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6 SÉRIE 7 ANO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
Caderno do Professor
Volume 1

EDUCAÇÃO
FÍSICA
Linguagens
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR

EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
6a SÉRIE/7o ANO
VOLUME 1

Nova edição

2014 - 2017

São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretário-Adjunto
João Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.

Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.

Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu


trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história.

Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.

Bom trabalho!

Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
SUMÁRIO
Orientação sobre os conteúdos do volume 6
Tema 1 – Esporte – Modalidade individual: atletismo (corridas e saltos) 8
Situação de Aprendizagem 1 – Vamos correr para conhecer o atletismo? 10
Situação de Aprendizagem 2 – Jogos de corrida 13
Situação de Aprendizagem 3 – Quiz ludo: corrida virtual 15
Atividade Avaliadora 16
Situação de Aprendizagem 4 – Vivenciar e conhecer o saltar 16
Situação de Aprendizagem 5 – Quiz ludo: salto virtual 21
Atividade Avaliadora 29
Proposta de Situações de Recuperação 29
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 30
Tema 2 – Atividade rítmica – Manifestações e representações da
cultura rítmica nacional 32
Situação de Aprendizagem 6 – Desde os primórdios até hoje em dia 33
Situação de Aprendizagem 7 – Ela dança para mim ou eu danço para ela? 38
Atividade Avaliadora 39
Proposta de Situações de Recuperação 40
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 40
Tema 3 – Organismo humano, movimento e saúde – Capacidades físicas: aplicações
no atletismo e na atividade rítmica 42
Situação de Aprendizagem 8 – O Se-Movimentar e as capacidades físicas 44
Atividade Avaliadora 48
Proposta de Situações de Recuperação 48
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 49
Tema 4 – Esporte – Modalidade coletiva: basquetebol 50
Situação de Aprendizagem 9 – Iniciando a sistematização do basquetebol 54
Situação de Aprendizagem 10 – A desconstrução e a reconstrução do basquetebol 58
Atividade Avaliadora 67
Proposta de Situações de Recuperação 67
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do
tema 68
Tema 5 – Organismo humano, movimento e saúde – Capacidades físicas e aplicações no
basquetebol 70
Situação de Aprendizagem 11 – Como ser capaz no basquetebol? 71
Situação de Aprendizagem 12 – Como ser mais capaz no basquetebol? 72
Atividade Avaliadora 74
Proposta de Situações de Recuperação 74
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do
tema 75
Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 76

5
ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME
Professor, este volume foi elaborado destaque o processo histórico das manifesta-
para servir de apoio ao seu trabalho peda- ções e das representações da cultura rítmica
gógico cotidiano com a 6a série/7o ano do nacional, as danças folclóricas e regionais e
Ensino Fundamental. Os temas deste vo- a questão de gênero associada à dança. No
lume são enfocados a partir da concepção terceiro tema, “Organismo humano, movi-
teórica da disciplina, já explicitada anterior- mento e saúde”, será enfatizada a compreen-
mente, fundamentada nos conceitos de Cul- são inicial sobre algumas capacidades físicas
tura de Movimento e Se-Movimentar. necessárias para a prática do atletismo e de
algumas manifestações da atividade rítmica.
Assim, pretende-se que as Situações de
Aprendizagem aqui sugeridas para os temas O quarto tema tratará a modalidade cole-
“Esporte – modalidade individual”, “Ativida- tiva basquetebol, a partir de uma abordagem
de rítmica”, “Esporte – modalidade coletiva” que trabalha com seus princípios técnico-tá-
e “Organismo humano, movimento e saúde” ticos, suas principais regras e seu processo
possibilitem que os alunos diversifiquem, sis- histórico. O projeto político-pedagógico da
tematizem e aprofundem suas experiências do escola poderá optar pelo desenvolvimento
Se-Movimentar no âmbito das culturas lúdica da modalidade voleibol neste volume. No
e esportiva, tanto para proporcionar novas ex- quinto tema, “Organismo humano, movi-
periências, como para dar novos significados a mento e saúde”, a ênfase estará na compreen-
experiências já vividas. Espera-se que o enfoque são inicial sobre as capacidades físicas – re-
adotado para o desenvolvimento dos conteúdos sistência muscular localizada dos membros
deste volume seja compatível com as intenciona- superiores e do tronco, resistência aeróbia e
lidades do projeto político-pedagógico de cada anaeróbia – necessárias para a prática de vá-
escola. rias modalidades esportivas coletivas e ma-
nifestações da Cultura de Movimento.
No primeiro tema, o atletismo será a mo-
dalidade tomada como exemplo e a ênfase As estratégias escolhidas – que incluem a re-
estará nos princípios técnicos e táticos, nas alização de gestos/movimentos, participação em
principais regras e no processo histórico. No jogos, encenações, busca de informações, análise
segundo tema, “Atividade rítmica”, terão de vídeos, entrevistas, análise de dados, vivência

Por Cultura de Movimento entende-se o conjunto de significados, sentidos, símbolos e códigos que
se produzem e reproduzem dinamicamente nos jogos, esportes, danças e atividades rítmicas, lutas,
ginásticas etc., os quais influenciam, delimitam, dinamizam e/ou constrangem o Se-Movimentar dos
sujeitos, base de nosso diálogo expressivo com o mundo e com os outros.
O Se-Movimentar é a expressão individual e/ou grupal no âmbito de uma Cultura de Movimento;
é a relação que o sujeito estabelece com essa cultura a partir de seu repertório (informações, conhe-
cimentos, movimentos, condutas etc.), de sua história de vida, de suas vinculações socioculturais e
de seus desejos.

6
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

de exercícios físicos, elaboração de materiais al- dramatizações. O professor também pode lan-
ternativos – procuram ampliar as possibilidades çar mão de questionamentos dirigidos aos alu-
de aprendizagem e compreensão dos alunos no nos ao longo das aulas, visando a verificar a
âmbito da Cultura de Movimento. compreensão dos conteúdos e a aquisição das
competências e das habilidades propostas.
A avaliação é proposta de modo integrado
ao processo de ensino e aprendizagem, sem res- Por fim, é importante lembrar que a avalia-
tringir-se a procedimentos isolados e formais ção não tem como finalidade primeira atribuir
(como uma prova, por exemplo). Sugere-se conceitos e notas aos alunos, mas conscientizá-
privilegiar a proposição de atividades avalia- -los sobre suas aprendizagens, assim como pro-
doras que, integradas ao percurso da apren- blematizar e aperfeiçoar a prática pedagógica.
dizagem, favoreçam a elaboração de sínteses
relacionadas aos temas e conteúdos aborda- As orientações e sugestões a seguir têm a
dos e a aplicação, em situações-problema, das intenção de oferecer-lhe subsídios, com o obje-
habilidades e competências que se pretende tivo de facilitar o desenvolvimento dos temas e
que os alunos adquiram. As Atividades Ava- conteúdos apresentados. Não pretendem definir
liadoras devem favorecer a geração, por parte as Situações de Aprendizagem como únicas a
dos alunos, de informações ou indícios – qua- serem realizadas, nem restringir sua criativida-
litativos e quantitativos, verbais e não verbais de para outras atividades ou para variações na
– que serão interpretados pelo professor, nos abordagem dos mesmos temas.
termos das competências e habilidades que
se pretende desenvolver em cada tema. Nesse As Situações de Aprendizagem aqui pro-
sentido, o professor pode valer-se de observa- postas também poderão ser enriquecidas com
ções sistemáticas sobre interesse, participação leitura de textos (adequados ao nível do Ensi-
e capacidade de cooperação por parte do alu- no Fundamental). Sugestões para esse fim são
no, autoavaliação, trabalhos e provas escritas, apresentadas ao longo deste volume.
resolução de situações-problema, elaboração e
apresentação de situações táticas nos esportes, Isso posto, professor, bom trabalho!

7
TEMA 1 – ESPORTE – MODALIDADE INDIVIDUAL:
ATLETISMO (CORRIDAS E SALTOS)

Professor, neste volume 1 da 6a série/7o ano potencialidades, sem se restringir ao aspecto do


abordaremos a modalidade individual atletis- rendimento técnico, embora o treino ou o exer-
mo, integrante do tema “esporte”, com destaque cício continuado de determinadas habilidades
para as corridas rasas (pista e rua, velocidade e também seja importante na realização de al-
resistência) e para as provas de salto. gumas tarefas e atividades, visto que “servem,
também, para corrigir deficiências ou fragili-
Na atualidade, é no atletismo, sobretudo, dades no condicionamento físico e não apenas
que são realizados e estimulados movimentos técnico” (KUNZ, 2006, p. 141).
como correr, saltar e lançar ou arremessar
objetos a distância, embora sistematizados e No caso particular do atletismo, o signifi-
incorporados à maioria das modalidades es- cado central do Se-Movimentar no salto em
portivas, a exemplo do futebol, basquetebol, distância e no salto em altura é deslocar-se o
voleibol, handebol entre outras. mais longe e o mais alto possível, e não cor-
rer ou arremessar para vencer outra pessoa.
A iniciação ao atletismo, tal como em Além disso, deve-se aliar uma perspectiva
outros esportes, ocorre (ou deveria ocorrer), lúdica ao ensino dessas habilidades e do atle-
principalmente, na escola, como atividade tismo em geral dentro do ambiente escolar.
curricular pertencente à disciplina de Edu-
cação Física. No entanto, sabemos que essa As corridas e os saltos têm significados,
modalidade está pouco presente nas aulas e, sentidos e intencionalidades que não se res-
quando isso ocorre, busca-se um melhor ren- tringem ao universo do atletismo, visto que
dimento técnico em detrimento de um pos- o desenvolvimento de seus fundamentos
sível valor pedagógico-educacional, o que a técnicos pode ser transferido a várias mo-
torna pouco atrativa para muitos professores dalidades esportivas, bem como à resolução
e para os próprios alunos. de situações relacionadas com atividades da
vida diária (deslocar-se rapidamente para
Em países como o Quênia, a prática do atravessar uma rua ou avenida, vencer obs-
atletismo tem grande destaque sociocultural, táculos ao andar em calçadas etc.).
em especial as corridas de meio-fundo e fun-
do, o que motiva os alunos em idade escolar O ensino do atletismo como elemento
a se envolverem com o universo do atletismo da Cultura de Movimento no meio escolar
desde cedo. No Brasil, verifica-se a predile- também esbarra, segundo muitos profes-
ção por modalidades esportivas coletivas, que sores, na impossibilidade de desenvolver
possibilitam maior relação interpessoal, além seus conteúdos pela ausência de espaço e
de possuírem caráter altamente lúdico, com materiais específicos. Entretanto, essa di-
destaque para as modalidades que têm a bola ficuldade poderia ser atenuada mediante
como objeto/implemento principal. a adaptação de espaços comuns à maioria
das escolas (quadras, pátios), bem como
Torna-se necessário, portanto, criar estraté- pela utilização de materiais alternativos
gias de ensino para que o atletismo faça sentido para confecção dos implementos próprios
na vida do aluno, mobilizando seus desejos e do atletismo e utilização de espaços da co-

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Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

munidade no entorno da escola. Tais adap- de condições que favoreçam a vivência do


tações devem envolver a colaboração parti- atletismo na escola, tornando-os também
cipativa e criativa dos alunos na elaboração agentes desse processo educacional.

Possibilidades interdisciplinares
Professor, o assunto atletismo poderá ser desenvolvido de modo integrado com as disciplinas de
Ciências e História, pois aborda conceitos de resistência do ar e atrito e envolve conteúdos relacio-
nados à história do atletismo e suas modalidades, em diferentes contextos. Converse com os profes-
sores responsáveis por essas disciplinas em sua escola. Essa iniciativa facilitará a compreensão dos
conteúdos de forma mais global e integrada pelos alunos.

© Alexandra Carlile/Elvele Images/Alamy/Glow Images

Figura 1 – Corridas de revezamento.

9
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
VAMOS CORRER PARA CONHECER O ATLETISMO?
A proposta é possibilitar aos alunos experiências nas quais eles percebam as diferenças entre
uma corrida de velocidade e uma corrida de resistência.

Conteúdo e temas: corridas de velocidade e corridas de resistência.


Competências e habilidades: conhecer e identificar variações em formas, ritmos e intensidades
de corridas conforme a distância a ser percorrida; identificar a importância da corrida em
atividades da vida diária.
Sugestão de recursos: cronômetro; computador com acesso à internet.

© Album/akg-images/Latinstock
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 1
Professor, antes de iniciar a Eta-
pa 1, você pode trabalhar as ativi-
dades a seguir. Assim, os alunos
poderão resgatar alguns conheci-
mentos prévios, o que auxiliará no desenvolvi-
mento desta Situação de Aprendizagem.
Figura 2 – Jogos Olímpicos da Antiguidade
– Grécia.
Como foi dito anteriormente, os gregos já
© Yang Lei/Xinhua/
Reuters/Latinstock

praticavam atletismo na Antiguidade. É isso


mesmo! Há quem diga que os egípcios (Áfri-
ca) e os chineses (Ásia) daquela época tam-
bém praticavam modalidade semelhante. Mas
será que o atletismo daquela época era igual
ao de hoje? Que tal fazer uma pesquisa para
conferir?

Você pode pesquisar em livros, revistas e Figura 3 – Estádio Ninho dos Pássaro
também na internet. Procure materiais que tra- (vista externa) – Pequim/China, 2008.
tem da história da modalidade e veja se você
© Joe Chan/Reuters/Latinstock

encontra informações sobre o atletismo do pas-


sado e o do presente.

Coloque as informações no quadro da


próxima página e, depois, compare com os
resultados encontrados por seus amigos.
Pode ser que você encontre informações di-
ferentes das deles, pois as pessoas costumam
pesquisar em fontes diversas (jornais, livros, Figura 4 – Estádio Ninho dos Pássaro
revistas, sites). (vista interna) – Pequim/China, 2008.

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Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

Resultados da pesquisa sobre as mudanças no atletismo ao longo da história.

Pontos pesquisados Atletismo ontem Atletismo hoje

Local das competições

Provas masculinas

Provas femininas

Tipo de premiação

Alguns nomes famosos

Curiosidades

As respostas podem variar, pois a proposta permite que o aluno se refira à Grécia Antiga ou ao início dos Jogos Olímpicos da Era Moderna.

Agora, vamos desenvolver um Qual o nome dele?


tema relacionado a um esporte so- Espera-se que o aluno consiga citar o nome de pelo menos um
bre o qual o Brasil tem muita histó- dos expoentes do atletismo, seja ele um integrante da repre-
ria para contar, o atletismo, que sentação nacional atual, seja do passado. Se algum aluno citar
pertence à categoria dos esportes individuais. um nome de atleta desconhecido, valorize essa contribuição,
Composto por diferentes tipos de provas, o pois pode se tratar de um representante do bairro ou da cidade.
atletismo, durante grandes eventos, como os
Jogos Olímpicos, recebe uma atenção especial 4. Há alguma diferença quando corremos rá-
da mídia, que acompanha os atletas nas con- pido ou devagar? Se houver, qual é?
quistas de medalhas e na quebra de recordes. Espera-se que o aluno perceba que, em relação ao organis-
Será que você conhece alguma coisa desse es- mo, há diferença nas frequências cardíaca e respiratória, por
porte, que já era praticado na Grécia Antiga? exemplo. Ele também pode notar que em um dos casos a
Vamos conferir? duração da corrida é menor do que no outro em razão da
fadiga que ocorre nas corridas de velocidade; que o apoio
1. Você já viu ou praticou atletismo alguma dos pés é diferente nas corridas de velocidade e de fundo.
vez? Onde?
Resposta pessoal. 5. Quais os tipos de salto que podemos reali-
zar? Há diferença entre eles?
2. Quais tipos de provas você viu ou praticou? Espera-se que o aluno consiga citar pelo menos os saltos
Resposta pessoal. mais conhecidos: em altura e distância. Os alunos poderão
se referir ainda às diferenças quanto à utilização ou não de
3. Você sabe o nome de algum atleta brasi- equipamentos para a realização desses saltos, citando, por
leiro que pratica ou praticou atletismo? exemplo, os saltos com e sem vara.

11
Você sabe se no seu bairro há algum lugar segundos, por exemplo, para que invertam as
em que as pessoas praticam atletismo? Que tal posições. Os grupos devem tentar chegar ao
perguntar para seus pais, parentes ou amigos? lado oposto no tempo solicitado (nem antes e
Caso haja, verifique, se possível, o que se pra- nem depois). Questione sobre possíveis atra-
tica ali: corridas, saltos, arremessos etc. sos ou adiantamentos e repita a atividade para
que façam o ajuste necessário. Vá diminuindo
Etapa 1 – Eu corro, você corre, nós o tempo estipulado para o mesmo percurso
corremos! (20 segundos, 15 segundos, 10 segundos).

Divida os alunos em dois grupos e propo- Uma alternativa para esta atividade é au-
nha duas formas de corrida: uma de resistên- mentar a distância, mantendo o tempo.
cia e outra de velocidade. Na primeira, peça
aos alunos para correrem em volta da quadra Etapa 3 – Conversas sobre as corridas
ou outro espaço apropriado na escola (ou em
outro lugar do bairro, se as condições permi- Concluídas as atividades de corrida de
tirem) durante 5, 10 ou 15 minutos sem inter- resistência e de velocidade, converse com os
rupção. O tempo de duração deverá ser esti- alunos sobre os inúmeros aspectos relaciona-
pulado respeitando as características pessoais dos à sua movimentação, propondo à turma
dos alunos. Depois sugira que descansem al- as seguintes questões:
guns minutos (tempo de recuperação).
f Em qual das formas de corrida vocês se sen-
Para a corrida de velocidade, peça aos alu- tiram mais à vontade?
nos para darem alguns “piques” no compri- f Qual a diferença entre as duas formas de
mento da quadra ou em algum outro lugar ade- corrida?
quado. Depois, invertem-se as tarefas entre os f Quais as demandas ambientais e os aspectos
dois grupos. O objetivo não é estabelecer uma pessoais e interpessoais envolvidos em cada
competição, mas fazer que cada um corra de tipo de corrida?
acordo com sua capacidade. Alunos com difi- f Qual a relação entre variação de velocidade,
culdades (restrições) sérias para corridas de lon- ambiente e distância percorrida?
ga duração poderão apenas caminhar o mais f Vocês se percebem mais velozes ou mais
rápido que puderem. Pode-se adaptar também resistentes?
as formas de correr para os alunos com outras f Reconhecem situações do cotidiano em que
dificuldades, por exemplo, os cadeirantes. a velocidade de deslocamento (caminhando
ou correndo) interfere de maneira positiva
Etapa 2 – Ajustando o tempo ou negativa em suas ações?

O objetivo desta atividade é identificar a Para finalizar, solicite aos alunos que pes-
velocidade necessária para percorrer um es- quisem na internet ou em outras fontes sobre
paço (distância) em um tempo determinado. o processo histórico do atletismo, a evolução
Isso é especialmente requisitado em corridas técnica e as regras das corridas rasas, bem
de longa duração, em que a percepção da in- como sobre os campeões brasileiros (mascu-
tensidade em relação ao tempo contribui de lino e feminino) nessas provas (individuais
maneira importante para o resultado. Solicite e revezamentos). No decorrer das etapas se-
que os alunos se organizem em dois grupos e guintes, você poderá fazer referência e/ou so-
se posicionem na linha de fundo da quadra, licitar essas informações, que serão retomadas
em lados opostos. Estipule um tempo de 30 na Atividade Avaliadora sugerida.

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Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

Figura 5 – Corrida. © Alexandra Carlile/Elvele Images/Alamy/Glow Images

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
JOGOS DE CORRIDA
Dois exemplos de jogos são sugeridos, os quais permitem apresentar de forma gradual as regras
e técnicas relativas às provas rasas de corrida.

Conteúdo e temas: evolução técnica das provas de corridas rasas; princípios técnicos e táticos
das corridas de revezamento; trabalho em equipe nas corridas de revezamento; velocidade de
deslocamento nas diferentes distâncias percorridas.
Competências e habilidades: identificar alterações ocorridas no processo de evolução técnica
das corridas rasas, relacionando-as com os resultados alcançados na atualidade; compreen-
der a importância do trabalho em equipe; identificar alguns princípios técnicos das provas de
corridas rasas.
Sugestão de recursos: fitas de tecido de diferentes comprimentos; jornal; papel crepom; folhas
de papel sulfite; bonés; viseiras; giz; trena; bastões de madeira.

13
Desenvolvimento da Situação de dos por uma distância de 15 metros. Os que fi-
Aprendizagem 2 cam no início dessa demarcação são chamados
de “caçadores”, enquanto os posicionados ao
Etapa 1 – Corrida mais veloz final são chamados de “caça” e devem portar
uma tira de tecido ou de papel presa à parte de
Os alunos deverão vivenciar diferentes trás da bermuda, calção, short ou calça. Uma
possibilidades para conseguir a velocidade marca de controle deve ser feita com giz ou
máxima durante as corridas em distâncias com um objeto qualquer a uma distância de 5
curtas que não ultrapassem 50 metros, sem se metros do local de saída da caça. Após o sinal
preocupar em ganhar dos colegas ou superar de largada, o caçador sai em velocidade e, ao
alguma marca. chegar à marca de controle, a caça também
parte em velocidade até uma meta estabelecida
Utilize a quadra no sentido longitudinal por você, localizada alguns metros à frente. O
ou um outro espaço possível. Para a ativi- caçador deve tentar alcançar a caça e retirar a
dade são necessárias fitas de comprimento, tira antes que a caça atinja a meta. Ao repetir
largura e textura variados; cada fita deverá a atividade, invertem-se as posições entre caça
ser presa à parte de trás de um boné ou de e caçador.
uma viseira. Os alunos devem tentar man-
ter a fita elevada enquanto correm. A cada Após algumas tentativas propostas, o jogo
nova corrida, uma pessoa experimenta uma passa a ser um trabalho em equipe entre as
fita de tamanho diferente. Pode-se utilizar duplas, em que o caçador (agora denominado
tiras de papel de diferentes tipos, como o “passador”), ao alcançar a caça (chamada de
crepom ou ainda jornal, sulfite ou papelão “receptor”), dá o sinal de “já” para que esta
em vez das fitas. leve a mão para trás e o passador a acerte com
uma palmada, simulando a “passagem do bas-
Em seguida, proponha que os alunos ini- tão” das corridas de revezamento. Novamente,
ciem a corrida adotando a “saída baixa” (po- repete-se a Situação de Aprendizagem com a
sição de largada), comum nas provas rasas inversão de posições e a dupla passa a ajustar
de velocidade de 100, 200 e 400 metros. Os a marca de controle para realizar a passagem
alunos podem ser motivados com algumas do bastão dentro da zona de caça. Ao final,
orientações verbais feitas pelo professor: “às pode-se utilizar um bastão improvisado. Por
suas marcas” ou “aos seus lugares”, “pron- exemplo, pequenos pedaços de cabos de vas-
tos” ou “preparar” e “já”, ou com o som do soura serrados ou folhas de jornal enroladas
apito. Ao final do jogo, peça que os alunos no formato de bastão.
identifiquem em que situação eles consegui-
ram manter a fita no ar durante a corrida. Encerrada a atividade, converse com os alunos
Continue a conversa até que os alunos con- sobre o que praticaram. Espera-se que eles:
cluam que a velocidade aplicada na corrida
faz as fitas permanecerem suspensas horizon- f associem o sinal de “já” à passagem de
talmente no ar. bastão que ocorre nas corridas de reve-
zamento;
Etapa 2 – Zona de caça f percebam a importância da cooperação
entre as duplas para o êxito do jogo, ou
Os alunos organizam-se em duplas, separa- seja, a importância do trabalho em equipe.

14
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
QUIZ LUDO: CORRIDA VIRTUAL
Os alunos vivenciarão um jogo em equipe no qual terão a oportunidade de analisar e relacio-
nar as informações e os conhecimentos relativos às características das corridas rasas de veloci-
dade e de resistência.

Conteúdo e temas: evolução técnica do atletismo; processo histórico; principais regras das
corridas rasas no atletismo.
Competências e habilidades: analisar e relacionar informações sobre corridas rasas.
Sugestão de recursos: giz; papel sulfite; canetas; computador com acesso à internet; matérias
de jornais e/ou revistas sobre atletismo.

Desenvolvimento da Situação de devem ser discutidas dentro de cada grupo


Aprendizagem 3 antes de serem apresentadas a você. Caso
a resposta esteja incorreta, não há avanço.
Etapa 1 – Perguntas, respostas: corridas Será vencedora a equipe que estiver mais à
frente ao final das perguntas. Caso haja em-
Os alunos formam equipes, de preferên- pate, perguntas extras serão feitas até que
cia mistas, e um representante de cada uma uma equipe acerte a resposta.
torna-se peça de um jogo de tabuleiro. Com
um giz, desenhe um percurso dividido em Após a conclusão do jogo, comente as
“casas” no chão da quadra. Faça um percur- questões em que houve erro, apresentando e
so para cada grupo, de maneira que fiquem justificando as respostas corretas.
lado a lado. Cada representante se posicio-
nará diante do seu percurso e avançará uma
casa para cada resposta correta de sua equipe
a perguntas apresentadas por você, relacio- Professor, esta Situação de Aprendi-
nadas à evolução técnica, ao processo histó- zagem pode ser utilizada para estimular a
rico e às principais regras das corridas rasas pesquisa dos alunos em fontes sugeridas
no atletismo. durante as aulas. Indique textos de fácil
compreensão, que contenham informações
Depois de explicar as regras do jogo,
sobre as corridas no atletismo ou apresente
inicie as perguntas, uma para cada equipe
sucessivamente. A cada resposta correta, o uma matéria de jornal ou de site que trate
representante avança uma casa. As pergun- de alguma competição importante com a
tas serão de múltipla escolha e poderão ser participação de atletas brasileiros.
feitas oralmente ou por escrito. As respostas

15
ATIVIDADE AVALIADORA

Ao longo da Situação de Aprendiza- realizadas em diferentes modalidades


gem, concentre a sua atenção para verifi- esportivas.
car em que medida as atividades propostas f Quais as maiores dificuldades para realizar
concorrem para que os alunos diversifi- as corridas de velocidade?
quem, sistematizem e aprofundem as expe- f Quais são as provas que constituem as cor-
riências vivenciadas. Proponha aos alunos ridas de velocidade e de resistência?
questões como: f Na história do atletismo nacional e interna-
cional, o Brasil possui atletas que se desta-
f Quais as principais diferenças entre corri- caram nas provas de corrida rasa?
das de velocidade e resistência? f Nas corridas de revezamento, quais são
f Em quais situações do cotidiano utiliza- as características técnicas para conseguir
mos a corrida? correr e passar o bastão de maneira ade-
f A corrida pode ser percebida em outras quada?
modalidades esportivas? Quais? Exem- f Existem provas de corridas para pessoas
plifique as características das corridas com deficiência? Quais são?

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
VIVENCIAR E CONHECER O SALTAR
Os alunos vivenciarão algumas possibilidades para compreender os diferentes tipos de saltos
existentes no atletismo. Alguns exemplos são sugeridos. No decorrer das atividades, apresente pau-
latinamente as regras e técnicas relativas às provas de salto.

Conteúdo e temas: características dos saltos triplo, em altura e com vara; formas de desloca-
mento e aproximação, impulsão e queda nas diferentes modalidades de salto; importância
das características pessoais na realização dos diferentes saltos.
Competências e habilidades: conhecer e compreender as diferentes modalidades de saltos;
perceber a relação entre a velocidade de deslocamento e aproximação e a realização dos
diferentes saltos; identificar os princípios técnicos básicos relacionados às provas de salto.
Sugestão de recursos: corda elástica ou comum; bexigas; bolas de borracha ou de meia;
barbante; arcos ou bambolês; giz; colchões ou colchonetes; vara de bambu flexível; pneus.

Desenvolvimento da Situação de altura dos integrantes da turma. Ao longo da


Aprendizagem 4 corda, devem ser fixados balões ou sacos plás-
ticos contendo bolas de borracha ou de meia,
Etapa 1 – Cabeceio presos em alturas variáveis.

Estenda uma corda presa a uma altura de Os alunos devem saltar livremente, tentan-
aproximadamente um metro acima da média de do cabecear os balões ou as bolas em diferentes

16
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

níveis. Após algumas tentativas, oriente-os a tre esses espaços, dando saltos, inicialmente
impulsionar-se sobre um único pé, a partir de de forma livre e posteriormente conforme as
uma linha demarcada no chão, simulando a orientações descritas a seguir.
“tábua de impulsão”, mantendo o objetivo do
cabeceio em diferentes alturas e aterrissando As várias cores de giz ou arcos, bam-
sobre os dois pés. bolês ou cordas indicarão a sequência de
utilização dos pés, simulando a técnica do
A atividade deve ser repetida trocando-se salto triplo no impulso realizado dentro de
a perna de impulsão, variando também a dis- cada área. Deve-se definir que, em espaços
tância da tábua de impulsão. de mesma cor, deve ser utilizado o mesmo
pé. Entretanto, se as cores forem diferentes,
Após a atividade, converse com os alunos a troca-se o pé de impulsão. A modificação
respeito de suas percepções da atividade: na distância entre os espaços também per-
mitirá a variação na intensidade entre os
f Utilizaram ambos os membros inferiores impulsos. Cada passagem pela amarelinha
para realizar a impulsão? deverá ser efetuada no mínimo duas vezes,
f Conseguiram identificar a melhor perna alternando a perna que inicia cada sequên-
para executar a impulsão? cia de saltos.
f Compreenderam a importância do impulso
para o salto? Ao final da atividade, pergunte aos alu-
nos se conseguiram compreender a lógica
Etapa 2 – Triplo amarelinha da sequência do salto triplo, se foi possí-
vel identificar a melhor perna para a im-
Demarque os espaços de um jogo de ama- pulsão, se chegaram mais longe após vá-
relinha no chão da quadra, com giz, aros, rios saltos e se perceberam que deve haver
bambolês ou cordas de cores diferentes. equilíbrio na distância entre as três passa-
Os alunos deverão se deslocar um por um en- das do salto triplo.
© JJ pixs/Alamy/Glow Images

Figura 6 – Saltando longe: salto em distância.

17
© Gazeta Press

Figura 7 – Adhemar Ferreira da Silva, brasileiro


especialista em salto triplo, bicampeão olímpico em
1956 (Melbourne/Austrália).
© Folhapress

© Folhapress

Figuras 8 e 9 – João do Pulo saltou 17,89 m e foi detentor da marca sul-americana na prova por 32 anos, de 1975 a 2007.

18
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

Etapa 3 – Escalada Depois disso, solicite que o impulso para o


salto seja realizado sobre o pé mais próxi-
Fixa-se uma das extremidades de uma mo à corda, com a perna contrária fazen-
corda a uma superfície elevada alguns metros do o ataque, estabelecendo um giro com o
em relação ao solo, por exemplo, trave, aro corpo no ar, aterrissando do outro lado da
do basquete, poste da rede de vôlei, e prende- corda, sobre o pé oposto ao de impulsão,
-se a outra extremidade no solo, mantendo a caracterizando o estilo “rolo ventral” do salto
corda estendida em diagonal. Ao longo dela, em altura. Por fim, peça que os alunos procu-
devem ser amarrados barbantes ou fitas, dis- rem realizar ambos os estilos de salto sobre a
tantes, aproximadamente, um metro entre si, zona de passagem mais elevada possível.
delimitando zonas de passagem sobre a cor-
da de diferentes alturas. Ao final da atividade, discuta com os alu-
nos sobre sua percepção das formas de salto
Inicialmente, os alunos são orientados a em altura realizadas:
saltar livremente sobre a corda sem a tocar,
passando de um lado para o outro, experi- f Qual a forma mais eficaz?
mentando diferentes zonas de passagem. Em f Quais as dificuldades e vantagens de cada
seguida, os alunos devem correr ao lado da uma?
corda, tomando impulso para o saltar com a f Qual a importância da corrida e do impul-
perna mais distante da corda, realizando-se so para o salto em altura?
uma espécie de “tesourada” no ar, em que a
perna contrária ultrapassa a corda e aterrissa Também se lembre de falar aos alunos
do lado oposto, antes da perna de impulsão, sobre a forma mais utilizada atualmente
caracterizando o estilo tesoura de salto. nas competições de salto em altura, o estilo
fosbury flop, e a necessidade de materiais
Essa atividade poderá ser repetida utili- específicos para praticá-la, como colchões
zando-se a impulsão com a perna contrária. apropriados para evitar lesões ou acidentes.

© Conexão Editorial

Figura 10 – Diferentes tipos de salto em altura.


altura

19
© Gazeta Press

© Folhapress

Figuras 11 e 12 – Aída dos Santos, quarto lugar no salto em altura nas Olimpíadas de Tóquio (1964), com a marca de
1,74 m, e medalhista de bronze no pentatlo nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg (1967) e de Cali (1971); observa-se a
utilização do estilo “rolo ventral” no salto.

20
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

Etapa 4 – Voo na corda Ao atingir o encaixe, os alunos devem reali-


zar a impulsão sobre uma das pernas e suspen-
Fixe uma corda em cada suporte da tabe- der o corpo com o auxílio da vara, buscando
la de basquetebol ou outro espaço adaptado. atingir as zonas de queda demarcadas com giz,
Peça ao aluno que se distancie e, a partir de cordas, pneus, arcos ou colchonetes à frente
uma corrida prévia, segure a corda com as do encaixe, alinhadas em relação à corrida. A
duas mãos e procure projetar os membros in- sustentação do corpo no ar deve ser feita com
feriores unidos e estendidos à frente, de ma- ambas as mãos e a queda sobre os dois pés.
neira que atinja a maior distância possível.
Os saltadores são orientados a aterrissar
Variações: colocar obstáculos flexíveis de na zona de queda mais afastada possível, o
alturas variadas para serem transpostos pe- que requer mais tempo de sustentação do cor-
los alunos. po no ar e uma empunhadura/pegada mais
elevada na vara.
Observação: alguns alunos talvez não con-
sigam realizar o salto com os membros infe- Ao final da atividade, discuta com os
riores estendidos. Nesse caso, peça que o fa- alunos as características do salto com vara,
çam de forma grupada (joelhos flexionados). procurando garantir a compreensão da cor-
rida, da empunhadura e pegada, do encai-
Etapa 5 – Voo livre com vara xe da vara de impulsão como variáveis que
permitem sustentar melhor o corpo no ar e
Segurando uma vara, preferencialmente alcançar maior distância no salto.
de bambu, que não ultrapasse 2,5 metros
e seja forte o suficiente para suportar seu Se o ambiente físico da escola não ofere-
peso, os alunos devem correr uma distância cer condições para a realização dessa etapa,
de cinco a sete metros até um encaixe para proponha um local da comunidade (como
a vara (colchonete, carpete ou capacho) que uma praça ou um campo de futebol) que ga-
não deslize após o contato. ranta a vivência por parte dos alunos.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
QUIZ LUDO: SALTO VIRTUAL
Os alunos vivenciarão um jogo em equipe no qual terão a oportunidade de analisar e rela-
cionar as informações e os conhecimentos sobre as características das diferentes modalidades
de saltos do atletismo.

Conteúdo e temas: evolução técnica do atletismo; processo histórico; principais regras e ca-
racterísticas das provas de salto no atletismo.
Competências e habilidades: analisar e relacionar informações sobre as provas de salto.
Sugestão de recursos: giz; folha de sulfite; canetas.

21
Desenvolvimento da Situação de Depois de explicar as regras do jogo, ini-
Aprendizagem 5 cie as perguntas, uma para cada equipe, su-
cessivamente. A cada resposta correta, o re-
Etapa 1 – Perguntas e respostas sobre saltos presentante avança uma casa. As perguntas
serão do tipo múltipla escolha e poderão ser
Os alunos formam equipes, de preferência apresentadas oralmente ou por escrito. Cada
mistas, e um representante de cada equipe grupo deve discutir as respostas antes de se-
torna-se uma peça de um jogo de tabuleiro. rem apresentadas a você. Caso a resposta es-
Desenhe com giz, no chão da quadra, um teja incorreta, não há avanço. Será vencedo-
percurso dividido em “casas”. Faça um per- ra a equipe que avançar mais casas ao final
curso para cada grupo, de maneira que fi- das perguntas. Em caso de empate, perguntas
quem lado a lado. Cada representante se po- extras serão feitas até que uma equipe saia
sicionará diante do seu percurso e avançará vencedora.
uma casa para cada resposta correta da sua
equipe a perguntas realizadas por você, sobre Após o término do jogo, comente as ques-
a evolução técnica, o processo histórico e as tões em que houve erro, apresentando e justi-
principais regras dos saltos no atletismo. ficando as respostas corretas.

Professor, esta atividade pode ser utilizada para estimular a pesquisa dos alunos em fontes sugeri-
das durante as aulas. Indique textos de fácil compreensão, que contenham informações sobre os saltos
no atletismo, ou uma matéria de jornal ou sites sobre alguma competição importante com a participa-
ção de atletas brasileiros.

Professor, agora é hora de retomar realizaram (salto em altura, em distância,


o Caderno do Aluno. com vara e triplo). Usando um caderno ou
folhas avulsas de sulfite, crie seções para cada
Meu álbum, corridas e saltos tipo de prova do atletismo, escrevendo o títu-
inesquecíveis! lo (prova); em seguida cole as fotos, identifi-
cando cada atleta pelo nome. As característi-
Procure em revistas, jornais ou na inter- cas das corridas e dos saltos (ou algum tipo
net fotos de atletas que se destacaram nos de curiosidade) também podem ser valoriza-
Jogos Olímpicos de 2012. Será que temos das ou, se você preferir, use um computador
atletas brasileiros que se destacaram nas cor- para organizar as imagens e os tipos de pro-
ridas? Quem são e de quais corridas partici- vas no seu álbum. Quando concluído, leve
param? Separe os atletas segundo o tipo de seu álbum para a escola e mostre-o a seus
corrida que você está estudando: corridas de colegas e a seu professor de Educação Física.
velocidade (rasas e com barreiras) e corridas Espera-se que o aluno elabore a tarefa com, pelo menos, um
de resistência (meio-fundo e fundo). Identi- atleta por categoria de prova ou apresente a característica de
fique os atletas que participaram das provas uma prova (de corrida ou salto) realizada por um atleta em
de saltos, separando-os por tipo de salto que determinado evento que lhe chamou a atenção.

22
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

Desafio!

Parte A:
Associe a letra correspondente ao tipo de corrida nas imagens dos atletas:
A – Corrida de fundo C – Corrida de revezamento
B – Corrida de velocidade D – Corrida com barreiras

© Photolibrary/Latinstock

© Rainer Martini/LOOk-foto/Latinstock
a) ( D ) b) ( B )
© Krebs Hanns/Alamy/Glow Images

© Alan Thornton/Stone/Getty Images

c) ( A ) d) ( C )

23
Parte B:
Escreva, em cada imagem, que prova de salto o atleta está realizando.
© Dennis MacDonald/Alamy/Glow Images

© Chris Cheadle/Alamy/Glow Images

a) Salto em distância b) Salto em altura


© BRT Photo/Alamy/Glow Images

© Gazeta Press

c) Salto com vara d) Salto triplo

24
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

1. Quando se comparam o 3. Nas corridas, os atletas geralmente estão


tempo de corrida e os batimen- sozinhos, procurando superar a si mesmos
tos do coração nas corridas de e os demais corredores. Entretanto, há um
velocidade e de resistência, ob- tipo de corrida em que os atletas trabalham
serva-se que, nas corridas de velocidade, o em equipe. Essa corrida é conhecida como:
tempo de corrida é: a) maratona.
a) maior e os batimentos do coração são b) de resistência.
mais acelerados. c) de revezamento.
b) menor e os batimentos do coração são d) com obstáculos.
menos acelerados.
c) maior e os batimentos do coração são 4. São corridas de meio-fundo as provas
menos acelerados. de (assinale mais de uma alternativa, se
d) menor e os batimentos do coração são necessário):
mais acelerados. ( ) 200 m. ( ) 400 m. ( X ) 800 m.
( X ) 1 500 m. ( ) 3 000 m. ( ) 5 000 m.
2. Nos saltos em distância, o mais impor-
tante é: 5. São provas masculinas as de (assinale mais
a) alcançar maior altura. de uma alternativa, se necessário):
b) alcançar maior distância. ( X ) 200 m. ( ) 100 m com barreiras.
c) ultrapassar o sarrafo. ( X ) 1 500 m. ( X ) 800 m.
d) realizar uma boa corrida em semicírculo. ( X ) 400 m. ( X ) 200 m com barreiras.

Desafio!
Una as letras por uma linha, tentando formar diferentes palavras. Quanto maior o número de
palavras formadas, maior é o seu vocabulário. Depois de formadas, procure identificar quais pala-
vras podem ser relacionadas à prática do atletismo.
Exemplo: caixa – tem relação com a caixa de salto, em que o atleta finaliza o salto em extensão.

I A T R O A
X C O I S O
A S L M P U
R R A B E L
G A F O T S
Algumas palavras que podem ser formadas e que estão
A D A L A O associadas ao atletismo: caixa, tiro, sarrafo, taco, largada,
impulso, tempo e salto.

25
Professor, você pode propor um momento de leitura, para ampliar os conhecimentos dos
alunos. Para isso, utilize as atividades a seguir.

Para você não perder a postura! O decúbito ventral não é recomendado,


pois traz sérios prejuízos ao pescoço.
O corpo pode assumir centenas de posi-
ções diferentes. É só imaginar o que fazemos O decúbito dorsal pode ser adotado com
o dia inteiro, a quantidade de brincadeiras alguns cuidados. O travesseiro não deve ser
que realizamos. Na Educação Física, por alto e recomenda-se usar um outro travessei-
exemplo, cada modalidade esportiva exige ro sob os joelhos para deixá-los semiflexio-
uma posição corporal particular. Veja no nados, acomodando melhor a região lombar.
atletismo, que acabamos de estudar. Depen- Dessa maneira, as costas ficam totalmente
dendo do tipo de salto (em distância, em al- encostadas no colchão.
tura, com vara ou triplo), o corpo assume
posições diferentes em cada fase do movi- O decúbito lateral também requer cuida-
mento. E os adultos, durante as tarefas do dos. Usar um travesseiro para apoiar o joelho
dia a dia e no trabalho, têm posturas especí- da perna que está por cima alivia as tensões
ficas, chamadas posturas ocupacionais (pos- das costas e deixa o corpo mais relaxado. As
turas de trabalho). figuras a seguir mostram duas posições dei-
tadas em decúbito lateral. Compare as duas
Exatamente porque o corpo tem de as- e tenha especial atenção à posição que é mais
sumir tantas posições diferentes é que os saudável e confortável para você. Cuidado
prejuízos posturais podem aparecer. Às ve- para não transformar uma boa postura em
zes, realizamos movimentos incorretos por uma postura ruim!
muito tempo, sem perceber os riscos que
Decúbito lateral: mais recomendável.
corremos.
© Alexandre Jubran

Para você entender melhor, observe as


três posturas básicas do corpo humano: a
posição deitada, a posição sentada e a po-
sição em pé. Aprenda os cuidados que deve-
mos ter em cada uma dessas posições.
Fonte: SANTOS, Angela. Postura corporal: um guia para todos.
Posição deitada São Paulo: Summus, 2005, p. 79.

Ficar de lado, mas “encolhido”, prejudi-


A posição deitada é também chamada ca a região lombar.
de decúbito e, normalmente, está relacio-
nada ao repouso.
© Alexandre Jubran

Podemos dormir de diversas maneiras:


em decúbito ventral (barriga para baixo),
em decúbito dorsal (barriga para cima)
ou em decúbito lateral (deitado de lado).
Porém, algumas dessas posições são mais Fonte: SANTOS, Angela. Postura corporal: um guia para todos.
prejudiciais do que outras. São Paulo: Summus, 2005, p. 87.

26
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

Dicas para a posição deitada culos que sustentam essas partes do corpo.
Por isso é tão importante fazer exercícios
O travesseiro sob a cabeça deve ter a lar- que ajudem a fortalecer os músculos res-
gura do ombro e o pescoço e a cabeça têm ponsáveis por esse trabalho.
de estar alinhados com o restante da colu-
na vertebral. É inadequado usar um traves- Agora, faça essa experiência!
seiro muito alto ou baixo demais. Usar um
travesseiro entre as pernas, na posição de Observe os desenhos seguintes. Eles vão
decúbito lateral, ajuda a manter a coluna ajudar você a localizar o osso correto utili-
lombar (parte de baixo) sem rotação, pois a zado para sentar.
torção da coluna não é recomendada.
Primeiro, sente delicadamente sobre a pal-
Essa dica é boa para quem quer apren- ma de uma das mãos. Tente localizar uma sa-
der a deitar corretamente e prevenir pro- liência óssea na parte inferior do glúteo.
blemas posturais no futuro. Se alguma
pessoa da sua família sente dor nas costas, Esse é o osso que devemos apoiar na ca-
a dica de uso dos travesseiros também é ex- deira para que a bacia fique na vertical e aju-
celente para ela. Vamos ajudar os outros, de na sustentação da coluna vertebral.
ensinando o que aprendemos na escola!
Você também pode utilizar uma boli-
Posição sentada nha de tênis, um cabo de vassoura ou um
espaguete de piscina para identificar os
Nesta posição, a carga maior está sobre dois ísquios.
a coluna lombar e os ossos da cintura pél-
vica (ísquios). Para que o tronco e a cabeça Faça isso e você vai perceber que é mais
fiquem equilibrados, precisamos dos mús- fácil e saudável ficar em boa postura.

© Alexandre Jubran

Fonte: SANTOS, Angela. Postura corporal: um guia para todos. São Paulo: Summus, 2005. p. 55.

27
Em casa ou na escola, preste bem aten- Conferindo a postura quando se traba-
ção na cadeira em que você se senta. Verifi- lha no computador:
que se as costas estão apoiadas no encosto
e se você consegue colocar a planta dos pés f observe o ângulo de 90° dos membros infe-
por inteiro no chão. Se a resposta for sim, riores e superiores (pernas e braços);
a cadeira está adequada a sua altura. Se f mantenha os olhos na altura do monitor e
os seus pés não encostarem por inteiro no evite flexionar (abaixar) a cabeça;
chão, você pode colocar alguma coisa para f lembre-se da boa colocação dos ísquios
apoiá-los (um pedaço de madeira, por exem- (ossos do quadril);
plo). Se a cadeira é muito baixa, pergunte se f evite cruzar as pernas quando estiver
não é possível conseguir uma cadeira mais sentado.
alta. Ah, nada de dar aquela “escorregadi-
nha” para frente e se “sentar com as costas”! Curiosidade

Isso também vale para quando você es- Você sabia que há carteiras cujo tampo
tiver teclando no computador. Não abuse se ergue para que os alunos não tenham de
do tempo em que fica sentado. Quando inclinar tanto a cabeça? Pense nisso quando
estiver difícil manter essa boa postura, dê estiver praticando somente a leitura – seja
uma pausa. Faça alguns alongamentos criativo! Apoie o livro que você está lendo
(você já aprendeu alongamento nas aulas em outros para erguê-lo e, dessa forma, evi-
de Educação Física) ou outras atividades tar dores nas costas. Você vai cansar menos
mais movimentadas. os músculos da região do pescoço (cervical).
Veja o exemplo na figura que se segue.
© Alexandre Jubran
© Alexandre Jubran

Fonte: SANTOS, Angela. Postura corporal: um guia para todos. Fonte: SANTOS, Angela. Postura corporal: um
São Paulo: Summus, 2005. p. 67. guia para todos. São Paulo: Summus, 2005. p. 99.

28
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

Posição em pé

A postura em pé pode ser estática, quan- pequenos movimentos (oscilações) ou sol-


do ficamos parados no lugar, ou dinâmica, turas do corpo. Você pode fazer um peque-
quando estamos em movimento. A postura no balanço para a frente e para trás, para
estática é mais cansativa do que a dinâmi- a direita e para a esquerda, para o alto e
ca, ela requer que o coração trabalhe muito para baixo (pequenas e rápidas flexões e
mais para fazer o sangue circular de uma ex- extensões dos joelhos e tornozelos). De-
tremidade a outra do corpo. pois, tente achar uma posição equilibrada,
harmoniosa e confortável, nem muito des-
Gostamos de ficar em pé, mas ninguém locada para a frente, nem muito para trás.
quer ficar parado. Quem gosta de filas? Distribua o peso do corpo entre o lado
direito e o esquerdo. Pode experimentar e
Um conselho para quem precisa tra- você verá que esse exercício o ajudará na
balhar em pé, na postura estática: faça manutenção da postura!

ATIVIDADE AVALIADORA
Ao longo da Situação de Aprendizagem, f Quais as maiores dificuldades para
apresente aos alunos algumas questões: realizar os saltos?
f Quais as provas de salto que compõem o
atletismo?
f Em quais situações do cotidiano costuma-
f Na história do atletismo nacional e in-
mos saltar?
ternacional, o Brasil possui atletas que se
f Qual a diferença entre saltar mais longe e destacaram nas provas de salto?
saltar mais alto? f Quais são as características técnicas neces-
f Qual a importância e como deve ser feita a sárias para conseguir realizar adequada-
impulsão para as várias formas de salto no mente os diferentes tipos de saltos sobre
atletismo? obstáculos?
f Há outras modalidades esportivas em que f Quais foram as estratégias necessárias para
ocorram saltos em diferentes alturas? realizar os diferentes tipos de salto?

PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO


Durante o percurso pelas Situações de que apresentaram dificuldades. Podem ser
Aprendizagem, alguns alunos poderão não realizadas individualmente ou em pequenos
apreender os conteúdos da forma esperada. grupos. Por exemplo:
É necessário, então, que novas Situações de
Aprendizagem sejam propostas, permitindo f roteiro de estudos com perguntas elabora-
ao aluno revisitar de outra maneira o pro- das por você para posterior entrega de ma-
cesso. Tais estratégias podem ser desenvol- terial escrito;
vidas durante as aulas ou em outros mo- f apreciação e análise de filmes ou documen-
mentos, com todos os alunos ou apenas os tários, orientada por você;

29
f apreciação e registro, por parte do aluno, de f atividade-síntese de um determinado con-
movimentos próprios e também dos colegas; teúdo, em que as várias Situações de
f reapresentação da Atividade Avaliadora de- Aprendizagem sejam refeitas em uma úni-
senvolvida em outra linguagem, por exemplo: ca aula e discutidas posteriormente, por
descrever verbalmente e/ou com desenhos as exemplo: circuito que contemple diferen-
atividades realizadas na quadra; tes formas de corridas e saltos.

RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR


E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA

Livros
FROMETÁ, Edgar R.; TAKAHASHI, MATTHIESEN, Sara Q.; GINCIENE, Guy.
Kiyoshi. Guia metodológico de exercícios em Histórias corridas. Jundiaí: Fontoura, 2013. Vo-
atletismo: formação, técnica e treinamento. Por- lume 1. O livro apresenta, nesse volume, infor-
to Alegre: Artmed, 2004. Apresenta o proces- mações relevantes a respeito do processo histó-
so de iniciação nas diferentes modalidades rico e desenvolvimento das diferentes provas de
que compõem o atletismo. corrida, permite compreender as provas como
elas acontecem atualmente.
GOBBI, Sebastião; VILLAR, Rodrigo;
ZAGO, Anderson S. Bases teórico-práticas ORO, Ubirajara. Iniciação ao atletismo no
do condicionamento físico. Rio de Janeiro: Brasil: problemas e possibilidades didáticas. In:
Guanabara Koogan, 2005. Extensa abordagem KIRSCH, August; KOCH, Karl; ORO, Ubira-
sobre as diversas capacidades físicas, caracte- jara. Antologia do atletismo. Rio de Janeiro: Ao
rizando sua relação com a condição de saúde Livro Técnico, 1984. Apresenta critérios para o
e seu desenvolvimento ao longo da vida, des- trabalho pedagógico com o atletismo em dife-
tacando aspectos relacionados à infância, à rentes faixas etárias, permitindo contextualizar a
adolescência e ao envelhecimento. modalidade esportiva nas várias séries da Educa-
ção Fundamental.
KUNZ, Elenor. Reflexões didáticas a partir de
práticas concretas. In: ______. Transformação SCHMOLINSKY, G. Atletismo. Lisboa: Es-
didático-pedagógica do esporte. 7. ed. Ijuí: Uni- tampa, 1982. Apresenta métodos de treina-
juí, 2006. p. 117-151. O capítulo sugere uma mento para diferentes provas do atletismo, com
ressignificação das experiências com o atletis- indicações que variam desde a iniciação à moda-
mo, na intenção de possibilitar que os alunos lidade esportiva até as exigências mais rigorosas
superem os limites das vivências. de rendimento.

MATTHIESEN, Sara Q. (Org.). Atletismo se SILVA, R. F.; SEABRA JR., Luiz; ARAÚJO,
aprende na escola. Jundiaí: Fontoura, 2005. P. F. Educação Física adaptada no Brasil: da his-
Sistematização das experiências de um gru- tória à inclusão educacional. São Paulo: Phorte,
po de estudos cuja preocupação é estudar e 2008. O livro apresenta conteúdo que avalia a
ressignificar pedagogicamente o atletismo no reflexão sobre a pessoa com deficiência e as pos-
cotidiano das aulas de Educação Física. sibilidades no ambiente escolar.

30
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

Artigos Federação Paulista de Atletismo (FPA). Dis-


ponível em: <http://www.atletismofpa.org.br/
IORA, Jacob A.; MARQUES, Carmen Lúcia. default.aspx>. Acesso em: 23 maio 2013. Apre-
O atletismo escolar: proposta de organização senta informações e notícias sobre o atletismo
de aulas a partir da proposta crítico-emancipa- no Estado de São Paulo, no Brasil e no mundo.
tória e didática comunicativa. Pensar a Prática, Traz links diversos, dados sobre projetos desen-
Goiânia, v. 16, n. 2, p. 550-567, 2013. Dispo- volvidos pela FPA, calendário, resultados, re-
nível em: <http://www.revistas.ufg.br/index. cordes, galeria de fotos etc.
php/fef/article/view/17178/14627>. Acesso em:
31 jul. 2013. Apresenta critérios para o traba- Filmes
lho pedagógico com o atletismo em diferen-
tes faixas etárias, permitindo contextualizar Campeões! Espanha, Televisión de Catalunya,
essa modalidade esportiva nas várias séries da 1990. Disponível no Acervo da Secretaria da
Educação Fundamental. Educação do Estado de São Paulo. Série de
39 vídeos educativos (veiculados pela TV Es-
MATTHIESEN, Sara Q. Atletismo para cola) que apresenta as bases técnicas de várias
crianças e jovens: relato de uma experiência modalidades esportivas, com regras e treina-
educacional na Unesp-Rio Claro. Lecturas: mentos específicos. Consulte os vídeos no 33
Educación Física y Deportes, Buenos Aires, v. 10, – Atletismo: velocidade (13 min), no 34 – Atle-
n. 83, 2005. Disponível em: <www.efdeportes. tismo: salto em altura e salto com vara (13
com/efd83/unesp.htm>. Acesso em: 20 set. 2012. min) e no 36 – Atletismo: salto em distância e
Relato de experiência que, entre outros aspectos, salto triplo (13 min).
procura desmistificar, por meio de uma prática
educativa, a imagem transmitida pela mídia Filhos do paraíso (Bacheha-Ye aseman). Direção:
que, na maioria das vezes, faz do atletismo um Majid Majidi. Irã, 1997. 88 min. História de um
esporte para poucos e bem-dotados campeões. casal de irmãos de família pobre que vive em
Teerã, no Irã. O enredo gira em torno do rou-
Sites bo dos sapatos do menino. Os esforços para
descobrir quem os roubou envolvem até mes-
Comitê Paralímpico Brasileiro. Disponível em: mo uma maratona cujo prêmio para o terceiro
<http://www.cpb.org.br/>. Acesso em: 4 out. colocado é um par de calçados novos.
2013. Apresenta informações a respeito de pro-
vas de corrida e demais modalidades do atletis- Iniciação esportiva. Espanha, Imagen y De-
mo para pessoas deficientes. porte, S. L., 1996. Disponível no Acervo da
Secretaria da Educação do Estado de São
Confederação Brasileira de Atletismo. Dispo- Paulo. Série de 29 programas que apresenta
nível em: <www.cbat.org.br>. Acesso em: 23 as bases técnicas e as regras de diversas mo-
maio 2013. Apresenta informações sobre o dalidades esportivas, além do momento ade-
histórico das provas, regras oficiais, ídolos bra- quado para a iniciação esportiva. Consulte os
sileiros, recordes nacionais, mundiais e olímpi- vídeos no 6 – Iniciação ao atletismo 1 (31 min)
cos, artigos técnicos e normas antidoping. – e no 7 – Iniciação ao atletismo 2 (37 min).

31
TEMA 2 – ATIVIDADE RÍTMICA – MANIFESTAÇÕES E
REPRESENTAÇÕES DA CULTURA RÍTMICA NACIONAL

Espera-se que os alunos cheguem à 6a chamar de cultura rítmica nacional: (1) povos
série/7o ano com certa compreensão do que indígenas nativos; (2) povos europeus invasores;
é atividade rítmica, disponham de noções ge- (3) povos africanos escravizados; (4) população
rais sobre ritmo e tenham se envolvido em jo- descendente de imigrantes europeus, asiáticos e de
gos rítmicos tanto na escola como fora dela. outros continentes; e (5) população de migrantes
Por isso, propõe-se, nesse momento, o apro- brasileiros que vivem nos diferentes Estados.
fundamento dessa compreensão ao tratar da
cultura rítmica brasileira, suas manifestações Quando interpretamos ou enfatizamos de-
terminados costumes rítmicos nas aulas, cor-
e representações.
remos o risco de fazê-lo conforme certos inte-
resses e representações, especialmente quando
A própria formação de nosso país é contro- se trata de algum tema em evidência na mídia
versa e, por isso, para analisar nossa cultura rít- ou por ocasião de datas comemorativas. Nas
mica é necessário reconhecer as contradições, danças folclóricas pode ocorrer um apelo exa-
forjadas ao longo do processo histórico, que gerado por algo exótico, pois o folclore (folk
a levaram a caracterizar-se do modo como é = povo; lore = costume, tradição) tende a ser
atualmente. Pensamos que, para contextualizar visto desse modo por quem desvaloriza os
a pluralidade da cultura rítmica brasileira, os costumes populares das diferentes regiões do
alunos necessitam conhecer os costumes rítmi- Brasil. Nesse sentido, é importante que os alu-
cos dos nativos (civilizações indígenas que ha- nos vislumbrem danças regionais do Norte,
bitavam o Brasil antes do século XV, cuja maior Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste e, neste
parte já não existe), dos invasores (as civilizações último caso, que aprofundem a pluralidade de
que, competindo economicamente entre si, se manifestações existentes dentro do próprio Es-
impuseram pela violência em partes do territó- tado de São Paulo.
rio brasileiro desde o século XVI: portugueses,
espanhóis, franceses, holandeses e ingleses), dos Confrontar a história “oficial” de algumas
escravizados (civilizações africanas escravizadas danças e atividades rítmicas (por exemplo, o
até o século XIX e seus descendentes), dos imi- forró, o xaxado, o maculelê e a catira) com a
grantes (civilizações europeias, asiáticas e outras história de vida de quem vivenciou essas ma-
em menor escala que, com incentivo financeiro nifestações em diferentes contextos pode cau-
do governo brasileiro, vieram voluntariamente sar impacto ou estranhamento na interpreta-
ao Brasil a partir de meados do século XIX, em ção dos alunos. Saber que não há apenas uma
sua maioria, para o Sul do país e para a região versão para as representações rítmicas pode
oeste do Estado de São Paulo) e dos migrantes contribuir para a relativização dos próprios
(sobretudo do campo para os centros urbanos conteúdos e culminar na crítica que os alunos
e econômicos a partir da segunda metade do poderão fazer sobre as representações ideoló-
século XX). gicas associadas às diferentes regiões do país.
Os alunos podem aprender e compreender, por
Na história do Brasil, a partir do século XVI exemplo, como o xaxado associava-se à agressi-
– desconsiderando, portanto, a história ante- vidade nas lutas travadas no agreste nordestino
rior dos nativos e de seus antepassados – , cinco e como o carnaval se constituiu no evento turís-
grupos majoritários formaram o que podemos tico mais rentável no Brasil.

32
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

A questão de gênero presente em certas dan- a exclusividade da dança pelo gênero masculino,
ças também é relevante ao tratarmos das ativi- como ocorre no xaxado, são aspectos que po-
dades rítmicas. O controle do ritmo (o homem é dem ser analisados sob o ponto de vista do pre-
o condutor nas danças em pares) ou até mesmo conceito ou da timidez com relação ao dançar.

Possibilidades interdisciplinares

Professor, o tema atividade rítmica poderá ser desenvolvido de modo integrado com as discipli-
nas de História, Geografia, Arte, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol) e Língua Portuguesa,
na medida em que envolve conteúdos relacionados às manifestações rítmicas das diferentes regiões
do Brasil e seus grupos étnicos majoritários. Converse com os professores responsáveis por essas
disciplinas em sua escola. Essa iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos de forma mais
global e integrada pelos alunos.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
DESDE OS PRIMÓRDIOS ATÉ HOJE EM DIA

Os alunos terão a oportunidade de trocar informações e conhecimentos a respeito das


diferentes manifestações rítmicas regionais e nacionais, além de pesquisar e vivenciar algumas des-
sas manifestações.

Conteúdo e temas: manifestações rítmicas nacionais (diversidade de ritmos); processo histó-


rico e construção social e cultural dos diferentes ritmos brasileiros.
Competências e habilidades: compreender o processo histórico das manifestações e represen-
tações da cultura rítmica nacional; criar e identificar atividades rítmicas que contemplem
diferentes sentidos e intencionalidades.
Sugestão de recursos: caneta; folhas de sulfite; computador com acesso à internet; acervo da
biblioteca; aparelho de CD/DVD; CDs e DVDs de músicas típicas.

Desenvolvimento da Situação de Você se recorda das aulas sobre ritmo de-


Aprendizagem 6 senvolvidas no ano passado? Pois é, agora
vamos estudar um pouco mais sobre esse as-
Professor, antes de iniciar a Etapa 1, sunto, mas desta vez tentando identificar se
você pode trabalhar as atividades a todo mundo conhece, escuta, dança, canta
seguir. Assim, os alunos poderão ou toca as mesmas coisas. Será que a idade
resgatar alguns conhecimentos pré- das pessoas ou o lugar em que elas nasceram
vios, o que auxiliará no desenvolvimento desta e viveram pode modificar o gosto quanto ao
Situação de Aprendizagem. tipo de música que preferem ouvir, dançar

33
ou cantar? Para aquecer, responda às se- Língua Portuguesa ou outro que vocês quei-
guintes perguntas: ram, para dar algumas dicas nesta pesquisa.

1. A sua família é brasileira? Pesquisem em livros, revistas ou sites de


busca quais são os principais ritmos brasilei-
2. Em caso afirmativo, de que cidade ou Es- ros, suas origens, os costumes de cada grupo
tado brasileiro seus pais são? Caso não se- étnico, a que grupo esses ritmos estão asso-
jam brasileiros, seus pais são descendentes ciados, em que Estados se concentram, se têm
de pessoas de outra nacionalidade ou são relação com crenças ou religiões e se no seu
nascidos em outro país? Qual? bairro vivem pessoas dessas regiões ou que co-
nhecem esses ritmos.
3. Que tipo de música eles costumam ouvir? As respostas podem variar segundo a organização e a pro-
posta desenvolvidas pelo professor e os interesses dos alunos.
4. Eles gostam de dançar? Quando e que tipo Espera-se, entretanto, que os alunos tragam o maior número
de dança ou música eles dançam? de informações a respeito da manifestação rítmica regional
que pesquisarem.
5. Como podemos explicar a existência de
tantas músicas diferentes tocadas e canta-
das no rádio, na televisão e na internet? Etapa 1 – Chamada temática ou chamada
Questões de 1 a 5 – As respostas são pessoais e têm a inten- rítmica
ção de sondagem.
Esta atividade pode ser implementada na
A pluralidade da cultura rítmi- aula introdutória ao tema ou pode ser adap-
ca brasileira formou-se, a partir tada no momento da chamada de cada aula.
do século XVI, da mescla de A chamada temática serve para que o conhe-
costumes e crenças de cinco cimento prévio dos alunos seja verificado.
grupos majoritários: (1) povos indígenas; (2)
povos europeus invasores; (3) povos africa- Solicite que cada aluno diga algo rela-
nos escravizados; (4) população descendente cionado ao tema da aula ou que faça algum
de imigrantes europeus, asiáticos e de outros movimento que tenha relação com ele. Por
continentes; e (5) população de migrantes exemplo, um aluno poderia dizer “tempo”
brasileiros que vive nos diferentes Estados. ou estalar os dedos, repetidamente, em inter-
Vamos tentar descobrir o tipo de manifesta- valos de tempo regulares ou, ainda, dizer o
ção rítmica que encontramos em cada região nome de algum jogo que tenha o ritmo como
brasileira, uma vez que muitas famílias mu- uma de suas características principais. É im-
daram de cidade ou de Estado, mas não dei- portante que todos possam se manifestar e
xaram de gostar da música e da dança de sua que você e/ou os próprios alunos registrem
terra natal. as respostas.

Seu professor de Educação Física vai


pedir que vocês se organizem em pequenos Etapa 2 – São mais de 500 anos de
grupos e pesquisem as manifestações rít- diferentes ritmos
micas das regiões Norte, Nordeste, Centro-
-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Peçam ajuda Sugira que os alunos se reúnam em grupos
aos outros professores, como os de Histó- com no mínimo cinco integrantes, de prefe-
ria, Geografia, Arte, Língua Estrangeira e rência compostos de meninos e meninas.

34
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

Solicite que cada membro seja responsável Eles podem usar a biblioteca, a internet, ques-
por pesquisar alguma manifestação rítmica tionar professores de outras disciplinas, familiares
de um dos grupos majoritários na formação e moradores da vizinhança, procurando conhe-
da cultura rítmica nacional. Como alternati- cer os ritmos típicos. Posteriormente, deve haver
va, pode-se sugerir que cada grupo de alunos a apresentação de suas pesquisas por meio de
pesquise os costumes rítmicos de um deter- dramatizações ou apresentações de breves coreo-
minado povo ou grupo populacional. grafias dos ritmos típicos para a própria turma.

Manifestações rítmicas regionais brasileiras

© Tamara Saré/Agência Pará


Carimbó (região Norte) – De origem africana, esse
ritmo, que influenciou a lambada e o zouk, recebeu
influências das danças portuguesas e incorporou à
sua execução palmas e estalar de dedos. Na coreo-
grafia, os homens se dirigem às mulheres batendo
palmas; estas, por sua vez, realizam movimentos
circulares com a saia.

© Conexão Editorial
Xaxado (região Nordeste) – Muito popular no
sertão nordestino, não se tornou uma dança de
salão por ser, tradicionalmente, praticada por ho-
mens. Foi assim batizada por representar o som
reproduzido pelas sandálias dos cangaceiros, em
uma referência explícita às comemorações do gru-
po de Lampião, o Rei do Cangaço.

© Fernando Basso

Catira ou cateretê (região Sudeste) – De origem


incerta, africanos e europeus dividem a suposta
autoria desse ritmo executado com movimentos
vigorosos de pés, mãos e saltos. De acordo com
a região, a prática é, essencialmente, masculina.
Inicia-se com o violeiro tocando o “rasqueado”
para os dançarinos fazerem a “escova” (batida de
pés, mãos e saltos).

35
© Conexão Editorial
Chula (região Sul) – Muito popular no Rio Gran-
de do Sul, essa dança masculina de movimentos
vigorosos assemelha-se ao sapateado, cuja disputa
se dá entre dois dançarinos.

© Edson Rodrigues/Secom-MT
Dança do siriri (região Centro-Oeste) – É uma dan-
ça de roda que tem como elemento coreográfico ba-
ter as mãos espalmadas nas mãos dos dançarinos
que estão à esquerda e à direita. É uma prática de
estilo livre, sem coreografia definida e sem preferên-
cia de gêneros; é praticada por homens, mulheres e
crianças. A música, sempre alegre, é acompanhada
por viola e instrumentos de percussão.

Ao final, sintetize para a classe o proces- -Oeste, a catira no Sudeste e a chula no Sul.
so de formação da cultura rítmica nacional, Entretanto, é importante ressaltar que há ou-
destacando sua pluralidade e sua riqueza. A tras expressões de dança em uma mesma re-
produção final de uma dramatização pode gião brasileira, além das citadas.
congregar várias disciplinas (Arte, História,
Geografia e outras), mostrando as possibili- O processo poderá culminar com uma
dades de integração dos conteúdos. Se houver apresentação dos grupos dentro da própria
interesse maior dos alunos, as apresentações turma. Nesse caso, também há a possibilidade
podem ser compartilhadas com outras turmas. do trabalho interdisciplinar.

Etapa 3 – Dos filhos deste solo... Etapa 4 – Isto é coisa de paulista

Organize grupos mistos, de preferência, Cada região do Estado de São Paulo pos-
de modo que cada um pesquise danças fol- sui manifestações rítmicas típicas, transfor-
clóricas de uma das cinco regiões brasilei- madas ao longo dos séculos. Algumas podem
ras. Os grupos são responsáveis também por ser tratadas nas aulas: associadas à vida no
apresentar os elementos característicos de interior, como a catira, à vida urbana, como
uma dança regional. Selecione, juntamente os desfiles de carnaval, à região litorânea e sua
com os alunos, quais manifestações rítmicas cultura caiçara, como a xiba. Os costumes que
poderão ser apresentadas. envolvem cada manifestação podem ser pes-
quisados e apresentados pelos próprios alu-
Sugere-se como exemplo o xaxado no Nor- nos, ampliando seus conhecimentos sobre as
deste, o carimbó no Norte, o siriri no Centro- regiões do Estado de São Paulo.

As quatro etapas apresentadas podem ser trabalhadas conjuntamente. Os grupos pesquisarão e


apresentarão os ritmos que criaram a cultura rítmica nacional e as manifestações rítmicas das regiões
brasileiras; outros grupos poderão trabalhar com os ritmos do Estado de São Paulo. Ao final, pode-se
ter um grande painel rítmico, com intenso envolvimento dos alunos.

36
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

Professor, agora é hora de retomar o Caderno do Aluno.

Desafio!

Analise as imagens a seguir. O que elas lembram sobre o conteúdo deste volume? Recorde tudo o
que você ouviu, leu e aprendeu sobre manifestações rítmico-culturais e associe as letras das imagens às
manifestações culturais que elas representam.

© Fernando Basso

© Fernando Donasci /
Folhapress
a) e)

© Mauricio Simonetti/
Pulsar Imagens

© Conexão Editorial
b) f)
© Rogério Reis/Pulsar Imagens

© Tamara Saré/Agência Pará


c) g)
© Mauricio Simonetti/
Pulsar Imagens

© Edson Rodrigues/Secom-MT

d) h)

37
Agora, associe as letras das imagens aos nomes das manifestações rítmico-culturais.

Manifestação cultural Letra da imagem

Forró d

Quadrilha b

Siriri h

Catira a

Carimbó g

Bumba meu boi c

Chula f

Frevo e

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7
ELA DANÇA PARA MIM OU EU DANÇO PARA ELA?
Os alunos vivenciarão situações de inversão de papéis (masculino e feminino) em diferentes
manifestações rítmicas.

Conteúdo e temas: a questão do gênero; da construção social e cultural nas manifestações


rítmicas.
Competências e habilidades: perceber, compreender e valorizar de maneira não preconcei-
tuosa e discriminatória as características das diferentes manifestações rítmicas nacionais e
regionais; analisar a questão do gênero presente na dança.
Sugestão de recursos: aparelho de CD/DVD; CDs e DVDs com diferentes ritmos.

Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 7 responsável pela condução dos movimen-
tos. Pode ser uma das danças já trabalhadas
Etapa 1 – Qual é o nosso ritmo? com a turma, em que o controle do ritmo
tenha sido associado a um gênero, uma vez
Proponha uma atividade rítmica em pa- que a condução em diferentes danças reme-
res nos quais um aluno ou uma aluna seja te, frequentemente, ao domínio masculino.

38
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

A responsabilidade pela condução deve que sofreu de outros povos: nativos (indíge-
ser alternada e, caso existam movimentos nas), europeus invasores, africanos escraviza-
específicos para homens ou mulheres, eles dos, descendentes de imigrantes (europeus,
devem ser vivenciados por ambos. Podem asiáticos e de outros continentes) e migrantes
ser formados pares do mesmo sexo para que brasileiros (que saem de uma região do país
decidam acerca da condução entre si e com- para irem a outra).
partilhem um mesmo ritmo nos movimentos.
Vamos conferir o que você aprendeu, de
O importante nesta atividade é que os alu- fato, sobre esse assunto?
nos compreendam que as formas rítmicas de
dança remetem a representações específicas Escreva, à frente de cada uma das manifes-
de um dos dois sexos. Além disso, essa divisão, tações a seguir, a qual região pertencem ou na
que é construída culturalmente, não pode ge- qual predominam:
rar situações de preconceito e discriminação.

Converse com os alunos sobre: o que eles Manifestação


Região
entendem por ritmo; como vivenciam o ritmo cultural
nas situações de dança; de que modo com-
preendem as expressões rítmicas tidas como Forró Nordeste

masculinas e as tidas como femininas.


Quadrilha Nordeste

Professor, é hora de retomar o Siriri Centro-Oeste


Caderno do Aluno e realizar a
atividade descrita a seguir. Catira Sudeste

Como você pôde perceber, o Brasil tem Carimbó Norte


muitas manifestações e representações cultu-
rais. Por isso podemos falar em pluralidade Bumba meu boi Nordeste

da cultura rítmica brasileira. Você também Chula Sul


ouviu dizer ou leu e pesquisou que cada
região brasileira tem, em sua cultura local, Frevo Nordeste
manifestações próprias, fruto das influências

ATIVIDADE AVALIADORA

É importante, durante o processo, que os no bairro – com amigos, familiares e conheci-


alunos sejam capazes de compreender a riqueza dos – sobre as regiões do Brasil e do Estado
de manifestações rítmicas de seu país e de seu de São Paulo das quais são originários e suas
Estado. A fim de avaliar o processo de cons- preferências com relação às atividades rítmicas.
trução do conhecimento relativo às manifes- Na apresentação desse levantamento em aula,
tações rítmicas nacionais e regionais, peça aos procure avaliar se os alunos conseguiram clas-
alunos que façam um levantamento na escola sificar as expressões rítmicas de acordo com a
– com professores, alunos e funcionários – e/ou origem geográfica e étnica dos vários grupos.

39
Com relação às atividades rítmicas de dança f Foi possível coordenar o ritmo próprio
em duplas, procure problematizar com os alunos com o ritmo do companheiro?
algumas questões para avaliar sua compreensão f Como foi dançar menino com menino, me-
a respeito da temática desenvolvida. Por exemplo: nina com menina e menina com menino?
f Todos os alunos puderam coordenar de
f Quais foram as maiores facilidades e difi- maneira consensual as condutas dos rit-
culdades ao dançar em dupla? mos próprios com os dos colegas?

PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO


Durante o percurso pelas Situações de de material escrito;
Aprendizagem, alguns alunos poderão não f apreciação e análise de filmes ou documen-
apreender os conteúdos da forma esperada. tários, orientadas por você;
É necessário, então, que novas Situações f apreciação e registro, por parte do aluno,
de Aprendizagem sejam propostas, permi- dos próprios movimentos e dos colegas;
tindo ao aluno revisitar de outra maneira o f elaboração e apresentação (pode-se op-
processo. Tais estratégias podem ser desen- tar pelo registro com uso de palavras,
volvidas durante as aulas ou em outros mo- desenhos, audiovisual etc.) de pequenas
mentos, envolver todos os alunos ou ape- coreografias a partir de referenciais e
nas aqueles que apresentaram dificuldades. elementos sugeridos por você;
Podem ser desenvolvidas individualmente f reapresentação da Atividade Avaliadora
ou em pequenos grupos. Por exemplo: desenvolvida em outra linguagem (por
exemplo: descrever verbalmente e/ou
f roteiro de estudos com perguntas elabora- com desenhos as atividades realizadas na
das por você para posterior apresentação quadra).

RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR


E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA

Livros Paulo: Avercamp, 2007. p. 39-57. Sugere a


inserção da dança como conteúdo a ser pla-
FIAMONCINI, Luciana; SARAIVA, Maria do nejado, ensinado e tratado didaticamente nas
Carmo. Dança na escola: a criação e a coeduca- aulas de Educação Física.
ção em pauta. In: KUNZ, Elenor. (Org.). Didática
da Educação Física 1. Ijuí: Unijuí, 2003. p. 95-120. Artigo
Apresenta possibilidades para o trabalho com a
dança nas aulas de Educação Física, enfatizando QUADROS, Antônio C.; VOLPI, Cátia M. Forró
o processo criativo de alunos e alunas como prin- universitário: a tradução do forró nordestino no
cípio para sua criticidade e emancipação. Sudeste brasileiro. Motriz, São Paulo, v. 11, n. 2,
p. 117-120, maio/ago 2005. Disponível em: <http://
LOMAKINE, Luciana. Fazer, conhecer, inter- www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/11n2/12JAC.
pretar e apreciar: a dança no contexto da esco- pdf>. Acesso em: 23 maio 2013. Discute o forró
la. In: SCARPATO, Marta (Org.). Educação universitário e procura evidenciar o histórico
Física: como planejar as aulas na escola. São dessa dança no que diz respeito às suas origens.

40
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.


Sites Disponível em: <http://revelandosaopaulo.
org.br>. Acesso em: 23 maio 2013. “Revelando
Centro de Referência Virtual do Professor. São Paulo”: informações sobre a cultura
Disponível em: <http://crv.educacao.mg.gov. tradicional paulista.
br>. Acesso em: 23 maio 2013. Disponibiliza
textos didáticos sobre dança, atividade rítmica e Filmes
outros conteúdos da Educação Física voltados
para o Ensino Fundamental. Dança comigo? (Shall we dance?) Direção:
Chelsom Peter. EUA, 2004. 126 min. Filme
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular. conta a história de um advogado, que tem uma
Disponível em: <http://www.cnfcp.gov.br>. esposa e filhos e leva vida rotineira por vários
Acesso em: 23 maio 2013. Informações a res- anos. Ele sente que falta algo em sua vida quan-
peito das diversas manifestações culturais bra- do vê uma bela professora de dança. Para se
sileiras, sugestões de vídeos, visita virtual etc. aproximar, ele se matricula na academia. O ro-
mance não acontece, mas ele está tão envolvido
Governo do Estado de São Paulo. Disponível com a dança que não consegue parar. Sua espo-
em: <http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/ sa, acreditando que está tendo um caso, contra-
saopaulo-culturaefolclore.php>. Acesso em: ta um detetive. O final, no entanto, é inesperado.
23 maio 2013. Oferece informações da cultura
típica paulista: alimentação, festejos, danças, Quando o crioulo dança. Direção: Dilma Lóes.
música etc. Brasil, 1988. 30 min. Narrativa sobre negros
brasileiros que se expressam pela dança e rela-
Instituto do Patrimônio Histórico e Artísti- tam situações cotidianas.
co Nacional. Disponível em: <http://portal.
iphan.gov.br/portal/montarPaginaInicial.do Som da Rua – Índios. Direção: Roberto Berliner.
;jsessionid=E45DB7E5433ABBEE035CD Brasil, 1997. 2 min. Documentário. Em 1991, um
14175F5EE41>. Acesso em: 23 maio 2013. grupo de índios caiapós da grande aldeia Goroti-
Apresenta informações gerais sobre a cultura re formou uma dissidência e partiu para fundar
brasileira. uma nova aldeia, a Juari, nos limites da reserva.

Ministério da Cultura. Disponível em: <http:// Som da Rua – Maracatu Estrela Brilhante. Di-
www.cultura.gov.br/site/>. Acesso em: 23 maio reção: Roberto Berliner. Brasil, 1997. 3 min.
2013. Site oficial do Ministério da Cultura. Documentário. A personagem principal, Dona
Olga, voltou às ruas com o maracatu Estrela
Ministério do Esporte. Disponível em: <http:// Brilhante e toda sua família após a morte do
portal.esporte.gov.br/sndel/esporteLazer/cedes/ pai, criador do Estrela Brilhante.
publicacoes.jsp>. Acesso em: 23 maio 2013. In-
formações e textos sobre dança, atividades rít- Vem dançar (Take the lead). Direção: Liz Friedlan-
micas e outros conteúdos da Educação Física. der. EUA, 2006. 108 min. Conta a história de um
dançarino de salão profissional que se torna volun-
Porta Curtas. Disponível em: <http://portacurtas. tário para ministrar aulas de dança em uma escola
org.br>. Acesso em: 10 jul. 2013. Apresenta pública de Nova Iorque, Estados Unidos. Ele tenta
uma série de documentários (de curta duração), apresentar seus métodos clássicos, mas logo enfren-
intitulada “Som da Rua”, pela qual você pode ta resistência dos alunos, mais interessados em hip-
saber mais um pouco a respeito das diferentes -hop. Desse confronto nasce um novo estilo de dan-
manifestações culturais brasileiras. ça, mesclando os dois lados e tendo-o como mentor.

41
TEMA 3 – ORGANISMO HUMANO, MOVIMENTO E SAÚDE –
CAPACIDADES FÍSICAS: APLICAÇÕES NO ATLETISMO
E NA ATIVIDADE RÍTMICA

O ser humano elabora sua compreensão Muitas vezes, a impossibilidade de participar


em torno de seu próprio organismo quando de uma manifestação da Cultura de Movimento
se vê inserido em fenômenos que consegue é decorrência de o sujeito não apresentar conhe-
interpretar e aos quais é capaz de atribuir cimentos mínimos que o permitam criar e re-
significados em consonância com sua própria criar o espaço relacional do organismo humano.
história. Nessa perspectiva, o Se-Movimen- O desenvolvimento desses conhecimentos pos-
tar pressupõe “um diálogo” para viver, co- sibilita ao indivíduo viver, aprender e conhecer
nhecer os mecanismos da vida (vitais), entre determinados movimentos e, em consequência,
os quais se incluem a percepção e o desenvol- participar satisfatoriamente dessa cultura. Neste
vimento das capacidades físicas. tópico, não se trata apenas de praticar as capaci-
dades físicas integrantes das várias experiências
Viver e compreender as aplicações das da Cultura de Movimento, mas de favorecer a
capacidades físicas como estrutura e organi- compreensão dos fundamentos relativos a essas
zação pode ajudar os alunos na tomada de capacidades, expressas no atletismo (corridas e
decisões com relação à necessidade de com- saltos) e nas expressões da cultura rítmica na-
preender o organismo humano, o corpo e a cional, tratados neste volume.
saúde e suas implicações, seja nas atividades
rítmicas, seja nas mais diferentes formas de Ao longo da 5a série/6o ano foram desen-
correr e saltar. Não se pretende treinar ou volvidos os fundamentos sobre as capaci-
formar atletas, mas propiciar à turma um dades físicas: agilidade, velocidade, flexibi-
conjunto de experiências significativas que lidade, resistência e força. O objetivo não é
os possibilitem perceber e compreender me- repetir os conteúdos já desenvolvidos, mas
lhor as mudanças de estado e as interações retornar a eles de forma aplicada nas situações
do organismo, para participar das manifes- do atletismo (corridas e saltos) e das ativida-
tações da Cultura de Movimento com mais des de danças folclóricas ou regionais, tornan-
consciência e autonomia. do-os, assim, mais significativos aos alunos.

De acordo com Barbanti (2003), as capacidades físicas podem ser, assim, sintetizadas:

Agilidade Flexibilidade Força Resistência Velocidade

“Capacidade de “Capacidade de “Capacidade de “Capacidade de


“Capacidade de
realizar movi- exercer tensão sustentar uma executar movi-
executar movi-
mentos em certas contra uma resis- dada carga de mentos cíclicos
mentos rápidos
articulações com tência, que ocorre atividade o mais na mais alta
e ligeiros com
amplitude de por meio de longo tempo velocidade indi-
mudanças de
movimento apro- ações muscula- possível sem vidual possível”
direções” (p. 15).
priada” (p. 270). res” (p. 273-274). fadiga” (p. 215). (p. 15).
BARBANTI, Valdir José. Dicionário de Educação Física e esporte. 2. ed. São Paulo: Manole, 2003.

42
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

nstock

© Patrik Giardino/Corbis/Latinstock

atinstock
ona/Corbis/Lati

dino/Corbis/L
© Sergio Carm

© Patrik Giar
Figura 13 – Salto triplo.

Sugere-se que o trabalho com as capa- volume, também podem ser identificadas
cidades físicas ocorra em conjunto com o as capacidades físicas de flexibilidade, para
desenvolvimento dos temas referentes à propiciar a amplitude de movimentos ca-
modalidade individual atletismo (corridas e racterística de algumas expressões de dan-
saltos) e às manifestações e representações ça; força, a fim de permitir a realização de
da cultura rítmica nacional. O importante é movimentos de salto, explosão, condução
aproveitar a dinâmica relativa a esses temas do companheiro em algumas situações; re-
para acrescentar informações e experiências sistência, para realizar movimentos caden-
que facilitem a participação dos alunos nes- ciados por determinado período de tempo;
ses elementos da Cultura de Movimento. velocidade, necessária para a realização de
algumas danças; e agilidade, para a plena
Observando as modalidades de corridas movimentação dos participantes em prati-
e saltos no atletismo, pode-se identificar a camente todas as expressões de danças fol-
mobilização das capacidades físicas: veloci- clóricas ou regionais.
dade, sobretudo nas corridas de curta dis-
tância, nas chegadas de corridas de longa
distância e nas corridas preparatórias para Possibilidades interdisciplinares
os saltos; força, para suportar o intenso es-
forço na realização rápida dos movimentos, Professor, o tema capacidades físicas po-
na impulsão para os saltos e no apoio para derá ser desenvolvido de modo integrado com
o salto com vara; flexibilidade, para a exe- a disciplina de Ciências, na medida em que
cução dos saltos, principalmente o salto em envolve conteúdos relacionados com o orga-
altura e o salto com vara; resistência, espe- nismo humano e suas implicações na relação
cialmente nas corridas de longa distância; e com as atividades rítmicas e com o atletismo.
agilidade, em todas as provas do atletismo, Converse com o professor responsável por
sobretudo naquelas que demandam a com-
essa disciplina em sua escola. Essa iniciativa
binação de movimentos rápidos.
facilitará a compreensão dos conteúdos de
Observando-se as manifestações da cul- forma mais global e integrada pelos alunos.
tura rítmica nacional desenvolvidas neste

43
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8
O SE-MOVIMENTAR E AS CAPACIDADES FÍSICAS
Os alunos serão motivados, em grupo e des físicas solicitadas nas expressões rítmi-
individualmente, a identificar as principais cas regionais. Sugere-se que esta Situação de
capacidades físicas solicitadas na modalida- Aprendizagem seja desenvolvida, se houver
de esportiva individual atletismo, especifica- possibilidade, com os temas do atletismo e
mente nas corridas e nos saltos, bem como das manifestações e representações da cultu-
identificar e perceber as principais capacida- ra rítmica nacional.

Conteúdo e temas: capacidades físicas: aplicações no atletismo e em atividades rítmicas.


Competências e habilidades: identificar as capacidades físicas nas provas de corrida e saltos
do atletismo; identificar as capacidades físicas nas manifestações rítmicas nacionais; in-
tervir nas práticas do atletismo (corridas e saltos) e nas danças regionais com a aplicação
dos conhecimentos sobre as capacidades físicas; identificar alguns exercícios específicos
que mobilizem as capacidades físicas mencionadas no atletismo e nas danças folclóricas e
regionais; compreender que o conhecimento sobre as capacidades físicas pode auxiliar na
realização mais qualificada das provas de atletismo e nas manifestações rítmicas.
Sugestão de recursos: filmadora; papel sulfite; canetas.

Desenvolvimento da Situação de 2. Durante as aulas de Educação Física, você


Aprendizagem 8 acha que utiliza as capacidades físicas o
tempo todo ou só quando o professor su-
Professor, antes de iniciar a Etapa 1, gere uma atividade específica? Em outras
você pode trabalhar as atividades a palavras, você acha que está exercitando
seguir. Assim, os alunos poderão a capacidade física “força” só quando faz
resgatar alguns conhecimentos pré- exercícios com peso? Dê dois exemplos de
vios, o que auxiliará no desenvolvimento desta atividades em que as capacidades físicas fo-
Situação de Aprendizagem. ram usadas na aula.
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno perceba que acio-
1. Vamos relembrar o tema das capacidades na mais de uma capacidade física nos diversos movimentos,
físicas. Dê um exemplo de movimento para embora haja predominância de uma delas.
cada uma das capacidades:
a) Agilidade: Se possível, entrevistem um pra-
fintas nos esportes coletivos e nas coreografias de dança. ticante de atletismo ou de dança.
b) Flexibilidade: É possível encontrá-los em clu-
alongamentos. bes, escolas de dança, academias
c) Força: que ofereçam aulas de dança ou mesmo na pró-
musculação. pria escola ou no bairro onde moram. Se na
d) Resistência: sua cidade for difícil o acesso aos praticantes
corrida de longa distância. dessas modalidades, visitem uma academia,
e) Velocidade: entrevistem um professor e peçam que ele mos-
corrida de curta distância em alta velocidade. tre qual a capacidade física predominante nas

44
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

© Avatra images/Alamy/Glow Images


diversas modalidades oferecidas no local. Mas
lembrem: para que isso aconteça, é necessária a
autorização do coordenador da academia e,
uma vez autorizada, a entrevista deve ser agen-
dada. A seguir, apresentamos dois roteiros de
entrevistas, o primeiro para ser utilizado na
academia e o segundo para a entrevista com o
praticante de atletismo ou dança. Escolham
apenas uma opção.

Roteiro de entrevista 1 – Academia

© Adrian Wilson/Beateworks/
Corbis/Latinstock
Figura 16 – Musculação.

© Stephen Frink Collection


/Alamy/ Glow Images
Figura 14.
1. Quais são as atividades oferecidas pela
academia?
Resposta pessoal.
Figura 17 – Natação.
2. Quais são as mais procuradas?

© Leo Rosser/Alamy/Glow Images


Resposta pessoal.

3. Qual é a capacidade física predominante


nas modalidades mais procuradas?
Resposta pessoal.

Roteiro de entrevista 2 – Praticante


© Antônio Cruz/ABr

Figura 15 – Futsal. Figura 18 – Alongamento.

45
1. Que modalidade (esportiva/dança) você no tema atletismo. O importante aqui é levar
pratica? Com qual objetivo? os alunos a identificar as capacidades físicas
Resposta pessoal. utilizadas e necessárias para a prática das vá-
rias formas de corrida e saltos.
2. Quais são as capacidades envolvidas nessa
modalidade e qual a predominante? (Infor-
mem a pessoa de que as capacidades físicas Etapa 2 – Ritmando com capacidade
são: força, flexibilidade, velocidade, agili-
dade e resistência.) Em todas as atividades realizadas no tema
Resposta pessoal. “Atividade rítmica – Manifestações e repre-
sentações da cultura rítmica nacional”, des-
3. Em qual capacidade você tem mais facili- taque as capacidades físicas demandadas nos
dade e em qual tem mais dificuldade? diferentes momentos e nas variadas expres-
Resposta pessoal. sões. Procure fazer isso ao final das aulas,
mostrando que formas rítmicas diferentes
4. Com base nos dados coletados, respon- exigem capacidades físicas específicas. Dessa
da verdadeiro ou falso para a afirmação forma, além de pesquisar sobre as manifesta-
seguinte: ções rítmicas nacionais e regionais e organizar
as coreografias em grupos, os alunos também
“Em uma atividade física, utilizamos uma serão estimulados a compreender as deman-
combinação das capacidades físicas e, de- das em termos de capacidades físicas que
pendendo da modalidade escolhida, há cada manifestação exige.
predominância de uma delas em determi-
nado momento da execução.” Professor, após o fim desta etapa,
realize com seus alunos as ativi-
( X ) Verdadeiro. dades indicadas a seguir.
( ) Falso.
Seu professor está trabalhando os saltos
Etapa 1 – Correndo e saltando com e as corridas do atletismo e as manifesta-
capacidade ções da cultura rítmica nacional. Escolha
um salto, uma corrida e uma manifestação
Esta Situação de Aprendizagem pode ser rítmica que você aprendeu e relacione cada
desenvolvida a partir das atividades de corri- um deles com a capacidade física envolvida
das e saltos ou por meio de um filme que apre- nos movimentos.
sente essas situações. Destaque as capacidades
físicas necessárias para a sua realização. Salto escolha do aluno, a partir do conteúdo desen-
volvido.
Busque fazer que os alunos relacionem, Capacidade(s) em geral, velocidade e força.
por analogia, as situações apresentadas no
filme com algumas situações do cotidiano. Corrida escolha do aluno, a partir do conteúdo de-
Quando houver possibilidade, use uma câme- senvolvido.
ra de vídeo para filmar os alunos realizando Capacidade(s) em geral, velocidade e resistência.
diferentes formas de corrida e saltos.
Ritmo escolha do aluno, a partir do conteúdo de-
Na impossibilidade de filmar, podem ser senvolvido.
aproveitados os vídeos da TV Escola sugeridos Capacidade(s) em geral, agilidade e resistência.

46
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

Desafio!

© Greg Ceo/Taxi/Getty Images


Observe as definições das capacidades físi-
cas e identifique, nas imagens a seguir, a capaci-
dade física predominante:
a) Agilidade: é a capacidade de executar mo-
vimentos rápidos com mudança de direção.
Por exemplo, as fintas nos esportes coletivos
e as coreografias na dança.
b) Flexibilidade: é a capacidade de realizar mo-
vimentos com amplitude adequada, como
nos alongamentos.
c) Força: é a capacidade de vencer uma resis- c) Na execução desse equilíbrio, a capaci-
tência por meio de ações musculares. dade predominante é: Flexibilidade.
d) Resistência: é a capacidade de permanecer o

© 2008 Thomas M. Barwick INC/Getty Images


maior tempo possível em uma atividade sem
fadiga, como nas corridas de longas distâncias.
e) Velocidade: esta você sabe, é a capacidade de
executar movimentos no menor tempo pos-
sível, como em uma corrida de curta distân-
cia em alta velocidade.
© Alan Thornton
/Stone/Getty Images

d) Nessa imagem, a capacidade predomi-


nante é: Agilidade.
© Alex Almeida/Folhapress

a) Nessa corrida, a capacidade predomi-


nante é: Velocidade.
© Patrik Giardino/Corbis/Latinstock

b) Na corrida que antecede o salto, a capa- e) Na meia maratona, a capacidade predo-


cidade predominante é: Velocidade. minante é: Resistência.

47
1. No salto em distância, após zados, a capacidade predominantemente
a corrida, no momento que an- utilizada é:
tecede a fase aérea, a capacida- a) agilidade.
de utilizada é: b) força.
a) agilidade. c) flexibilidade.
b) força. d) velocidade.
c) flexibilidade.
d) velocidade. 3. “Permanecer o maior tempo possível em
uma atividade sem fadiga” envolve predo-
2. Na chula (dança típica da região Sul), minantemente qual capacidade física?
que exige movimentos rápidos e sincroni- Resistência.

ATIVIDADE AVALIADORA

Solicite aos alunos que registrem em uma fi- os alunos, em grupos, discutirão os dados para,
cha individual as atividades de corridas e saltos em seguida, identificar exercícios que auxiliem
e também as atividades rítmicas realizadas, des- no desenvolvimento de determinadas capacida-
tacando as principais facilidades e dificuldades des físicas para as referidas atividades. Antes da
encontradas, em termos de desempenho físico, realização das atividades referentes aos temas
e sua relação com as capacidades físicas acio- “atletismo” e “atividade rítmica”, os grupos
nadas. De posse dessa ficha, e com seu auxílio, apresentarão aos colegas os exercícios criados.

PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO

Durante o percurso pelas Situações de f roteiro de estudos com perguntas elabora-


Aprendizagem, alguns alunos poderão não das por você, professor, para posterior en-
apreender os conteúdos da forma esperada. trega de material escrito;
É necessário, então, que novas Situações de f apreciação e análise de filmes ou documen-
Aprendizagem sejam propostas, permitindo
tários, orientadas por você;
ao aluno revisitar de outra maneira o processo.
Tais estratégias podem ser desenvolvidas du- f apreciação e registro, por parte do aluno,
rante as aulas ou em outros momentos, com to- dos próprios movimentos e também dos
dos os alunos ou apenas os que apresentaram colegas;
dificuldades. Podem ser realizadas individual- f pesquisa em sites da internet ou outras fon-
mente ou em pequenos grupos. Por exemplo: tes para posterior apresentação.

48
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1

RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR


E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
Livros ______. A ontologia da realidade. Belo Horizon-
te: UFMG, 2002. p. 82-87. Trata sobre o modo
BARBANTI, Valdir. Dicionário de Educação como a estrutura orgânica dos seres humanos
Física e esporte. 2. ed. São Paulo: Manole, 2003. está indissociada de suas possibilidades de
Apresenta definições e conceitos usuais a res- movimento.
peito das capacidades físicas na área de Edu-
cação Física e esporte. MATURANA, Humberto; VARELA, Francis-
co J. A deriva natural dos seres vivos. In:______.
CORSINO, Luciano N.; AUAD, Daniela. O A árvore do conhecimento: as bases biológicas da
professor diante das relações de gênero na Edu- compreensão humana. São Paulo: Palas Athe-
cação Física escolar. São Paulo: Cortez, 2012. na, 2005. p. 105-132. Analisa o processo evolu-
Apresenta e discute um conjunto de questões a tivo de constituição orgânica dos seres vivos,
respeito das relações de gênero que permeiam fazendo comparações com as capacidades de
o conteúdo educativo nas aulas de Educação movimentos dos seres humanos.
Física.
ULASOWICZ, Carla; LOMÔNACO, José
ELLIOT, Bruce; MESTER, Joachim (Eds.). F. B. Educação Física escolar e motivação: a
Treinamento no esporte: aplicando ciência no influência de um programa de ensino sobre a
treinamento. São Paulo: Phorte, 2000. Discute prática de atividades físicas. Curitiba: CRV,
conceitos como treinamento de força, treina- 2011. Aborda a importância de um progra-
mento da velocidade, flexibilidade, postura e ma de ensino voltado aos alunos na aula de
proporcionalidade no esporte. Educação Física, considerando os diferentes
sistemas do organismo humano e articulan-
MATURANA, Humberto. O determinis- do-os com diferentes manifestações da Cul-
mo estrutural e o acoplamento estrutural. In: tura de Movimento.

49
TEMA 4 – ESPORTE – MODALIDADE COLETIVA:
BASQUETEBOL

No Currículo de Educação Física, as moda- Em qualquer situação de prática esporti-


lidades esportivas coletivas são compreendidas va das modalidades coletivas, os jogadores
a partir da categoria esporte coletivo, que reúne sempre realizam um ou mais de um desses
o futsal, o handebol, o basquetebol, o voleibol, princípios. Uma vez com a posse de bola,
o futebol de campo, entre outros. De fato, em to- tentam progredir com ela, a fim de che-
das elas duas equipes disputam um implemento gar mais próximo do alvo adversário para
(a bola), criando táticas para levá-lo a um alvo tentar a marcação de ponto. Se estiverem
enquanto protegem o próprio alvo das investi- sem a posse da bola, tentam recuperá-la ao
das da equipe adversária. O voleibol, sem dúvi- mesmo tempo que procuram conter a apro-
da, apresenta algumas variações em relação ao ximação da equipe adversária, mantendo-a
alvo, à circulação de bola e à marcação, e tam- longe do seu alvo.
bém será tratado na 6a série/7o ano.
A vantagem de trabalhar com o esporte
Claude Bayer, estudioso da pedagogia do coletivo a partir dessa perspectiva é, em pri-
esporte, sistematizou a ideia do esporte coletivo a meiro lugar, evitar a especialização precoce
partir de suas invariantes, afirmando que todas têm em uma modalidade esportiva, buscando
a mesma estrutura. Todas as modalidades coletivas o conhecimento da estrutura de todas elas.
têm uma bola (ou implemento similar), um alvo Em segundo lugar, essa perspectiva estimula
a atacar e um alvo a defender, companheiros de os praticantes a compreenderem a dinâmi-
equipe, adversários etc. A partir das invariantes, ca tática desse tipo de esporte, procurando
o autor definiu seis princípios operacionais do ações mais inteligentes para a solução das
esporte coletivo, sendo três de ataque e três de situações-problema que constantemente sur-
defesa (BAYER, 1994). São eles: gem no jogo.

Em situação de ataque: O objetivo da Educação Física escolar


não é fazer que os alunos pratiquem uma
1. conservação da posse de bola; modalidade esportiva com virtuosismo, mas
proporcionar o conhecimento de várias mo-
2. progressão da bola e da equipe em dire- dalidades e a capacidade de praticá-las nas
ção ao alvo adversário; aulas e também nos momentos de lazer du-
rante toda a vida. Além disso, o melhor conhe-
3. finalização em direção ao alvo. cimento do esporte permitirá ao aluno assistir
e compreender criticamente a transmissão es-
Em situação de defesa: portiva pelos veículos midiáticos.

1. recuperação da posse de bola; Assim, nessa abordagem, a técnica não


se restringe somente à execução perfeita de
2. contenção da bola e da equipe adversá- um movimento específico para o jogo, mas
ria em direção ao próprio alvo; se amplia ao conjunto dos modos de fazer
necessários para sua prática; e a tática não
3. proteção do alvo. se reduz ao sistema de jogo definido pelo

50
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 1

professor, mas inclui as razões do fazer, que chegar mais próximo ao alvo adversário, os
orientam as ações que a própria situação praticantes devem criar ações de circulação de
exige. A técnica não existe sem a tática e vice- bola, a fim de que esta chegue rapidamente ao
-versa. O que deve ser feito em uma situação de ataque, além de tentar, com essa circulação,
jogo (a técnica) é demandado pelas exigências confundir a marcação da defesa adversária.
da situação (a tática).
Para fazer a bola circular de maneira rápida e
Tradicionalmente, o basquetebol, por exem- objetiva, os jogadores também precisam de uma
plo, foi ensinado a partir de seus elementos movimentação inteligente, não somente em di-
técnicos, também chamados de fundamentos do reção à bola, mas prevendo onde ela estará nas
jogo: o drible, o passe, a bandeja, o arremesso, jogadas seguintes. Essa lógica serve para quase
o jump etc. O voleibol se resumia à reunião todas as modalidades coletivas, tanto aquelas
dos fundamentos: toque, manchete, cortada, mais tradicionais, como futsal, futebol de cam-
bloqueio, saque. O futsal era dividido em recep- po, basquetebol e handebol, como as menos
ção, passe, drible, chute etc. Uma modalidade praticadas no Brasil, como rúgbi, futebol ame-
esportiva era fragmentada em elementos técni- ricano, hóquei, polo aquático e outras.
cos e o seu ensino seguia hierarquicamente as
partes do jogo, que deveriam ser reunidas ao Ao professor cabe criar situações de com-
final do processo. plexidade crescente, que estimularão ações
inteligentes por parte dos alunos. Para Júlio
A dimensão técnica é necessária para se Garganta, outro estudioso do esporte coleti-
praticar uma modalidade esportiva, mas vo, uma metodologia efetiva deve trabalhar
não é suficiente. A questão principal não é com as unidades funcionais das modalidades
realizar de forma padronizada um arremesso coletivas e não com os fundamentos técnicos
com precisão à cesta, um chute forte em direção isolados, que muitas vezes perdem a lógica fi-
ao gol ou uma cortada no voleibol, objetivos nal do jogo pretendido. Essas unidades devem
que a prática repetitiva pode oferecer, posterior- garantir sempre a dinâmica do jogo ou, em
mente, para aqueles alunos interessados. O mais outros termos, a dimensão técnica indisso-
importante é saber para que, quando e como ciada da dimensão tática. Tais unidades são
executar determinada ação com maior probabi- especificadas em níveis de relação de comple-
lidade de êxito, uma vez que nas modalidades xidade crescente (GARGANTA, 1995):
esportivas coletivas há situações imprevisíveis e
são necessárias constantes adaptações. 1. eu-bola;

Portanto, cabe à Educação Física estimu- 2. eu-bola-alvo;


lar os alunos a compreender a dinâmica tática
do esporte coletivo, sabendo, numa situação 3. eu-bola-adversário-alvo.
real de jogo, qual a melhor tática tanto em ter-
mos individuais como coletivos. A esses três níveis básicos de relação são
acrescidas outras variáveis, como o número
Para realizar com êxito os princípios ope- de companheiros em cada situação, o número
racionais do esporte coletivo, Claude Bayer de adversários, a possibilidade de o alvo ser
(1994) define as regras de ação, ou seja, as isolado em algumas situações, a alternativa
ações específicas necessárias para a consecu- de restrição de espaços etc., gerando várias
ção de determinados objetivos. Por exemplo: Situações de Aprendizagem, conforme serão
a fim de fazer a bola progredir ao ataque, para exemplificadas adiante.

51
© Elza Fiuza/ABr

Figura 19 – Jovens jogando basquetebol de rua.

52
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 1

Para Garganta, são quatro as fases de de- ses do desenvolvimento motor, mas aos ní-
senvolvimento do jogo que devem nortear o veis de compreensão do jogo. Dessa forma,
processo de aprendizagem dos alunos em rela- pode haver grupos de crianças e de jovens
ção ao esporte coletivo: adolescentes que já conseguem praticar o
esporte de forma mais elaborada e adultos
(1) anárquica; ainda presos a formas anárquicas de prática
(2) descentração; (GARGANTA, 1998 apud SILVA; ROSE
(3) estruturação; e JUNIOR, 2005).

(4) elaboração. A intenção do trabalho desenvolvido ao


longo do Ensino Fundamental e durante o En-
Essa classificação não depende somente sino Médio é levar os alunos a compreender,
do nível técnico dos praticantes, mas de três cada vez melhor, o esporte coletivo, pratican-
variáveis indissociáveis, a saber: do-o de forma elaborada. Como os alunos,
desde a 5a série/6o ano, mantêm contato com
a) a comunicação entre os jogadores; o esporte coletivo nessa perspectiva, espera-se
b) a estruturação no espaço de jogo; que estejam deixando a fase do jogo anárqui-
co e buscando alcançar formas mais descen-
c) a relação com a bola. tradas de prática.
Assim, a forma mais simples de jogo é a
anárquica, em que os praticantes se agluti- O basquetebol
nam em torno da bola, não utilizam adequa-
damente os espaços da quadra ou do campo, O basquetebol é uma das mais anti-
movimentam-se somente em torno da bola gas modalidades coletivas praticadas no
e comunicam-se, prioritariamente, de forma Brasil. Criada em 1891 pelo professor James
verbal para solicitar a bola. A intenção é que Naismith, na Associação Cristã de Moços
os alunos possam avançar nas fases do jogo, (ACM), nos Estados Unidos, a modalida-
compreendendo melhor suas características de foi incluída nos Jogos Olímpicos de 1936,
e executando ações mais inteligentes (GAR- em Berlim, entre os homens, e de 1976, em
GANTA, 1995). Montreal, entre as mulheres. No Brasil sua
prática teve início em 1896, no Colégio
A forma mais elaborada de jogo prevê Mackenzie de São Paulo. Estima-se que haja,
praticantes com melhor relação com a bola, aproximadamente, 300 milhões de pratican-
os quais, mesmo sem a posse dela, se movi- tes do basquetebol espalhados por mais de
mentam taticamente pelo espaço de jogo, 170 países.
antecipando os passes e tentando se deslocar
para onde a bola deverá ir, sem tanta neces- O Brasil sempre manteve equipes em nível
sidade da linguagem verbal quando se trata competitivo, tendo obtido o título mundial mas-
de pedir a bola. Há uma comunicação e uma culino por duas vezes, em 1959 e 1963. No femi-
movimentação inteligente não só de jogador nino, obteve o título mundial em 1994. O país
para jogador, mas no grupo como um todo. até hoje não alcançou a medalha de ouro nos Jo-
gos Olímpicos, tendo conquistado o bronze por
É importante ressaltar que as quatro três vezes com a equipe masculina (1948, 1960 e
fases do jogo, de acordo com Garganta, não 1964) e a prata e o bronze com a equipe femini-
estão condicionadas a faixas etárias ou fa- na, respectivamente em 1996 e 2000.

53
Nas aulas de Educação Física, o ensino co entre os jogadores, tornam o jogo mui-
do basquetebol deve ocorrer de modo que to veloz e preciso, o que exige domínio do
os alunos consigam resolver as situações corpo e rápidas decisões táticas por parte
desafiadoras que esse esporte apresenta. de seus praticantes.
O fato de a cesta (aro) estar localizada em
ponto muito alto para o aluno (3,05 m) e o Contudo, o ensino não pode ficar restri-
diâmetro do aro ser reduzido (45 cm) cria to às especificidades técnicas e táticas, mas
características especiais nessa modalidade estimular os alunos a identificar os significa-
esportiva. Além disso, as dimensões relati- dos do Se-Movimentar relativos a essa mo-
vamente reduzidas da quadra e o pequeno dalidade esportiva. É essa a dimensão que
número de participantes em cada equipe será dada ao esporte coletivo nas aulas de
(cinco), aliados à restrição ao contato físi- Educação Física deste semestre.

Possibilidades interdisciplinares

Professor, o tema esporte poderá ser desenvolvido de modo integrado com as disciplinas
de História, Geografia, Arte, Língua Portuguesa e Língua Estrangeira, na medida em que
envolve conteúdos relacionados às manifestações culturais de diferentes contextos, regiões
e épocas. Converse com os professores responsáveis por essas disciplinas em sua escola.
Essa iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos de forma mais global e integrada
pelos alunos.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 9
INICIANDO A SISTEMATIZAÇÃO DO BASQUETEBOL

Pretende-se considerar, inicialmente, as ca em algum clube ou centro esportivo ou pelas


formas pelas quais os alunos se apropriam do adaptações do jogo nas ruas e nos espaços de
conhecimento a respeito dessa modalidade lazer. A partir daí, deve-se iniciar a sistematização
esportiva em seu cotidiano, uma vez que eles pos- do jogo de basquetebol, por meio de informações
suem algum conhecimento sobre o basquetebol, históricas sobre as regras específicas da modali-
seja pela mídia, seja pela oportunidade de práti- dade e sobre a lógica tática do jogo.

Conteúdo e temas: principais regras do basquetebol; processo histórico do basquetebol.


Competências e habilidades: compreender as principais regras e o processo histórico da modali-
dade esportiva basquetebol; identificar a dinâmica básica do basquetebol como esporte coletivo.
Sugestão de recursos: bolas de basquetebol; filmadora; aparelho de reprodução de DVDs; tele-
visão; computador.

54
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 1

© 2008 Thomas M. Barwick INC/Getty Images


Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 9
Professor, antes de iniciar a Etapa 1,
você pode trabalhar as atividades a
seguir. Assim, os alunos poderão
resgatar alguns conhecimentos pré-
vios, o que auxiliará no desenvolvimento desta
Situação de Aprendizagem.

Neste volume, você vai ter contato com um


esporte muito popular nos Estados Unidos
e muito apreciado e praticado também pelos
brasileiros: o basquetebol, comumente cha-
mado de basquete. Essa popularidade entre os

© Wilson Dias/ABr
estadunidenses talvez se deva à origem da mo-
dalidade. O inverno em Massachusetts (EUA)
é muito rigoroso, havia dificuldade para prati-
car esportes ao ar livre com aquela neve toda.
Assim, em 1891, o diretor do Springfield Col-
lege, da ACM (Associação Cristã de Moços),
convocou o professor James Naismith para
que criasse algum tipo de jogo, sem violência,
que os alunos pudessem praticar tanto no in-
verno quanto no verão.

Naismith determinou que o jogo deveria 1. Nas duas imagens, temos um jogo de bas-
ser praticado com as mãos e ter um alvo quete. Qual a diferença entre elas?
fixo, mas não no chão, porque outros es- Na primeira imagem trata-se do basquete de rua (street ball)
portes, como o futebol, já possuíam essa e na segunda imagem, de um jogo de basquete oficial.
característica. Foi então que ele teve a
ideia de colocar o alvo em um lugar alto, o 2. Por que esse esporte recebeu o nome de
que dificultaria o trabalho dos jogadores basquete?
de defesa para impedir a bola de atingi-lo. Por causa dos cestos (basket) utilizados como alvo inicial-
O professor Naismith pediu a um funcioná- mente. Bola ao cesto ou bola na cesta, basketball.
rio do colégio duas caixas, que serviriam de
alvo. O funcionário voltou com dois cestos 3. Cite pelo menos três movimentos próprios
(basket, em inglês) e fixou-os nas pilastras do basquete.
do ginásio, a uma distância de 3,05 metros Resposta pessoal. Depende das vivências com o basquete
do chão, medida oficial da altura do aro dentro e fora da escola
até hoje!
4. Estes são alguns dos recordes que o ex-
Mas vamos ver o que você conhece sobre -jogador da seleção brasileira conhecido
basquete: como Mão Santa detém:

55
f Maior número de Jogos Olímpicos: 5 2 pontos: dentro da linha dos 3 pontos;
f Mais pontos nos Jogos Olímpicos: 1 093 3 pontos: fora da linha dos 3 pontos.
f Maior número de vezes cestinha em Jo-
gos Olímpicos: 3 2. Desenhe os lugares da quadra nos quais
f Mais cestas de 3 pontos, 2 pontos e lan- são convertidas as cestas de 1, 2 e 3 pontos.
ces livres em Jogos Olímpicos
f Mais minutos jogados em Jogos Olímpicos

© Leopércio de Oliveira Guimarães


f Mais pontos totais em Campeonatos
Mundiais: 893

Além disso, ele também é membro do Hall


of Fame (Salão da Fama) do Basquetebol.

Quem é esse jogador?


Oscar Schmidt.

5. Qual a duração de um jogo de basquete


oficial?
Dois tempos de 20 minutos, assim divididos: 1º tempo – 1º
período (10 minutos), 2 minutos de intervalo, 2º período (10
minutos). Intervalo de 15 minutos seguido do 2º tempo, que
repete a forma do 1º.

Apresentaremos a representação
da quadra de basquete com as li-
nhas e medidas oficiais para com-
petições internacionais. Se você já
assistiu a alguma partida dessa modalidade ou
2
jogou com alguém que conhece as regras, já sabe
que durante o jogo pode-se converter cestas de
1, 2 ou 3 pontos. Pesquise em sites e livros ou
pergunte a algum jogador conhecido:
3

1. Em que situação a cesta vale 1, 2 ou 3


pontos?
1 ponto: lance livre;

56
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 1

© Leopércio de Oliveira Guimarães


Comprimento: 28 metros
Largura: 15 metros

Linha de
0,05 m

Linha de
lance livre
Linha lateral

Círculo central

Linha de 3 pontos

Área de
lance livre

Linha de fundo

As federações nacionais podem permitir que as competições sejam realizadas em quadras com
dimensões antigas, de 26 metros de comprimento por 14 metros de largura. A quadra da sua escola,
provavelmente, tem essas dimensões.

57
Etapa 1 – O basquetebol possível adquirido, enfatizando que todos poderão
jogar melhor se compreenderem a dinâmica
Forme equipes de cinco alunos e coloque-as tática do jogo. Se os jogos da etapa anterior
em situação de jogo. Deixe os alunos à von- tiverem sido filmados, será possível analisar
tade para jogar o basquetebol como sabem, em sala os jogos da turma. Também existe a
sem interferir na maneira de jogar. Nos opção de analisar algum jogo veiculado pela
jogos seguintes, procure apontar as princi- televisão. Veja alguns exemplos de pergun-
pais regras do basquetebol, destacando as tas a serem propostas à turma:
infrações, as reposições de bola em jogo,
as cobranças de faltas, os espaços e seus li- f Qual a movimentação realizada pelos joga-
mites, as regras de movimentação etc. Se a dores?
escola oferecer recursos de filmagem, procu- f Todos se aglutinaram em torno da bola? O
re filmar trechos desses primeiros jogos para que poderia ter sido feito para otimizar a cir-
posterior análise com os alunos. culação da bola?
f Quais as opções utilizadas pelas equipes na
Etapa 2 – Iniciando a sistematização defesa?
f E no ataque? O que seria necessário para o
Inicie uma conversa com os alunos expli- grupo praticar o basquetebol de forma tati-
cando o processo histórico do basquetebol, camente mais inteligente?
suas principais regras e a lógica que orienta
a dinâmica de jogo. Nesse momento, é im- Etapa 3 – Qualificando o jogo
portante que os jogos praticados na etapa
anterior sejam analisados taticamente pelos Após a análise tática, proponha novas
próprios alunos. Mais do que saber qual situações de jogos de basquetebol. Observe
equipe ganhou, quem marcou mais cestas se os alunos buscam realizar as recomen-
ou quem arremessou com mais precisão, é dações feitas na etapa anterior quanto à
importante discutir com o grupo a movi- movimentação individual e coletiva, circu-
mentação individual e coletiva, a intenção lação de bola, ocupação dos espaços etc.
em cada jogada, a circulação de bola, a Procure interromper o jogo sempre que ne-
ocupação dos espaços da quadra, a comuni- cessário, a fim de mostrar aos alunos seu
cação entre os jogadores etc. Procure fazer posicionamento e o da equipe adversária,
que os alunos percebam essa modalida- além de pontuar as principais regras da mo-
de esportiva como um conhecimento a ser dalidade.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 10
A DESCONSTRUÇÃO E A RECONSTRUÇÃO DO BASQUETEBOL
Pretende-se uma “desconstrução” do ocorrerá a reconstrução do basquetebol,
basquetebol a fim de realizar situações re- inicialmente através de níveis de relação, de
duzidas tanto em termos do número de forma orientada, respeitando o princípio da
praticantes como em relação aos espaços do complexidade crescente e mantendo a lógi-
jogo. A partir dessas situações reduzidas, ca final do jogo.

58
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 1

Conteúdo e temas: princípios técnico-táticos do basquetebol.


Competências e habilidades: identificar e aplicar em situações-problema os princípios técnico-
-táticos do basquetebol; compreender a dinâmica tática do basquetebol; valorizar o conhe-
cimento dos sistemas de jogo e táticas como fator importante para a prática do basquetebol.
Sugestão de recursos: bolas de basquetebol; filmadora; aparelho de reprodução de DVDs;
televisão ou computador.

Desenvolvimento da Situação de Etapa 3 – Eu-bola-alvo


Aprendizagem 10
Neste momento, a intenção é levar a bola,
Etapa 1 – Eu-bola individualmente, em direção ao alvo: a ces-
ta do basquetebol. Várias atividades de con-
Nesta etapa, procure familiarizar o aluno trole de bola podem ser utilizadas agora,
com a bola de basquetebol. Inicialmente, po- juntando-se com a finalização em direção à
dem ser utilizadas bolas de diferentes tamanhos cesta. Exemplos: arremessar a bola estatica-
e pesos. Posteriormente, as atividades devem ser mente a partir de diferentes distâncias e po-
executadas com bolas de basquetebol. Realize sições, condução de bola com finalização em
atividades de manuseio, condução, recepção e direção à cesta, fazer arremessos à cesta ao
passes. O importante é que os alunos percebam receber a bola etc.
a necessidade de dominar a bola, por meio de
várias ações, sem impor uma forma única de Etapa 4 – Eu-bola-colega(s)-alvo
recepção ou de passe. Essas atividades de do-
mínio de bola podem ser realizadas no início Embora neste nível de relação ainda
de várias aulas, servindo também como aque- não haja ênfase na marcação por parte dos
cimento para outras atividades. jogadores adversários, já é possível a estru-
turação de situações de ataque com finali-
Etapa 2 – Eu-bola-colega(s) zação. Alguns exemplos possíveis:

Neste momento, a intenção é o controle co- f dois, três ou mais alunos em deslocamento,
letivo de bola com um colega (duplas) e com trocando passes e arremessando à cesta;
grupos maiores (trios, quartetos, quintetos). f a mesma atividade descrita no item anterior,
A preocupação ainda não deve ser a conse- agora com um número de passes predefinido
cução da cesta ou a marcação dos jogadores antes do arremesso. Por exemplo: a equipe
adversários, mas a movimentação coletiva do deve efetuar cinco passes antes de finalizar;
grupo com a bola. Várias atividades podem f as mesmas atividades anteriores, porém fi-
ser feitas com esse objetivo: trocas de pas- nalizando a partir de locais predefinidos.
ses em duplas ou trios, trocas de passes com Por exemplo: dentro e fora do garrafão, nas
distâncias variadas, trocas de passes fazendo a laterais, próximo à linha de três pontos etc.
bola tocar o solo, deslocamentos em duplas ou f dois alunos em deslocamento passando
trios trocando passe, troca de passe em grupo a um pivô, que lança a bola para um dos
utilizando mais de uma bola, lançamentos etc. dois finalizar.

59
Etapa 5 – Eu-bola-colega(s)-adversário(s) completo, com ações coletivas de ataque e
defesa. Porém, podem ser desencadeadas
Neste nível de relação, propositalmente, situações com alvos diferentes da meta
não será enfatizada a presença de alvo, a fim tradicional, a fim de estimular as ações de
de estimular os alunos a vivenciar situações ataque e defesa fora da situação normal e
de controle de bola (individual e coletiva- fazer que os alunos atentem, nos dois casos,
mente) com confronto, sem necessariamente para ações cooperativas. Pode-se delimitar
finalizar. O importante, nesse momento, é alguns espaços de circulação tanto para o
que os alunos desenvolvam ações cooperati- ataque como para a defesa. Pode-se tam-
vas de cobertura quando estiverem na defe- bém impedir que os alunos arremessem de
sa, para otimizar a marcação, e criem linhas longa distância neste momento, a fim de es-
de passe para gerar mais opções de jogo timular as ações de todos. Outra sugestão é
quando estiverem no ataque. Pode ser varia- que as tentativas de marcação de ponto só
da a composição dos grupos, desde a forma- possam ser executadas dentro do garrafão.
ção em duplas até grupos maiores. Também Alguns exemplos:
pode haver desequilíbrio entre o número de
atacantes e defensores, ora priorizando o f os alunos são divididos em trios: um trio
ataque (situação de 2 × 1 ou de 3 × 2), ora ficará na situação de defesa e outro, na de
priorizando a defesa (situação de 1 × 2 ou de ataque. Haverá três alvos: acertando na
2 × 3). Alguns exemplos: tabela de basquetebol, marca-se um ponto;
no aro, dois pontos; na cesta, três pontos.
f dois alunos devem conduzir a bola ao longo O trio de ataque tentará atingir um dos
da quadra, sendo marcados por outros dois alvos, enquanto o de defesa tentará impe-
alunos. Cada vez que a bola chegar à linha dir, ao mesmo tempo que tentará roubar a
de fundo, a dupla marca um ponto. Pode bola do trio atacante, momento em que as
ser feito também em trios ou quartetos. situações serão invertidas. Pode-se colocar
Pode haver desequilíbrio entre atacantes e como regra que os arremessos devam ser
defensores – por exemplo, dois alunos con- feitos dentro do garrafão, a fim de possi-
duzem a bola e apenas um marca; bilitar mais ações coletivas. Esta mesma
f duas equipes de quatro alunos cada, num atividade pode ser feita com diferentes
espaço delimitado, disputando uma bola, composições;
com o objetivo de trocarem passes. Cada f situação de ataque e defesa na meia quadra
vez que uma equipe alcançar cinco passes de basquetebol, com diferentes composi-
consecutivos, marca-se um ponto para a ções (2 × 1, 2 × 2, 3 × 2, 2 × 3).
equipe. Para dificultar as ações, pode-se
impedir o retorno do passe ao jogador Etapa 7 – Jogos reduzidos
que passou por último ou o deslocamento
do jogador que está de posse da bola. Nesta etapa são realizados jogos reduzidos
de basquetebol em meia quadra, partindo
Etapa 6 – Eu-bola-colega(s)- da composição 3 × 3, 4 × 3, 3 × 4 e 4 × 4.
-adversário(s)-alvo Os jogos reduzidos são excelentes oportu-
nidades para os alunos compreenderem as
Esta etapa é similar à anterior, porém, agora demandas táticas e as exigências técnicas
existe o alvo a ser alcançado pela equipe ata- do jogo, uma vez que ocorrem em situações
cante e protegido pela equipe defensora. Na simplificadas, porém muito próximas da si-
verdade, este nível de relação reproduz o jogo tuação real de jogo. Procure interromper o

60
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 1

jogo sempre que necessário, chamando a Professor, agora é hora de retomar


atenção dos alunos para o próprio posicio- o Caderno do Aluno, proponha as
namento e o de seus companheiros e adver- seguintes atividades.
sários, para enfatizar as regras do basque-
tebol. Neste momento, também é preciso Você deve ter vivenciado alguma situa-
mostrar aos alunos variações táticas de po- ção de jogo no decorrer das aulas. É comum,
sicionamento de defesa e ataque. quando ainda não se compreendem os princí-
pios táticos de uma modalidade, que os joga-
Após a realização de várias situações dores (quase todos ou todos) se desloquem em
reduzidas, realize alguns jogos com equi- direção à bola. Pense em um jogo de futebol:
pes completas, utilizando a quadra toda. os 22 jogadores se deslocam em direção à bola
Explique os sistemas de jogo e converse com ou há um princípio tático que os faz progredir,
os alunos sobre as possibilidades de cada coletivamente, em espaços determinados em
jogada. Se possível, filme alguns jogos dos relação ao objetivo, nesse caso, o gol?
grupos; ao assisti-los, posteriormente, com
os alunos, permita que eles comentem as si- Observe um exemplo de posicionamento e
tuações vivenciadas. a função dos jogadores no basquete durante
uma situação de ataque/ofensiva:

© Leopércio de Oliveira Guimarães


Pivô Pivô

Ala Ala

Armador

Armador – posição 1;
Ala à direita – posição 2;
Ala à esquerda – posição 3;
Pivô à direita – posição 4;
Pivô à esquerda – posição 5.

61
Armador (Posição 1): geralmente é o joga- Pivô (Posição 4): geralmente tem caracte-
dor de menor estatura da equipe, mas também rísticas tanto do jogador da posição 3 quanto
o mais habilidoso; os armadores costumam da posição 5. O jogador no 4 tembém é cha-
ser bons arremessadores de longa distância. mado de “ala-pivô” ou “ala de força”.
Atualmente, cada posição é identificada por
um número e o armador é quem joga na po- Pivôs (Posição 5): são os mais altos da
sição no 1. equipe; devem dominar os rebotes e conver-
ter as cestas dentro da área pintada, também
Ala (Posição 2): geralmente tem característi- chamada área restritiva, tradicionalmente
cas dos jogadores das posições 1 e 3. O jogador chamada de “garrafão”.
no 2 também é chamado de “ala-armador” ou
“armador-arremessador”. Essa é a estrutura básica dessa modali-
dade e, ao longo das séries/anos, você vai se
Alas (Posição 3): são bons arremessadores familiarizar com ela. Baseado nas aulas de
de média e longa distância, além de bons in- Educação Física e nas informações deste Ca-
filtradores. São, geralmente, mais altos do que derno, responda:
os armadores.

1. Em que momento do jogo observa-se, geralmente, este posicionamento?


© Leopércio de Oliveira Guimarães

Apenas no início do jogo, ou seja, no início do 1º período do 1º tempo, depois a posse de bola é alternada.

62
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 1

2. Na imagem a seguir, você pode observar diferentes posicionamentos na quadra no momento do ar-
remesso. Se esses arremessos forem convertidos, valerão a mesma quantidade de pontos? Explique.

© Leopércio de Oliveira Guimarães


C

Não. Fora da linha dos 3 pontos vale 3 pontos (A), no lance livre vale 1 ponto (B) e dentro da linha dos 3 pontos (C) 2 pontos.

Você sabia?
Que drible é diferente de finta? Finta é quando você dá aquele “olé” no adversário, ou seja, quando
faz um movimento de corpo que engana o defensor. Drible é o ato de progredir, em geral, em direção
ao alvo, quicando a bola.
© Ryan McVay/All Concepts/Getty Images

© Ron Chapple/Taxi/Getty Images

Figuras 20 e 21.

63
abaixo da linha da cintura, não olhe para
Desafio!
a bola enquanto se desloca e realize o con-
Observe a imagem e responda: trole de bola com os dedos e não com a
palma da mão. Que movimento é esse?
© Jim Cummins/Taxi/Getty Images

Drible.

2. Esse movimento se inicia quando o jogador


segura a bola com as duas mãos. Ao passar a
bola, ele faz que ela quique pelo menos uma
vez no chão, antes de chegar ao colega. Que
movimento é esse?
Passe picado ou quicado.

3. Nas situações de jogo, aos poucos, viven-


ciamos as regras. Você sabe o que signifi-
cam os seguintes gestos feitos pelo árbitro?

© Conexão Editorial
a)

Figura 22 – Disputa de bola.

Nesta disputa de bola, as jogadoras estão


realizando: Sobrepasso ou “andou”.
a) lance livre.
b) drible. b)
© Conexão Editorial

c) rebote defensivo ou ofensivo.


d) passe de peito.

Nas aulas de Educação Física,


além de começar a compreen-
der a movimentação, você vi-
venciou alguns gestos esporti-
vos próprios do basquete. Vamos ver se você
os identifica?
Posse de bola indefinida ou bola “presa” (não há mais bola
ao alto no basquete após o início do jogo). As situações de
1. Nesse primeiro movimento, é desejável que bola “presa” são resolvidas, conforme as regras atuais, com a
você mantenha a cabeça erguida e a bola alternância da posse de bola.

64
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 1

Professor, leia agora com a classe a diretamente ligado às Situações de Aprendi-


seção “Aprendendo a aprender” do zagem. Caso haja necessidade, você pode con-
Caderno do Aluno. Procure mostrar textualizar a informação utilizando-se de seus
aos seus alunos que se trata de um próprios conhecimentos.
texto com informações extras e que não está

Além dos conteúdos vivenciados em desses anticorpos cria uma “memória” de


aula, o Caderno do Aluno apresentará dicas defesa. Assim, se entrarmos novamente
de alimentação e postura para você e toda em contato com os agentes causadores
a sua família. Dessa maneira, você poderá dessa doença, nosso corpo vai atacar e
contribuir para a saúde de todos. No início destruir esses invasores mais rapidamente;
deste volume a nossa dica foi sobre postura; f ajudam na construção e no crescimen-
agora, chegou a hora de você observar se to de nossas células. Durante a infân-
seus hábitos alimentares estão corretos. cia e a adolescência, precisamos comer
proteínas, pois, a cada dia, estamos
Proteína: o nutriente que constrói crescendo e construindo novos tecidos
(como pele, músculos, órgãos, ossos,
© R-P/Kino

tendões, ligamentos, cabelos e unhas);


f ajudam na troca das células desgas-
tadas. As células do nosso organismo
são substituídas de tempos em tempos.
Em nosso intestino, por exemplo, as
células crescem, vivem e morrem em
apenas três dias. Após esse período, fa-
bricamos milhões de células novinhas,
que vão durar mais três dias e depois
precisarão ser substituídas novamente.
Figura 23– Algumas fontes de proteína.
Além dessas e de outras ações, as prote-
Você se lembra quando foi a última vez ínas também levam nutrientes de um lugar
que ficou doente? Certamente, nessa ocasião, para outro e nos dão energia.
as proteínas de seu organismo tiveram um pa-
pel fundamental na sua recuperação. Vamos Onde podemos encontrar proteínas?
conhecer essa e outras funções das proteínas:
Nos alimentos de origem animal. Eles
f ajudam na defesa do organismo contra nos dão as proteínas de melhor qualida-
doenças. Quando alguma substância es- de, também conhecidas como proteínas
tranha invade o corpo, nosso sistema completas. Comendo carnes, aves, peixes,
de defesa (também chamado de sistema ovos, leite e derivados, podemos conseguir
imunológico) começa a fabricar anticor- a maior parte das proteínas de que precisa-
pos para nos proteger. Esses anticorpos mos todos os dias.
são produzidos, especialmente, para com-
bater e expulsar as partículas estranhas, A família dos feijões, também chamada
ou seja, aquelas que não pertencem ao de leguminosas (feijão, soja, ervilha, lenti-
nosso organismo. Além disso, a produção lha, vagem, grão-de-bico), contém proteína

65
de boa qualidade e em quantidade maior f as leguminosas (feijão, vagem, soja, grão-
do que a encontrada em qualquer outro ali- -de-bico, ervilha, lentilha) possuem mais
mento de origem vegetal. proteínas do que qualquer outro alimento
de origem vegetal e de boa qualidade.
Por dia, devemos comer uma porção
de carnes, aves, peixes ou ovos. Quanto Para refletir
é isso? Uma fatia (bife) de carne ou uma
coxa grande de frango ou um filé de peixe 1. Quais são os alimentos de origem ani-
ou dois ovos. mal presentes em sua alimentação?
Resposta pessoal.
Devemos comer três porções ao dia de
leite e derivados. Uma porção é um copo 2. Quantas vezes por semana você
grande de leite (240 ml), ou um pote de come peixe?
iogurte (140 g), ou uma colher e meia (de Resposta pessoal.
sopa) de requeijão, ou três fatias de muça-
rela, ou uma fatia média de queijo branco. 3. Qual desses alimentos você acha que
tem mais proteína? Uma concha de
Agora você já sabe: feijão, um ovo ou uma fatia de queijo
branco?
f os alimentos de origem animal, como Resposta pessoal.
carnes, aves, peixes, ovos, leite e deriva-
dos, são as melhores fontes de proteínas;
© R-P/Kino

© Fernando Favoretto
© Jacek/Kino

Figuras 24 a 26 – Fontes de proteína.

Curiosidade!
Você sabia que, quando nossa alimentação está carente de proteínas, os primeiros sintomas no
corpo são: cabelos secos e fracos, pele ressecada e enrugada, unhas fracas e quebradiças? Isso acontece
porque, em uma situação de carência, nosso organismo se esforça para “economizar” proteína. Ele re-
tira esse nutriente dessas funções menos importantes para usar naquelas que são, realmente, essenciais
para nossa sobrevivência.

66
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 1

ATIVIDADE AVALIADORA

Proponha situações encontradas nos jogos e faltasse pouco tempo para o término
de basquetebol, apresentadas como problemas da partida?
a serem discutidos, vivenciados e solucionados f Qual é a melhor estratégia para uma equipe
pelos alunos (divididos em grupos de cinco), de basquetebol realizar um contra-ataque,
por escrito ou mediante demonstração na aproveitando sua superioridade numérica
quadra. Com isso, será possível avaliar, ini- de jogadores?
cialmente, a capacidade dos alunos de pensar f Como deveria se comportar uma equipe de
taticamente o jogo de basquetebol e, posterior- basquetebol que estivesse defendendo com
mente, realizar na quadra as ações pensadas. desvantagem numérica de jogadores?
Não valorize a realização em termos de execu-
ção perfeita das ações específicas do jogo ou Ao final de cada situação de jogo pro-
se a ação proposta culminou na consecução posta, discuta com os alunos as alternativas
de ponto. Avalie a compreensão, por parte dos apresentadas pelas equipes e realize as cor-
alunos, da situação de jogo proposta e das ini- reções necessárias. É importante garantir
ciativas para solucioná-la. Alguns exemplos: que os alunos atentem para a organização
tática coletiva, em vez de recorrerem às
f Como uma equipe de basquetebol deveria iniciativas individuais para a solução das
se comportar se estivesse perdendo o jogo situações propostas.

PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO

Durante o percurso pelas Situações de f roteiro de estudos com perguntas nortea-


Aprendizagem, alguns alunos poderão não doras elaboradas por você, para posterior
apreender os conteúdos e desenvolver as apresentação em registro escrito;
habilidades da forma esperada. É necessário, f resolução de situações-problema não con-
então, que novas Situações de Aprendiza- templadas na Atividade Avaliadora, re-
gem sejam propostas, permitindo ao aluno ferentes aos processos técnico-táticos do
revisitar de outra maneira o processo. Tais basquetebol;
estratégias podem ser desenvolvidas durante f atividade-síntese de um determinado con-
as aulas ou em outros momentos, envolver teúdo, em que as várias atividades sejam
todos os alunos ou apenas aqueles que apre- refeitas numa única aula e discutidas pos-
sentaram dificuldades. Podem ser desenvolvi- teriormente. Por exemplo: circuito que
das individualmente ou em pequenos grupos. contemple diferentes preceitos e sistemas
Por exemplo: táticos da modalidade em questão.

67
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
Livros Didática da Educação Física 2. 2. ed. Ijuí:
Unijuí, 2004. p. 53-97. Os autores discutem
ASSIS, Sávio. Reinventando o esporte: possi- as implicações de uma possível transforma-
bilidades da prática pedagógica. Campinas: ção do esporte no âmbito da Educação Física
Autores Associados, 2001. Aborda as possi- escolar. Propõem ações pedagógicas na pers-
bilidades de inserção do esporte no contexto pectiva da totalidade técnica, interativa e
escolar, sem perder de vista os condicionan- comunicativa, consideradas necessárias para
tes sociais e históricos que caracterizam esse que os alunos aprendam o esporte com auto-
conteúdo. nomia e competência.

BAYER, Claude. O ensino dos desportos ROSE JUNIOR, Dante de; TRICOLI, Valmor.
colectivos. Lisboa: Dinalivros, 1994. Apresenta Basquetebol: uma visão integrada entre ciência e
o esporte coletivo como uma categoria, prática. 2. ed. Barueri: Manole, 2010. Relaciona
partindo das semelhanças estruturais das conhecimento científico à prática do basquete-
modalidades, além de discutir possibilidades bol, considerando suas características ofensivas
pedagógicas. e defensivas, a preparação para situações de
jogo e o uso de análise estatística.
GARGANTA, Júlio. Para uma teoria dos
jogos desportivos colectivos. In: OLIVEIRA, Artigos
Júlio; GRAÇA, Amândio. O ensino dos jo-
gos desportivos. 2. ed. Porto: Universidade do DAOLIO, Jocimar. Jogos esportivos coleti-
Porto, 1995. O capítulo apresenta possibilida- vos: dos princípios operacionais aos gestos
des de intervenção pedagógica na prática das técnicos – modelo pendular a partir das
modalidades esportivas coletivas. ideias de Claude Bayer. Revista Brasileira de
Ciência e Movimento, São Paulo, v. 10, n. 4,
GRECO, Pablo J. (Org.). Iniciação esportiva p. 99-103, 2002. Disponível em: <http://por
universal: metodologia da iniciação esportiva talrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/
na escola e no clube. Reimpressão. Belo view/478/503>. Acesso em: 23 maio 2013.
Horizonte: UFMG, 2007. v. 2. O livro apre- Apresenta um modelo pendular para o ensi-
senta estratégias para a iniciação esportiva no dos esportes coletivos, desde os princípios
das modalidades coletivas. operacionais até os gestos técnicos.

OLIVEIRA, Júlio; GRAÇA, Amândio. O GARGANTA, Júlio. (Re)fundar os conceitos


ensino dos jogos desportivos. 2. ed. Porto: de estratégia e táctica nos jogos desportivos
Universidade do Porto, 1995. Propõe uma colectivos, para promover uma eficácia supe-
discussão sobre o processo de ensino-apren- rior. Revista Brasileira de Educação Física e
dizagem das modalidades esportivas coletivas. Esporte, São Paulo, v. 20, n. 5, p. 201-203, set.
2006. Disponível em: <http://citrus.uspnet.
PIRES, Giovani de Lorenzi; NEVES, An- usp.br/eef/uploads/arquivo/57_Anais_%20
nabel das. O trato com o conhecimento p201.pdf>. Acesso em: 23 maio 2013.
esporte na formação em Educação Física.
Possibilidades para sua transformação didá- SILVA, Thatiana Aguiar Freire; ROSE JU-
tico-metodológica. In: KUNZ, Elenor (Org.). NIOR, Dante de. Iniciação nas modalidades

68
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 1

esportivas coletivas: a importância da dimen- mações sobre o histórico da modalidade, suas


são tática. Revista Mackenzie de Educação regras, técnica, táticas, além de indicar livros,
Física e Esporte, São Paulo, v. 4, n. 4, p. 71-93, artigos e cursos.
2005. Disponível em: <http://editorarevistas.
mackenzie.br/index.php/remef/article/
view/1310/1020>. Acesso em: 23 maio 2013. Filmes
Apresentam discussão sobre a importância
da dimensão tática na iniciação das modali- A alma do time (The heart of the game). Di-
dades esportivas coletivas. reção: Ward Serrill. EUA, 2005. 97 min.
Documentário sobre a trajetória de uma
Sites equipe escolar de basquetebol. Os mé-
todos pouco ortodoxos de um técnico
Basquetebol de Rua em São Paulo. Disponível transformam a equipe feminina de bas-
em: <http://cufasp.wordpress.com>. Acesso quete da escola.
em: 23 maio 2013. Apresenta informações
com textos, imagens e vídeos sobre eventos e Campeões! Espanha, Televisión de Cata-
locais para a prática da modalidade na região lunya, 1990. Série de 39 programas que
metropolitana de São Paulo e outras cidades apresenta as bases técnicas de várias modali-
do Estado. dades esportivas, com regras e treinamentos
específicos. Consulte, para basquetebol, os
Confederação Brasileira de Basquetebol. Dis- vídeos 1, 2 e 3, todos com 13 minutos de du-
ponível em: <http://www.cbb.com.br>. Acesso ração cada um.
em: 23 maio 2013. Apresenta informações sobre
o histórico da modalidade, regras oficiais, ídolos Iniciação esportiva. Espanha, Imagen y De-
brasileiros, vídeos, competições, informações so- porte, S.L., 1996. Série com 29 programas que
bre a seleção brasileira, competições nacionais e apresenta as bases técnicas de diversas moda-
internacionais. lidades esportivas e suas regras, bem como o
momento adequado para a iniciação espor-
Pedagogia do Basquetebol. Disponível em: tiva. Consulte, para basquetebol, os vídeos: 9
<http://www.pedagogiadobasquete.com.br>. – Iniciação ao basquetebol 1 (27 min) e 10 –
Acesso em: 23 maio 2013. Apresenta infor- Iniciação ao basquetebol 2 (26 min).

69
TEMA 5 – ORGANISMO HUMANO, MOVIMENTO E SAÚDE –
CAPACIDADES FÍSICAS E APLICAÇÕES NO BASQUETEBOL

Assim como foi visto anteriormente, as participação nos jogos de basquetebol, além de
capacidades físicas serão retomadas de for- diminuir a suscetibilidade a lesões.
ma aplicada às situações do basquetebol para
que se tornem mais significativas para o aluno. Nas situações de jogo de ataque e defesa
Recomenda-se que os conhecimentos sobre verifica-se a requisição de outras capacidades,
processo histórico, regras, técnicas e táticas como a velocidade de membros superiores e
sejam trabalhados concomitantemente aos inferiores, agilidade, coordenação e velocida-
conceitos das capacidades físicas. de de reação. Nas situações com mudanças
bruscas de direção em fintas ou disputas cor-
Analisando as habilidades essenciais requisi- porais, são necessários o equilíbrio dinâmico
tadas no basquetebol – o drible, o arremesso e o e o recuperado.
passe –, infere-se a importância da capacidade
de resistência muscular localizada dos membros Quanto à principal fonte energética utilizada
superiores e do tronco. Considerando que, fre- no jogo, estudos (HADDAD e DANIEL, 2010)
quentemente, os arremessos são acompanhados indicam o sistema anaeróbio alático, que fornece
de saltos verticais, realizados também no rebo- energia para movimentos de curta duração (apro-
te e nos bloqueios de arremessos, verifica-se a ximadamente 10 segundos), como nos saltos,
necessidade da força explosiva de membros in- lançamentos, corridas rápidas e movimentos
feriores. Uma exceção se dá quando pensamos explosivos. Já os sistemas anaeróbio lático, com
numa situação de esporte adaptado, como o duração de aproximadamente 30 segundos (situa-
basquetebol em cadeira de rodas. ções de defesa e ataque), e aeróbio, com duração
superior a dois minutos (corridas moderadas,
A melhoria da resistência muscular pode recuperação entre as ações e distância percorrida
contribuir para que os alunos melhorem sua no jogo), completam a fonte energética.
© CPB/Maurício Pinheiro

© Jayme Thornton/Stone/Getty Images

Figura 27 – Jogo de basquetebol em cadeira de rodas. Figura 28 – Movimentos no basquetebol.

70
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 1

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 11
COMO SER CAPAZ NO BASQUETEBOL?
Os alunos, em grupo, apontarão os movimentos mais frequentes numa partida de basquetebol,
para vivenciá-los e analisá-los quanto às capacidades físicas estimuladas.

Conteúdo e temas: capacidades físicas e aplicações no basquetebol.


Competências e habilidades: identificar as capacidades físicas envolvidas no basquetebol.
Sugestão de recursos: bolas de basquetebol; aparelho de reprodução de DVDs; televisão ou
computador.

Desenvolvimento da Situação de Exercício aeróbio, como a corrida. (O professor pode proble-


Aprendizagem 11 matizar e discutir com os alunos os conceitos de resistência
aeróbia e anaeróbia a partir das diferentes modalidades es-
Professor, antes de iniciar a Etapa 1, portivas coletivas.)
você pode trabalhar as atividades a
seguir. Assim, os alunos poderão 2. Imagine a seguinte situação: você está com
resgatar alguns conhecimentos pré- a posse da bola, vem driblando (lembre que
vios, o que auxiliará no desenvolvimento desta driblar é progredir quicando a bola) com a
Situação de Aprendizagem. mão direita, com a mão esquerda, passa a
bola por entre as pernas, finta um adversá-
Anteriormente, vimos as capacidades físi- rio, outro, gira e faz uma cesta de 3 pontos. O
cas aplicadas ao atletismo e à atividade rítmi- cronômetro zera e o jogo acaba. Responda.
ca. Agora vamos analisá-las no basquetebol!
a) Qual a capacidade acionada para reali-
Se você, ao longo do período escolar, con- zar as fintas enquanto dribla?
seguir compreender a aplicação das capaci- Agilidade.
dades físicas, vai ter muito mais autonomia
para praticar qualquer esporte, ginástica, luta b) No momento em que você salta para o
ou atividade rítmica. Por exemplo: digamos arremesso (jump), seus membros infe-
que você pratica uma arte marcial, não tem riores acionam a capacidade:
nenhuma lesão e identifica que seu chute não Força (de explosão).
alcança a altura desejada. O que você faria?
Uma pessoa que conhece as capacidades físi- Etapa 1 – Identificando os movimentos do
cas sabe que esse movimento exige flexibilida- basquetebol
de, então faria mais alongamentos para essa
articulação. E se você pratica um esporte cole- Cada grupo de alunos (cinco a seis integrantes)
tivo e, depois de 15 minutos, não aguenta dar faz um levantamento dos principais movimentos
nem mais um passo? A essa altura você já sabe realizados numa partida de basquetebol durante
que lhe falta resistência. E, falando nisso... 15 minutos aproximadamente (esse levantamen-
to pode ser realizado em alguma Situação de
1. O que você faria para melhorar essa re- Aprendizagem anterior ou a partir de uma parti-
sistência? da gravada em equipamento audiovisual).

71
Na Etapa 2, será realizada uma sam relacionar os movimentos vivenciados
vivência; depois, os grupos ava- em cada estação com as capacidades físicas
liarão quais são as capacidades estimuladas. Solicite que os alunos façam
físicas exigidas em cada esta- isso com ficha que pode ser encontrada na
ção. Recomenda-se que seja fornecida a atividade “Pesquisa em grupo” do Caderno
cada grupo uma ficha na qual os alunos pos- do Aluno, descrita a seguir:

Movimentos Capacidades físicas estimuladas


Força
Arremesso
Força
Passe
Agilidade
Drible
Velocidade e/ou resistência
Corrida

Outros

Etapa 2 – Vivência dos movimentos físicas ocorrem nas situações dinâmicas de


identificados um jogo de basquetebol e como elas podem
qualificar o jogo e influenciar no resultado,
Organize um circuito com os movimentos tanto positiva como negativamente. Exem-
mais frequentes relatados pelos grupos (arremes- plos: como o salto de um jogador culminou no
sos, passes, dribles, saltos, corridas etc.), para que bloqueio do arremesso de um jogador adver-
sejam realizados em rodízio por todos os alunos. sário, como a velocidade foi importante para
uma situação de contra-ataque, como a falta
Ao final, analise com os alunos as capaci- de velocidade culminou em não conter um
dades físicas envolvidas em cada movimento contra-ataque adversário, o modo pelo qual
específico do basquetebol. Procure apontar a resistência dos jogadores de uma equipe fez
aos alunos a forma como essas capacidades que conseguissem reverter um placar adverso.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 12
COMO SER MAIS CAPAZ NO BASQUETEBOL?
Os alunos vivenciarão o treinamento das capacidades físicas com o objetivo de associá-las a
situações de jogo.

Conteúdo e temas: capacidades físicas e aplicações no basquetebol.


Competências e habilidades: relacionar alguns exercícios específicos com as capacidades físicas
mencionadas no basquete; relacionar conhecimento e treinamento de capacidades físicas a uma
participação mais qualificada no basquetebol.
Sugestão de recursos: bolas de basquetebol; aparelho de reprodução de DVD; televisão ou computador.

72
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 1

Desenvolvimento da Situação de na tomada de decisões podem ser estimuladas


Aprendizagem 12 com simulações, de ataque, e defesa, de um
jogo de basquetebol.
Retomando o final da Situação de Aprendi-
zagem anterior, associe as necessidades de trei- Após essa vivência, solicite que os alunos
namento das capacidades físicas às exigências associem cada capacidade física estimulada às
de um jogo de basquetebol. Sugerem-se algumas situações específicas de jogo. Organize jogos
perguntas para essa associação. Por exemplo: de basquetebol entre os alunos enfatizando as
capacidades físicas demandadas nas situações
f É importante, em uma prorrogação de um específicas. Interrompa o jogo sempre que ne-
jogo de basquetebol, que os jogadores te- cessário, corrigindo ou valorizando determi-
nham resistência muscular? nadas ações, com o objetivo de levar os alunos
f Por quê? à compreensão da relação das capacidades fí-
f Como a velocidade dos jogadores pode sicas com as situações de jogo de basquetebol.
otimizar o desempenho técnico-tático de
uma equipe? Professor, ao término das etapas
desta Situação de Aprendizagem,
A seguir, os alunos realizam atividades que solicite aos alunos que realizem as
estimulam as diferentes capacidades requisi- atividades a seguir:
tadas no basquetebol, detectadas na situação
anterior. Alguns exercícios de resistência mus- 1. Considere as seguintes situações em um
cular de membros superiores e do tronco jogo e responda:
podem ser feitos utilizando o próprio peso do
corpo como resistência. a) Seu time intercepta a bola, em um passe
errado da equipe adversária, e parte em
A capacidade aeróbia pode ser desenvol- contra-ataque.
vida através de corridas ou de circuitos com Qual a capacidade física acionada para
movimentos contínuos. Pode-se treinar a for- efetivar o contra-ataque?
ça explosiva de membros inferiores com mo- Velocidade.
vimentos relacionados ao basquetebol, como
saltos, mas com alguma sobrecarga ou com b) Seu time perde a posse de bola, porque
ritmo mais acelerado. alguém cometeu duas saídas.
O que vem a ser “duas saídas”?
Já as capacidades que envolvem velocidade É o que ocorre quando você interrompe o drible, segura a
bola com as mãos e volta a driblar.

Desafio!
Encontre dez palavras relacionadas ao tema “basquetebol”. As palavras podem estar na vertical,
horizontal, diagonal ou, ainda, invertidas:

Ala Passe Drible Jump Pivô

Armador Bandeja Garrafão Lance livre Finta

73
X P T O I R W Q D Ç Ã A L A E K C O P J U M P
O N B T E S S A P B T R D E X T O I R W Q U B
E L O N B T R D E E T O K L J A R M A D O R O
R C W R P I V Ô U B U T O I R W Q N A Ã D E N
V T O B R W Q W A J B L O N B T R D F W Q T R
I R U O E I R W Q N A E T B A K O A O N B T F
L O A T L O N B T A N I R W Q A R J L W Q D I
E T C R B E T O I R D B X T O R B T R D E I N
C L J B I B T R D E E O D E A T P D J W Q T T
N E R O R P J G B A J N I G L O N B T R D E A
A Q M N D I R W Q U A O N B T I R W Q T R D E
L Ç D S J L O N B T R D E T O B D M C X J T R

ATIVIDADE AVALIADORA
Nas Situações de Aprendizagem, procure capacidade física é exigida em uma situa-
avaliar se os alunos associam as exigências ção de contra-ataque ou quais gestos do
das situações de jogo do basquetebol com basquetebol poderiam ser melhorados com
as capacidades físicas envolvidas e, inversa- exercícios para fortalecer as pernas. Além
mente, se relacionam exercícios específicos do questionamento aos alunos, pode ser so-
para treinar determinadas capacidades fí- licitada a apresentação de exercícios especí-
sicas envolvidas nas situações de jogo. Por ficos para determinadas situações do jogo
exemplo, pode-se perguntar aos alunos qual de basquetebol.

PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO


Durante o percurso pelas Situações de tros momentos, envolvendo todos os alunos ou
Aprendizagem, alguns alunos poderão não apenas aqueles que apresentaram dificuldades.
apreender os conteúdos e desenvolver as habili- Podem ser desenvolvidas individualmente ou
dades da forma esperada. É necessário, então, em pequenos grupos. Por exemplo:
que novas Situações de Aprendizagem sejam
propostas, permitindo ao aluno revisitar de ou- f os alunos podem ser organizados em gru-
tra maneira o processo. Tais estratégias podem pos de cinco a seis integrantes. Um aluno
ser desenvolvidas durante as aulas ou em ou- com mais conhecimento sobre o tema (par

74
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 1

avançado) deve estar presente em cada gru- basquetebol e/ou rotina de treinamento.
po para ajudar os demais a compreender as Prepare roteiro de estudos com perguntas
relações entre as capacidades físicas e as ha- norteadoras referentes às capacidades físi-
bilidades essenciais do basquetebol; cas, para posterior apresentação em regis-
f solicite entrevistas com pessoas que pra- tro escrito;
tiquem a modalidade regularmente, abor- f proponha que os alunos apreciem e re-
dando as percepções dessas pessoas a res- gistrem os próprios movimentos e tam-
peito das capacidades físicas exigidas no bém os dos colegas.

RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR


E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
Livro A hora da virada (Rebound). Direção: Steve
Carr. EUA, 2005. 86 min. Um técnico famo-
HADDAD, Clóvis Roberto; DANIEL, José so e mais interessado em campanhas publi-
F. Aspectos práticos da fisiologia do exercício citárias do que no treinamento de sua equi-
no basquetebol. In: ROSE JUNIOR, Dan- pe perde o emprego e tem de aceitar uma
te de; TRICOLI, Valmor. Basquetebol: uma proposta para treinar um time escolar. Os
visão integrada entre ciência e prática. 2. ed. alunos precisam lidar com as próprias limi-
Barueri: Manole, 2010. p. 63-84. Este capítulo tações e o técnico passa, aos poucos, a se in-
aborda os aspectos fisiológicos e sua relação teressar por suas dificuldades e a ensiná-los
com a prática do basquetebol, revendo alguns como melhorar suas habilidades.
conceitos e caracterizando as demandas do
jogo. Também são destacados os principais Homens brancos não sabem enterrar (White
aspectos enfocados durante o treinamento. men can’t jump). Direção: Ron Shelton. EUA,
1992. 115 min. Comédia. Nesta comédia, dois
Artigo jogadores amadores se unem para dar golpes
pelas quadras de Los Angeles. Mas a sorte
NUNES, João; FANTATO, Eduardo; MON- pode mudar de lado.
TAGNER, Paulo César. Velocidade no bas-
quetebol. Conexões, v. 4, n. 2, p. 47-55, 2006. Pequenos grandes astros (Like Mike). Di-
Disponível em: <http://eduardo.fantato.com. reção: John Schultz. EUA, 2002. 100 min.
br/wp-content/uploads/2013/02/Velocidade-no- 12 anos. Um garoto aguarda adoção em um
Basquete...CONEXOES...2006.pdf>. Acesso orfanato quando encontra um par de tênis usa-
em: 23 maio 2013. Aborda a importância dos. Ao usá-los, percebe que suas capacidades
do treinamento da velocidade como uma aumentam quando joga basquetebol. Ele con-
capacidade que influencia as dimensões técnico- segue, inclusive, ingressar em uma equipe pro-
-táticas do basquetebol. fissional formada por jogadores adultos.

Filmes
Site
A alma do time (The heart of the game). Direção:
Ward Serrill. EUA, 2005. 97 min. Documentá- Basquete. Disponível em: <http://sportv.globo.
rio. Apresenta a rotina de uma equipe de bas- com/videos/basquete>. Acesso em: 23 maio
quetebol feminino de uma escola, tratando das 2013. Neste site, além de informações sobre a
situações cotidianas entre os jogos e o treina- modalidade, você pode assistir a enterradas e
mento, além das preocupações com os estudos. jogadas incríveis.
75
QUADRO DE CONTEÚDOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
5a série/6o ano 6a série/7o ano 7a série/8o ano 8a série/9o ano
Jogo e esporte: competição Esporte Esporte Luta
e cooperação Modalidade individual: atletismo Modalidade individual: atletismo Modalidade: capoeira
Jogos populares (corridas e saltos) (corridas, arremessos e lançamentos) – Capoeira como luta, jogo e
Jogos cooperativos – Princípios técnicos e táticos – Princípios técnicos e táticos esporte
Jogos pré-desportivos – Principais regras – Principais regras – Princípios técnicos e táticos
Esporte coletivo: princípios gerais – Processo histórico – Processo histórico – Processo histórico
– Ataque Atividade rítmica Luta Atividade rítmica
– Defesa Manifestações e representações Modalidade: caratê. Manifestações rítmicas ligadas
– Circulação da bola da cultura rítmica nacional – Princípios técnicos e táticos à cultura jovem: hip-hop e
Organismo humano, movi- – Danças folclóricas/regionais – Principais regras street dance
mento e saúde – Processo histórico – Processo histórico – Coreografias
Capacidades físicas: noções – A questão do gênero Organismo humano, movimento – Diferentes estilos como
gerais (agilidade, velocidade e Organismo humano, movimento e saúde expressão sociocultural
Volume 1

flexibilidade) e saúde Capacidades físicas: aplicações no – Principais passos e


– A importância do alonga- Capacidades físicas: aplicações no atletismo e na luta movimentos
mento e do aquecimento atletismo e na atividade rítmica Esporte
Esporte
Esporte Esporte Modalidade coletiva: a escolher Modalidade coletiva: futebol
Modalidade coletiva: futsal Modalidade coletiva: basquetebol – Técnicas e táticas como fatores de de campo
– Princípios técnicos e táticos – Princípios técnicos e táticos aumento da complexidade do jogo – Técnicas e táticas como fato-
– Principais regras – Principais regras – Noções de arbitragem res de aumento da complexida-
– Processo histórico – Processo histórico de do jogo
Ginástica – Noções de arbitragem
Organismo humano, movi- Organismo humano, movimento Práticas contemporâneas
mento e saúde – Processo histórico
e saúde – Princípios orientadores – O esporte na comunidade
Capacidades físicas: noções Capacidades físicas e aplicações – Técnicas e exercícios
gerais (força e resistência) escolar e em seu entorno: espa-
no basquetebol ços, tempos e interesses
– A importância da postura
adequada – Espetacularização do esporte
e o esporte profissional
– O esporte na mídia
– Os grandes eventos esportivos

Esporte Esporte Atividade rítmica Esporte


Modalidade individual: ginás- Modalidade individual: ginástica Manifestações e representações de Jogo e esporte: diferenças
tica artística rítmica outros países conceituais e na experiência
– Principais gestos técnicos – Principais gestos técnicos – Danças folclóricas dos jogadores
– Principais regras – Principais regras – Processo histórico – Modalidade “alternativa”
– Processo histórico – Processo histórico – A questão do gênero ou popular em outros países:
Organismo humano, movi- Ginástica Ginástica beisebol
mento e saúde Ginástica geral Práticas contemporâneas: ginásticas – Princípios técnicos e táticos
Aparelho locomotor e seus – Fundamentos e gestos de academia – Principais regras
sistemas – Processo histórico: dos – Padrões de beleza corporal, ginás- – Processo histórico

Esporte métodos ginásticos à ginástica tica e saúde Atividade rítmica


Modalidade coletiva: handebol contemporânea Organismo humano, movimento Organização de festivais de
Volume 2

– Princípios técnicos e táticos Esporte e saúde dança


– Principais regras Modalidade coletiva: voleibol Princípios e efeitos do treinamento Esporte
– Processo histórico – Princípios técnicos e táticos físico Organização de campeonatos
Organismo humano, movi- – Principais regras Esporte
mento e saúde – Processo histórico Modalidade individual ou coletiva
Noções gerais sobre ritmo: Luta (ainda não contemplada)
jogos rítmicos Princípios de confronto e – Princípios técnicos e táticos
oposição – Principais regras
– Classificação e organização – Processo histórico
– A questão da violência Organismo humano, movimento
e saúde
Atividade física/exercício físico:
implicações na obesidade e no
emagrecimento
Doping: substâncias proibidas

76
CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares
NOVA EDIÇÃO 2014-2017 Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda
Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus. Meira de Aguiar Gomes.
COORDENADORIA DE GESTÃO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Área de Ciências Humanas Área de Ciências da Natureza
Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro
Coordenadora
Teônia de Abreu Ferreira.
Maria Elizabete da Costa Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende
Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara
Diretor do Departamento de Desenvolvimento Santana da Silva Alves.
Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati.
Curricular de Gestão da Educação Básica
João Freitas da Silva História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio
Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline
Diretora do Centro de Ensino Fundamental Fernandez. de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto
dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação
Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson
Profissional – CEFAF Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de
Luís Prati.
Valéria Tarantello de Georgel Almeida e Tony Shigueki Nakatani.

Coordenadora Geral do Programa São Paulo PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula
faz escola PEDAGÓGICO Vieira Costa, André Henrique GhelÅ RuÅno,
Valéria Tarantello de Georgel Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes
Área de Linguagens
M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio
Coordenação Técnica Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine
Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael
Roberto Canossa Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel
Plana Simões e Rui Buosi.
Roberto Liberato Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes
Smelq Cristina de 9lbmimerime :oeÅe e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali
Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila
Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da
EQUIPES CURRICULARES Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S.
Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes,
Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura
Área de Linguagens Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves
C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko
Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz.
S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M.
Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.
Ventrela. Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva,
Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Área de Ciências Humanas
Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria
Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson
Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt,
dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio
Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto
Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal.
Silveira.
dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos,
Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio
Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire BomÅm, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza,
de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro, Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez,
Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos,
Nogueira. Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de
José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório,
Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria
Campos e Silmara Santade Masiero. Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato
Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos
e Sonia Maria M. Romano.
Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene
Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves
Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. História: Aparecida de Fátima dos Santos
Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.
de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete
Área de Matemática Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina
Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso
Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana
Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de
Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo,
Aparecido Cornatione. Sílvia Regina Peres. Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria
Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.
Área de Ciências da Natureza Área de Matemática
Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves,
Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e
Rodrigo Ponce. Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Tânia Fetchir.
Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima,
Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Apoio:
Maria da Graça de Jesus Mendes. Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Fundação para o Desenvolvimento da Educação
Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, - FDE
Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina
Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, CTP, Impressão e acabamento
Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte. Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Esdeva Indústria GráÅca Ltda.
GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís
EDITORIAL 2014-2017 CONTEÚDOS ORIGINAIS Martins e Renê José Trentin Silveira.

COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu


FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e
CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS Sérgio Adas.
Presidente da Diretoria Executiva CADERNOS DOS ALUNOS
Antonio Rafael Namur Muscat Ghisleine Trigo Silveira História: Paulo Miceli, Diego López Silva,
Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e
CONCEPÇÃO
Vice-presidente da Diretoria Executiva Raquel dos Santos Funari.
Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo,
Alberto Wunderler Ramos Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza
coordenadora! e Ruy Berger em memória!.
Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe,
GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS
Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina
À EDUCAÇÃO AUTORES
Schrijnemaekers.

Direção da Área Linguagens


Coordenador de área: Alice Vieira. Ciências da Natureza
Guilherme Ary Plonski
Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes.
Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo
Coordenação Executiva do Projeto
Makino e Sayonara Pereira. Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene
Angela Sprenger e Beatriz Scavazza
Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta
Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana,
Gestão Editorial
Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso
Denise Blanes
Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo.
Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira.
Equipe de Produção
Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite,
LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto,
Editorial: Amarilis L. Maciel, Angélica dos Santos
Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida
Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina
Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria
Carvalho, Carla Fernanda Nascimento, Carolina Fidalgo. Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo
H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão,
Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro,
Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento, LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel
Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão,
Flávia Medeiros, Gisele Manoel, Jean Xavier, Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues
Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume.
Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leandro Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia
Calbente Câmara, Leslie Sandes, Mainã Greeb González.
Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol,
Vicente, Marina Murphy, Michelangelo Russo, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo
Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet
Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti,
Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar,
Felix Palma, Priscila Risso, Regiane Monteiro Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell
José Luís Marques López Landeira e João
Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella Roger da PuriÅcação Siqueira, Sonia Salem e
Henrique Nogueira Mateos.
Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e Yassuko Hosoume.
Tiago Jonas de Almeida. Matemática
Coordenador de área: Nílson José Machado. Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse
Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca Matemática: Nílson José Machado, Carlos Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe
Micsik, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa
Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda
Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro e Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião.
Vanessa Leite Rios. Walter Spinelli.
Caderno do Gestor
Edição e Produção editorial: R2 Editorial, Jairo Souza Ciências Humanas Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de
Design GráÅco e Occy Design projeto gráÅco!. Coordenador de área: Paulo Miceli. Felice Murrie.

Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas

* Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são


indicados sites para o aprofundamento de conhecimen- S2+9m São Paulo Estado! Secretaria da Educação.
tos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados
e como referências bibliográficas. Todos esses endereços Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: caderno do professor; educação física,
eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é ensino fundamental ¹ anos Ånais, .a série / 7o ano / Secretaria da Educação; coordenação geral,
um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Maria Inês Fini; equipe, Adalberto dos Santos Souza, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches
Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites Neto, Mauro Betti, Sérgio Roberto Silveira. - São Paulo: SE, 2014.
indicados permaneçam acessíveis ou inalterados. v. 1, 80 p.
Edição atualizada pela equipe curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino
* Os mapas reproduzidos no material são de autoria de Médio e Educação ProÅssional ¹ CEFAF, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB.
terceiros e mantêm as características dos originais, no que
ISBN 978-85-7849-585-5
diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos
elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos). 1. Ensino fundamental anos Ånais 2. Educação física +. Atividade pedagógica I. Fini, Maria Inês.
II. Souza, Adalberto dos Santos. III. Daolio, Jocimar. IV. Venâncio, Luciana. V. Neto, Luiz Sanches. VI.
* Os ícones do Caderno do Aluno são reproduzidos no Betti, Mauro. VII. Silveira, Sérgio Roberto. VIII. Título.
Caderno do Professor para apoiar na identificação das CDU: +71.+:80..90
atividades.
Validade: 2014 – 2017

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