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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA

2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Processo nº : 0070242-44.2015.8.05.0001
Classe: RECURSO INOMINADO
Recorrente: ANELICE FERREIRA MIRANDA DOS SANTOS
Recorrido: MAGAZINE LUIZA S A PHILCO ELETRONICOS LTDA
Origem: 15ª VSJE DO CONSUMIDOR (MATUTINO)
Relatora: MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

EMENTA

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. INDENIZATÓRIA.


NOTEBOOK. VÍCIO DO PRODUTO. DECADÊNCIA VERIFICADA.
ENVIO DO PRODUTO PARA ASSISTÊNCIA APÓS O PRAZO DE
90 DIAS APÓS A COMPRA. INCIDÊNCIA DO ART. 26, INCISO II
DO CDC. SENTENÇA MANTIDA.

ACÓRDÃO

Acordam as Senhoras Juízas da 2ª Turma Recursal dos Juizados


Especiais Cíveis e Criminais do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, composta dos
Juízes de Direito MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE – Presidente e Relatora, CÉLIA
MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ e ISABELA KRUSCHEWSKY PEDREIRA DA
SILVA, em proferir a seguinte decisão: RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
UNÂNIME, de acordo com a ata do julgamento. Sem custas e honorários advocatícios,
nos termos do art. 55 da lei 9.099/95.
Salvador, Sala das Sessões, 12 de Maio de 2016.
Bela. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
Bela ISABELA KRUSCHEWSKY PEDREIRA DA SILVA
Juíza Presidente

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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA
2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Processo nº : 0070242-44.2015.8.05.0001
Classe: RECURSO INOMINADO
Recorrente: ANELICE FERREIRA MIRANDA DOS SANTOS
Recorrido: MAGAZINE LUIZA S A PHILCO ELETRONICOS LTDA
Origem: 15ª VSJE DO CONSUMIDOR (MATUTINO)
Relatora: MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

EMENTA

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. INDENIZATÓRIA.


NOTEBOOK. VÍCIO DO PRODUTO. DECADÊNCIA VERIFICADA.
ENVIO DO PRODUTO PARA ASSISTÊNCIA APÓS O PRAZO DE
90 DIAS APÓS A COMPRA. INCIDÊNCIA DO ART. 26, INCISO II
DO CDC. SENTENÇA MANTIDA.

RELATÓRIO

Dispensado o relatório nos termos da Lei n.º 9.099/95.


Trata-se de recurso inominado manejado pela parte autora da ação de
origem, ANELICE FERREIRA MIRANDA DOS SANTOS visando reformar a sentença
condenatória que extinguiu o processo com julgamento do mérito, com base na
decadência prevista no art.26, inciso II do CDC.
A recorrente alega, em síntese, que a garantia do produto é de um ano, não
sendo caso de aplicação da decadência, que o produto apresentara vício, tendo o produto
sido entregue na assistência técnica, todavia sem que tenha sido reparado o vício, que
até o presente momento o produto encontra-se em assistência.
Apresentadas contrarrazões, vieram-me os autos conclusos.
Os autos foram distribuídos à 2ª Turma Recursal, cabendo-me a função de
Relatora.

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2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Presentes as condições de admissibilidade do recurso, conheço-o,


apresentando voto com a fundamentação aqui expressa, o qual submeto aos demais
membros desta Egrégia Turma.

VOTO

Conforme se verifica dos fatos narrados na exordial e dos documentos


trazidos aos autos, bem como da contestação, a sentença recorrida, merece ser mantida,
na íntegra, vez que trata a hipótese de caso em que operou-se a decadência do direito da
parte autora.
Com efeito, conforme alega a parte autora, fora adquirido produto
consistente em bem durável, em 11/01/2015, eque teria apresentado vício. Aduz ainda
que apenas em 18/04/2015, após ultrapassado o prazo decadencial de 90 dias, é que o
produto fora entregue para assistência técnica para reparos.

Nesse sentido apregoa o art. 26 do CDC, in verbis:

Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil


constatação caduca em: I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de
serviço e de produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos
duráveis.
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do
produto ou do término da execução dos serviços.
§ 2° Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o
fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente,
que deve ser transmitida de forma inequívoca;
II - (Vetado).
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento
em que ficar evidenciado o defeito.

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Com efeito, não consta dos autos nenhuma prova de que a parte autora
tomou providências para a interrupção do prazo decadencial, que teve início na data da
compra, em 11/01/2015, tendo escoado in albis o prazo sem qualquer manifestação de
irresignação até a data de 18/04/2015, de modo que a decadência operou-se pleno iure,
sendo caso de manutenção da sentença que a declarou.

Ante o exposto, voto no sentido de CONHECER DO RECURSO E


NEGAR-LHEPROVIMENTO, para manter a sentença objurgada pelos próprios
fundamentos. Sem custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 55
da lei 9.099/95.
Salvador, Sala das Sessões, 12 de Maio de 2016.

Bela. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE


Juíza Relatora

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