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O apóstolo Mateus é também conhecido como Levi, filho de Alfeu.

Embora pouco se diga sobre este homem,


o pouco que se fala são significativas. Mateus em grego é Matthaios e vem do nome em
hebraico Matatias, ou Mattith Yah, "Presente de Yahweh"; o outro nome de
Mateus é Levi, que em hebraico significa "Unido" (Gênesis 29:34). Levi era um
coletor de impostos para o Império Romano. Ele deixou seu serviço para seguir
Jesus e tornar-se um pescador (agricultor =) dos homens.
Mateus o publicano - Publicano era uma pessoa que tinha a responsabilidade de cobrar
os impostos para o Império Romano. Zaqueu é chamado de “chefe dos publicanos”, o
que indica que tinha outros sob sua supervisão (Lc 19.2). A palavra grega que se usa é
“telones”, porém o termo publicano tem uma raiz na história de Roma onde era aplicado
aos cobradores de impostos, por isso se utiliza esta tradução. Os publicanos eram,
como todos os demais cobrares de impostos, sumamente odiados. Sempre carregaram a
triste fama de que cobravam acima do devido para beneficiar-se, pelo qual João Batista
os admoesta: “Não exijam mais do que esta ordenado” (Lc 3.12-13). Em adição a essa
particularidade estava o fato de que os judeus os consideravam fora do padrão religioso,
com muito contato com gentios e traidores da nação, por estas razões eram
extremamente menosprezados socialmente. O Senhor Jesus contraria todas estas
concepções e quebra paradigmas ao se ajuntar com estes publicanos, sendo chamado
pejorativamente de o “amigo de publicanos e pecadores” (Mt 11.19). Muitos deles se
converteram (Mt 21.31; Lc 7.29), entre os mais famosos Mateus (Mt 10.3; Lc 5.27) e
Zaqueu. A conotação negativa do termo publicano pode ser vista, ademais, no fato de
aos publicanos era vedado o direito de adentrar ao Templo e mesmo na Sinagoga e eram
pessoas com as quais não se deveria ter comunhão (Mt 18.17).

Há muitos detalhes registrados por Mateus que forma um paradigma com o êxodo
de Israel do Egito.
Mateus Êxodo
3.13 14
3.17 4.22
4.1 15.22
4.1-11 16-17
4.2 34.28
5.1; 8.1 24.15-17
8.9 7-12
É extraordinário o paralelo que Mateus faz nos primeiros capítulos entre Jesus e
os relatos tocantes a Moisés e o êxodo israelita, conforme abaixo pode ser visto:
Jesus O Povo de Israel
Vai para o Egito por causa de José (2.13) Vai ao Egito por causa de José
Permanece no Egito (2.14-15) Permanece no Egito
Herodes manda matar os meninos (2.16) Faraó manda matar os meninos
Jesus foi salvo da matança Moisés foi salvo da matança
Jesus voltou do Egito (2.19-23) Israel volta (sai) do Egito
(êxodo 4,20) Então Moisés levou sua mulher e seus filhos montados num jumento e
partiu de volta ao Egito. Levava na mão a vara de Deus.

Outros paralelismo podem ser facilmente identificado como segue:


Jesus O Povo de Israel
Água do batismo (3.13) Águas do Mar Vermelho (Ex 14)
“Meu Filho amado” (3.17) “Israel é meu filho primogênito” (Ex 4.22)
Deserto (4.1) Deserto (Ex 15.22)
Jesus é posto à prova (4.1-11) Israel é posto à prova (Ex 16-17)
Jesus jejua 40 dias (4.2) Moisés jejua 40 dias (Ex 34.38)
Jesus ensina no Monte (5.1-8.1) Moisés sobe ao Monte Sinai (Ex 24.15-17)
Registro de dez milagres de Jesus (8-9) Registro das Dez Pragas (Ex 7-12)
A conclusão sobre todos estes paralelismos é de que Mateus deseja apresentar Jesus aos
seus leitores judeu-cristãos como o condutor do Novo Israel, a Igreja, assim como Moisés
foi o grande líder do Israel antigo.Jesus é aquele que é maior do que Moisés, conforme
anunciado no Antigo Testamento.
Mateus registra 29 profecias messiânicas, sendo que 10 delas são exclusivas de seu
evangelho.
Este Jesus é também o Emanuel, “Deus conosco”, uma figura escatológica, como afirma
no começo e no final de seu escrito (1.23 e 28.20).
Este Messias/Emanuel é o Senhor da Igreja, esse novo Israel tem o encargo de anunciar
o Evangelho a todas as nações. Assim como aqueles sábios do Oriente, gentios vieram
para adorar o Emanuel, pouco depois de haver nascido, assim por meio da missão da
Igreja este mesmo Emanuel vai tanto aos gentios quanto aos judeus.

CRISTO COMO VISTO NO MATEUS:


Como previamente acentuado, Mateus tem como objetivo primário demonstrar
que Jesus é o Messias da expectativa do Velho Testamento. Ele é o filho de Abraão e
Davi. Assim Ele é o Rei que vem oferecer o reino. A frase “o reino dos céus” ocorre
mais ou menos trinta e duas vezes neste Evangelho. Além disso, para mostrar que este
Jesus corresponde às expectativas do Velho Testamento, ele utiliza mais citações e
alusões do Velho Testamento que qualquer outro livro do Novo Testamento,
aproximadamente 130 referências.

Genealogia (1:1-17) – A genealogia de Mateus identifica Jesus com a descendência de Abraão;


assim ele começa com Abraão, o progenitor da nação da aliança, e depois continua com a
descendência através de Davi, permanece sempre dentro da linhagem real de Judá pela qual
se cumpriria a promessa do Messias-Rei. Porque Mateus está escrevendo primeiramente aos
Judeus, ele deve mostrar que Jesus foi verdadeiramente o Filho de Abraão e Herdeiro de
Davi. Diferentemente de Marcos, onde não encontramos nenhuma referencia sobre os
antepassados de Jesus. No verso 17 Mateus escreve: “De sorte que todas as gerações, desde
Abraão até Davi, são catorze gerações; e, desde Davi até a deportação para a Babilônia,
catorze gerações; e, desde a deportação para a Babilônia até Cristo, catorze gerações. Há
catorze de Abraão a Davi, e de Davi a Jeconias; mas unicamente treze na última lista. O verso
11 diz: "E Josias gerou a Jeconias (Jeoaquim). . no tempo do exílio na Babilônia."
Todavia, Josias não gerou a Jeconias, mas foi seu avô. Josias gerou Jeoaquim, e Jeoaquim
gerou a Jeconias (I Crônicas 3:15).Assim há uma omissão entre Josias e Jeoaquim e Jeconias.
Alguns poucos manuscritos Gregos inserem Jeoaquim que então faz o décimo terceiro dos
catorzes. Os comentaristas em geral preferem a explicação de que Mateus propositadamente
faz este arranjo, porque o segundo é que esteve entre os da “deportação para a Babilônia” (II
Reis 24:15). “O resumo geral de todo esta genealogia nós temos em Mt 1:17, onde se divide
nitidamente a genealogia em três grupos de catorze, assinalados por períodos notáveis. No
primeiro grupo, temos a geração de Davi ascendendo, e olhando para o futuro; no segundo,
nós temos o crescimento e apogeu do reino do sul; no terceiro, a decadência e
empobrecimento da linhagem, acabando dentro da família de um carpinteiro pobre, e então o
Cristo brilha radiante, espargindo toda a glória de Deus sobre seu povo Israel.” (Matthew
Henry Commentary - adaptado). É muito proveitoso ler as Observações Gerais sobre a
genealogia de Jesus, feitas por Champlin em sua conhecida obra. Op. cit., v.1, p.268.
Igualmente as observações de Mounce são importantes, incluindo alguns motivos para a
inclusão de mulheres, fato excepcional, nesta genealogia, op. cit., pp.15-17.

"Filho de Davi", por exemplo, aparece logo no seu primeiro versículo, identificando Jesus
com o Messias davídico (1.1; 9.27; 12.23; 15.22; 20.30,31; 21.9,15), é sintomático que
esse título aparece sempre nos lábios dos necessitados. Mas o título Kyrios (Senhor) é o
mais usado por Mateus [enquanto Marcos o utiliza apenas uma vez]. É palavra que vai
desde o "senhor" da linguagem quotidiana (13.27) até à confissão da Divindade (8.2; 8.6-8;
8.21; 9.28; 15.22,25,27; 17.15; 20.31,33) e Pedro e os discipulos também utilizam (8.25;
14.28,30; 16.22; 17,4; 18,21; 26.22). Ele também se utiliza de outros títulos
como: Messias, Filho do Homem, Filho de Deus.

Mateus mais do que os demais evangelistas se esforça em mostrar o contexto


veterotestamentario. Cada acontecimento significativo da vida de Jesus é resultado
direto do cumprimento das Escrituras – “para que se cumprisse”: o nascimento virginal
(1.23), o nascimento em Belém (2.6), a ida e depois o regresso do Egito (2.15), a matança
promovida por Herodes (2.17-18), seu estabelecimento em Nazaré (2.23), João Batista
(3.3), seu ministério pedagógico (2.4, 15-16), seus milagres (8.17), sua atitude de Servo
(12.17-21), seu ensino por meio de parábolas (13.35), sua entrada Triunfal em Jerusalém
(21.5), sua paixão (26.56). A observação que cabe aqui é que Mateus se utiliza de forma
muito livre e pessoal cada um destes textos do Antigo Testamento.
A Lei
A questão da atitude do evangelista com respeito à Lei é um assunto crucial no Evangelho
de Mateus. As dificuldades se prendem a vários fatores:
Várias passagens podem ser compreendidas como uma firme defesa da Lei (ex.: 5.18,19;
8.4; 19.17,18) e mesmo a autoridade dos fariseus e mestres da Lei em interpretá-la
(23.2,3). Espera-se dos discípulos de Jesus que jejuem, dêem esmolas (6.2-4) e que
paguem as taxas do templo (17.24-27).
Algumas passagens podem ser vistas como um "amaciamento" da rejeição de Marcos de
certas partes da Lei. A adição da cláusula que encerra um "exceto"("não sendo por
causa", ARC) em 19.9 e a omissão de Marcos 7.19b("ficando puras todas as comidas) na
pericope correspondente de Mateus (15.1-20) têm convencido muitos que Mateus não
anula qualquer ordem do Antigo Testamento.
Há algumas passagens onde, formalmente pelo menos, a letra da lei veterotestamentária é
suplantada (ex.: 5.33-37) ou uma instituição do Antigo Testamento que é reverenciada
parece ser depreciada e potencialmente suplantada (ex.: 12.6).
Há uma passagem (5.17-20) que é amplamente reconhecida como programática do ponto
de vista legal de Mateus.

A Igreja
Somente Mateus registra um ensino especifico sobre a Igreja. E nas três vezes em que a
palavra aparece são provenientes da boca de Jesus (16.18 e 18.17 duas vezes), se
revestindo de grande importância. Na primeira referência Jesus declara ser o fundamento
da Igreja que haveria de surgir após sua ressurreição, na segunda é estabelecido o padrão
de autoridade e disciplina da Igreja. Mas por não aparecer em nenhum outro dos
evangelhos muitos estudiosos sugerem que estas palavras foram colocadas na boca de
Jesus num momento posterior, quando do estabelecimento das comunidades cristãs.
Porém, não há fundamento para tal suposição.

Escatologia
Mateus tem um interesse peculiar pelas questões escatológicas. Provavelmente é um
reflexo da expectativa vivida pelos primeiros cristãos que aguardavam a Parousia ainda
para os seus dias. O chamado sermão escatológico (24-25) é a expressão maior desta sua
preocupação. Mas ele não confina seus elementos escatológicos apenas neste grande
discurso e podemos perceber isto em algumas parábolas como a do joio (13.36) e dos
talentos (25.30), que são exclusivas dele.

O Pai
"Deus é visto como o Pai que tem uma presença soberana e permanente sobre o mundo.
Esta presença é vista por meio do programa de Jesus, uma realização das promessas de
Deus. Sua presença também é vista na forma como Jesus exerce juízo sobre Israel por
meio da promessa de juízo do templo. A soberania de Deus sobre o mundo emerge por
intermédio do Messias, que tem a responsabilidade no juízo final. Os discípulos têm o
benefício de chamar a Deus de Pai". [2] Contrastar com a Igreja e o “seu único filho”

Acontecimentos que são peculiares a Mateus


A visão de Mateus (1:20-24), a visita dos Magos (2:1-12),a fuga para o Egito (2:13-
15), o massacre das crianças(2:16), o sonho da esposa de Pilatos (27:19), a morte de
Judas (27:3-10) , o suborno dos guardas (28:15-18), a comissão para o batismo de
discípulos (28:19-20).
Parábolas, são peculiares a Mateus:
Do joio (13:24-30, 36-43), o tesouro escondido (13:44), a pérola (13:45-
46), a rede(13:47), o servo sem misericórdia (18:23-35), os rabalhadores na
vinha (20:1-16), os dois filhos (21:28-32), o casamento do filho do rei (22:1-13), as
dez virgens (25:1-13), os talentos (25:14-30).
Milagres, apenas três são peculiares a Mateus.
Os dois homens cegos (9:27-31), o surdo endemoniado (9:32-33), a moeda na boca
do peixe (17:24-27), Os milagres aparecem mais como prova do poder de Jesus do que
para darseqüência à narrativa.

O Judaísmo do Evangelho. É impossível não perceber o judaísmo que permeia cada


página deste Evangelho. Assim, um dos grandes objetivos deste Evangelho é demonstrar
que todas as profecias do Antigo Testamento se cumprem em Jesus, e por isso, é o
Messias. Daí, a frase com suas variantes que é dezesseis vezes recorrente: “Tudo isso
aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta...” Deste
modo, o nascimento e o nome de Jesus são cumprimento de profecias (1.21-23); a fuga
para o Egito também(2.14,15); a matança dos inocentes (2.16-18); o regresso e a fixação
de José, bem como a infância de Jesus em Nazaré (2.13); o uso de
parábolas (13.34,35); a traição por trinta moedas de prata (27.9); o sorteio da roupa do
Mestre enquanto preso à cruz (27.35).
Somente quem conhece a riqueza do pensamento rabínico galileu, ambiente de Jesus,
pode acompanhar e compreender plenamente os seus sermões e dar plena força às suas
próprias palavras e expressões. Schlesinger afirma que para Jesus, seus ensinamentos não
pressupõem o abandono da religião judaica.
O Evangelho de Mateus é, portanto, o que mais se aproxima do pensamento judaico, e
aquele no qual a hostilidade contra os judeus é menos acentuada, e sua principal
característica é mostrar como Jesus realiza as obras divinas. Que a missão de Jesus é
dirigida primordialmente aos b'nei Israel (filhos de Israel), não há dúvida. É bastante ler
os versos 10.5,6; 15.24 (cf. Jo 1.11). Para Jesus, a importância da Torah é sintetizada na
fórmula "Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para destruí-los, mas
para cumpri-los" (5.17). E quando denuncia a hipocrisia dos sopherim e dos perushim,
mesmo assim assume o ensino deles.
Jesus no Monte parece refletir a tipologia de Moisés. Relembra, pelo cenário e conteúdo
de sua prédica, o grande mediador da lei de Deus no judaísmo, A seriação de dez milagres
operados por Jesus lembra as dez pragas do Egito. A "nuvem luminosa" que envolve Jesus
transfigurado, no episódio do Monte Tabor, em que são mencionados também Elias e
Moisés, reassume com destaque a conceituação judaica da Shekinah, que é a presença
divina no povo de Israel.
A época da redação do Evangelho de Mateus era dura para os cristãos. Os judeus
mostravam-lhes uma hostilidade acentuada, quase do mesmo modo que os romanos. Para
alguém tão versado na tradição judaica como Mateus, é evidente que, para contar a
história do Messias, a primeira tarefa a empreender é demonstrar que é o Messias. E para
isso, deve provar em primeiro lugar que o Messias pertence à linhagem de Davi.
Conseqüentemente, Mateus começa por apresentar uma genealogia (1.1- 17).
Registramos abaixo um paralelo entre fatos, eventos epalavras do Evangelho de Mateus
com sua correspondência no Antigo Testamento.
Mt 1.22,23 Is 7.14
Mt 2.2 Nm 24.17; Is 60.3
Mt 2.5,6 Mq 1.33; 5.2; Sm 5.2
Mt 2.16-18 Jr 1.24; Gn 35.19; Ex 15,16
Mt 2.13-15 Os 11.1
Mt 2.19,20 Ex 4.19
Mt 2.22,23 não se sabe onde, pois não há no Antigo Testamento qualquer
referência ao Messias como nazareno. É possível que Mateus tenha feito
um jogo de palavras com nazireu (= Jz 13.5), ou de Is 11.1 ou Zc
6.12, "Renovo", em hebraico netzer. O jogo é "nazareno"" com
"nazireu" ou "nazareno" com "netzer"
Mt 3.11,12 Ez 36.24-26; 2Rs 5.10
Mt 3.3 Is 40.3
Mt 3.4 4.4 2Rs 1.8; 1Rs 17.6;
Ml 4.5 Dt 8.3
Mt 4.6 Sl 91, 11, 12
Mt 4.7 Dt 6.16
Mt 4.10 Dt 6.13,14;
Mt 4.14-16 Is 9.1,2;
Mt 5.4 Sl 37.11
Mt 8.17 Is 53.4
Mt 9.12,13 Os 6.6
Mt 21.1 Zc 14.4
Mt 21.12,13 Jr 7.1,11
Mt 24.31? Dn 7.13,14
Mt 26.15 Zc 11.12
Mt 27.7-10 Zc 11.13
Mt 27.24 Dt 21.6,7
Mt 27.34 Sl 69.22
Mt 27.46 Sl 22.2, 17-19
(os números 3 e 7) Sua Elaboração Sistemática. Seu objetivo é facilitar o entendimento
e a memoralização de seus ensinos e para isto procura organizar seu material de forma
didática. Um exemplo disto é sua utilização de dois números significativos para o judeu:
o 3 e o 7. Exemplos desta sistematização são:
José recebe três mensagens;
Pedro nega a Jesus três vezes;
Pilatos faz três perguntas;
No capítulo 13, há sete parábolas do reino;
As bem aventuranças são em numero de sete
No capítulo 23, há 7 "ais" pronunciados acerca dos escribas e fariseus;
Há sete petições na Oração Dominical (em Lucas são cinco)
O perdão deve ser oferecido sententa vezes sete.
Um outro excelente exemplo desta sistematização esta no arranjo da genealogia de Jesus.
Mateus quer demonstrar que Jesus é da linhagem de Davi. Como em hebraico não há
numerais, usam-se as consoantes do alfabeto que possuem, portanto, valor numérico. Por
exemplo,David, trás três consoantes ou seja, D V D cuja soma dá 14. A genealogia de
Jesus em Mateus consiste em 3 grupos de 14 nomes. Tudo feito para que o leitor judeu
perceba amessianidade de Cristo embutida nas palavras, números e valores.

José
A simples leitura comparativa entre Mateus e Lucas nos possibilita percebermos que o
segundo coloca em destaque a figura de Maria enquanto Mateus dá destaque na figura de
José. Não há qualquer incompatibilidade nisto pois cada evangelista tem seus próprios
motivos e razões para compor suas narrativas.
Como vimos anteriormente, na genealogia elaborada por Mateus, a figura de José
adquire certa relevância, visto que ele é o descendente direto da linhagem davídica. Ainda
que ele não tenha “gerado” o bebê, como tão bem esclarece o evangelista, José é o “pai”
no sentido “legal” que fornece as credencias oficiais para que Jesus reivindique seu ofício
messiânico

José é colocado diante do mistério da Encarnação do Filho de Deus. Ainda mais, a ele é
dado o privilégio de nomear o bebê (v. 21)[6] com o nome maravilhoso e sublime de Jesus
(Jeová é Salvação)

homem justo,[2] 2] Justo esta associado ao protótipo do israelita piedoso, zeloso do


cumprimento da Lei do Senhor, e que vive na expectativa do cumprimento das profecias
messiânica.

Um anjo do Senhor aparece a José, em sonho,[5] e explica-lhe tudo o que esta


acontecendo. [5]Podemos encontrar algumas semelhanças entre José e seu homônimo do
AT, que também foi um homem justo, orientado por sonhos e até mesmo sendo
conduzido, pelas circunstâncias alheias à sua vontade, para o Egito

DESTINATÁRIOS
As evidências externas apontam claramente para um público judeu. Desde Papias,
passando por Ireneu, Origenes, Eusébio de Cesaréia e Jerônimo é unanime o testemunho
de que Mateus escreveu seu Evangelho aos judeus.
Mas há também várias evidências internas (critérios literários) que corroboram para esta
mesma conclusão. Os melhores criticos concordam em reconhecer o espírito palestinense e
judaico da obra. Desde as primeiras linhas encontramo-nos submergidos nas memórias e na
atmosfera do Antigo Testamento, que se constitui no fundamento da fé judaica.
O autor pressupõe que seus leitores compreendem as particularidades e sutilezas da
língua hebraica e/ou aramaica, bem como os costumes religiosos e a geografia da
Palestina, pois não tras nenhuma explicação adicional à sua narrativa. Mateus utiliza
abundantemente da linguagem religiosa israelita, pouco inteligível aos não iniciados no
judaismo. Mateus utiliza copiosamente o estilo literário semita, tais como: Os vários
tipos de paralelismo – para realçar a idéia dominante em determinados episódios.
A inclusão onde se coloca uma frase no inicio e no fim de uma seção para emoldura-la.
Neste evangelho particularmente os escribas e fariseus são fortemente confrontados
demonstrando que os seus leitores ainda eram fortemente influenciados por eles.

DATA: 50S OU 60S D.C.


A questão da data esta intimamente ligada à questão da autoria. Quanto mais longe dos
acontecimentos maior é a probabilidade de que o autor não seja aquele que trás o
livro. Um argumento muito usado para lançar a data de Mateus o mais longe possível é
vincula-lo a Marcos e uma vez que este foi escrito entre 50 e 65, poderia se colocar Mateus
entre 70 a 100 d.C. Todavia, há inumeros pontos questionáveis nessa linha de raciocínio.
E mesmo que Marcos tenha escrito próximo de 60 haveria tempo suficiente para Mateus
fazer circular seu material antes de 70.
Mas o fato de que a destruição de Jerusalém em 70 d.C. é visto como um evento ainda
futuro (24:2) parece requerer uma data anterior. Muitos são aqueles que defendem ser
este o primeiro dos Evangelhos a ser escrito (50 d.C.), enquanto outros preferem coloca-
lo não antes de 60 d.C.
Em sua longa discussão sobre a data de Mateus, Carson expõe vários argumentos que
reforçam a proposta de uma data anterior a 70 d.C., os quais resumo aqui:
1. A questão da data está viculada em parte à questão de autoria, uma conclusão de que
Mateus é o autor a data anterior a 70 a.C. é mais plausivel.
2. Os Pais da igreja primitiva, sucessores dos apostolos, são unânimes em atribuir a
Mateus uma data anterior. Isto decorre do fato de que eles defendiam este Evangelho
como sendo o primeiro a circular (Marcos seriam um resumo e Lucas utilizou ambos).
3. Algumas declarações de Jesus podem ser interpretadas como indicação de que o templo
de Jerusalém ainda não fora desctruido quando Mateus escreveu (Mt 5.23-24; 12.5-7;
23.16-22; cf. 26.60-61).
4. Embora muitos atribuam Mateus ao período de 70 a 100 A.D., na realidade temos bem
poucas fontes primárias daquele período, de sorte que é dificil conferir as afirmações.
5. Partindo do argumento de Kilpatrick, de que em Mateus não há um único resquicio
paulino, o que seria muito dificil se escrito em data posterior a 90 uma vez que a igreja
estava profundamente influenciada pelo paulinismo e aparentemente familiarizada com
as epistolas dele. E Carson reforça declarando que se Mateus foi escrito antes de 70, seria
ainda mais fácil entender essa total independência em relação a Paulo.
Diante desta argumenta Carson conclui que “na sua maior parte, os dados sugerem que
Mateus foi publicado antes de 70, com maior probabilidade durante os anos 60.
Marcos e Lucas frequentemente se veem obrigados a explicarem estas várias carcateristicas
judaicas peculiares, visto que seus leitores não são originarios da Palestina. Por exemplo:
Mt.27:6 e Mc.7:11 (a mesma palavra aramaica “Corbã” [dom consagrado a Deus, tesouro do
Templo] ocorre em qualquer explicação em Mt, mas devidamente explicado em Mc.; Lucas
(8:26) precisa localizar geograficamente a região dos Gadarenos, enquanto que Mateus (8:28)
cita naturalmente.
Muitos estudiosos entendem justamente o contrário, de que esta e outra passagem (22.7)
indicam que o autor já sabia o que tinha ocorrido. Mas este argumento perde força pelo fato
de que o escritor não perderia a oportunidade de enfatizar este terrível acontecimento com
um enorme ‘assim disse o Senhor’.
OBJEÇÕES A AUTORIA DE MATEUS
Há três objeções primárias para autoria de Mateus, listada em valor decrescente: (1) o uso
improvável de Marcos por um apóstolo; (2) a alta qualidade do Grego do evangelho; e
(3) a estrutura não biográfica do livro.
(1) Assumindo a prioridade de Marcos, pode um apóstolo usar um evangelho escrito por
um não-apóstolo, ou qualquer fonte escrita? Isto não é um argumento tão consistente
como parece, pois o pensamento de Marcos é considerado de confiança (e tudo indica que
ele tem Pedro por detrás).
(2) A alta qualidade do Grego usado no livro é dificilmente um argumento contra autoria
de Mateus, pois ele poderia dominar ambos os idiomas - Aramaico e Grego pois
coletava impostos dos Judeus e trabalhava para aos Romanos. Além disso, há um
consenso crescente que a Galiléia do primeiro século foi bilíngüe — tanto que o Grego
tornou-se provavelmente a língua nativa da maioria dos Judeus.
(3) A estrutura não biográfica do livro não impede a autoria de Mateus, porque é errado
supor que uma apostolicidade é por alguma razão incapaz de escolher algo que não uma
ordem cronológica.
CONCLUSÃO DA AUTORIA
Embora haja algumas dificuldades com a autoria de Mateus, nada apresenta obstáculos
maiores, apesar da indignação de alguns estudiosos que acham que a autoria de Mateus é
"impossível". No lado positivo, a evidência externa universal, unido com a evidência
interna sutil, faz da visão tradicional ainda a mais plausível.

Autoria
Evidências Internas: Podemos encontrar ao menos sete evidências dentro do livro que
indicam a possível autoria de Mateus:
a. Familiaridade com a Nação: O autor estava familiarizado com a geografia (2:23),
oscostumes Judaicos (1:18-19), a história Judaica (ele chama Herodes Antipas "tetrarca"
ao invés de "rei"). Ele registra um debate sobre à lei do A.T. (5:17-20) e coloca
uma ênfase na missão evangelística à nação Judaica (10). A evidência está extremamente
forte para autoria de um Judeu.
b. Indicações de Semitismo na Língua: Há relativamente pouco traço Semítico em
Mateus, embora nota-se o uso abundante de “tote” (prep. de, desde, por; então, naquele
tempo -89 vezes), quando comparados com Marcos (6 vezes) e Lucas (15 vezes). Além
disto, há ocasionais assíndeto: ausência de conjunções coordenativas (uma marca da
influência do Aramaico); uso do plural indefinido (1:23; 7:16), etc. Embora o Grego de
Mateus seja menos Semítico do que o de Marcos, traz traços de tempos Semíticos — até
mesmo onde não existe no paralelo de Marcos. Se Mateus escreveu este evangelho, muito
Semitismo é facilmente explicável uma vez que ele foi um coletor de
impostos (alfândega) e portanto seria versado noGrego assim como
no Hebraico/Aramaico. Mas o fato de algum Semitismo sugere que o escritor foi um
Judeu ou que suas fontes foram Semíticas.
c. Seu Uso da Sagrada Escritura: Muitos estudiosos tem destacado a habilidade do
autor na utilização do A.T., especialmente nas citações de fórmula. Embora há muitas
citações do A.T. que correspondem à tradução da LXX, possui fórmulas introdutórias
(que não são encontradas em Marcos ou Lucas) tudo indica que estas traduções são
provenientes do Hebraico. Se é assim, então o autor provavelmente é um Judeu. Além
Disso, ele mostra grande familiaridade com a exegese Judaica contemporânea na forma
como ele usa a Sagrada Escritura.
d. Ataque aos Fariseus: Evangelho de Mateus ataca os Fariseus e outros líderes Judaicos
mais do que faz Marcos ou Lucas (cf. 3:7 16:6, 11, 12; capto. 23). Talvez a razão para
isto, em parte, deve-se a forma dura que esses líderes religiosos trataram os coletores de
impostos (eles eram associados com o pecadores e Gentios).
e. Uso Freqüente de Números: O autor faz uso freqüente de números, prática natural
aos coletores de impostos. Ele utiliza-se de divisões: em três partes, a genealogia, as
trilogias de milagres nos capítulos 8-9; cinco partes, cinco grande sermões de Jesus, todos
com a mesma fórmula de fechamento (7:28; 11:1; 13:53; 19:1; 26:1); seis correções no
emprego errado da Lei (capítulo 5); sete, parábolas de infortúnio (capto. 13); etc. Não se
pode forçar demais este argumento, senão alguém poderia dizer que um coletor de
impostos escreveu o Apocalipse! Mas ao menos isto é consistente no que concerne a
Mateus.
f. Sua Menção de Dinheiro: Mais um bom argumento é a freqüente referência do autor
às questões econômicas — mais freqüentemente que os outros escritores dos evangelhos.
Ele usa termos monetários únicos (dracma em 17:24; tributos em 17:25; talento em 18:24,
25); só ele dos sinóticos fala de ouro e prata; unicamente Mateus registra as duas
parábolas dos talentos (captos. 18, 25); e ele se utiliza da terminologia típica de coletores
de impostos ("dívida" em 6:12 onde o paralelo de Lucas trás "pecado"); "banqueiro"
(25:27), etc. Especialmente quando se compara os paralelos dos sinóticos, o uso por
Mateus de termos monetários parecem significativos. A hipótese mais razoável para isto
é que o autor estava completamente familiarizado com dinheiro e termos econômicos.
g. A Chamada de Levi: Ambos Marcos 2:14 e Lucas 5:27-28 falam da chamada de
"Levi" enquanto Mateus 9:9 chama-o "Mateus". Em todas as listas dos apóstolos se
referem a ele como Mateus (Mt 10, Mc 3, Lc 6, Atos 1). Ainda, é notável que unicamente
no primeiro evangelho é Mateus identificado como sendo "o coletor de impostos" na lista
de apóstolos. Isto pode revelar que o autor está mostrando humildade nesta referência.
No mínimo, entretanto, Evangelho de Mateus é o único que identifica o coletor de
impostos, chamado por Jesus, com Mateus o
apóstolo. Em soma, cada uma destas
evidências isoladamente dificilmente possuirá um peso maior. Mas tomadas juntamente,
há uma impressão cumulativa feita pelo leitor de que um Judeu da Palestina,
provavelmente bilíngüe, bem informado das questões monetárias, escreveu este
evangelho. A evidência externatem já sugerido Mateus como o autor; a evidência
interna nada faz para tumultuar esta impressão. Não há, portanto, fortes razões para
duvidar da autoria de Mateus.
Não são poucos os críticos modernos que questionam a autoria de Mateus e seus argumentos
são: em nenhum lugar Mateus reivindica a autoria, portanto, não poderia ter sido escrito por
Mateus; ele utiliza um evangelho escrito por uma pessoaque não foi apóstolo (Marcos), e é
muito improvável que um apóstolo fizesse isso; não tem o ‘toque’ que o relato de alguém que
tenha sido testemunha ocular deveria ter. Ainda que estes argumentos pareçam contundentes
eles não são suficientes para derrubar o testemunho daqueles que estiveram muito mais
próximos dos acontecimentos.

Autoria 2:
Cada um dos Evangelhos recebe seu nome do autor humano que o
escreveu. Embora este primeiro Evangelho, como todos os demais,
nunca especifique seu autor. Há três tipos de evidências que se torna
indispensável para se chegar a uma conclusão satisfatória sobre a
autoria do primeiro evangelho, bem como de todos os demais livros
bíblicos: o título, evidência externa e evidência interna. Verifiquemos
cada uma delas:
O Título: É aceito pela grande maioria dos estudiosos, que os títulos dos evangelhos
do Novo Testamento não estavam inseridos nos autógrafos[2], mas foram adicionados
posteriormente.[3] Em relação a este evangelho a tradição é universal: todos os
manuscritos encontrados trazem alguma espécie de inscrição referente a
Mateus.[4] Alguns estudiosos sugerem que este título foi inserido bem cedo, próximo a
125 d.C. A existência destas abundantes inscrições, mais o fato de que em nenhuma
momento o autor se identifica, fortalece bem a posição de que Mateus foi o escritor.
Evidência Externa: A declaração mais antiga de que Mateus escreveu alguma coisa
vem de Papias (100 d.C.)[5] citado por Eusébio (o pai da história da igreja, que veio a
tornar-se bispo de Cesaréia no início do século quarto - 325 d.C.), onde ele faz uma
referência difícil de ser claramente entendida em seu sentido literal :
“Mateus sumetayato (synetaxato, ‘compôs’?, ‘compilou’?, ‘dispôs [de forma
organizada]’? ) ta kocia (ta logia, ‘as declarações’?, ‘o evangelho’?)[6] em ebqaiwg
dialekto (hebraide dialekto, na ‘língua hebraica [aramaica]’?, ‘o estilo
hebraico [aramaico]’?, e cada um os eqlgmeusgm(hermeneusen, ‘interpretou’?,
‘traduziu’?, ‘transmitiu’? ) da melhor forma que pôde.”[7] Por causa destas
dificuldades os estudiosos aceitam esta referência com reservas. A opção mais
consensual é de que Papias faz referência a uma fonte de escritos copilados por Mateus
e que provavelmente ele os incorporou ao escrever o que nós temos hoje como o
“Evangelho segundo Mateus”. A conclusão possível é de que Papias está se referindo
ao apóstolo Mateus como autor de um material sobre a vida de Jesus. Se era um proto-
Mateus, “Q”, ou Evangelho propriamente dito, não o sabemos ao certo, todavia, a
autoria de Mateus quanto ao primeiro evangelho
é diretamente ou indiretamente abalizado por esta declaração.[8]
Ainda dentro das evidências externas temos a citação de Ireneu: “Mateus publicou
também um Evangelho entre os hebreus no seu próprio dialeto, enquanto Pedro e Paulo
pregavam em Roma e punham os fundamentos da Igreja.”[9] Parece óbvio que Ireneu
obtém a base desta informação de Papias (pois ele conheceu pessoalmente seu trabalho),
mas ele adiciona dois pontos interessantes: (1) o publico do trabalho de Mateus era os
Judeus (ou Cristãos Judaicos); (2) o tempo em que este trabalho foi escrito durante a
permanência de Pedro e Paulo em Roma (esta parte da tradição não recebe um testemunho
independente). Mas Ireneu adiciona um ponto interessante, uma vez que os dois
apóstolos estiveram em Roma próximo de60 d.C., isto pode ajudar a se fixar uma data
para o Evangelho de Mateus. Sucedem a estes outros como Origines, Eusébio, Jerônimo,
Agostinho que corroboram a opinião da autoria de Mateus.[10]
[7] Ireneu, Adv. Haer., III, i, 1. “Poucos eruditos modernos pensam que Mateus teve um oroginal hebraico, como se o
mesmo fosse apenas uma ‘tradução’ para o grego. Por esta razão, a maioria deles pensa que aqueles antigos
personagens se referem a alguma outra obra, talvez incorporada no evangelho de Mateus, mas não proprio evangelho
de Mateus, conforme o conhecemos hoje em dia.” CHAMPLIN, Russell Norman, op. cit., p.259.

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