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DISCENTE: TAMARA DA TRINDADE SILVA

O início do poema fala do corpo feminino. No


trecho: “As senhas do meu corpo”, enfatiza
segredos internos, escolhas afetivas, ousadia,
transformação, inquietude e a quebra de
paradigmas. Lembrando que, há pouco tempo, o
corpo da mulher era um tabu, inclusive para ela.
A principal interpretação é a
sexualidade/lesbianismo que está muito
presente no poema.
Se “falo” for, por exemplo, o órgão sexual
masculino, ela revela a opção sexual dela, pois,
analisando o contexto neste trecho: “falo
nenhuma devassa”, fica explícito o não interesse
pelo órgão sexual masculino.
A borboleta é muito interessante pela sua
simbologia da “metamorfose”, mas também ela
refere-se a vagina. Quando ela diz: “Algo da
borboleta que trago, voa”, refere-se aos desejos
carregados no seu órgão sexual e “transmutado
em asas” pode ser compreendido como se ela se
sentisse de forma masculina, tendo desejos
como se fosse homem.
No trecho: “Não há alçapão confuso”, ela mostra
de forma poética o domínio alheio sobre o corpo
feminino, como se fosse um corpo que é exposto
ao desejo do outro em forma de armadilhas para
fisgá-lo, mas deixa claro que ela é um pássaro
livre, em seguida, “ou isca de odores mudos”
representa a atração sexual, a prática que o
homem tem de conquistar e a mulher de sentir e
continuando, “que arrebate esta minha alma de
AVE-FÊMEA DELICADA”, ela conota o padrão
de lésbica ser vista como agressiva, bruta, que
quer se vestir como homem e que fosse
desprovida de delicadeza feminina. Resumindo,
ela diz que, apesar de ter desejos como homem,
isso não tira sua feminilidade.
“Sem santidades”, ou seja, sem pudor, sem receio do corpo ou moral cristã, “me anuncio
em boas novas”, ela fala da descoberta, da entrega, sair do armário.
“Mordo com dentes brutos o fruto que era meu”, pode ser uma referência a mordida que
Eva deu na maçã no paraíso, considerada a fruta do pecado, do desejo carnal e do
desejo sexual, sendo que ao mesmo tempo, ela faz a descrição do sexo oral entre duas
mulheres, onde “come-se” o seu próprio fruto, a vagina, e bendita pelo papel e a visão
que a mulher assume diante da igreja e sociedade de santidade e castidade, a mesma
que Eva carregava.
“E esfarelo seu sumo”, ela fala da maçã, quando na boca, os pedações se esfarelam na
mordida e saboreia os fluídos, o sabor, igual ao auge da excitação sexual.

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