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Revista: Oficina Pedagógica do Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos –

Ciências Humanas – Ano: I, vol. 1 (março/2019). Araçatuba-SP 2019

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Mensal

1. Ciências Humanas 2. Sociologia – Mulher – Direitos. CEEJA/Araçatuba


CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - ARAÇATUBA

O
mês de março é agraciado com o célebre Após esse breve resumo, será exposto vários
dia internacional da mulher. Um dia estudos, com estatísticas concretas como por
importante, que simboliza às inúmeras exemplo; os principais locais onde as brasileiras
lutas travadas por direitos fundamentais. E que são assediadas, os números de inquéritos abertos
após muitos anos, há uma relativa mudança de relacionados ao feminicídio no ano de 2017
cenário. separados por estado, e um informativo sobre os
efeitos da lei Maria da Penha uma década depois.
Dessa maneira, a oficina pedagógica da área de
Ciências Humanas em 18/03/2019 levou o título de Foram separadas também pequenas biografias de
‘Ser Mulher no Brasil’. Algo que, infelizmente não algumas notáveis brasileiras ao longo da história.
é, e nunca foi algo fácil nesse Brasil de cultura Foi uma difícil escolha, pois são tantas as que
tradicionalmente machista; mesmo essa tal cultura mereciam ser lembradas, mas era preciso
machista sendo negada por grande parte da selecionar um número não muito exagerado,
sociedade, o resumo a seguir fala por si. levando em conta o objetivo central da oficina;
dentre algumas lembradas estão: Dandara, Tarsila
Precisamente nos anos 60 algumas leis que
do Amaral, Patrícia R. Galvão (Pagu), Xica da
visavam, pelo menos parcialmente, a igualar a
Silva, Hebe Camargo, Elza Soares, Zuzu Angel,
mulher na sociedade brasileira. É claro que as leis
entre outras.
referendadas a seguir vem após o decreto nº
21.076/32 assinado por Getúlio Vargas; sendo
ampliado e reafirmado tal direito, com base na
Constituição Federal de 1946.
Em uma rápida linha do tempo é possível entender
a tradição citada acima.

 Apenas em 1962 a mulher passa a ser capaz


de responder por seus atos, sem autorização
de seu marido, pai ou irmão.
 É em 1988, com a nova Constituição
Federal -chamada de Constituição Cidadã-
que é reconhecida a igualdade entre homens
e mulheres.
 1991: revogado o argumento da “Legítima
Defesa da Honra” comumente utilizada
para inocentar maridos acusados de matar
suas esposas.
 1994: Ocorre a convenção Interamericana
para prevenir, punir e erradicar a violência
contra a mulher.
 Apenas em 2005 a prática do adultério
deixa de ser criminalizada. Amparada na lei https://br.pinterest.com/pin/607000856002887565/
11.106/05.
Nas páginas a seguir, será apresentado algumas
 Mas é em 2006 que a lei mais completa de
prevenção da violência contra a mulher atividades elaboradas no dia da oficina por nossos
entra em vigor; a lei 11.340/06 carrega alunos tanto do ensino fundamental, quanto do
consigo o nome de uma das mais célebres ensino médio.
mulheres, símbolo do enfrentamento E lembrem-se sempre; em briga de marido e
feminino. Lei Maria da Penha.
mulher meta a colher SIM! Você pode salvar uma
 Mais recentemente; 2015 vem a lei do
vida.
Feminicídio, tornando o assassinato de
mulheres e trans, crime hediondo quando DISQUE DENUNCIA 180
houver violência doméstica ou familiar.

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A realidade da mulher no Brasil é que dia após dia é uma luta pela sobrevivência pois há muito assédio,
muito preconceito e machismo. A cada dia sobe o número nas estatísticas a que se enquadra
feminicídio, assédio, abuso e isso não é algo normal pois mulheres são seres humanos também. Maria
da Penha foi uma mulher que lutou anos para que seu agressor fosse punido pelos seus atos, agora tem
uma lei que carrega seu nome.

O homem acha que é superior a mulher, mas não é assim, e só vem aumentando os casos, não só no
Brasil, mas no mundo todo. Recentemente foi criada a lei do minuto seguinte onde qualquer mulher
agredida ou violentada tem prioridade em atendimento hospitalar. Estamos progredindo, mas para o
insucesso de tudo isso cada vez mais aumenta, quanto mais divulgamos mais acontece; vamos nos
conscientizar que a mulher não é objeto, e sim um ser humano como nós homens. E se avistar uma
agressão ao sexo feminino denuncie 180 uma central de denuncias e ajuda nos casos de estupros e
feminicídio.

Aluno de Geografia do 3º ano E.M.

É muito triste falar que neste sistema de coisas, nós mulheres somos as vítimas. Sofremos de todas as
formas, começando em casa; as ofensas verbais, agressões físicas. Fico muito triste em sentir e ver, a
todo momento uma mulher ser violentada, e a maioria das vezes morta de um modo cruel.

Esse número tem crescido tanto que é assustador. Há uns meses atrás vi uma matéria no jornal do
S.B.T., esse fato me chocou tanto que chorei. O ex marido invadiu a casa onde a ex esposa estava e
amputou os dois braços dela, ela permaneceu viva e ganhou as duas próteses, o ex marido foi
encontrado e permanece preso, mas a nossa lei, não age como as outras.

Em muitos casos é triste falar que a todo momento uma mulher morre. Essa é a violência, o
feminicídio onde o homem acha que a mulher é propriedade dele. Isso tem que acabar nós mulheres
temos o direito de ir e vir, e tentar ser feliz.

Aluna de Geografia do 2º ano E.M.

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As informações apresentadas só nos mostram que, embora as mulheres já tenham conquistado alguns
direitos, ainda nos falta um longo caminho para percorrer. A implantação da lei Maria da Penha, e a
lei do Feminicídio foram conquistas importantes, porém a taxa de violência contra a mulher, pelo
simples fato dela ser mulher, ainda é alta, o que nos mostra o machismo enraizado na sociedade. O
pensamento de que mulheres não podem sair sozinhas, não podem usar roupas curtas ou que não
podem escolher não se casar e/ou não ter filhos, é um pensamento antiquado e que não condiz com os
dias atuais.

A popularização do feminismo tem ajudado a mudar a mente de várias pessoas, apesar de que existem
quem acha que o feminismo é o pensamento de que as mulheres são superiores aos homens. Esse
pensamento é incorreto pois o feminismo nada mais é do que a igualdade entre gêneros.

O que poderia melhorar, na minha opinião, é a maior inclusão das mulheres trans e negras, que são as
que mais sofrem abusos ou preconceito. Também gostaria de ver mais mulheres em cargos importantes
e a conquista de direitos como a descriminalização do aborto e a cirurgia de retirada do útero, mesmo
sem ter filhos.

Aluna de Geografia do 2º ano do E.M.

A mulher de antigamente não tinha direito algum, era hostilizada, não tinha direito a voto, não podia
sair de casa sem o marido, não podia trabalhar sem o consentimento do marido. Era uma vergonha
para a sociedade uma mãe solteira, pois muitas vezes era usada como moeda e troca de seus pais, era
tratada como mercadoria.

Era constantes mortes, espancamentos; a violência contra mulheres era enorme. Mas elas estão
conquistando seu espaço. Hoje com as leis para protege-las: lei Maria da Penha, estatudo da mulher
casada, crime de adultério, lei do feminicídio, e a igualdade entre homens e mulheres pela
constituição federal.

Nos dias de hoje não vejo/não convivo com mulheres sendo menosprezadas, ganhando menos que
um homem trabalhando na mesma função; hoje você vê mulher no mais alto escalão do governo e
em empresas. Admiro ver uma mulher trabalhando como mestre de obras, motorista de caminhão,
prefeita, etc. Cargos que antes só era ocupado por homens. Hoje elas têm seus direitos preservados;
tem um longo caminho pela frente ainda, mas foram grandes conquistas até agora.

Aluno de Sociologia do 3º ano do E.M.

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Lei Maria da Penha: a mais completa lei de prevenção e enfrentamento da violência contra a mulher.
Na minha opinião é que a lei tem que ser mais rígida, porquê o cara bate ou mata a mulher e paga a
fiança e sai pela porta da frente. Está é minha opinião. Crime de adultério deixa de ser crime. Na
minha opinião adultério não é um crime, e sim um pecado para Deus.

Aluna de História do 7º Ano do E.F.

Treze mulheres são assassinadas por dia no Brasil. Sete assassinatos são praticados por pessoas
próximas. A cada uma hora e meia, uma mulher morre no Brasil por causas violentas. A taxa de
feminicídio no Brasil: 4,8 para cada 100 mil mulheres; a quinta maior do mundo segundo a OMS.

O feminicídio hoje me dia está superando alguns tipos de crime, graças a sociedade dos dias atuais.
Que insistem em achar que o homem tem direito sobre a mulher, achando que são propriedade deles.
Muitas vezes impedidas de trabalhar, de estudar, e fazer as coisas mais comuns que podemos
imaginar. Muitas acreditam que não são capazes de se sustentar sem os maridos; o que é um absurdo,
porque são instruídas a achar isso. Graças a Deus isso tem mudado com a independência da mulher.

Devemos ensinar ao homem que ele não é melhor que a mulher, só por ser homem. Devemos ensinar
nossos filhos a dividir as tarefas de casa, porquê essa ideia de que, quem faz tarefa doméstica é
mulher, é extremamente machista e retrógrada. Precisamos ensinar empatia, respeitar as diferenças,
ensinar o amor ao próximo, a ajudar quem precisa de ajuda. Ensinar a não ser machista.

E só assim podemos criar pessoas evoluídas e viver em um mundo melhor. As mulheres são livres,
tem o direito de ser e usar o que quiser e onde quiser. Denuncie 180.

Aluno de Geografia do 3º ano E.M.

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Por fim, seguem dois excertos retirados dos livros (Caderno do estudante) usados
nas aulas do CEEJA.

VIOLENCIA DOMÉSTICA documento afirma que houve um aumento de


217,6% no número de mulheres assassinadas
O fenômeno da violência doméstica é uma
no país em 30 anos, saltando de 1.353 mortes
realidade no Brasil. Os estudos sobre esse tipo
em 1980 para 4.297, em 2010.
de violência ganharam força no País a partir dos
anos 1980, acompanhando o processo de Caderno do Estudante – Sociologia E.M
redemocratização. (...) Dentro do conceito de Vol: 2, págs: 73, 74 e 75.
violência doméstica é possível falar tanto de
violência física como de violência psicológica.
As manifestações de violência física são CONTRIBUIÇÃO DE ALGUNS
relatadas com mais frequência e oficialmente ESPECIALISTAS
denunciadas e registradas pelos órgãos
competentes responsáveis, que prestam No artigo O Eros das diferenças (2003), do
atendimento e auxílio às vítimas, como cientista político e filósofo Sérgio Paulo
delegacias especializadas no atendimento às Rouanet, publicado por ocasião da fundação do
Laboratório de Estudos sobre a Intolerância
mulheres ou mesmo hospitais e prontos-
(LEI), esse estudioso brasileiro detém-se sobre
socorros. Já a violência psicológica, que pode
se manifestar por meio de pressões, ameaças, o tema da intolerância, analisando que suas
gestos e palavras agressivas, é mais difícil de causas são de ordem filogenética, ou seja,
ser reportada, sendo muitas vezes apenas relacionada com o desenvolvimento da espécie
relatada com episódios de agressão física, mas humana, e ontogenética, isto é, relativa ao
pode ser motivo de processo judicial. desenvolvimento do indivíduo, desde a
concepção até a maturidade. A primeira causa
diz respeito a uma tendência do ser humano
(como espécie) em demarcar o que é seu e o que
Mapeamento aponta aumento da violência
é do outro. A segunda causa está relacionada
contra a mulher
com o indivíduo que tende a se identificar com
Apesar da severidade da Lei Maria da Penha e o grupo a que pertence, investindo- o de amor e
do maior investimento em políticas públicas, o características perfeitas, ao passo que se
índice de homicídios de mulheres continua alto, contraidentifica com quem julga estar fora do
fazendo do Brasil o sétimo colocado em lista grupo, odiando-o e lhe atribuindo
que contabiliza assassinatos de mulheres em 84 características negativas. Para o pesquisador,
países. De 1980 a 2010, 91 mil mulheres foram essas causas são inclinações que somente se
assassinadas no Brasil, mais de 43 mil só na transformam em comportamentos
última década. As que têm entre 15 e 39 anos discriminatórios se reforçadas por fatores
correm mais risco. E o local de maior perigo externos, como a miséria, o desemprego, a
para elas é a própria casa. Isso é o que mostra o ignorância, a perda da identidade e dos valores,
Mapa da violência 2012 – homicídios de a insegurança. Sérgio Rouanet defende que o
mulheres no Brasil, publicado pelo Instituto conhecimento das causas é crucial para que se
Sangari em parceria com a Faculdade Latino- possa não só compreender por que a
Americana de Ciências Sociais (Flacso). O intolerância ocorre, mas principalmente para

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criar uma cultura da tolerância, na qual a importante destacar que a receptividade ao


diferença seria aceita e o outro, compreendido. discurso totalitário se assenta na não reflexão
por parte do sujeito, ou seja, a reflexão é uma
(...) uma das estratégias utilizadas pela
das ferramentas contra o preconceito. Por isso,
propaganda nazista para seduzir a população
quando se trata de conceitos como racismo
era a divisão do mundo entre bons (aqueles que
moderno e preconceito, percebe- se quão
pertencem ao grupo) e maus (aqueles que estão
complexos eles são. Assim, para melhor
fora do grupo). O sentimento de pertencimento
compreendê-los, é necessário desconstruí-los.
é explorado para que o sujeito entenda e deseje
Para avançar nessa reflexão, é preciso
a salvação dos primeiros (bons) e a condenação
considerar a importância da educação como
dos segundos (maus). A propaganda funciona
instância de estudo, análise e compartilhamento
na medida em que faz uso de estereótipos e
de pesquisas.
repetições constantes, de modo que o público
os aceite como se fossem normais, sem refletir Caderno do Estudante – Filosofia E.M. Vol. 2,
a respeito. A padronização leva o sujeito a se págs: 24, 25 e 26
identificar facilmente com a ordem. É
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OFICINA PEDAGÓGICA DE CIÊNCIAS HUMANAS


Organização e execução; docentes da área de Helenice Bispo dos Santos
ciências humanas
Iago Ferreira Morbi dos Santos
Emerson Fauzer da Silva
Isabella Conduta Crepaldi
Felipe Sgoti Padoves
Lidia Mercadante de Oliveira
Gilmar Francisco dos Reis
Natalia Roseane de S. Trigilio
Iago Ferreira Morbi dos Santos
Ricardo Vieira Batista
Rosilene Maciel Santana dos Santos
Rosilene Maciel Santana dos Santos
Sônia Aarecida dos Santos
Sérgio Martins
Simone Cristina Garcia Feiteira
Corpo docente completo do CEEJA:
Sônia Aparecida dos Santos
Alessandra Baroni
Vanessa Ferlete Santana Satin
Ana Carolina dos Santos Campos
Bruna Roberta Lima Velozo
Equipe gestora e administrativa:
Cristiane Gomes da Silva
Amanda Rodrigues Cardoso Ferreira
Elaine Cristina de França
Climene Josefa Beraldo Antonello
Eliandra de Mello Bonotto
Edegar Itiro Takada
Emerson Fauzer da Silva
Kelly Cristina do Nascimento e Silva
Érica Natalia Costa Torres
Lelaine de Oliveira Nicolette Santos
Fabiana Varges da Silva
Maria Eliza Falaschi Nucci
Felipe Sgoti Padoves
Renan Sakamoto Kawagoe
Gilmar Francisco dos Reis

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