Desse ponto de vista, obteríamos uma convivência entre as abordagens, mas com
baixa pretensão de desenvolvimento de desenhos mistos. Esse tipo de
posicionamento fica evidente na abordagem etnometodológica, em que os
agregados estatísticos são tomados como irrelevantes para a ação humana, ao
buscar-se o entendimento de como os indivíduos dão significado para sua ação
(coulon, 1995). Assim, em algumas abordagens há uma separação de trabalho
tácita - pesquisas quantitativas abordariam questões ligadas aos constructos
tradicionais ligados à estrutura, enquanto pesquisas qualitativas estariam mais
ligadas à agência.
Em contrapartida, a dicotomia entre quali e quanti é vista com suspeita por vários
autores, levando à busca de pontes entre os dois campos (Morgan, 2007). Vários
autores sugerem que essas abordagens não são excludentes e que o pesquisador
deve adotar uma postura flexível, considerando uma possível integração entre
pesquisas quanti e quali (Teddlie e Tashakkori, 2003). É digno de nota, por
exemplo, a defesa que Bourdieu faz da utilização de métodos quantitativos como
lacuna nos estudos da sociologia crítica (Bourdieu, chamboredon e Passeron,
2004).
R.iii Se Zi consistem em caminhos diferentes, então esses caminhos devem ser isolados.