Robô Paro, bebê-foca criado no Japão: eficiência estudada por pesquisadores — Foto: Divulgação
A edição especial foi organizada pela médica Rachel Pruchno, editora-chefe da publicação e
diretora do New Jersey Institute for Sucessful Aging, que declarou: “a tecnologia tem grande
potencial de melhorar a vida dos idosos. No entanto, para ser útil, geriatras e especialistas em
gerontologia devem participar de todas as etapas do processo para a criação de produtos e
softwares, porque podem facilitar a experiência dos consumidores mais velhos. Engenheiros e
profissionais de marketing não têm essa expertise, daí a importância de todos trabalharem em
parceria. Do contrário, corre-se o risco de gastar dinheiro numa tecnologia inútil”.
Um dos trabalhos dos pesquisadores foi comparar a eficácia do robô Paro, um bebê-foca criado
no Japão, com outros animais de pelúcia utilizados no tratamento de pacientes com demência.
Dotado de movimentos que “respondem” à interação, as adoráveis foquinhas melhoraram o humor
e reduziram a agitação dos idosos, facilitando a comunicação com seus familiares, enquanto os
bichos tradicionais não traziam o mesmo engajamento. Um senão: um bebê Paro custa algo em
torno de 6.500 dólares, o equivalente a 24 mil reais.
Foram aprovados 230 novos emojis (contando com todas as variações) que devem chegar
no próximo mês. A acessibilidade ganhou dezenas de representações. E há, finalmente,
uma gota de sangue para o período.
O primeiro beta do iOS 12.1 já foi lançado pela Apple e trouxe novos emojis, novidade muito
aguardada pelos usuários de iPhones e iPads, desde o anúncio feito pela Maçã em junho.
A acessibilidade e a inclusão de pessoas com deficiências chegaram aos emojis. As imagens
estão visando a inclusão e trazem cabelos crespos e cacheados, com tons de ruivos e grisalhos,
além de personagens carecas. Animais novos também estão sendo adicionados: há imagens de
alpaca, canguru, cisne, guaxinim, hipopótamo, papagaio e pavão, além de um mosquito que
lembra muito o Aedes aegypti. Também foram adicionados objetos como saleiro, bússola, uma
bolsa de viagem e até mesmo um amuleto de proteção pagão, skate e equipamentos esportivos
de softball e lacrosse.
A nova colecção de 230 ícones — contabilizando todas as variações possíveis, como por exemplo
gênero e tom de pele — foi aprovada e quando começar a chegar aos smartphones, já em Março,
vai trazer mais representatividade às experiências de quem vive com acessibilidade reduzida.
Há, por exemplo, personagens a apontarem para um ouvido de forma a indicarem que são surdas;
outras em cadeiras de rodas manuais e eléctricas; cães de assistência e membros robóticos.
Alguns destes exemplos já tinham sido propostos e anunciados pela Apple em Março último e
foram agora aprovados.
Mas há uma outra adição há muito pedida — e que chega já no próximo mês: uma gota de sangue
para representar a menstruação. Lucy Russel, directora geral da Plan International UK, uma
associação que defende os direitos de meninas e tem feito lobby pelo ícone há já dois anos,
reconhece "o passo gigante em direcção à normalização dos períodos e à destruição do estigma
que os rodeia", já que "acabar a vergonha à volta do período começa ao falarmos sobre ele". Ou
a enviarmos um emoji.
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6 de Fevereiro de 2019
8º ano
Dan Slayback, pesquisador da Nasa, descreve a experiência que teve ao visitar uma nova ilha
que nasceu no Pacífico e que vem, desde então, intrigando os cientistas da agência espacial
americana.
A ilha vulcânica surgiu no oceano em 2015 após uma erupção e faz parte do arquipélago de Tonga.
Mas por que ela vem chamando a atenção?
A ilha é especialmente interessante porque apenas três, nos últimos 150 anos, nasceram de
erupções - ela faz parte do grupo e tem sobrevivido há meses à poderosa erosão do oceano. Mas
não é só isso.
Lodo e cascalho
Slayback visitou a ilha com um pesquisador de Tonga, cientistas e estudantes da Sea Education
Association (Associação de Estudos Marinhos, em tradução literal), um programa de exploração
oceânica para estudantes universitários com sede em Woods Hole, Massachusetts, nos Estados
Unidos. O grupo chegou a bordo de um navio da Associação.
A ilha é tão nova que não tem nome e é descrita simplesmente como HTHH, a combinação do
nome de duas ilhas próximas, Hunga Tonga e Hunga Ha'apai.
"A maior parte da ilha é como um cascalho negro. Eu não chamaria de areia porque as pedras
são do tamanho de uma ervilha", disse Slayback, que é cientista do Centro de Voos Espaciais
Goddard, o centro de pesquisas da NASA em Maryland.
"Para andar no local quase todos usávamos sandálias. Era muito doloroso sentir as pedras
debaixo dos pés", disse o pesquisador em um blog da Nasa.
Dan Slayback "Me surpreendeu o quão valioso foi estar pessoalmente na ilha. Quando você está
lá, vê claramente o que acontece com o terreno", disse Dan Slayback, pesquisador da Nasa.
Ele também observou que, no local, "há como uma argila que se estende a partir do centro". "Nas
imagens de satélite você vê claramente esse material colorido, é lodo argiloso."
"É muito pegajoso. Quando o vimos não sabíamos o que era e sua origem ainda me intriga. Porque
não é cinza vulcânica."
Vegetação e pássaros
A lama não foi a única surpresa para os pesquisadores.
Slayback e os estudantes fotografaram a vegetação que está colonizando o terreno e que
provavelmente cresceu a partir de sementes que chegaram à ilha em fezes de pássaros.
Dan Slayback Os cientistas também encontraram aves marinhas trinta-reis-das-rocas
(Onychoprion fuscatus) na nova ilha
Uma coruja, inclusive, provavelmente residente na vegetação das ilhas próximas, apareceu no
local enquanto estavam lá.
Os cientistas também encontraram aves marinhas trinta-reis-das-rocas (Onychoprion fuscatus),
nas depressões da terra ao redor da cratera.
Dan Slayback Os estudantes fizeram registros da nova ilha com unidades de GPS e usaram
drones para mapear o terreno
Buracos nas falésias ao redor da cratera são outro mistério.
"Me surpreendeu o quão valioso foi estar pessoalmente na ilha. Quando você está lá, vê
claramente o que acontece com o terreno", disse Slayback.
"A erosão causada pela chuva na ilha é muito mais rápida do que eu imaginava."
Por G1
06/02/2019
Imagem mostra diferentes estágios das células de camundongos: células novas, velhas e velha tratadas com
medicamento contra o HIV — Foto: Sedivy Lab/Brown University
Um novo estudo publicado na revista "Nature" aponta que um medicamento usado no tratamento
de HIV reduz significativamente a inflamação relacionada à idade e outros sinais de
envelhecimento em camundongos.
No novo estudo, a equipe de pesquisa mostrou que a replicação das cópias de DNA de L1 é
detectada por uma resposta imune antiviral, que desencadeia a inflamação nas células vizinhas.
Como acontece a inflamação:
Entendendo isso, a equipe descobriu o mecanismo potencial através do qual esses genes
saltadores podem causar inflamação celular sem necessariamente causar danos ao genoma.
Sedivy e seus colegas pensaram que este tipo de medicamento poderia impedir a replicação do
L1 e assim prevenir a resposta imune que causa a inflamação.
A equipe testou seis diferentes inibidores da transcriptase reversa do HIV para verificar se eles
poderiam bloquear a atividade de L1 e sua replicação descontrolada. Uma droga genérica contra
o HIV, a lamivudina, destacou-se por sua atividade e baixos efeitos colaterais.
O crescimento de células humanas na presença de lamivudina não teve impacto quando as células
atingiram a "velhice" nem mataram estas células velhas, disse Sedivy. Mas a lamivudina diminuiu
a replicação descontrolada e as principais características das células velhas que promovem a
inflamação em suas vizinhas.
"Quando começamos a dar este remédio de HIV para camundongos, notamos que eles tinham
esses incríveis efeitos anti-inflamatórios"- John Sedivy, principal autor do estudo e professor da
Universidade Brown
"Nossa explicação é que, embora os L1s sejam ativados relativamente tarde nas células velhas,
a replicação reforça a resposta que é responsável pela inflamação associada à idade", disse
Sedivy.