2014) exemplifica por meio de figuras o processo de adensamento, o que pode
ser visualizado na Figura 7, onde o po é a pressão transmitida em um ponto qualquer do solo
(M) próximo a uma fundação. Pode-se obter a pressão efetiva (p) e pressão neutra (u) a partir
da soma:
p0 = p + u

O processo de adensamento do solo consiste na aplicação de uma sobrecarga com a


finalidade de promover uma evacuação forçada da água presente no interior dos vazios do solo,
onde a velocidade de fluidez da água está relacionada a parâmetros do adensamento, como
permeabilidade (k) e o coeficiente de adensamento do solo (Cv) (ALMEIDA NETTO, 2006).
Além disso, a redução do volume de vazios, resultado do adensamento, é proporcional à saída
de água do solo (BRASIL, 2015).
Terzaghi (1923), citado em diversas literaturas, desenvolveu a “Teoria do
Adensamento” baseada em diversas hipóteses simplificadoras:
 O solo é homogêneo e saturado;
 As fases líquida e sólida do solo são incompressíveis;
 A lei de Darcy da permeabilidade é válida;
 Determinadas propriedades do solo são constantes, como a permeabilidade e
compressibilidade;

Figura 7 – Pressão na fundação. Fonte: Caputo


(2014).

27
 O tempo necessário para o adensamento, deve-se apenas à baixa permeabilidade do
solo;
 O solo é lateralmente confinado;
 As deformações originadas devido ao adensamento são infinitesimais;
 As tensões normais totais e efetivas são constantes em uma seção horizontal durante o
processo de adensamento.

Essa teoria, também conhecida como teoria clássica tem suas limitações, as quais são
discutidas por Brasil (2015). Uma das maiores restrições do uso desta teoria está na adoção da
relação linear entre o índice de vazios e a tensão vertical efetiva, relação fortemente não-linear.
Outra crítica feita pelo autor reside na adoção de valores constantes para parâmetros que sofrem
variação com o tempo, como o coeficiente de adensamento, além da atribuição de propriedades
determinadas a partir de pequenas massas de solo tomadas como indeformadas para grandes
porções de solo.

Aplicações e importância do ensaio

Na engenharia, as cargas de uma estrutura são transmitidas ao solo gerando acréscimo


de tensão em cada ponto do maciço, provocando assim deformações em maior ou menor
intensidade, no local onde foi aplicado o carregamento e em toda sua circunvizinhança, que por
sua vez, resultarão em recalques superficiais (MARAGON, 2009).
Uma das principais causas de recalques, segundo Caputo (2014), é a compressibilidade
dos solos, ou seja, a redução volumétrica deste mediante a aplicação de cargas e, quando se
refere a uma camada de solo saturada e confinada lateralmente, estamos falando de
adensamento. É de interesse do engenheiro, ao projetar uma edificação, prever os recalques a
que a mesma estará submetida para, com isso, decidir sobre tipo de fundação e até mesmo o
sistema estrutural a ser adotado.
O mesmo autor ainda observa que o adensamento de uma camada de solo ocorre por
meio de um processo tridimensional de escoamento de água, consequentemente, as dimensões
de massas de solos variam em todas as direções, contudo, para um material como o solo a
análise tridimensional seria demasiadamente complexa, portanto é comum considerar-se, para
efeito de ensaio, o procedimento essencialmente unidirecional. E sabe-se que as argilas se

28
encontram na natureza em diferentes condições de confinamento, mas comumente usa-se dupla
superfície drenante como caso geral.
Outros pesquisadores também observaram que, quando a relação entre área de argila
submetida a uma carga e a espessura de uma amostra de argila for grande, os recalques são
aproximadamente unidimensionais, ou seja, não ocorre deformação lateral. A partir de
parâmetros obtidos nesses ensaios unidimensionais, também chamados de oedométricos, é
possível prever a velocidade e quantidade de recalque e a velocidade de dissipação da pressão
nos poros, bem como estabelecer a relação entre tensão vertical efetiva e o índice de vazios
(COUTINHO, 1976; BRASIL, 2015).
Bressani et al. (2009) destacam que os solos moles têm como características a baixa
resistência e alta compressibilidade. Compostos por argilas ou siltes, esse tipo de solo
geralmente se encontra em estado normalmente adensado ou ligeiramente pré-adensado.
O cálculo de recalques por adensamento é de fundamental importância em obras de
aterros rodoviários, fundações diretas, barragens, pistas de pouso de aeroportos, entre outras.
Embora o problema que mais afeta as estruturas seja o recalque diferencial, não há meios de
avalia-los previamente. Porém, estudos têm mostrado que os danos a estruturas causados por
recalque diferencial estão associados ao recalque total.

Considerações sobre o ensaio


A Figura 8 mostra o oedômetro utilizado no laboratório para a realização do ensaio de
compressão confinada. O ensaio é realizado em várias etapas, acrescentando cargas e depois de
ter feito todo o carregamento, é feito o processo inverso. Utiliza-se duas pedras porosas abaixo
e acima da amostra de solo que, segundo Marangon (2009), tem a finalidade de acelerar o
recalque e, consequentemente diminuir o tempo de ensaio

Figura 8 – Oedômetro. Fonte: Autoria própria (2018).

29
Ainda conforme Marangon (2009), os resultados do ensaio de adensamento podem ser
representados de diversas formas. A curva de compressão do solo geralmente é representada
em função do índice de vazios versus o logaritmo da tensão vertical. Essas relações podem ser
visualizadas na Figura 9.

Figura 9 – Relação de deformação volumétrica com índice de vazios.


Fonte: Marangon (2009).

4.5.METODOLOGIA
Para a realização do ensaio de adensamento utilizou-se como aparelhagem principal a célula
de adensamento que consiste basicamente em um dispositivo apropriado para conter o corpo de
prova e que permite a aplicação de cargas verticais à medida que ocorre variação da altura do
mesmo.

A seguir, relata-se o procedimento a ser realizado para a correta execução do ensaio de


adensamento.

a. Previamente à execução do ensaio deve-se determinar-se as dimensões do anel de


adensamento (diâmetro interno e altura), bem como a massa da célula de
adensamento sem o solo e sem a pedra porosa superior.
b. A amostra para o ensaio foi do tipo deformada, sendo utilizado solo disponível no
laboratório. Para o início do ensaio, a amostra foi quarteada, homogeneizada e posta
na célula de adensamento sem a pedra porosa superior.
c. A fim de determinar a massa específica do solo úmido, deve-se também pesar o
conjunto célula de adensamento + solo (sem pedra porosa superior).
d. É necessário retirar amostras do solo para a determinação da umidade higroscópica.
As amostras devem ser colocadas em cápsulas enumeradas e então pesasse o
30
conjunto solo úmido + cápsula. Essas, serão levadas à estufa à temperatura média
de 105 º C durante o período de 24h. Após esse período pesasse novamente para
obter-se o peso do solo seco.
e. Prossegue-se com a montagem do corpo de prova na célula de adensamento
obedecendo à seguinte sequência: base rígida, pedra porosa inferior, papel-filtro,
corpo-de-prova contido no anel, papel-filtro e pedra porosa superior. A amostra
permanece inundada durante todo o ensaio.
f. A célula de adensamento é ajustada ao sistema de aplicação de cargas, instalando-
se então, o extensômetro e aplicando-se uma carga de assentamento. O extensômetro
encontrasse zerado decorridos um tempo inicial da aplicação dessa carga.
g. Decorridos esse período de tempo, aplica-se cargas adicionais à célula de
adensamento em estágios. Iniciou-se o carregamento, fazendo-se leituras no
extensômetro em tempos de 0s, 7,5s, 15s, 30s, 1 min, 2 min, 4 min, 8 min, 15 min,
30 min, 1 hora, 2 horas, 4 horas, e 24 horas. A cada leitura de 24h a carga aplicada
era aumentada, assim, aplicou-se cargas de 10 Kg, 32 Kg, e 50 Kg; e feitas leituras
no mesmo intervalo de tempo durante os primeiros 3 dias.
h. Ao final do procedimento de carregamento realizou-se o descarregamento do corpo
de prova, retirando os pesos em estágios durante 2 dias e realizando-se as leituras
no extensômetro para as cargas nos mesmo intervalos de tempo que o carregamento.

4.6.RESULTADOS
Do procedimento relativo à determinação da umidade higroscópica, deve-se obtida a
umidade do solo em análise, que servirá para o cálculo do índice de vazios inicial.

Assim, parte-se para a determinação do índice de vazios inicial.

Dados prévios Massa específica úmida Índice de vazios inicial

𝑀𝑝𝑟𝑒𝑛𝑠𝑎
𝑝𝑛
𝑀𝑝𝑟𝑒𝑛𝑠𝑎 + 𝑀𝑆𝑜𝑙𝑜 𝑝𝑑 =
1+ℎ
𝑀𝑠 𝑀𝑠
𝐷𝑝𝑟𝑒𝑛𝑠𝑎 𝑝𝑛 = =
𝑉𝑠 𝑉𝑝𝑟𝑒𝑛𝑠𝑎
𝑝𝑠
ℎ𝑝𝑟𝑒𝑛𝑠𝑎 𝑒𝑖 = −1
𝑝𝑑
𝑝𝑠 : 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠

31
A partir da leitura realizada nos instantes estabelecidos por norma, para cada carga,
foram elaboradas as tabelas seguintes, referentes aos estágios de carregamento e
descarregamento. Para cada leitura, foi determinada a altura do corpo de prova (H-C.P.),
equivalente à deformação, dada pela diferença entre a leitura instantânea e inicial, subtraída da
altura inicial da amostra. Foi observado que no início de cada estágio de carregamento a
deformação é bastante acentuada, mas no decorrer do ensaio esta passa a crescer de forma lenta,
o que está de acordo com o que Marangon (2009) observou.

Tabela 6: Valores das alturas do corpo de prova equivalentes as deformações no


carregamento.
Carregamento (kg)
Tempo 10,000 32,000 50,000
Leitura H - C.P. Leitura H - C.P. Leitura H - C.P.
0s 9,62 19,620 6,358 16,358 4,060 14,060
7,5s 9,595 19,595 6,114 16,114 4,035 14,035
15s 9,566 19,566 4,436 14,436 4,015 14,015
30s 9,542 19,542 4,414 14,414 4,000 14,000
1 min 9,523 19,523 4,39 14,390 3,980 13,980
2 min 9,509 19,509 4,37 14,370 3,964 13,964
4 min 9,493 19,493 4,35 14,350 3,950 13,950
8 min 9,46 19,460 4,339 14,339 3,940 13,940
15 min - - 4,328 14,328 3,935 13,935
30 min 9,281 19,281 4,315 14,315 3,920 13,920
1 hora 9,273 19,273 4,301 14,301 3,910 13,910
2 horas 9,27 19,270 4,298 14,298 3,895 13,895
4 horas 9,265 19,265 4,291 14,291 3,898 13,898
24 horas 9,259 19,259 4,281 14,281 3,89 13,890
Tabela 7: Valores das alturas do corpo de prova equivalentes as deformações no
descarregamento.
10 0,5
Tempo
Leitura H - C.P. Leitura
0s 4,31 14,31 -
7,5s 4,32 14,32 -
15s 4,332 14,332 -
30s 4,341 14,341 -
1 min 4,35 14,35 -
2 min 4,358 14,358 -
4 min 4,365 14,365 -
8 min 4,37 14,37 -
15 min 4,374 14,374 -
30 min 4,376 14,376 -
1 hora 4,38 14,38 -
2 horas 4,38 14,38 -
4 horas 4,381 14,381 -

32
Para a elaboração da curva de índice de vazios em função da pressão, é necessário
calcular tais grandezas após cada estágio do ensaio. A pressão é determinada pela relação entre
área e carga aplicada, enquanto que, para os índices de vazio, por norma, tem-se:

𝐻𝑖 𝐻
𝐻𝑠 = 𝑒= −1
1 + 𝑒𝑖 𝐻𝑠

𝑒𝑖 = Índice de vazios inicial 𝑒 = Índice de vaizios após estágio

𝐻𝑖 = Altura do C. P. inicial 𝐻 = Altura do C. P. após estagio

𝐻𝑠 = Altura dos sólidos

O gráfico à seguir mostra como deve ser comportamento do índice de vazios para cada
final de estágio, com a aplicação das respectivas cargas, escritas em termos de pressão.

Figura 10: Curva resultante do ensaio de adensamento relacionado o índice de


vazios e a presão aplicada.

e
0,9

0,8

0,7

0,6
Índice de vazios

0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0
0,100 1,000 10,000 100,000
Pressão (kPa)

Fonte: Ilustração realizada para exemplificação (2018).

33
Tem-se então a forma típica da curva mostrando o comportamento do índice de vazios
durante o carregamento e o descarregamento. Como é esperado, o índice de vazios diminuiu à
medida que as solicitações vão sendo aumentadas.

Pelo método Pacheco e Silva, ilustrado na Figura 11, tem como determinar a tensão de
pré-adensamento.

Figura 11: Determinação da tensão de pré-adensamento pelo método de Pacheco


e Silva.

Fonte: NBR MB 3336 (2018).

Também são determinados os coeficientes de compressão (Cc) e de recompressão (Cr)


de forma representada na Figura 12.

Figura 12: Determinação dos coeficientes de compressão e de recompressão.

Fonte: NBR MB 3336 (2018).

34
4.7.CONCLUSÃO
É importante que o procedimento experimental ocorra de forma adequada, sendo realizado
todos os procedimentos de acordo com a normativa. Sendo assim, partir dos resultados obtidos
é realizar possível a construção do gráfico tempo-deformação durante o adensamento para os
incrementos de carga selecionados.

Pode-se então analisar se o solo apresenta o comportamento usual, com relação inversa
entre tensão aplicada e índice de vazios. Além disso, é possível observar os estágios de
compressão inicial, adensamento primário e compressão secundária

35
5.REFERÊNCIAS

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