Seu José Antônio, acabei de ler o artigo que o sr. me enviou, refiz me minha pesquisa
com as últimas atualizações do assunto, de maneira que irei detalhar a questão por escrito, para
que possa utilizar o texto pra quem me perguntar sobre o assunto novamente.
Resposta: Não. Ainda não há amparo legal nem jurisprudencial definitivo nesse sentido.
A seguinte noticia tem gerado esta Fake News por parte de aproveitadores:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=390299
A realidade, infelizmente, é outra: O STF já decidiu que a análise acerca da aplicação de índice
de correção monetária é matéria infraconstitucional, ou seja, o STF não vai analisar se as
pessoas tem ou não direito a revisão da conta FGTS.
(http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudenciarepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente
=4661768&numeroProcesso=848240&classeProcesso=ARE&numeroTema=787)
Ressalte-se ainda que a Ação Constitucional que lida diretamente sobre o tema da correção do
FGTS e que tramita no STF é a ADI 5090, que ainda não foi julgada. Sobre isso, consulta no
site do STF: http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4528066
Quem havia sobrestado o julgamento das ações do FGTS era o STJ e este Tribunal (STJ) já
decidiu a questão reconhecendo que as pessoas NÃO tem direito a revisão da conta FGTS
(RESp n.º 1.614.874/SC, Tema 731/STJ).
Ver noticiário do próprio STJ aqui:
http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/Not%C
3%ADcias/Judici%C3%A1rio-n%C3%A3o-pode-substituir-TR-na-
atualiza%C3%A7%C3%A3o-do-FGTS,-decide-Primeira-Se%C3%A7%C3%A3o
No Pará, ainda não identifiquei uma decisão da Justiça Federal definindo sobre o tema, mas o
Judiciário em geral tem declarado que as pessoas não tem direito a essa revisão. Vide a seguinte
notícia recente do TRF4 de setembro de 2018: https://www.conjur.com.br/2018-set-24/nao-
cabe-judiciario-alterar-indice-correcao-fgts-trf
Ressalte-se, no entanto, que existem decisões no sentido favorável à correção, mas são antigas
e não são a maioria. A bem da verdade, o assunto ainda está sendo debatido, mas o cenário não
é dos melhores.
Resposta: Se você aceitar os muitos riscos e ônus que isso incorre, como por exemplo as custas
para entrar com os recursos, além dos riscos e possíveis prejuízos em sucumbência, honorários,
custas, etc, então minha resposta é SIM.
Agora, se você não está disposto a assumir os riscos, então minha resposta é NÃO.
A lei 8.036/90, no art. 23, § 5º, parte final, prevê, especificamente quanto ao FGTS, a
“prescrição trintenária”. A mesma previsão consta do art. 55 do Regulamento do FGTS,
aprovado pelo decreto 99.684/90. O prazo prescricional de trinta anos para a cobrança das
contribuições do FGTS também é previsto na súmula 210 do STJ.
Desse modo, o prazo para ajuizar a Ação é até 13/11/2019, tendo em vista o marco inicial
que é 13/11/2014, data da decisão no STF, prazo de se concretiza a prescrição para ajuizar a
Ação..
Não obstante, mesmo entrando com a ação até a data limite (13/11/2019), faz-se
necessário analisar cada caso concreto de forma minuciosa para fins de cálculo da correção da
conta FGTS, contados da data da decisão (13/11/2014) para trás.
Forte abraço!