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TIRANIA DO

URGENTE

Charles E. Hummel
Translated by Renato Frossard
Você já desejou que o dia tivesse trinta horas?
Certamente este tempo extra aliviaria a
tremenda pressão sob a qual vivemos. Nossas
vidas deixam uma trilha de tarefas inacabadas.
Cartas não respondidas, amigos não visitados,
livros não lidos assombram momentos de
quietude quando paramos para avaliar o que
nós temos realizado. Precisamos
desesperadamente de alívio.

Mas será que este dia mais longo


realmente resolveria nosso problema? Não
ficaríamos logo tão frustrados como estamos
agora com as vinte e quatro horas disponíveis?
Dificilmente escaparíamos do Princípio de
Parkinson: o trabalho se expande de forma a
preencher todo o tempo disponível.

Nem tampouco irá a passagem do tempo,


necessariamente, nos ajudar a dar conta de tudo.
Os filhos crescem em número e idade para
requerer cada vez mais de nosso tempo. Maior
experiência profissional e religiosa traz
compromissos cada vez mais exigentes. Nos
encontramos trabalhando mais e aproveitando
menos.
Prioridades Confusas

Quando paramos o suficiente para pensar a


respeito, percebemos que nosso dilema vai além
da falta de tempo; ele é basicamente um
problema de prioridades. Trabalho duro não nos
machuca. Todos nós sabemos o que é trabalhar a
todo o vapor por longas horas, totalmente
envolvidos em uma tarefa importante. O cansaço
resultante coincide com um senso de realização
e alegria. Não o trabalho duro, mas a dúvida e a
apreensão produzem ansiedade quando
revemos um mês ou um ano e nos sentimos
oprimidos pela pilha de tarefas inacabadas. Nós
desagradavelmente sentimos nossa falha em
fazer aquilo que realmente importava. Os ventos
das cobranças de outras pessoas, e nossas
próprias compulsões, nos dirigiram a um abismo
de frustração. Nós confessamos, bem distante de
nossos pecados, “Nós fizemos as coisas que não
deveríamos, e deixamos de fazer aquelas que
deveríamos ter feito.”

Um experiente gerente de uma fábrica me


disse certa vez, “Seu maior perigo é permitir que
as coisas urgentes acabem atrapalhando as
importantes.” Ele não fazia ideia de quão
poderoso foi o seu conselho. Ele frequentemente
tem voltado para me assombrar e repreender ao
relembrar a vital questão das prioridades.

Vivemos em constante tensão entre o


urgente e o importante. O problema é que
muitas tarefas importantes precisam ser feitas
hoje, ou mesmo esta semana. Mais horas de
oração e estudo da Bíblia, uma visita a um amigo
idoso, a leitura de um livro importante: estas
atividades podem, geralmente, esperar um
pouco mais. Mas, frequentemente, tarefas
urgentes, porém menos importantes pedem
nossa resposta imediata – infinitas demandas
pressionam cada manhã.

O lar de uma pessoa não é mais um


castelo, um lugar privado longe de afazeres
urgentes. O telefone rompe suas paredes com
incessantes demandas. O apelo dessas
exigências parece irresistível, e elas devoram
nossas energias. Mas á luz da eternidade sua
proeminência momentânea desvanece. Com um
sentimento de perda, relembramos os trabalhos
importantes que deixamos de lado. Percebemos
que nos tornamos escravos da tirania do
urgente.
Há alguma forma de escapar desta
maneira de viver? A resposta está na vida de
nosso Senhor.

The Example of Jesus

Na noite anterior à sua morte, Jesus fez uma


surpreendente afirmação. Nesta grande oração
de João 17 Ele disse a seu Pai, “Eu te glorifiquei
na terra completando a obra que me destes para
fazer” (v.4).

Nós nos questionamos como Jesus pode


ter falado a respeito de um trabalho completo.
Seu ministério de três anos pode nos parecer
demasiadamente curto. Uma prostituta no
banquete de Simão encontrou perdão e uma
nova vida, mas muitas outras ainda continuavam
na mesma situação. Para cada dez músculos
frouxos que recobraram a saúde, uma centena
permaneceu impotente. Cegos, aleijados e
enfermos abundavam pela terra. Ainda assim, na
última noite, mesmo com tantas necessidades
humanas urgentes não atendidas e tarefas úteis
não cumpridas, o Senhor estava em paz. Ele
sabia que tinha completado o trabalho que Deus
lhe havia dado.
Em muitas ocasiões Jesus declarou que
não veio para executar seus próprios planos. “Eu
desci do céu não para realizar minha vontade,
mas a vontade daquele que me enviou... Eu nada
faço por mim mesmo mas falo apenas aquilo que
o Pai me ensinou... Eu sempre faço aquilo que o
agrada (João 6:38; 8:28-29).

Os evangelhos mostram que Jesus


trabalhou duro. Depois de descrever um dia
cheio, Marcos relata, “Aquela tarde, depois do
por do sol, as pessoas trouxeram a Jesus todos
os doentes e endemoninhados. A cidade interia
se ajuntou à porta, e Jesus curou muitos que
tinham várias doenças. Ele também expulsou
muitos demônios” (Marcos 1:32-34).

Em outra ocasião as demandas dos


doentes e paralíticos mantiveram Jesus e seus
discípulos tão ocupados que eles nem sequer
tiveram tempo para se alimentar. A família de
Jesus foi para se encarregar dele, concluindo que
ele estava louco (Marcos 3:20-21). Ainda depois
de outro cansativo sermão, Jesus e seus
discípulos deixaram a multidão e entraram em
um barco. “Uma forte tempestade sobreveio, e as
ondas entravam no barco, de forma que ele
quase afundou.” No entanto, Jesus dormia
(Marcos 4:35-38). Que imagem de exaustão!

Apesar disso a vida de Jesus nunca foi


apática; ele tinha tempo para as pessoas. Ele
podia passar horas conversando com alguém, tal
como a mulher samaritana junto ao poço (João
4). Sua vida mostrava um maravilhoso equilíbrio,
um senso de timing. Certa ocasião, seus irmãos o
apressavam para ir à Judeia. Jesus respondeu,
“Para mim ainda não chegou o tempo certo; para
vocês qualquer tempo é certo.” (João 7:6).

Em A Disciplina e Cultura da Vida


Espiritual A. E. Whiteham observa, “Aqui neste
home há propósito adequado...paz interior, que
dá um ar de lazer a sua vida agitada. Acima de
tudo há neste homem um segredo e um poder
de lidar com a matéria residual da vida, o que
sobra da dor, desapontamento, inimizade,
morte... fazendo de uma vida de cerca de trinta
anos, abruptamente interrompida, se tornar
uma vida completa. Nós não podemos admirar o
equilíbrio e a beleza desta vida humana, e então
ignorar as coisas que a fizeram.”

Aguarde por Instruções


Qual era o segredo do ministério de Jesus? Nós
encontramos uma pista importante no relato de
Marcos a respeito do que aconteceu depois
daquele mesmo dia cheio de ensinamentos e
curas que mencionamos anteriormente. “Bem
cedo de manhã, enquanto ainda estava escuro,
Jesus levantou-se, saiu da casa e foi para um
lugar solitário, para orar” (Marcos 1:35). Ele
orava enquanto aguardava as instruções de seu
Pai. Jesus não tinha um diagrama ou agenda
divinamente criados; ele discernia a vontade do
Pai dia a dia através de uma vida de oração. Por
esta razão, ele era capaz de resistir as demandas
urgentes dos outros e fazer o que era realmente
importante para sua missão.

Quando Simão e seus companheiros


procuravam por Jesus e finamente o
encontraram, exclamaram, “Todos estão te
procurando! ” (v.37). Os discípulos se sentiram
constrangidos pela demora de seu mestre. Será
que Jesus não tinha percebido que, lá na casa,
pessoas que careciam de cura se amontoavam a
sua procura?

A resposta de Jesus não poderia ter sido


mais chocante. “Vamo-nos daqui – para as vilas
vizinhas – para que eu possa pregar também ali.
Foi para isso que eu vim” (v.38). Ele então se
desviou das multidões e viajou pela Galiléia,
pregando nas sinagogas e expulsando os
espíritos malignos.

Em outra ocasião, Jesus precisou fazer


outra escolha igualmente difícil entre duas
tarefas compensadoras. Em meio a um
ministério frutífero ao longo do Jordão onde
João Batista havia pregado, Jesus recebeu uma
mensagem urgente de suas amigas chegadas,
Maria e Marta, a respeito do irmão Lázaro:
“Senhor, aquele a quem tua amas está doente”
(João 11:3). João relembra a paradoxal resposta
de Jesus: “Jesus amava a Marta e sua irmã, e a
Lázaro. No entanto, quando soube que Lázaro
estava doente, permaneceu onde estava por
mais dois dias” (v. 5-6).

A necessidade urgente era evitar a morte


do amado irmão. Mas a coisa importante do
ponto de vista de Deus era ressuscitar Lázaro
dos mortos. Então foi permitido que ele
morresse e que suas irmãs chorassem sua perda.
Então Jesus viajou para Betânia e também
chorou com a família. Ele ressuscitou Lázaro,
tendo proclamado: “Eu sou a ressurreição e a
vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra
viverá” (v. 25).

Em ambas as situações, o sim de Jesus


para os propósitos do Pai significou dizer não
para as demandas urgentes da humanidade.
Para “o homem de dores, experimentado em
sofrimentos” (Isaías 53:3), aquelas decisões
frequentes devem ter sido extremamente
dolorosas.

Talvez nos perguntemos por que o


ministério de nosso Senhor foi tão curto, por que
ele não pode durar outros cinco ou dez anos, por
que tantos pobres sofredores foram deixados
em sua miséria. Já que as escrituras sagradas
não nos dão respostas para estas questões,
devemos deixá-las dentro do mistério dos
propósitos de Deus. Mas uma coisa nós sabemos,
a perseverante paciência de Jesus em oração
enquanto aguardava pelas instruções do Pai o
livraram da tirania do urgente. Deu a Ele um
senso de direção, definiu um ritmo firme e ao
final de seu ministério terrestre deu a Ele a
satisfação de haver completado o trabalho que
Deus lhe havia designado.

A Dependência Liberta
Liberdade da tirania do urgente é
encontrada não apenas no exemplo de nosso
Senhor mas também em sua promessa. Em um
vigoroso debate com os fariseus em Jerusalém,
Jesus disse àqueles que criam nele, “Sois
verdadeiramente meus discípulos se guardarem
os meus ensinamentos. Então conhecereis a
verdade, e a verdade vos libertará...Em verdade
vos digo, todo aquele que comete pecado é
escravo do pecado...Se o filho vos libertar,
verdadeiramente sereis livres” (João
8:31,32,34,36).

Muitos de nós temos experimentado a


libertação de Cristo da sentença e do poder do
pecado em nossas vidas. Temos nós permitido
que Ele nos liberte da tirania do urgente? Nesta
mensagem ele aponta o caminho: “Se guardares
meus ensinamentos”. Este é o caminho para a
liberdade, continuar meditando diariamente nas
escrituras e ganhando a perspectiva de nosso
Senhor.

P.T. Forsyth disse certa vez, “O pior


pecado é a ausência de oração.” Esta afirmação
nos surpreende? Nós geralmente pensamos em
assassinato e adultério como estando entre as
piores ofensas contra Deus e a humanidade. Mas
a raiz de todo o pecado é a autosuficiência –
independência da lei de Deus. Quando falhamos
em esperar em oração pela direção e força de
Deus, nós estamos dizendo com nossas ações, se
não com nossas palavras, que não precisamos
dele. Quanto de nosso serviço é na verdade um
“Eu mesmo faço”?

O oposto de tal independência é oração


em que nós reconhecemos nossa necessidade da
direção e empoderamento divinos. A este
respeito nós temos visto o exemplo deixado por
Jesus nos evangelhos. Ele viveu e serviu em
completa dependência de seu Pai. Ao contrário
da visão popular, esta dependência não limita ou
reprime a personalidade humana. Nós nunca
somos tão completamente pessoais – livres para
nos tornarmos nós mesmos – como quando
estamos vivendo em completa dependência de
Deus.

Gastando Tempo e Dinheiro

Diferente do dinheiro, o tempo é igual para


todos. De fato, todos têm todo tempo que há –
vinte e quatro horas por dia. Mas quão
espantosa é a variedade de usos que fazemos
deste tempo e que resultados colhemos. Em
grande parte isto se deve à larga diferença entre
nossos talentos, energia e oportunidades. Mas
em última análise, como nós usamos nosso
tempo depende de nossos objetivos. Nós
fazemos com que as horas sejam suficientes
para aquilo que julgamos importante.

Em algumas parábolas Jesus mostra a


vida como uma mordomia. Ele conta histórias de
mordomos que era bons ou maus de acordo com
a maneira como eles administravam suas contas
individuais. Jesus disse, “Pois de todo aquele a
quem muito é dado, muito será cobrado (Lucas
12:48)”. Paulo escreve, “É exigido dos
mordomos que eles sejam achados dignos de
confiança (1 Coríntios 4:2 RSV). E Pedro instrui,
“Já que cada um recebeu um dom, empreguem-
no uns pelos outros, como bons mordomos da
graça variada de Deus (1 Pedro 4:10 RSV).

Antes de considerarmos princípios


básicos de mordomia do tempo, vamos traçar
um paralelo entre horas gastas e dinheiro.
Publicitários modernos investem milhões para
persuadir-nos de que temos necessidades que
seus produtos foram designados para atender. E
gerentes de lojas têm a sagaz habilidade de
dispor as mercadorias de forma a atrair nossas
atenções na entrada ou na saída. Como resultado
nós às vezes gastamos dinheiro impulsivamente
com produtos de que não precisamos
verdadeiramente e que não tínhamos a intenção
de comprar.

Para mim, lojas de ferragens tem uma


forte atração. Sou fascinado pela variedade de
ferramentas e engenhocas. Suponha que hoje eu
precise de uma nova furadeira elétrica para um
importante projeto caseiro e me lembre de um
desconto especial de R$17, 90. Eu coloco
R$20,00 em minha carteira e sigo para a loja de
ferragens. Mas logo na entrada eu me deparo
com um jogo de cinco chaves de fenda incríveis
em promoção por R$ 3,95 e as compro. Várias
prateleiras adiante, um novo tipo de chave
inglesa capta minha visão, e eu gasto mais
R$ 6,90. Quando finalmente eu chego às
furadeiras elétricas, descubro que não tenho
mais dinheiro suficiente para comprar aquilo
que fui buscar.

Se eu tivesse a humildade de voltar para


casa e contar à minha família minha triste
história, quanta simpatia eu receberia? O que
eles pensariam da minha desculpa “Eu não tinha
dinheiro suficiente para a furadeira”? No
momento as chaves de fenda e inglesa me
pareceram importantes, mas no fim, furtaram-
me da furadeira de que eu realmente precisava.

Muitos de nós que resistimos em gastar


nosso dinheiro desta forma não somos
igualmente cuidadosos com o nosso tempo. Nós
gastamos horas no impulso de uma
oportunidade inesperada ou demanda. Então
reclamamos que nosso tempo voa, deixando
algumas importantes tarefas incompletas. Qual é
o remédio?

Os próximos quatro passos nos levarão


num longo caminho rumo a um tempo mais
produtivo: decida o que é importante, descubra
como o tempo está sendo gasto agora, faça um
balanço das horas e prossiga.

Decida o Que é Importante

Quando eu digo, “Eu não tenho tempo para tal


projeto”, eu estou falando sério. “Eu não
considero aquilo tão importante quanto algo que
eu realmente quero ou preciso fazer.” Por
alguma razão, eu decidi usar as horas de uma
outra maneira – em uma tarefa que eu estou
sendo pressionado a fazer ou em uma de que eu
goste. Pode ser algo planejado ou impulsivo. De
qualquer maneira, o problema não é
simplesmente falta de tempo, mas uma escolha
que eu faço. O primeiro passo para retomar o
controle do tempo é decidir quais atividades são
mais importantes para que possamos planejar
dar a elas a devida prioridade durante um dia,
uma semana ou um mês. Não há um orçamento
para todos os cristãos para o uso de seu tempo,
mais do que existe para o uso de seu dinheiro.
Deus nos deu diferentes habilidades,
quantidades de energia, oportunidades, missões,
e necessidades pessoais. Então, cada um de nós
deveria considerar os componentes básicos de
uma vida cristã produtiva e, com oração, traçar
objetivos específicos. As seguintes áreas estão
inter-relacionadas e não estão necessariamente
listadas em ordem de importância.

Há a dimensão dos relacionamentos


pessoais – com Deus, família, vizinhos, amigos.
Pergunte a si mesmo, quem são as pessoas
importantes em minha vida e que parcela elas
têm de meu próprio tempo? Outra área é aquela
da irmandade cristã, incluindo atividades de
louvor serviço. O trabalho faz constantes
exigências de nosso tempo. E nós podemos estar
envolvidos com obrigações e programas
comunitários. Nós também devemos separar
tempo para hobbies, recreação, exercícios ou,
simplesmente, para a solidão.

Tome tempo para listar um objetivo para


cada atividade importante, e estime o tempo que
esta ocupará durante os próximos meses. Reflita
sobre a importância relativa das metas, mas não
comece a fazer um programa ainda. Este passo
simplesmente identifica as atividades mais
valiosas em sua vida.

Descubra Onde Está Indo Seu Tempo

Quando você lida com o problema das finanças,


você não começa formulando um orçamento
ideal de quanto dinheiro você deveria gastar.
Você começa observando para onde seu
dinheiro está indo agora. Assim é com um
orçamento de tempo. Comece fazendo uma
contabilidade de como você está gastando suas
horas, atualmente. Isto é essencial porque seu
padrão de gasto de tempo é uma imagem de seu
presente estilo de vida com suas necessidades,
valores e desejos. Quaisquer ajustes- alguns dos
quais podem ser dolorosos- precisam começar
por enfrentar esta realidade.

Em uma certa ocasião eu estava


conversando com um capítulo de InterVarsity
Irmandade Cristã (InterVarsity Christian
Fellowship) a respeito da mordomia do tempo.
Eu enfatizei a importância de se fazer um
inventário do tempo, já que nossa imagem
mental de como nós gastamos as horas pode ser
bastante diferente da forma como realmente as
utilizamos. Um mês depois um dos estudantes,
Paul, escreveu-me uma carta. Ele honestamente
admitiu que, naquele momento, as minhas
recomendações pareceram bastante
desnecessárias para ele. Ele já sabia como seu
tempo estava sendo gasto! Mas depois de alguns
dias ele decidiu fazer uma tentativa mesmo
assim. Ele ficou espantado com o resultado.

Paul normalmente jogava sinuca por


alguns minutos, depois do jantar, para relaxar
antes de uma pesada noite de estudos de
engenharia. Ele achava que estava gastando
cerca de meia hora por dia. Porém, seu
inventário mostrou a ele nove horas por
semana! Paul quase não acreditou, mas ele não
podia ignorar os consistentes dados. Então ele
decidiu controlar melhor a recreação, que era
necessária, mas estava tomando muito mais
tempo que devia. Ao fazê-lo, ele conseguiu
liberar cerca de seis horas por semana em sua
ocupada agenda para serem gastas em
atividades mais importantes.

Mesmo que você pense que não precisa


seguir este passo, porque não tenta fazê-lo em
uma semana regular? Crie um gráfico com os
dias listados no topo e as horas ao longo da
página em intervalos de trinta minutos.
(Períodos mais curtos tornam a tarefa mais
complicada; períodos mais longos não são
suficientemente precisos.) Antes de ir se deitar,
certifique-se de que cada período daquele dia foi
registrado – tenha este sido usado para
refeições, telefonemas, leituras, programas
religiosos, compras ou o que quer que seja. Se a
noite foi picada com chamadas telefônicas, por
exemplo, estime a quantidade de tempo que elas
tomaram, bem como o tempo que você gastou
em outras atividades. (Se você tem um emprego
que o mantém fora de casa por um tempo
regular, geralmente é melhor separar esse
período). Então você pode preparar um
inventário de tempo separado para registrar as
horas gastas no trabalho e avaliá-las de acordo.

No fim da semana conte as horas gastas


em cada atividade e compare os totais com a
lista de prioridades que criou no passo 1. Então
se prepare para um choque. A maioria de nós,
como Paul, descobrirá lacunas significativas
entre nossas atividades prioritárias e a real
quantidade de tempo que dedicamos a elas. Há
uma insidiosa tendência a negligenciarmos
tarefas importantes que não teriam que ser
feitas hoje – ou mesmo nesta semana.

Faça um Balanço das Horas

Agora você está pronto para fazer algumas


mudanças no uso de seu tempo. Um aviso! Não
tente reorganizar sua vida no papel e então
espere viver imediatamente no novo programa.
Um pequeno barco a motor pode, de repente,
desviar-se 90 graus sem dificuldades. Mas um
grande navio precisa se mover vagarosamente,
apenas uns poucos graus por vez; caso contrário
ele poderá se romper e afundar. Então, comece
com a forma que você está usando suas horas
agora e planeje apenas algumas poucas
mudanças, á medida que elas se tornarem
possíveis para você.

Primeiro, pegue um calendário grande,


com espaço o suficiente para você adicionar os
eventos diários. Separe o tempo destinado a
atividades obrigatórias como as horas em que
você está no trabalho ou na faculdade, se
deslocando, fazendo compras, etc. Considere um
item de alta prioridade, para o qual um tempo
maior precisa ser destinado. Então tome a difícil
decisão de qual atividade restringir ou eliminar
para liberar as horas extras necessárias.

Você pode querer seguir o mesmo


procedimento mais tarde com outras tarefas
importantes que não estão recebendo tempo
suficiente. Mas lembre-se: não tente fazer
demasiadas mudanças no início. Suas formas
atuais de usar o tempo refletem hábitos e
satisfações desenvolvidas ao longo dos anos, e
algumas podem ser difíceis de alterar. Nosso
Senhor é um gracioso mestre que nos ajuda a
aprender uma lição de cada vez. O
encorajamento de pequenos sucessos nos
motiva a mantermos o planejamento.

Por exemplo, se você não tem,


atualmente, um momento tranquilo para estudo
da bíblia e oração, planeje ajustar o despertador
para acordá-lo 15 ou 20 minutos mais cedo. Se
você tem dificuldades para acordar, programe-
se para ir se deitar mais cedo. Você pode ter que
cortar em atividades que o mantém acordado
até tarde. Neste caso, decida-se por uma ou duas
para deixar de lado tão logo quanto possível. (É
claro, se você simplesmente não é do tipo
“madrugador”, você vai precisar planejar seu
momento de meditação para outra hora do dia.
Neste caso, você talvez tenha que eliminar
alguma atividade de forma a criar tempo para
esta outra que é necessária.)

Finalmente, quando você se preparar


para a nova agenda, lembre-se de deixar algum
tempo livre cada semana. Assim como
precisamos reservar dinheiro para emergências,
também deveríamos separar um tempo para
eventos inesperados.

Prossiga

Mesmo os planos mais bem elaborados surtirão


pouco efeito sem uma firme resolução de nossa
parte para implementá-los. No início do dia,
rededique-se ao Senhor enquanto você pensa
nas horas que se seguirão. Tome alguns
momentos para listar em ordem de prioridade
as tarefas a serem realizadas, levando em
consideração compromissos já assumidos. Um
competente general sempre traça seu plano de
batalha antes de atacar o inimigo; ele não adia
decisões básicas até que a luta comece. Mas ele
também está preparado para mudar seus planos,
caso necessário, para lidar com eventos
inesperados. Então, esteja pronto para
implementar seus planos à medida que a batalha
diária contra o relógio começa.

Cuidado com a tirania do telefone! De vez


em quando uma chamada urgente traz a você
uma demanda para o qual você não tem horas
reservadas. A suplicante voz te assegura da
importância desta tarefa iminente e de quão
bem qualificado você está para assumi-la. Pode
ser difícil para você rejeitá-la, especialmente
quando parece que a atividade pode ser
encaixada. Mas não importa quão limpa a
agenda pareça, diga à pessoa que você precisa
pensar a respeito. Surpreendentemente, o
compromisso frequentemente parece menos
importante depois que a voz suplicante se
silencia. Se você conseguir prevalecer à urgência
do momento, você poderá avaliar os custos e
discernir se a tarefa está de acordo com a
vontade de Deus para você.

Olhe novamente para sua agenda. Se você


aceitar esta tarefa inesperada, que atividade já
programada precisará ser restringida ou
eliminada? Pode até ser que Deus queira que
você aceite o convite, mas não sem antes avaliar
os custos. Por outro lado, se você achar que não
terá como criar espaço em sua agenda para a
tarefa, então você poderá recusá-la sem culpa.
Depois do evento você pode perguntar, “Como
foi?” Invariavelmente você ouvirá, “Bem.
Conseguimos outra pessoa que fez um excelente
trabalho!” Ao longo de muitos anos eu nunca
ouvi a resposta “Infelizmente, como você não
pode vir, tivemos que cancelar nossos planos.”
Eu percebi que eu só sou indispensável até o
momento em que digo não.

Não se sinta desencorajado devido a


alguma falha em manter a linha. Mesmo o
exército mais bem treinado às vezes perde a
batalha quando as coisas não saem conforme o
planejado. Quando sua programação resolve
desmoronar, tome coragem, reconstitua-se e
siga em frente com a estratégia global.

Avalie

As pessoas de negócios reconhecem a


necessidade de avaliar o presente e planejar
para o futuro. O ex Presidente Greenwalt de
DuPont disse, “um minuto gasto em
planejamento economiza três ou quatro minutos
em execução.” Muitos envolvidos em vendas têm
multiplicado seus lucros apenas separando a
tarde de sexta-feira para planejar
cuidadosamente as atividades mais importantes
da semana seguinte. Executivos que estão
ocupados demais para parar e planejar podem
acabar sendo substituídos por outros que o
façam. Cristãos que estão ocupados demais para
parar, fazer um inventário espiritual e receber
suas missões de Deus tornam-se escravos da
tirania do urgente. Eles podem trabalhar dia e
noite para realizar muito do que parece
significativo para eles mesmos e para os outros,
mas eles não completam o trabalho que Deus
designou para eles fazerem.

Além de seu tempo diário de meditação,


separe uma hora por semana para fazer um
inventário espiritual. Faça uma avaliação do
passado, lembre-se de qualquer lição que Deus
possa estar ensinando a você e planeje suas
atividades para a semana seguinte. Também
tente separar algumas horas a cada mês para um
planejamento e avaliação de longo prazo.
Frequentemente você irá falhar. Ironicamente,
quanto mais atarefados nos tornamos, maior é a
nossa necessidade de separar estes períodos – e
menor parece ser a nossa habilidade para
programá-los. Nós nos tornamos como o
fanático que, incerto de sua direção, dobra sua
velocidade.
Esperar por Deus em oração é
indispensável para um serviço efetivo. Assim
como a pausa em um jogo de basquete, este
tempo nos permite retomar o fôlego e reavaliar
nossa estratégia. Em nossa oração nós
aprendemos a verdade a respeito de Deus, de
nós mesmos e das tarefas que ele quer que
cumpramos. A necessidade por si mesma, por
mais urgente, não é o chamado para que a
tomemos; o chamado precisa vir do Senhor que
conhece nossas limitações. “O Senhor tem
compaixão daqueles que o temem; porque ele
sabe do que somos formados, ele se lembra de
que somos pó” (Sl 103:13-14). Não é Deus que
nos sobrecarrega até que nos curvemos e nos
quebremos com uma úlcera, ataque cardíaco ou
derrame. Isto é frequentemente causado por
nossas compulsões internas sob a pressão das
demandas externas.

Continue o Esforço

Há duas formas opostas de usarmos o nosso


tempo. Uma pessoa atravessa o dia respondendo
principalmente a compulsões e pressões
externas do momento. Outra tem um plano que
estabelece prioridades e que faz decisões
baseadas em uma vida de oração. A maioria de
nós vive em algum lugar entre estes dois
extremos. Mas não importa em que lugar
estejamos na balança, ainda é possível progredir.

Através dos anos eu tenho percebido que


uma das maiores lutas na vida de um cristão é o
esforço para separar um tempo adequado para
uma dependência diária de Deus, para um
inventário semanal e um planejamento mensal.
No entanto, este é o caminho para escaparmos à
tirania do urgente. À medida que nos apegamos
aos ensinamentos de Jesus e buscamos sua
sabedoria para as decisões que fazemos, ele nos
livra da tirania do urgente para que possamos
fazer aquilo que realmente importa.

Nada pode substituir o conhecimento de


que neste dia, neste instante, neste lugar,
estamos fazendo a vontade de nosso Pai celestial.
Apenas então podemos contemplar em paz
tantas tarefas não concluídas. Ao final de nossas
vidas, sejam elas curtas ou longas, o que poderia
nos trazer maior alegria do que saber que
completamos o trabalho que Deus nos designou?
Então poderemos olhar adiante para ver nosso
Senhor e ouvi-lo dizer, “Bem está, servo justo e
fiel!” (Mt 25:21).
Charles E. Hummel, ex presidente do Barrington
College em Rhode Island, recentemente
aposentou-se como diretor de ministérios da
Intervarsity Christian Fellowship, USA. Seu guia
de estudo bíblico Prioridades: Tirania do
Urgente é um complemento deste livreto. Ele
escreveu outros livretos: Cheios do Espírito
(Filled with the Spirit) e A Prosperidade Gospel
(The Prosperity Gospel). Seus livros são A
Conexão do Galileu: Resolvendo Conflitos Entre
a Ciência e a Bíblia (The Galileo Connection:
Resolving Conflicts Between Science and the
Bible) e Fogo na Fogueira: Renovação
Carismática nos anos 1990 (Fire in the
Fireplace: Charismatic Renewal in the Nineties.
Com sua esposa, Anne, ele escreveu Gênesis e os
Dons Espirituais para a série de estudos bíblicos
LifeGuide.

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