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FACULDADE SÃO LUIZ

Filosofia da Educação
Professor: Dr. José Francisco dos Santos
Acadêmico: Rhendel Rodrigues
26 abr. 2017

A IDEIA DE EXPERIÊNCIA EM DEWEY E SUAS CONSEQUÊNCIAS


PARA A EDUCAÇÃO

Desde os primórdios da aporia eleática, tenta-se entender o significado de


experiência para o conhecimento. Ela sempre foi tida como algo enganoso. Os
racionalistas quiseram garantir que a certeza vinha de uma razão. A experiência por
si não nos dá certeza. Mas todos partilham da mesma ideia: experiência é recepção
passiva dos dados externos.
Todos os filósofos têm uma teoria sobre a vida mental, especulando de
como as ideias se formam na mente. Nosso aparato sensitivo está sempre
recebendo dados da realidade, só que esses dados são esparsos e caóticos,
isolados, soltos, não têm sentido por eles mesmos. A vida mental é recepção
passiva de dados. A diferença é o que acontece com os dados na mente. Os
racionalistas dizem que o conhecimento não pode confiar na experiência, precisa-se
da razão. Os empiristas colocam que todo conhecimento vem da experiência e têm
que explicar como as ideias se formam na mente depois da experiência. A ideia de
passividade: a mente é aquiescente, receptáculo de sensações. Eu percebo as
coisas. Algumas me dão sensação de prazer ou dor. Essas coisas se associam em
minha mente. Mente é passiva, só recebe.
Dewey diz que a mente não é passiva. Nenhum organismo o é. Toda
informação que nos chega nos provoca uma reação. Mente é ativa. Não só a mente,
mas onde quer que exista vida, há atividade. Há um ajuste adaptativo ao meio, que
não é passivo, não é simples moldagem. Mas sim atividade, ajuste adaptativo.
A experiência em Dewey tem, portanto, um aspecto ativo, diferente do
passivo das ideias anteriores. Racionalistas, empiristas e kantianos partilham da
mesma ideia de experiência: recepção passiva de dados atômicos pelos sentidos.
Seu erro se fundamentava numa biologia ultrapassada. Experiência, segundo
Dewey, são estímulos que levam à ação.
A biologia se desenvolveu, junto com a neurologia, e percebeu-se que mente
não é passiva. Vida não tem nada a ver com recepção passiva. Qualquer ser vivo
não recebe nada por modo passivo. Vida é sinônimo de atividade. Ninguém recebe
dados passivamente. Experiência, em Dewey, é: "estímulo para a ação". Todo
aparato sensitivo do animal é para ajudá-lo a sobreviver, existir. O aparato sensitivo
está ligado ao cérebro para nos dar informações relevantes sobre o meio ambiente.
Frente a isso, coloca-se a questão: Como se deve educar uma criança?
como ela aprende? A criança sentada, passiva, assimilando coisas que não
consegue captar direito, não é exatamente educação. O modelo de educação tido
como tradicional passa a ser criticado. A escola tradicional que teve início na
revolução industrial, no século XIX. Educar é passar para as crianças aquilo que já
se sabe. Transmitir conhecimento às novas gerações. Ensinar o que tem que saber
para ter sucesso na vida. O que se espera do bom aluno? "docilidade",
"receptividade" e "obediência". Isso mostra o receptor passivo de informações. Ser
dócil é não criar problemas, não discutir com o professor. Segue-se o padrão,
obedece e não se cria problema. Todas as palavras estão ligadas à passividade.
Surge, pois, o conceito de escola nova ou progressiva, segundo a qual não
devemos passar matéria. A educação é uma descoberta. Ela deve construir o
conhecimento. Professor não é aquele que passa a matéria, mas sim aquele que dá
problemas para as crianças pesquisarem, para que os alunos descubram
naturalmente o conteúdo. Mais preocupada com o aluno.
No século XIX surge essa escola nova, combatendo a escola tradicional.
Tudo é estranho, o jovem acha esquisito, mas ele tem que ser dócil, receptivo e
obediente, sem questionar (tradicional).
Na escola tradicional, aprender é adquirir o que já está incorporado aos
livros e à mente dos mais velhos ( tradicional). Valoriza-se o produto ,resultado.
Na escola nova, valoriza-se a individualidade. Se valoriza o processo.
Cultivo da individualidade. Atividade livre. Aprender por experiência, não pelos mais
velhos. Apelo direto e vital. Só se aprende o que é de acordo com o indivíduo, de
acordo com seu apelo vital. O aluno tem que estar envolvido em uma atividade que
lhe faz sentido. O professor da escola nova faz de tudo para não parecer tradicional.
Deve-se aprender por si aquilo que lhe interessa, que lhe estimula. Se não for assim,
é tradicional.
Busca-se um novo tipo de experiência para o aprendizado. Distingue-se três
tipos de experiência: Experiências educativas são aquelas que abrem possibilidades
de novas e mais ricas experiências. Podem ser desagradável e educativa ao mesmo
tempo; Experiências des-educativas (fecha possibilidades), exemplos: violência
sexual, trauma); experiências inócuas. (sem significado especial, indiferente. Várias
coisas que acontecem não tem significado especial, simplesmente passam batidas.)
Como na escola se quer criar experiências educativas, deve-se entender
como isso deve acontecer. Como conduzir a experiência do educando de modo que
ela seja educativa?
Cada experiência pode ser vívida, intensa e interessante (fumar maconha),
mas sua desconexão vir a gerar hábitos dispersivos, desintegrados, centrífugos. O
que vale é o que vem depois da experiência, seu efeito. Devemos avaliar o efeito da
experiência. Existem diversões que são vívidas e intensas mas que me desintegram.
Nós temos que avaliar a qualidade da experiência. Às vezes o ato de
aprender pode ser enfadonho e a pessoa não gosta de aprender. Mas deve-se
avaliar as consequências dessa experiência.
Para Dewey, uma experiência não se mede pelo momento, mas sim o
resultado dela. Para que haja uma experiência educativa, ela tem que ter
continuidade.
O princípio de continuidade de experiência significa que toda e qualquer
experiência toma algo da experiências passadas e modifica de algum modo as
experiências subsequentes. O contínuo que dá qualidade para novas experiências.
Experiência é um crescendo. Mas pode-se crescer e aprender no mal
sentido. Precisa-se de um critério para saber se a experiência educativa é boa.
Deve-se haver uma interação, um equilíbrio entre os fatores internos
(subjetivos) e externos (objetivo) da experiência. Os lados interno e externo são
diferentes. O subjetivo é o que a experiência provoca no nosso interior.
A criança precisa se alimentar. A criança chora e a mãe dá comida. A
criança querer comer é algo subjetivo. Mas a alimentação é objetiva. Há momentos
para comer. Deve haver um equilíbrio.
A educação tradicional não leva em conta a parte subjetiva. Quando quero
realmente educar, deve-se levar em conta o conteúdo, objetivamente, mas um
educador está interessado na parte subjetiva. Os alunos devem estar
subjetivamente assimilando o conteúdo. Na escola tradicional, não.

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