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Sumário

Introdução 03
A Páscoa 04
A Páscoa dos judeus e a Ceia do Senhor 05
Consequências espirituais da Ceia do Senhor 06
Quem pode participar da Ceia? 09
A Páscoa moderna e suas origens 10

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INTRODUÇÃO

Desde o último século temos visto um crescimento na ênfase dada à páscoa, destacando e
alimentando o aspecto comercial, modificando o seu sentido original e desfigurando o real sentido da
festa, tanto para judeus como para cristãos.
Mas, o que a páscoa te haver com judeus? E com cristãos?
Muitos poderiam argumentar que a páscoa é uma festa desenvolvida pela igreja católica
apostólica romana, e como tal deve seguir os padrões exigidos pela mesma, que promove abstinência de
alimentos, um dia dedicado às esmolas e jejum, a malhação do Judas etc.
Bem, o real sentido da páscoa pode ser encontrado nas páginas do Antigo Testamento, no livro
de Êxodo, e diz respeito, originalmente, ao povo hebreu.
Tal festa, não possui nenhuma relação com abstinência de alimentos, a proibição de se comer
carne, com esmolas e jejum, que são atos pessoais e particulares ensinados pela Bíblia e que não são
impostos a ninguém porque têm de ser voluntários e secretos, e muito menos com a malhação do Judas,
que não encontra nenhuma base doutrinária ou ética nas páginas do Texto Sagrado.
Ainda, nos deparamos com o coelhinho da páscoa, ovos de páscoa e uma gama de
indumentárias adotadas pela nossa sociedade, que nem ao menos demonstra o mínimo de interesse
para saber o seu real significado e origem.
A nossa proposição não é demolir a páscoa da sociedade, mas instruir para que se saiba o seu
real significado, e para que se comemore a celebração bíblica de forma adequada e segundo os padrões
estabelecidos pela Bíblia.
Por que pela Bíblia?
Porque é na Bíblia que encontramos a instituição de tal festa e, portanto, é Nela que devemos
buscar as orientações para que a mesma seja celebrada da forma correta.
Ao afirmarmos que o coelhinho simboliza a vida, estaremos substituindo Jesus pelo coelho.
Ao afirmarmos que o ovo simboliza a perpetuação da vida e eternidade, estaremos substituindo
a ressurreição de Cristo por um ovo.
Tais atos muitas vezes passam despercebidos, e na maioria dos casos é realizado de forma
inconsciente, para não dizer inocente.
É preciso se ter consciência que o real significado da páscoa é a morte e ressurreição de Cristo,
que é a única forma do ser humano receber a vida eterna. Por isso, podemos dizer que a verdadeira
páscoa do cristão é a celebração da Ceia do Senhor, que nos remete à consciência daquilo que o Senhor
fez por nós, através de seu sacrifício substitutivo na cruz do Calvário há cerca de dois mil anos atrás.

“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”
Jo 14:6

“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o
que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?”
Jo 11:25-26

“E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por
vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o
cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.”
Lc 22:19-20

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A Páscoa

Depois de 430 anos de escravidão no Egito, Deus liberta os hebreus após as dez pragas do
Egito. Com isso os hebreus passam a comemorar a festa da páscoa, instituída por Deus para aquele
povo, em comemoração a este feito (Ex 12:26,27), chamando-a de Pesah, que significa “passar sobre” ou
“passar por cima”, em alusão a Ex 12:13, em que o Senhor diz que “vendo eu sangue, passarei por cima
de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito”.
Para a realização da páscoa judaica era necessário obedecer uma sequência determinada por
Deus, e que posteriormente foi “adaptada” por Jesus Cristo para que fosse observada pela Igreja, e que
iremos estudar adiante.
A páscoa, instituída pelo Senhor, tinha a finalidade de fazer com que os hebreus lembrassem da
vida de escravidão e da tão grande libertação que o Senhor lhes deu.
No texto de Ex 12:11 encontramos o seguinte: “Desta maneira o comereis: lombos cingidos,
sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a Páscoa do Senhor”.
Esses são alguns pontos que foram exigidos pelo Senhor, para que os hebreus participassem da
páscoa, no entanto, nas comemorações posteriores que ocorreram durante a história de Israel essa
exigência não foi feita. Tais pontos se fizeram necessário apenas naquela ocasião por causa da pressa
com que teriam de sair da terra do Egito.
Podemos observar que todos que participaram da páscoa estavam em obediência e submissão.
Eles estavam “prontos”. Realizaram a páscoa com temor, reverência, obediência, respeito e educação.
Posteriormente, o apóstolo Paulo repreende os coríntios por não fazerem o mesmo (1 Co 11:17-22).
A ordem do Senhor, foi para a páscoa ser comemorada no dia 14 do mês de abibe (nisã) pois foi
este o dia em que os hebreus saíram do Egito. Ainda, deveria ser comemorada durante sete dias, e
deveria ser destituída do pão fermentado, ou fermento, que representa o pecado, a impureza (Lv 2:11). A
festa, ainda, deveria ser comemorada com o pão asmo, pois sabemos que este representa a sinceridade
e verdade (1 Co 5:7,8). Por último, encontramos as ervas amargas, o cordeiro pascal e o sangue. As
ervas, para lembrar da amargura da escravidão; o cordeiro para ser comido por todos sem que nenhum
pedaço sobrasse (Ex 12:4), simbolizando a remissão de pecados e a morte do cordeiro que é suficiente
para todos; e o sangue, que deveria ser passado nos umbrais (ombreira, soleira) das portas (Ex 12:7),
que simbolizaria a proteção Divina sobre aqueles.
A páscoa é uma evidência viva em nossos dias da veracidade bíblica. Com isso, não estou me
referindo a páscoa do coelhinho que é comemorada em nossa sociedade, não! Mas à páscoa
comemorada pelos judeus em Israel. Isso porque a profecia bíblica destaca incisivamente que “este dia
vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por
estatuto perpétuo” (Ex 12:14). Ou seja, atualmente até um ateu que visite Israel nesse período de tempo
estará comemorando a páscoa e sendo participante do cumprimento das profecias bíblicas, apesar de
negá-las e não aceitá-las.
Por isso, podemos afirmar que a comemoração da páscoa por parte dos judeus é uma
comprovação histórica da existência de Deus e da veracidade de Sua Palavra, a Bíblia Sagrada.

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A páscoa dos judeus e a Ceia do Senhor

1 Co 11:24-30
“e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por
semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu
sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este
pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. Por isso, aquele que comer o pão ou
beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si
mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo
para si. Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem.”

Jesus Cristo, ao celebrar a última páscoa, antes da crucificação, realizou algumas mudanças e
“adaptações” da tradicional festa. Ele cumpriu o significado da páscoa em Si mesmo.
Algumas expressões e figuras utilizadas no Antigo Testamento, apontavam para a pessoa de
Cristo e Seu sacrifício. Por exemplo: enquanto as ervas amargas, na páscoa, simbolizavam a amargura
da escravidão, na Ceia, simbolizam a amargura da traição (Jo 13:18; Sl 41:9); enquanto o pão asmo, na
páscoa, simbolizava a dureza do Egito e saída as pressas (Dt 16:3), na Ceia simboliza o corpo de Cristo
(Mt 26:26; 1 Co 11:24); enquanto, na páscoa, o sangue simbolizava a segurança contra a morte (Ex
11:6,7, 12:7), na Ceia simboliza a remissão de pecados representado pelo vinho (Mt 26:27,28; 1 Co
11:25); enquanto, na páscoa, o cordeiro simboliza a remissão de pecados trazida através do sacrifício de
um ser inocente, macho, sem mácula, sem nenhum osso quebrado (Ex 12:5,6,46), na Ceia simboliza o
próprio Jesus Cristo que foi entregue à morte por nossa causa (Jo 1:29), sendo homem, sem mácula e
sem que nenhum de Seus ossos fossem quebrados.
Na verdade, a real páscoa cristã não possui o mesmo significado da páscoa judaica, mas é uma
festa bíblica que teve seu significado cumprido em Cristo e que deve ser comemorada pela Igreja em
comemoração a salvação oferecida unicamente em Cristo.
Com isso, podemos afirmar que a páscoa judaica era a sombra, ou seja, uma representação,
daquilo que seria feito mil e trezentos anos mais tarde, por Jesus Cristo.
A páscoa, que em suma era a comemoração em lembrança pelo livramento oferecido pelo
Senhor no qual se oferecia o cordeiro em sacrifício era a tipificação do memorial (Ceia) que a Igreja de
Cristo faz, lembrando do livramento do pecado e da condenação oferecido pelo Senhor com o sacrifício
do Cordeiro de Deus, Jesus, para oferecer vida e verdadeira liberdade.

Acerca da Ceia do Senhor, o Dr. Robert L. Reymond nos diz o seguinte:

Tal como o Senhor Jesus instituiu, pessoal e expressamente, o sacramento


do batismo (Mateus 28.19), ele também, pessoal e expressamente, instituiu o
sacramento da Ceia do Senhor. Os Evangelhos Sinóticos especificamente declaram
que ele o fez enquanto comia a Páscoa junto com os seus discípulos, horas antes de
sua crucificação.
Os três primeiros Evangelhos (Mateus 26.26; Marcos 14.22 e Lucas 22.19)
e Paulo (I Coríntios 11.24) registram que Jesus, na noite em que foi traído, tomou o
pão e deu aos seus discípulos e disse: “Isto é o meu corpo.” Lucas(22.19) e Paulo (I
Coríntios 11.24), tanto um quanto o outro, registram que Jesus disse em relação ao
pão: “(continuamente) fazei isto em memória de mim.” Tanto Mateus (26.28) como
Marcos (14.24) registram que Jesus ao tomar o cálice, disse: “Este é o sangue da
nova aliança que é derramado por muitos.” Mateus adiciona neste ponto: “para
perdão dos pecados” Lucas (22.20) e Paulo (ICoríntios 11.25) afirmam que Jesus
neste momento disse: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue”, e Lucas
acrescenta: “que é derramado por vós.” Somente Paulo registra que Jesus disse:
“(continuamente) fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim”(I
Coríntios 11.25). Embora estas variações pequenas ocorram entre os registros, está
clara e evidente a ordem dada pelo Senhor Jesus, neste imperativo: “fazei isto
(continuamente) - e aqui está a solene declaração neste imperativo presente - em
memória de mim.”. Sua determinação, portanto, era que Sua Igreja observasse este
sacramento depois de Sua partida, até que ele voltasse dos céus.”
Fonte: Dr. Robert L. Reymond. Adaptado de “A New Systematic Theology of The Christian Faith”

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Consequências espirituais da Ceia do Senhor

Conseqüência espirituais existem ao celebrarmos a Ceia do Senhor, e estas podem ser


benéficas ou maléficas, dependendo do nosso entendimento, atitude e situação espiritual.
A Ceia é:

1. Momento de recordação do que Ele fez por nós


Cristo disse: “fazei isto em memória de mim” (Lc 22:19). Isso significa que a Ceia é um memorial,
ou seja, um momento no qual lembramos do sacrifício de Cristo em nosso lugar.
O Dr. Russel Shedd afirma que:

“A participação "em memória (anamnēsin) de mim" quer dizer que a igreja agradece
e honra o doador de uma salvação de infinito valor. Mas também deve ser a ocasião
de se formar o corpo e de se edificar a igreja ... o autor de Hebreus retrata a
adoração cristã como "fazer o bem (eupoiias) e compartilhar (koinōnias)" (13.16). O
parágrafo inteiro (10-17) é melhor compreendido no contexto da reunião da igreja
onde o "altar" cristão se refere à Ceia. À proporção que a igreja se reunia em
celebração memorial do sacrifício único de Cristo (9.12), a gratidão levava os seus
membros a compartilhar as suas bênçãos materiais com irmãos necessitados.”
Fonte: http://www.ictrindade.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=125&sg=0&form_search=&pg=1&id=263

2. Anunciação de Sua morte


O apóstolo Paulo disse: “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice,
anunciais a morte do Senhor, até que ele venha” (1Co 11:26). Isto completa o 1º ponto, pois não só
devemos lembrar do que Cristo fez, mas devemos anunciar, e a Ceia do Senhor é um meio de fazermos
isso de forma que outros possam entender que o Senhor se entregou por nós, através da verdade que a
Ceia anuncia.
O Pr. Araripe Gurgel, da Igreja Cristã da Trindade disse o seguinte:

“O mais importante da Páscoa, é que nela Jesus ressuscitou dos mortos: Ele venceu
a morte! Ele não ficou na sepultura, mas saiu dela trazendo as chaves do inferno e
da morte. "Pela morte Ele aniquilou o que tinha o império da morte, isto é, (aniquilou)
o diabo” (Heb.2:14). Ele entrou na sepultura como Cordeiro Pascal e saiu como O
Vitorioso Leão da Tribo de Judá.”
Fonte: http://www.ictrindade.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=125&sg=0&form_search=&pg=1&id=263

3. Um ritual de aliança
Ainda, o apóstolo Paulo ensinou que “aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele” (1 Co
6:17). Ou seja, temos uma aliança com o Senhor e que por isso estamos moldados ao Senhor, unidos,
juntos e incorporados.
Então, a Ceia simbolicamente reafirma essa aliança. Uma aliança alicerçada no sangue de
Cristo derramado na Cruz do calvário.
O Dr. Russel Shedd afirmou o seguinte:

Não pode haver dúvida embora os judeus não tivessem entendido a verdade
profunda que Jesus desejava comunicar. Comer e beber do corpo e do sangue de
Jesus, seriam atos repetidos de adoração. O simbolismo da Ceia representa em
parte a realidade que jaz atrás desta linguagem figurada mas não exaure seu
significado. Alimentar-se de Cristo, não de maneira sacramentai ou material, implica
em recebê-lo pela fé.
Fonte: Shedd, Russel P. Adoração Bíblica. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1987

4. Um tempo de comunhão
No mesmo capítulo de 1 Coríntios, o apóstolo Paulo revela outro significado da Ceia, ao afirmar:
“Assim, pois, irmãos meus, quando vos reunis para comer, esperai uns pelos outros.” (1 Co 11:33).
Trazendo o sentido de comunhão, ou seja, tudo em comum.

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Essa celebração, a Ceia, é chamada por Judas de festa do amor (Jd 12). Mas, não do amor Eros
(amor entre casais), nem do amor filos (entre irmãos), mas do amor de Deus, o amor ágape. O amor de
Deus que está em nós.
Ainda, o Dr. Russel Shedd afirmou o seguinte:

Esta refeição, que substituiu a Páscoa dos judeus, era tomada diária ou
semanalmente. Percebe-se pela leitura de 1 Co 11.17-22 e Didaque 9s, que esta
refeição era a "Ceia do Senhor" (kuriakon deipnon, 1 Co 11.20), que reunia todos os
membros da família de Deus. Além de relembrar (repetindo as palavras
interpretativas) a morte de Jesus e a inauguração da Nova Aliança, a Ceia
confirmava, de maneira inconfundível, que todos os participantes tinham uma vida
em comum. Ricos e pobres, livres e escravos, todos se comprometiam diante de
Deus a ter e manter uma responsabilidade mútua, uns pelos outros.
Fonte: Shedd, Russel P. Adoração Bíblica. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1987

5. Um ato de conseqüências espirituais


Diante de tudo isso, podemos dizer que a Ceia é um momento de conseqüências espirituais,
boas ou ruins. É um momento de bênção ou de maldição.
Bênção porque o apóstolo Paulo ensinou em 1 Co 10:16 que “Porventura o cálice da bênção que
abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo
de Cristo?”.
Estamos identificados com Cristo, unidos com Ele, recordando e anunciando o que Ele fez, e
recebendo as bênçãos oriundas Dele. Por isso, a Ceia do Senhor, sendo um momento no qual
reafirmamos isso tudo, também é um momento no qual renovamos a aliança publicamente e seus
benefícios.
Maldição porque o mesmo apóstolo ensinou que “quem come e bebe sem discernir o corpo,
come e bebe juízo para si” (1 Co 11:29). Ou seja, muitas pessoas têm ficado doentes e até mesmo
chegado à morte prematura por participarem da Ceia do Senhor de forma indigna, desrespeitosa, sem
arrependimento e sem consciência.
No texto de 1 Co 11:28, o apóstolo ensina que aquele que participa da Ceia deve examinar a si
mesmo. Não a vida dos outros mas a sua própria.
É preciso entender que o momento da Ceia é decisivo na vida de um cristão, decisivo porque
naquele momento chegou a hora de decidir se participamos da Ceia nos arrependendo dos pecados e
abandonando-os ou continuamos com o pecado e abandonamos a Ceia do Senhor. Não é hora de deixar
de participar da Ceia por causa de um pecado, é a hora de deixar o pecado em arrependimento genuíno
e sincero para participar da Ceia do Senhor, renovando a aliança feita com Ele e a comunhão
estabelecida em Seu sacrifício.
É a hora de decidir, ou a Ceia (comunhão com Cristo) ou o pecado (comunhão com o mundo)! É
a hora em que o cristão é confrontado.
De acordo com o Pr. Luciano P. Subirá, da Comunidade Evangélica Alcance as conseqüências
espirituais da Ceia podem ser apresentadas da seguinte forma:

“Na epístola de Paulo aos Coríntios, fica claro que a Ceia do Senhor tem
conseqüências espirituais; ela será sempre um momento de bênção ou de maldição
para os que dela participam.
Bênção: “Porventura o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão
do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?”
(1Co. 10.16.)
Observe o termo “cálice da bênção”. Isto não é figurado, é real. A Ceia do
Senhor traz bênçãos espirituais sobre aqueles que dela participam.
Um outro termo empregado neste versículo, que nos revela algo importante,
é “comunhão”; quando ceamos, estamos pela fé acionando um poderoso princípio,
temos comunhão com o sangue e com o corpo de Cristo! O que isto significa?
Quando derramou seu sangue, Jesus o fez para a remissão de nossos
pecados, logo, ao comungarmos o sangue, estamos provando que tipo de bênçãos?
A purificação, e também a proteção, pois o diabo não pode transpor o poder do
sangue para nos tocar (Ex. 12.23; Ap. 12.12).

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E o que significa ter comunhão com o corpo? O corpo de Jesus foi moído
porque ele tomou sobre si nossas enfermidades, e as nossas dores carregou sobre
si, e pelas suas feridas fomos sarados (Is. 53.4-5).
A obra redentora de Cristo nos proporciona cura física, e na Ceia do Senhor
é um momento no qual podemos provar a bênção da saúde e da cura. Muitos
estavam fracos e doentes na igreja de Corinto por não discernirem o corpo do
Senhor na Ceia.
Ao falar sobre comungarem com o corpo do Senhor, Paulo se referia não
apenas ao corpo do Cristo crucificado por meio do qual somos sarados, mas também
ao corpo ressurreto, no qual habita toda a plenitude da divindade e é fonte de vida
aos que com ele comungam.
A Ceia do Senhor deve ser um momento especial de comunhão, reflexão,
devoção, fé, e adoração. Tudo deve ser feito de coração e com reverência, pois é um
ato de conseqüências espirituais.
Maldição. A Bíblia não usa especificamente esta palavra, mas mostra que a
maldição pode vir como um juízo de Deus para quem desonra a Ceia do Senhor.
Depois de ter dito que ao participar da mesa do Senhor a pessoa está anunciando a
morte de Jesus até que ele venha, Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, traz a
seguinte advertência: “Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor
indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o
homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice, pois quem come e bebe
sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão porque há entre vós
muitos fracos e doentes, e não poucos que dormem. Porque, se nos julgássemos a
nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados
pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (1Co. 11.27-32)
Para muitas pessoas, a Ceia é algo que as amedronta; preferem não
participar dela quando não se sentem dignas, para não serem julgadas. Mas veja
que a Bíblia não nos manda deixar de tomar, e sim fazer um auto-exame antes, pois
se houver necessidade de acerto devemos fazê-lo o mais depressa possível (1João.
1.9).
Deixar de participar da mesa do Senhor é desonrá-la também! Devemos
ansiar pelo momento em que dela partilharemos, e não evitá-la. Mas há aqueles que
querem fingir que estão bem, e participam sem escrúpulo algum do que é sagrado;
para estes, não tardará o juízo.
Participar da mesa do Senhor tem conseqüências espirituais; ou o cristão é
abençoado ou é amaldiçoado. Não há meio termo; a refeição não é apenas um
simbolismo; não se participa da Ceia do Senhor como se participa de uma cerimônia
qualquer, pois é um momento santificado por Deus e de implicações no reino
espiritual.”
Fonte: http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1186&menu=7&submenu=3

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Quem pode participar da Ceia?

Muitos se perguntam o por que daqueles que não são cristãos evangélicos (crentes) não
poderem participar da Ceia, e por que aqueles que não são batizados da forma bíblica também não o
poderem.
No livro de Êxodo 12:48 Deus afirma que só os circuncidados poderiam participar da Páscoa,
pois a circuncisão era o sinal, na carne, da aliança entre Deus e os homens.
Pois bem, como já sabemos, Jesus Cristo cumpriu o sentido da páscoa em si mesmo e adaptou
a celebração para que a Igreja a comemorasse, ao que chamamos de Ceia do Senhor, Mesa do Senhor,
e Santa Ceia.

“Nele também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da
carne, que é a circuncisão de Cristo; tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no qual
igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos”
Cl 2:11-12

De acordo como livro de Colossenses 2:11-12, a nossa circuncisão (sinal na carne da aliança
com Deus) hoje é espiritual, realizada no dilaceramento da carne do corpo de Cristo, efetuada dois mil
anos atrás, e aplicada em nós no momento em que cremos com o coração e confessamos a respeito da
salvação (Rm 10:9-10), e testemunhada publicamente através do batismo.
Como a Ceia é a “adaptação” da páscoa judaica que Cristo proporciona para a Igreja, e como na
páscoa só poderiam participar aqueles que eram circuncidados, consequentemente na Ceia só podem
participar aqueles que são nascidos de novo e que já obedeceram a Cristo através do batismo.

“Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou
dentre os mortos, serás salvo. Porque que com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a
respeito da salvação.”
Rm 10:9-10

Então, no contexto neotestamentário, a circuncisão foi o corpo de Cristo doado em nosso favor,
e passa a ter validade a partir do momento quee reconhecemos tal verdade nos entregando a ela,
surgindo, assim, a necessidade de testemunharmos essa verdade publicamente através do batismo.

“Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado”
Mc 16:16

Ora, o batismo não salva, porque Mc 16:16 nos diz que a condenação vem para quem não crer,
apenas. Não está escrito que a condenação vem para quem não crer e não é batizado. Está escrito que
“quem, porém, não crer será condenado”. Depois, Romanos 10:9-10 nos diz que a salvação é oferecida
para quem crer. É importante lembrar que o ladrão na cruz não foi batizado, e foi salvo (Lc 23:43). Por
último, está escrito em Efésios 2:8-9 que a salvação é concedida pela Graça de Deus, e não pelas
nossas próprias ações ou esforços, o que poderia incluir o batismo.
Então para que serve o batismo? O batismo é um sinal de obediência diante da ordem de Cristo:
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo” (Mt 28:19). Por isso, só pode ser batizado que já é discípulo.
O batismo é um testemunho público que se dá acerca da nossa morte para esse mundo e da
velha natureza, e posterior ressurreição, nos identificando com Cristo.

Diante de tudo isso, podemos concluir que para participar da Ceia deve-se ter nascido de novo,
e ter sido batizado, para assim cumprir as exigências bíblica e podermos realizar o cerimonial da Ceia de
forma correta e proveitosa.

9
A páscoa moderna e suas origens

“Coelhinho da páscoa que trazes pra mim? Um ovo, dois ovos, três
ovos assim...”
Uma gama de símbolos têm sido introduzidos na páscoa e na ceia, e
que nada têm haver com o real sentido da celebração bíblica. Símbolos que
servem mais para distrair, distorcer e afastar o homem de Deus, do que para
conduzi-lo ao sentido real e necessário daquilo que o Senhor planejou.
Os sacerdotes druidas utilizavam o ovo como símbolo da seita; na China coloriam-se ovos de
pata para celebrar a vida; no Egito, Pérsia, Grécia e Roma tinha-se o costume de colorir ovos e
presentear amigos com os mesmos em comemoração pela chegada da
primavera, considerando-o como o símbolo do universo.
No século XV não existiam tais costumes, porém foram
introduzidos através dos missionários católicos e dos cruzados que
trouxeram tais práticas do Oriente, passando a pintar os ovos que
seriam presenteados de vermelho, simbolizando o sangue e a tumba de
Cristo. Só a partir do século XVII, é que começam a produzir ovos de
plástico recheados de chocolates. E só na década de 50 é que os ovos
de chocolate ou bombons surgiram.
A origem do coelho da páscoa, que na verdade era a lebre e não coelho, vem dos anglo-
saxônicos, que consideravam tal animal como o símbolo da abundância de vida. Para os antigos, o
coelho representava a lua, que saía da escuridão da lua nova até o brilho da lua cheia, sendo no passado
um belo pássaro que pertencia à deusa Eostre e que transformou-se em coelho, todavia, continuou com
sua essência interior de pássaro, enchendo os ninhos de ovos.
Como podemos ver, nada de origem bíblica. Ora, se a origem da páscoa está nas páginas da
Bíblia, a sua simbologia deve ser encontrada lá, também.
É preciso entender o quanto o misticismo da antiguidade vem permeando a sociedade moderna,
no intuito de distorcer o verdadeiro sentido da páscoa, que é a Ceia do Senhor, e que tem por finalidade
trazer a consciência da morte de Cristo e sua conseqüente ressurreição, através da celebração da Ceia
que nos faz RECORDAR, ANUNCIAR, RENOVAR A ALIANÇA, PROPORCIONAR COMUNHÃO e
produzir CONSEQUENCIAS ESPIRITUAIS.

De acordo com a Wikipédia podemos concluir o seguinte acerca da origem dos símbolos da
páscoa, que não possuem ligação nem origem bíblica:

“É sugerido por alguns historiadores que muitos dos atuais símbolos


ligados à Páscoa (especialmente os ovos de chocolate, ovos coloridos e o coelhinho
da Páscoa) são resquícios culturais da festividade de primavera em honra de Eostre
que, depois, foram assimilados às celebrações cristãs do Pessach, depois da
cristianização dos pagãos germânicos. Contudo, já os persas, romanos, judeus e
armênios tinham o hábito de oferecer e receber ovos coloridos por esta época.
Ishtar tinha alguns rituais de caráter sexual, uma vez que era a deusa da
fertilidade, outros rituais tinham a ver com libações e outras ofertas corporais.
Um ritual importante ocorria no equinócio da primavera, onde os
participantes pintavam e decoravam ovos (símbolo da fertilidade) e os escondiam e
enterravam em tocas nos campos. Este ritual foi adaptado pela Igreja Católica no
principio do 1º milênio depois de Cristo, fundindo-a com outra festa popular da altura
chamada de Páscoa. Mesmo assim, o ritual da decoração dos ovos de Páscoa
mantém-se um pouco por todo o mundo nesta festa, quando ocorre o equinócio da
primavera.
O hábito de dar ovos de verdade vem da tradição pagã. O hábito de trocar
ovos de chocolate surgiu na França. Antes disso, eram usados ovos de galinha para
celebrar a data.
A tradição de presentear com ovos - de verdade mesmo - é muito, muito
antiga. Na Ucrânia, por exemplo, centenas de anos antes de era cristã já se
trocavam ovos pintados com motivos de natureza - lá eles têm até nome, pêssanka -
em celebração à chegada da primavera.

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Os chineses e os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar
ovos uns aos outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los coloridos,
cozinhavam-os com beterrabas.
Mas os ovos não eram para ser comidos. Eram apenas um presente que
simbolizava o início da vida. A tradição de homenagear essa estação do ano
continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa.
Eles celebravam Ostera, a deusa da primavera, simbolizada por uma
mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da
fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés.
Os cristãos se apropriaram da imagem do ovo para festejar a Páscoa, que
celebra a ressurreição de Jesus - o Concílio de Nicéia, realizado em 325,
estabeleceu o culto à data. Na época, pintavam os ovos (geralmente de galinha,
gansa ou codorna) com imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus e sua
mãe, Maria.
Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei
Eduardo I (900-924) costumava presentear a realeza e seus súditos com ovos
banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa. Não é difícil
imaginar por que esse hábito não teve muito futuro.
Foram necessários mais 800 anos para que, no século XVIII, confeiteiros
franceses tivessem a idéia de fazer os ovos com chocolate - iguaria que aparecera
apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recém-descoberta América.
Surgido por volta de 1500 a.C., na região do golfo do México, o chocolate era
considerado sagrado pelas civilizações Maia e Asteca. A imagem do coelho
apareceu na mesma época, associada à criação por causa de sua grande prole.”
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa

SOBRE O AUTOR

Robson Tavares Fernandes é casado com Maria José Fernandes e residem na cidade de Campina
Grande, onde são membros da Igreja Cristã Nova Vida. É bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário
Teológico Evangélico Congregacional) e aluno do IBRMEC (Instituto Bispo Roberto McAlister de Estudos
Cristãos). Tem se dedicado desde 1998 ao ensino e pesquisa bíblica na área de Apologética, sendo autor
de vários artigos já publicados. Atuação como professor: Curso de Teologia da Igreja Batista da Palmeira,
CBA (Curso Básico de Apologética) e ITESMI (Instituto Teológico Superior de Missões). Ainda, é fundador
e diretor do CALEBE (Curso de Apologética Básico e Extendido). Atuação como pesquisador: VINACC
(Visão Nacional para a Consciência Cristã). Atuação como palestrante: Encontro para a Consciência Cristã,
Simpósio Criacionista da Paraíba, Seminário Criacionista da Alagoas, Fórum Regional sobre Fé e Ciência.
Tem ministrado, ainda, palestras em igrejas, escolas e universidades.

Contato:
cristovira@bol.com.br
rtf75@bol.com.br

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