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GUIA PRÁTICO

DE COMUNICAÇÃO
DE MÁS NOTÍCIAS
A origem da palavra comunicar está no latim Esse processo pode sofrer influências de ambas
comunicare, cujo significado é, por em comum as partes envolvidas, assim como do meio que
(Silva, 2002). Comunicação pressupõe a existência os circunda. Nem sempre o que é emitido é
de um emissor, um receptor e algo a ser recebido da forma como deveria. O que se
comunicado entre eles. Esse processo pode sofrer comunica é um acontecimento; é a intenção ou
influências de ambas as partes envolvidas, assim desejo daquele que emite em contato com o
como do meio que os circunda. desejo e a defesa daquele que recebe, criando
um sentido próprio e sempre novo (Cominucação
Nem sempre o que é emitido é recebido da de Notícias Difíceis: Compartilhando Desafios na
forma como deveria. O que se comunica é um Atenção à Saúde, 2010).
acontecimento; é a intenção ou desejo daquele
que emite em contato com o desejo e a defesa Uma má noticia pode ser definida como qualquer
daquele que recebe, criando um sentido próprio e informação dada a um paciente ou familiar, que
sempre novo adversamente afeta a visão sobre o presente e o
futuro alterando as suas expectativas (Buckman,
(Cominucação de Notícias Difíceis: Compartilhando 1984).
Desafios na Atenção à Saúde, 2010) Também é caracterizada como uma informação
que abrange uma alteração drástica, negativa
.A origem da palavra comunicar está no latim na vida da pessoa e na esperança de seu futuro.
comunicare, cujo significado é, por em comum Logo, a maneira como a má notícia é exposta
(Silva, 2002). Comunicação pressupõe a existência pode afetar a compreensão dos pacientes sobre
de um emissor, um receptor e algo a ser seu diagnóstico e o tratamento (Buckman, et al.,
comunicado entre eles. 1992).
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Os avanços na medicina e o Uma comunicação malfeita pode resultar
em diversos problemas não somente para o
consequente envelhecimento da
paciente e familiares, mas também para os
população mundial, tornam cada vez médicos e equipe de saúde envolvida.
mais necessária a capacidade de se
transmitir informações de maneira Na tentativa de organizar os passos a seguir
pelo profissional responsável por entregar
correta e adequada. a má notícia e facilitar o procedimento, foi
desenvolvido por oncologistas americanos e
O médico, comumente, é o profissional responsável
canadenses ligados ao MD Anderson Cancer
por comunicar o diagnóstico, prognóstico e tratamento
a ser realizado, assim, uma comunicação ruim pode Center, da Universidade do Texas, USA e
afetar a maneira como essas informações serão ao Sunnybrook Regional Cancer Center de
encaradas ou mesmo ter Toronto, CA o protocolo SPIKES que é um
influência na sequência acrônimo dos passos a serem seguidos
do tratamento, por isso, durante uma abordagem para comunicar más
a presença de outros notícias aos pacientes e familiares (“Setting
profissionais pode ser up”; “Perception”; “Invitation”; “Knowledge”;
necessária e importante a fim de
prover informações complementares “Emotions”; “Strategy and Summary”) (Baile, et
relativas a cada área de atuação al., 2000).
(Warnock, et al., 2010).

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Apesar de muitos estudos evidenciarem sua O treinamento de comunicação de más notícias
eficiência, o SPIKES ainda é subutilizado nos sob a orientação de um protocolo como o SPIKES,
hospitais e pouco difundido no ensino de saúde é considerado por residentes e estudantes de
pelo país.Devido à dificuldade e pouco, ou medicina como fundamental para que se obtenha
nenhum, treinamento, os profissionais de saúde segurança, menos estresse, ansiedade, controlar
muitas vezes tendem a postergar, repassar ou seus próprios sentimentos e melhorar a relação
evitar o momento de dar uma má notícia. com pacientes e familiares (Setubal, et al., 2017) ;
(Lino, et al., 2011).
Estudos apontam que a maior parte dos
médicos não possuem treinamento específico As evidências mostram que estudantes de
em comunicação de más notícias (Jameel, et medicina apresentam pouca prática em dar
al., 2012) (Hafidz, et al., 2016) além disso, um más notícias durante a graduação e mesmo
achado preocupante evidencia que estudantes de na residência, o que dificulta o processo de
terceiro ano de medicina apresentam a mesma aprendizagem e experiência. Por isso cada vez
habilidade em comunicação de más notícias do mais recursos como pacientes virtuais e aulas
que residentes sendo que devido ao maior tempo práticas com encenação vêm sendo utilizados a
de aprendizagem e experiência com pacientes, é fim de que a experiência não venha somente no
esperado que o desempenho em uma conversa dia a dia com famílias e pacientes reais (Setubal,
difícil sobre diagnóstico ou prognóstico seja melhor et al., 2017); (Bragard, et al., 2018).
entre os residentes (Wouda, et al., 2012).

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Assim, se mostra evidente a necessidade de que o treinamento de comunicação de
más notícias faça parte da estrutura curricular dos cursos de medicina em todo mundo,
deve ser encarado como instrumento básico da profissão para construção de um
cuidado humanizado.

Aprender de maneira correta como utilizar uma linguagem clara e objetiva, com
valorização do paciente pelos profissionais de saúde, ouvir atentamente as dúvidas
e queixas dos pacientes e familiares, saber como e quando tocar e direcionar o olhar
aos pacientes e demonstrar confiança proporcionam conforto, apoio e melhoram
autoestima das pessoas envolvidas no processo de doença (Morais, et al., 2009).

Levando em consideração esse cenário, consideramos importante auxiliar os


profissionais de saúde com um guia prático de comunicação de más notícias baseado
nos pontos descritos no protocolo SPIKES.

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S
“SETTING UP”
(Preparando o ambiente)

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Antes de iniciarmos a reunião é muito importante reunião estiver ocorrendo.
que seja decidido quais membros da família Ao nos posicionarmos devem todos estar
irão participar, essa decisão deve ser tomada sentados sem uma mesa entre a equipe de
juntamente com o paciente, sempre que possível. saúde e familiares, e quando possível a equipe
Devemos decidir também quais membro da deve se misturar aos familiares evitando ficarem
equipe devem participar, a dica é tentar equilibrar família de um lado e equipe do outro.
números próximos de familiares e profissionais.
A escolha dos profissionais deve seguir alguns O ambiente deve ser silencioso e preparado
critérios. para todas as possíveis reações emocionais do
Recomenda-se que um médico e um psicólogo paciente ou familiares. Deixar, por exemplo,
sempre estejam presentes, outros profissionais água e lenços à disposição para que não seja
devem ser incluídos de acordo com a necessidade necessário alguém sair para buscar no meio da
de explicação sobre condutas específicas de sua reunião.
profissão que serão abordadas e podem gerar
dúvidas, como por exemplo um fisioterapeuta Outro ponto extremamente importante é que os
quando a notícia for sobre retirada de ventilação profissionais que participarem da reunião não
mecânica, oxigenoterapia ou higiene brônquica, tenham hora marcada para sair dela. Algumas
um nutricionista e fonoaudiólogo quando forem reuniões são bastante rápidas e tranquilas,
abordadas questões com aspectos relacionados à entretanto, frequentemente participamos de
alimentação por exemplo. algumas com duração superior à uma hora e
meia.
A preparação do ambiente consiste inicialmente
em reservar um local privado onde outras
pessoas não fiquem transitando enquanto a 7
P
“PERCEPTION”
(Conhecendo pacientes
e familiares)

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Após termos preparado adequadamente o ambiente e organizado os participantes onde será realizada
a reunião, iniciamos nossa fala nos apresentando e deixando claro o papel de cada membro da equipe
de saúde. Na sequência, deve ser nomeado alguém para contar a história desde o início com detalhes.
Pode ser o próprio paciente mas em caso de impossibilidade, quem estiver mais inteirado sobre todo o
processo.

Durante essa fala, é muito importante dar tempo para quem estiver contando lembrar dos detalhes,
não ficar interrompendo ou tentando adivinhar o final das frases ou da história. Deixem que o orador
seja bastante específico sobre todas as fases e caso necessário faça anotações de coisas que podem
contribuir para maior compreensão do caso.

Em algumas situações é comum que as pessoas se percam e comecem a falar sobre coisas que não
tem relação nenhuma com o processo de doença daquele paciente. Nesses casos, podemos direcionar
a conversa para retomarmos o foco na história delicadamente para que o orador não se sinta ofendido
ou sinta que estamos minimizando a importância do que está sendo dito.

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I
“INVITATION”
(Convidando para o
diálogo)

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Essa parte se refere a um convite ao conhecimento de mais informações sobre a doença, diagnóstico,
tratamento ou prognóstico. Parece uma etapa bastante simples, mas na verdade, estamos diante de
um dos momentos onde precisamos de maior sensibilidade para conseguirmos identificar quais são os
limites de informações que aquelas pessoas toleram conhecer naquele momento.

Identificar se algum dos participantes não deseja saber mais do que já sabe e deseja se retirar da
reunião, em alguns casos o próprio paciente não deseja saber mais sobre sua doença e isso deve ser
respeitado, continuando a reunião apenas com seus familiares.

Assim, antes de identificarmos até onde podemos ir e com quem podemos falar além do que se sabe é
fundamental para criarmos empatia e traçar metas para o desfecho da reunião em questão.

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K
“KNOWLEDGE”
(Transmitindo as
emoções)

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Após identificar os limites dos pontos que devem ou falando. Corpo preferencialmente, sempre
ser abordados na reunião familiar, chega o um pouco inclinado a frente. Durante a fala
momento de transmitir o conhecimento. Nesse algumas expressões devem ser evitadas como:
momento os profissionais devem transmitir “Infelizmente” “Sinto Muito” e principalmente
informações sobre o diagnóstico, decisões de “Não há mais nada a ser feito”. As duas primeiras
tratamento ou prognóstico de forma progressiva dependendo da entonação ou modo de dizer
sempre de maneira pausada, em linguagem podem ser interpretadas como algo de errado
simples, levando em consideração o nível cultural e que ocorreu e que poderia ter sido evitado. A
socioeconômico dos ouvintes. terceira expressão mencionada, talvez seja a
pior entre as três pois sempre há o que fazer
Obviamente que as informações são muito por nossos pacientes mesmo que não seja a
importantes, entretanto, devemos nos atentar cura, devemos dizer tudo o que será realizado
à forma não verbal de nos comunicarmos. Isso para amenizar sofrimento e trazer o máximo de
envolve, tom de voz, expressões faciais, posição qualidade de vida possível àquele paciente.
do corpo e até a forma de tocar no paciente e
familiares em determinados comentos. Por fim, os profissionais devem se colocar à
disposição para quaisquer esclarecimentos a
O tom de voz deve ser constante, firme e seguro, respeito de tudo o que foi dito e estarem abertos
olhando nos olhos do paciente e familiares para perguntas que podem também não estar
quando nos dirigirmos a eles. Evitar pernas e relacionadas a tudo o que foi mencionado na
braços cruzados enquanto estivermos ouvindo reunião.

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E
“EMOTIONS”
(Expressando emoções
e os sentimentos)

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Essa parte da reunião é descrita em todos os claro o suporte que está sendo dado, pode
estudos no mundo, publicados até hoje com estimular a expressão dos sentimentos
o protocolo SPIKES, como a mais difícil de e o silêncio nesses momentos pode ser
lidar durante uma reunião familiar. Poucos fundamental para o processamento das
profissionais de saúde se consideram aptos informações. Quando considerar apropriado
para lidar com sentimentos e emoções dos ou necessário, toque o paciente ou familiar
pacientes e familiares durante a comunicação (preferencialmente mãos e ombros e evite
de más notícias. tocar as pernas) isso mostra empatia e que
estamos lá ao lado deles.
Basicamente nessas situações, nos deparamos Caso o profissional seja abraçado, a dica é
com as emoções oriundas de alguma das 5 retribuir na mesma intensidade espelhando
fases do luto descritas por Kubler Ross que o toque de quem iniciou o movimento, e
são: Negação; Raiva; Barganha; Depressão e devemos aguardar o paciente ou familiar
Aceitação. soltar o abraço primeiro antes de fazê-lo
também.
Assim, os sentimentos mais comuns são
relacionados à não compreensão ou não Sempre que considerar necessário,
aceitação do processo de doença, portanto principalmente quando houver alguém
a raiva e a tristeza predominam nas reuniões chorando, ofereça lenços e água, isso ajuda a
mas quando bem conduzidas, as reuniões controlar emocionalmente a situação além de
podem terminar com um sentimento ser um gesto que demonstra preocupação e
diferente de alívio, compreensão e aceitação empatia.
do processo, mesmo que a tristeza ainda Essa parte da reunião deve acabar assim que
esteja presente devido à situação de um ente os ânimos estiverem mais controlados e que
querido. foi possível partirmos para a finalização da
reunião.
Os profissionais devem se colocar ao lado dos
pacientes e familiares o tempo todo, deixando 15
S
“STRATEGY AND
SUMMARY”
(Resumindo e
organizando
estratégias)

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Essa é a última etapa da reunião familiar, porém não menos importante.

Devemos lembrar que por mais que tenhamos tido o cuidado de nos expressarmos adequadamente
o paciente e familiares podem não ter compreendido totalmente tudo o que foi abordado na
reunião e por isso devemos repetir resumidamente tudo o que foi abordado anteriormente além de
eleger alguém para reproduzir os combinados.

Devemos estabelecer juntamente com os familiares, como os processos de cuidado se darão dali em
diante, estabelecendo metas a curto e médio prazos e as ações para atingi-las.
Importante lembrar que após o término da reunião novas dúvidas ou desconfortos podem surgir aos
pacientes e familiares, portanto, devemos sempre reforçar a disponibilidade para o cuidado e o
não-abandono e deixar claro como e onde encontrá-lo, se necessário.

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