Edição: 02/2019
Sumário
1 Introdução ............................................................................................................................3
1.1 Vantagens do uso da robótica ......................................................................................3
1.2 Consequências sociais do uso da robótica ....................................................................4
2 Sistemas Automáticos ..........................................................................................................4
2.1 Atuadores .....................................................................................................................4
2.2 Sensores .......................................................................................................................5
2.2.1 Sensores Analógicos .............................................................................................5
2.2.2 Sensores Digitais ...................................................................................................6
2.2.3 Transdutor ............................................................................................................6
2.2.4 Conversores A/D e D/A .........................................................................................6
2.2.5 Transmissor ........................................................................................................22
2.2.6 Características ....................................................................................................22
2.2.7 Controle de Sistemas ..........................................................................................26
1 Introdução
Existem muitas razões óbvias para a utilização de robôs na produção industrial ou em outras
aplicações. Algumas dessas razões são:
1.1 Vantagens do uso da robótica
1) Custo:
O custo de um robô amortizado ao longo da vida útil é frequentemente bem menor que o custo
de trabalho de um operário, incluindo encargos sociais e diversos benefícios que aumentam o
valor da “hora – homem” de trabalho.
Os robôs podem trabalhar ao redor de 98% do tempo da tarefa requerida, já os operários
precisam de tempo de almoço, descansos, férias, etc., o que reduz consideravelmente o tempo
que efetivamente está trabalhando com respeito àquele pelo qual é pago.
Os robôs produzem com muita maior eficiência que os humanos, devido a que a repetição sem
fim de uma tarefa, por monótona que ela seja, não implica nele uma perda de precisão.
Nos humanos logicamente produz cansaço e falta de atenção que resultam em falhas
inevitáveis, o qual, claro, incrementa os custos de produção.
2) Melhora da produtividade:
Normalmente os robôs podem trabalhar muito mais rápido que os humanos, por exemplo em
robôs de solda ou de pintura, além de utilizar material nas quantidades mínimas necessárias.
Um operário sempre desperdiçará mais material e demorará mais em executar uma certa tarefa,
principalmente se esta requerer um pouco de precisão.
O aproveitamento do material e do espaço físico é melhorado, com o qual o capital inicial
necessário torna-se menor.
5) Utilização na medicina:
A aplicação da robótica e técnicas de controle na medicina está aumentando consideravelmente
nos últimos anos. Micro-cirurgias são feitas através de robôs de alta precisão telecomandados
pelo médico, que fica operando joysticks, e monitorando a operação através da tela de um
computador que mostra a imagem de um microscópio eletrônico. Diversos tipos de robôs ou
sistemas controlados são implementados em seres humanos, como marca-passos, e até órgãos
humanos. É um campo onde a robótica ainda tem muito para crescer.
Existem outras vantagens menores do ponto de vista da produção industrial para a utilização de
robôs, mas foram expostas as principais e mais significativas.
2 Sistemas Automáticos
Os principais elementos de que atuam sobre a automação industrial são os sensores e os
atuadores, pois eles verificam e interferem no ambiente.
2.1 Atuadores
São dispositivos que modificam uma variável controlada. Recebem um sinal proveniente do
controlador e agem sobre o sistema controlado. Geralmente trabalham com potência elevada.
Exemplos:
Quando a conversão é realizada, parte do sinal é perdida e pode haver pequenas distorções na
grandeza medida.
D C B A Vout (V)
0 0 0 0 0
0 0 0 1 1
0 0 1 0 2
0 0 1 1 3
0 1 0 0 4
0 1 0 1 5
D MSB
0 1 1 0 6
C Conversor 0 1 1 1 7
Entradas D/A Vout 1 0 0 0 8
digitais B (DAC) Saída analógica 1 0 0 1 9
1 0 1 0 10
A 1 0 1 1 11
LSB 1 1 0 0 12
(a) 1 1 0 1 13
1 1 1 0 14
1 1 1 1 15
(b)
Exercícios
1) Um conversor D/A de cinco bits tem saída de corrente. Para uma entrada digital de 10100 2, é
produzida uma corrente de saída de 10 mA. Qual será a corrente I OUT para uma entrada digital
de 111012?
Solução:
101002 = 2010.
IOUT = 10 mA, o fator de proporcionalidade é:
10𝑚𝐴
𝑘= = 5𝑚𝐴
20
Para Iin = 111012 = 2910;
𝐼𝑂𝑈𝑇 = (0,5 𝑚𝐴) 𝑥 29 = 14,5 𝑚𝐴
2) Qual o maior valor da tensão de saída de um conversor D/A de oito bits, que produz 1,0 V na
saída, para uma entrada de 001100102?
Solução:
001100102 = 5010
1,0𝑉 = 𝐾 𝑥 50 → 𝐾 = 20 𝑚𝑉
A maior saída ocorrerá para uma entrada de 111111112 = 25510
VOUT(máx.)= 20 mV x 255 = 5,10V
3) Um conversor D/A de cinco bits produz VOUT = 0,2V para uma entrada digital de 000012.
Encontre o valor de VOUT para a entrada 111112.
Solução:
0,2V é o peso do bit menos significativo. Então, os pesos dos outros bits devem ser de 0,4V,
0,8V, 1,6V e 3,2V, respectivamente. Desta forma, para uma entrada digital de 11111 2, o valor de
VOUT será de 3,2V + 1,6V + 0,8V + 0,4 + 0,2 = 6,2V.
O bit menos significativo do conversor tem um peso de 0,2V. Esta é a resolução ou tamanho do
degrau. Uma forma de onda em escada pode ser gerada pela conexão de um contador de cinco
bits à entrada do conversor D/A. A escada terá 32 níveis de 0 a 6,2V, e 31 degraus, de 0,2V cada
um.
Exemplo 6: Usando nove bits, o quão perto de 326rpm poderemos levar a velocidade do motor
do exemplo anterior?
Solução:
Com nove bits, existirão 29-1 = 511 degraus. Então a velocidade do motor pode chegar a
1000rpm, em intervalos de 1000/511 = 1,957rpm. O número de degraus necessários a chegar a
326rpm é 326/1,957 = 166,58. Tal valor não é um número inteiro de degraus e, desta forma,
deve ser arredondado para 167. A velocidade real do motor no degrau de número 167 será de
167x1,957 = 326,8 rpm. Então, o computador precisa gerar uma saída de nove bits, equivalente
a 16710 ou 101001112 para produzir a velocidade desejada do motor.
2.2.4.2 Conversor digital tipo R2R sem amplificador operacional
O conversor do tópico anterior apresenta uma desvantagem de implementação: há necessidade
de várias resistências com valores múltiplos de potências inteiras de 2. Considerando que, em
geral, o número mínimo de bits com que se trabalha é oito, a resistência da entrada do dígito
menos significativo deve ser 256 vezes a do mais significativo. Tanta diferença pode levar a
correntes ou outras características fora da faixa de operação dos circuitos, além da necessidade
de resistores com valores especiais. Mas se pode imaginar usar apenas resistores de valor R e
fazer séries destes para os demais. Neste caso, o número deles seria consideravelmente
aumentado.
O conversor abaixo usa a chamada malha R-2R, nome dado em razão da existência de dois
valores de resistências no circuito de entrada (R e 2R).
A vantagem desses conversores é que utilizam somente 2 valores de
resistores (um é o dobro do outro), o que facilita o seu projeto.
A figura a seguir ilustra um circuito básico de um conversor R-2R.
‘
O que temos então após a simplificação do circuito são dois resistores 2R
em
paralelo, em série com um resistor 2R.
Como sabemos, em um circuito paralelo de resistores, a tensão é igual para
todos eles, que nos dará o circuito equivalente a seguir.
𝑉𝑐𝑐. 𝑅 𝑉𝑐𝑐. 𝑅 𝑉𝑐𝑐
𝑉𝑠 = = =
𝑅 + 2𝑅 3𝑅 3
Pelo divisor de tensão ( resistor que se quer sobre a soma vezes a tensão total)
a) Supondo:
A = C = 1; B = D = 0
Nível lógico 1 = 3V, calcular a tensão Vs
Solução:
Para A= 1 temos:
𝑉𝑐𝑐 3𝑉
𝑉𝑠 = = =1
3 3
Para C=1 temos
𝑉𝑐𝑐 3𝑉
𝑉𝑠 = = = 0,25𝑉
12 12
Portanto, quando A = 1 e C = 1 a as demais entradas forem 0, teremos
10102, que corresponde a 10 decimal. Nestas condições 1010 2
𝑉𝑠 = 1 + 0,25 = 1,25𝑉
Exercícios:
1) Supondo: A = B = D = 1; C = 0, que representa 11012 que corresponde
a 13 decimal, calcular o valor da tensão de saída Vs, supondo nível
lógico 1 igual a 3V.
Solução:
Para A= 1 temos:
𝑉𝑐𝑐 3𝑉
𝑉𝑠 = = =1
3 3
Para B=1 temos
𝑉𝑐𝑐 3𝑉
𝑉𝑠 = = = 0,5𝑉
6 6
Para D=1 temos
𝑉𝑐𝑐 3𝑉
𝑉𝑠 = = = 0,125𝑉
24 24
Exemplo:
Dados:
Nível lógico 1 = Vcc = 3V
Nível lógico 0 = GND = 0V
R = 10kΩ
Rx = 12kΩ
Determinar o valor da tensão Vs para as entradas digitais:
a) A = 1; BCD = 0
3𝑉
𝑉𝑥 = = 1𝑉
3
12𝑘𝛺
𝑉𝑠 = 1𝑉. = 0,6𝑉
2𝑥10𝑘𝛺
b) B = 1; ACD = 0
3𝑉
𝑉𝑥 = = 0,5𝑉
6
12𝑘𝛺
𝑉𝑠 = 0,5𝑉. = 0,3𝑉
2𝑥10𝑘𝛺
c) C = 1; ABD = 0
3𝑉
𝑉𝑥 = = 0,25𝑉
12
12𝑘𝛺
𝑉𝑠 = 0,25𝑉. = 0,15𝑉
2𝑥10𝑘𝛺
d) D= 1; ABC = 0
3𝑉
𝑉𝑥 = = 0,125𝑉
24
12𝑘𝛺
𝑉𝑠 = 0,125𝑉. = 0,075𝑉
2𝑥10𝑘𝛺
O fator de proporcionalidade é de 13,333 (calculado como no capítulo
anterior). Através do fator de proporcionalidade, podemos montar a tabela
da verdade para esse conversor, que tem uma resolução de 4 bits.
Partindo de:
𝐴
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑜𝑟𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝐵
onde: A é a entrada digital, convertida para decimal (base 10) e B é a
tensão analógica da saída (Vs)
110 1
13,333 = → = 0,075V
𝐵 13,333
Isto significa que a linha 1 da tabela da verdade terá uma tensão Vs igual a
0,075V, que é a mesma coisa quando D = 1 e ABC = 0 e que, servirá como
incremento para as demais linhas.
3𝑉
𝑉𝑥 = = 0,0625𝑉
48
12𝑘𝛺
𝑉𝑠 = 0,0625𝑉. = 0,0375𝑉
2𝑥10𝑘𝛺
Podemos calcular a tensão de saída (Vs) para a última linha, ou seja, a
linha 31.
A=B=C=D=E=1
a) A = 1; BCD = 0
3𝑉
𝑉𝑥 = = 1𝑉
3
12𝑘𝛺
𝑉𝑠 = 1𝑉. = 0,6𝑉
2𝑥10𝑘𝛺
b) B = 1; ACD = 0
3𝑉
𝑉𝑥 = = 0,5𝑉
6
12𝑘𝛺
𝑉𝑠 = 0,5𝑉. = 0,3𝑉
2𝑥10𝑘𝛺
c) C = 1; ABD = 0
3𝑉
𝑉𝑥 = = 0,25𝑉
12
12𝑘𝛺
𝑉𝑠 = 0,25𝑉. = 0,15𝑉
2𝑥10𝑘𝛺
d) D= 1; ABC = 0
3𝑉
𝑉𝑥 = = 0,125𝑉
24
12𝑘𝛺
𝑉𝑠 = 0,125𝑉. = 0,075𝑉
2𝑥10𝑘𝛺
E=1 = 0,0375V
Somando os valores: 0,6V + 0,3V + 0,15 + 0,075V + 0,0375= 1,1625V
Modbus
PROFIBUS-DP
FIELDBUS Fondation,
CAN,
LonWorks
Interbus-S,
Industrial Ethernet
Os padrões de comunicação serial mais utilizados na camada física desses protocolos são RS-
232, RS422, RS485
2.2.7 Características
Há uma série de características relacionadas aos sensores que deve ser levadas e consideração
na hora da seleção do instrumento mais indicado para uma aplicação
2.2.7.1 Tipos de Saída
1) Digital ( binária) : A saída do dispositivo ( transdutor ou sensor) somente assume valores “0”
ou “1” lógicos. Esse tipo de sensor somente é capaz de identificar se um grandeza física
atingiu um valor pré determinado. Exemplo: Pressostatos, termostatos, chaves de níveis,
fluxostatos etc...
Transdutores com esse tipo de saída são largamente utilizados e controle de sequência de
eventos com uso de controladores lógico programáveis (CLP’s).
2) Analógica: O transdutor possui saída contínua. Neste caso a saída do transdutor é quase um
réplica da grandeza física medida na entrada.
2.2.7.5 Linearidade
É a curva obtida plotando os valores medidos por um transdutor sob teste contra os valores
padrão. Se o comportamento do transdutor ou sensor for ideal, o resultado do gráfico obtido é
uma reta.
2.2.7.7 Estabilidade
Relacionada com a flutuação de saída do sensor. Se a flutuação for muito alta, ou seja, se o
sensor possuir baixa estabilidade, a atuação do controlador pode ser prejudicada