Problema --> "[...] surge do fato de que a certeza do sujeito de possuir a verdade
do objeto é, por sua vez, objeto de uma experiência na qual o sujeito aparece a si mesmo
como instaurador da verdade do objeto."(p.15) --> caráter idealista
" A vida é a verdade da natureza [...]"(p.16)
" Nas figuras da consciência a verdade, enquanto distinta da certeza é para a
consciência, um outro, uma vez que é verdade de um mundo exterior que ainda não
passou para a verdade originária e fundadora da própria consciência."(p.17)
Descartes não coloca o EU como figura de identidade vazia. " Na verdade, a
consciência de si é a partir do ser do mundo sensível e do mundo da percepção e é,
essencialmente, um retorno a partir do ser-outro."(p.17).
Mundo sensível --> não é mais objeto como também é ser --> marcado pelo
caráter do negativo --> em - si deve ser suprimido ---> identidade concreta
"consciência de si alcança sua satisfação somente numa outra consciência de si"
Prefácio
Filosofia reside no elemento da universalidade --> em se inclui o particular
" Quando, por exemplo, a anatomia é entendida como o conhecimento das partes
do corpo, segundo sua existência inanimada, há consenso de que não se está de posse da
Coisa mesma, do conteúdo de tal ciência; é preciso, além disso, passar à consideração
do particular."(p.23)
" Não concebe a diversidade dos sistemas filosóficos como desenvolvimento
progressivo da verdade, mas só vê na diversidade e contradição."(P.24)
Esse em-si-e-para-si " [...] deve ser para si como objeto suprassumido e refletido
em si."(p.36)
" A ciência é a efetividade do espírito, o reino que ele para si mesmo constrói em
seu próprio elemento."(p.37)
" É a pura espiritualidade como o universal, que tem o modo da imediatez
simples. Esse simples, quando tem como tal a existência, é o solo da ciência, que é o
pensar, o qual só está no espírito."(p.37)
" Para a ciência, o ponto de vista da consciência - saber das coisas objetivas em
oposição a si mesma, e a si mesma em oposição a elas - vale como o Outro: esse Outro
em que a consciência se sabe junto a si mesma, antes como perda do espírito. Para a
consciência, ao contrário,o elemento da ciência é um Longe além, em que não possui
mais a si mesma."(p.37)
" [...] já que a consciência imediata tem o princípio de sua efetividade na certeza
de si mesma, a ciência, tendo fora de si esse princípio, traz a forma da
inefetividade."(p.38)
" O que esta 'Fenomenologia do espírito' apresenta é o vir-a-ser da ciência em
geral ou do saber. [...] Para tornar-se saber autêntico, ou produzir o elemento da ciência
que é seu conceito puro, o saber tem de esfalfar através de um longo caminho."(p.38)
" A ciência, seja o que for em si mesma, para a consciência-de-si imediata se
apresenta como um inverso em relação a ela. Ou seja: já que a consciência imediata
tem o princípio de sua efetividade na certeza de si mesma, a ciência, tendo fora de si
esse princípio, traz a forma da inefetividade."(p.38)
" A ciência apresenta esse movimento de formação cultural em sua atualização e
necessidade, como também apresenta em sua configuração o que já desceu ao nível de
momento e propriedade do espírito."(p.39) --> meta final --> "[...] intuição espiritual do
que é o saber."(p.39) --> cada momento é necessário --> cada momento é "[...]
considerado absolutamente enquanto sua determinidade for vista como todo ou concreto
ou o todo ( for visto) na peculiaridade dessa determinação."(p.39)
" [...] o conteúdo é propriedade da substância."(p.40). O ser-aí se torna um ser
em si, o conteúdo entretanto, torna-se um Em-si-rememorado --> deve ser convertido
em um ser-para-si. --> suprassumir o ser-aí --> o ser-aí --> Negação --> transferido ao
elemento do Si
" [...] o saber é o agir do Si universal, e o interesse do pensar."(p.40)
" O bem reconhecido em geral, justamente por ser bem -conhecido, não é
reconhecido. É o modo mais habitual de enganar-se e de enganar os outros: pressupor n
conhecimento algo como já conhecido e deixá-lo tal como está."(p.40) --> " [...] são
sem exame postos no fundamento, como algo bem conhecido e válido, constituindo
pontos fixos tanto para a partido quanto para o retorno."(p.41)
" Analisar uma representação, como ordinariamente se processava, não era outra
coisa que suprassumir a forma de seu Ser-bem-conhecido."(p.41)--> decomposição em
elementos originários --> retrocesso.--> " [...] essa análise só vem a dar em
pensamentos, que por sua vez são determinações conhecidas, fixas e tranquilas."(p.41) -
-> porém é um momento essencial e inefetivo. " A atividade do dividir é a força e o
trabalho do entendimento, a força maior e mais maravilhosa, ou melhor: a potência
absoluta."(p.41)
A força do negativo reside no fato de que " [...] separado de seu contorno, o
acidental como tal - o que está vinculado, o que só é efetivo em sua conexão com outra
coisa - ganhe um ser-aí próprio e uma liberdade á parte [...] é a energia do pensar, do
puro Eu."(p.41)--> quando eu destaco algo do seu círculo fechado --> isso ganha um
ser-aí próprio. --> ação da negatividade.
" O espírito só alcança sua verdade na medida em que se encontra a si mesmo no
dilaceramento do absoluto."(p.41)
" Ao contrário, o espírito só é essa potência enquanto encara diretamente o
negativo e se demora junto dele."(p.41) --> essa demora -> converte o negativo em ser
" [...] o sujeito é a substância verdadeira, o ser ou a imediatez - que não tem fora
de si a mediação, mas é a mediação da mesma."(p.42)
O que é representado é levado a universalidade, porém ainda é apenas um
aspecto, não se configura como uma formação cultural plena.Nos tempos antigos o
indivíduo focava no filosofar sobre tudo e " [...] se educava para a universalidade
atuante em todos os aspectos do concreto. Nos tempos modernos, ao contrário, o
indivíduo encontra sua forma abstrata pronta."(p.42) o trabalho de hoje consiste " [...] o
suprassumir dos pensamentos determinados e fixos, efetivar e espiritualizar o
universal."(p.42)
Levar o pensamento a fluidez é dificil
determinações tem por substância e por elemento de seu ser-aí o Eu --> potência
do negativo ou a efetividade pura
enquanto --> determinações sensíveis têm apenas as imediatez abstrata
impotente ou o ser como tal.
Essa fluidez só é atingida quando o " [...] puro pensar, esse imediatez interior, se
reconhece como momento [...]"(p.42). Essa fluidez acontece quando o Eu se abstrai de
si mesmo.
" Mediante esse movimento ( o movimento aqui no caso é o afastamento do puro
pensar,abstração do Eu --> nota minha), os puros pensamentos se tornam conceitos, e
somente então eles são o que são em verdade: automovimentos, círculos. São o que sua
substância é: essencialidades espirituais."(p.42) 00> definição do conceito --> natureza
da cientificidade -> caminho é um vir-a-ser
Ser- aí do espírito --> é o imediato ou o começo
" O elemento do ser-aí imediato é, por isso, a determinidade pela qual essa parte
da ciência se diferencia das outras."(p.43)
ser-aí imediato do espírito --> a consciência --> 2 momentos
- Saber
- Objetividade negativo em relação ao saber
" A ciência desse itinerário é a ciência da experiência que faz a consciência; a
substância é tratada tal como ela e seu movimento são objetos da consciência."(p.43)
" A consciência nada sabe, nada concebe, que não esteja em sua experiência,
pois o que está na experiência é só a substância espiritual, e, em verdade, como objeto
de seu próprio SI."(p.43)
" Experiência é justamente o nome desse movimento em que o imediato, o não
experimentado, ou seja, o abstrato - quer do ser sensível, quer do Simples apenas
pensado - se aliena e depois retorna a si dessa alienação; e por isso - como é também
propriedade da consciência - somente então é exposto em sua efetividade e
verdade."(p.43)
O negativo é próprio sujeito --> " O que parece ocorrer fora dela - ser uma
atividade dirigida contra ela - é o seu próprio agir [...]"(p.44) --> espírito terá tornado o
seu ser-aí igual à sua essência / superado o elemento abstrato da imediatez e da
separação entre o saber e a verdade / " O ser está absolutamente mediatizado: é
conteúdo substancial que também, imediatamente, é propriedade do Eu; tem a forma do
Si, ou seja, é conceito."(p.44)
" O verdadeiro e o falso pertencem aos pensamentos determinados que, carentes-
de-movimento, valem como essências próprias, as quais, sem ter nada em comum,
permanece isoladas, uma em cima, outra embaixo."(p.45)
" O falso- pois só dele aqui se trata - seria o Outro, o negativo da substância, a
qual é o verdadeiro, como conteúdo do saber."(p.45) " Saber algo falsamente significa
que o saber está em desigualdade com sua substância. Ora, essa desigualdade é
precisamente o diferenciar em geral, é o momento essencial. É essa diferenciação que
provém sua igualdade; e essa igualdade que-veio-a-ser é a verdade."(p.45)
" [...] a desigualdade como negativo, como o Si, está ainda presente ela mesma
no verdadeiro como tal, imediatamente."(p.45) O falso e o verdadeiro só se unem
exteriormente." [...] o falso é um momento da verdade, [mas] não mais como
falso."(p.46)
A natureza da verdade de um triângulo retângulo " [...] é diferente da natureza
das verdades filosóficas."(p.46)
" Mas até mesmo verdades nuas, como as supracitadas em exemplo, não sem o
movimento da consciência-de-si."(p.46)
" O movimento da prova matemática não pertence àquilo que é objeto, mas é um
agir exterior à Coisa."(p.47) A prova matemática é só relação com o sujeito.
"Assim não é a natureza do triângulo retângulo que se decompõe tal como é
representada na construção necessária à demonstração do teorema que exprime sua
relação; todo o [processo de] produzir o resultado é um caminho e um meio de
conhecimento."(p.47)
- vir-a-ser do ser-aí como ser -aí --> conhecimento matemático
- vir-a-ser da essência ou da natureza interior da coisa
- Introdução
Filosofia primeiro precisa pôr de acordo com o conhecer que pode ser
considerado com um instrumento para atingir o absoluto ou um meio sobre o qual o
absoluto é contemplado.
" [...] em seu conceito, todo empreendimento visando conquistar para a
consciência o que em si, mediante o conhecer; e que entre o conhecer e o absoluto passa
uma nítida linha divisória."(p.69)
" [...] se o conhecer é o instrumento para apoderar-se da essência absoluta, logo
se suspeita que a aplicação de um instrumento não deixe a Coisa tal como é para si, mas
com ele traga conformação e alteração."(p.69) ou é um meio passivo " nesse caso
também não recebemos a verdade com é em si, mas como é nesse meio e através
dele."(p.69). Contradição obtemos um geral através de um meio. Se a gente conhecer o
modo-de-atuação, podemos descontar na representação do absoluto posteriormente.
" Ao retirar novamente, de uma coisa elaborada o que o instrumento operou
nela, então essa coisa - no caso absoluto - fica para nós exatamente como era antes
desse esforço;que, portanto, foi inútil."(p.70)
" Com efeito, o conhecer não é o desvio do raio: é o próprio raio, através do qual
a verdade nos toca. Ao subtraí-lo, só nos restaria a pura direção ou o lugar vazio."(p.70)
" De fato, esse temor de errar pressupõe como verdade alguma coisa (melhor,
muitas coisas) na base de suas precauções e consequências; - verdade que deveria antes
ser examinada."(p.70) --> o medo do erro é, antes, medo da verdade uma vez que o erro
pressupõe que o conhecimento que está fora da verdade seja também verdadeiro.
Ele usa o conhecimento enquanto método ???
" No entanto, a ciência, pelo fato de entrar em cena, é ela mesma uma aparência
[fenômeno]: seu entrar em cena não é ainda ciência realizada e desenvolvida em sua
verdade."(p.71)
" [...] a ciência deve libertar-se dessa aparência, e só pode fazê-lo voltando-se
contra ela."(p.71)
" A consciência natural vai mostrar-se como sendo apenas conceito do saber, ou
saber não real."(p.72)
" Ao contrário, a dúvida [que expomos] é a penetração consciente na inverdade
do saber fenomenal; para esse saber, o que há de mais real é antes somente o conceito
irrealizado."(p.73)