l. Porluguês ou brasileiro? Um convite à pesquisa, 40. C eo I ingu i,r t i cu, Suzana Alice Marcelino Cardoso
Marcos Bagno 41 -Dae conteíÍos ern qnálise do discurso, Dominique Maingucneau
2. Linguagen & comunicação social, 42. O disturso pornografico, Dorninique Maingueneau
Manoel Luiz Gonçalves Corrêa 43. Fahndo ao pé da /etra, Roxane Rojo
3. Por uma linguística crítica, Kanavillil Rajagopalm 44. Nota prtrgmática, Kanavillil Rajagopalan
4. Educação em línguq mqterna: a sociolinguística na sala de 45. Bakhtin lesmqscqretlo. Jean-Paul Bronckafi &
oulc, Stellâ Maris Borloni-Ricardo Cristian Bota
5. Sistemq, mudança e lingmgefl, Dante Lucchesi 46. Gênero texnal, ugência e tecnologla, Carolyn R. Miller
6. "O porÍuguês são dois ". Rosa Virgínia Mattos e Silva 47. Linguística de texÍo: o que é e como seJu!.
7. litrstrios puro uma sócio-históriq do português brasileiro, l,uiz Antônio Marcuschi
Rosa Virgínia Mattos e Silva 48. A granatica passada a limpo,Mxia Helena de Moura Neves
11. / litryui.stitr qtte nos faz lolhor. 49. O sujeíto em peças de teatro (1833-1992),
Kanavillil Rajagopalan & Fábio Lopes da Silva [orgs.] Maria Eugênia Larnmogliâ Duâfle lorg.]
t). I \ t sirut uo discarso, lnês Lacerda Araújo 50. Porhquês no século XYl,LuizPaúo da Moita Lopes lorg.l
1ll. lirttrtios dt' ftlosofio da linguística, José Borges Neto 51 . Da linguisti<tt.formal à línguislícct social,
I L Nrir cheguernu no escola, e agora?. Stella Maris Bortoni-Rictrdo Roherto Cionres Camacho
I ). l\ n sc lindot .filhotes de pooclle, Maria Marta Pereira Schere 52. Estudos tb discarso, [.uciano Amaral Oliveira [org.]
l\. Á gatryditi«t do inglês, 53. 6êrcrrr, Ànis B. Bawarshi & Mary Jo Reiff
Yvcs l.âcostc Iorg.], Kanavillil Rajagopalan 54. lntroduç'[io t) ltttríu enun<iutito tle Benveniste.
qU ESrÕES iJs§El'r ff
14. (irirrrrs. .losé L,uiz Meurer. Adair Bonini & Valdir do Nascimento FIores
)úsiréc Molta-Roth lorgs.]
I 55. Linguí,»tiru aplicudcr no noderniddde recente,
l5. ( ) tcult tro.t terltos clo português, M" Luiza M. S. Corôa l,uiz Paulo da Moita l-opes [org.]
l(t. ('r»t.ritlt,n4ie.s sobre a folo e a escrfta, Darcilia Simões 56. Grarnálicas contemporâneâs do pofiuguês, Maria Helena de
l7 . I'rircipios dc linguislica descritiva, Mário A. Perini Moura Ncves & Vânia Cristina Casseb-Galvão
lll. littnhntt,rtlo.v enpiricos para uma teoria da mudança 57. Lelruncnkt.r .xtl iili,\, tkr etfrogr.tÍia e nq educ:aÇão,
linlqttistittt, (1. Weinreich, W. Labov & M. I. Herzog Brian V. Strecl
lt). l\r untt linguistíco aplicado indisciplinar,
l.Lriz l'rulo da Moita Lopes
2ll. ()rigcrt.s tLt português brasileiro,Anthony Julius Naro &
Mrrir
)l. lutnrltlào
Marta Pereira Scherre
à gr«maticalizaçào, Sebastião Carlos Leite
58. Á orden dos 1xilcl,rus no lrorÍuguês, Erotilde Goreti Pezatti
59. F roset se tn re-rto. Dominique Maingueneau
60. Esputthol c portuguôs hr«sileiro,
Adrián Pablo F'an jul & Neide Maia González [orgs.]
61. Sujeito,s am amhiente.t virtuqis, Maria Cecilia Mollica.
PARA ANALISTAS
( iorrçalvcs, M" Célia Lima-Hernandes & Vânia Cristina Cynthia Patusco & Iladinei Ribeiro Batista lorgs.]
l.
( 'rrsscb-( ialvâo
[orgs.]
).) . ( ) u tnto ttt ltorlrgrás, Gabriel Antmes de Araújo [org.]
) ,\rx irlitgtí.ttit'u quantitatiro.GÍegory R. Guy &
Ârra Mrrria Stahl Zilles
).1. ilLrtili»tt, 'lirny tlerber Sardinha
62. Voloiínov a a filosofía du lingaagem, Patrick Sériot
63. A história dos língaos, Tore Janson
64. l)íscur.so e onltlise clo rlrcarso, Dominique Maingueneau
65. Sobre a.fala dialogal, Lev .lakubinskij
66. R etóri co do cr çiio I etrado, Charles Bazerman
DO DISCURSO
) \. N r t u t L u l t t hnrsllt ira. Carlos Albeft o Faraco
r 61. Teorio do oção letrada, Charles Bazerman
)(t. I'ruIrt)t'.t .sttt irtIinguísticos. William Labov 68. Unidade e voriaçõo na língua portuguesa, Andre C. Valente
)7 ( irttttu' ,hts liscrrsos, Dominique Maingueneau 69. Lingttística.funcional, Maria Angélica Furlado da Cunha,
.tl\ ( t'tttt\ tltt (iluiltri4 âo, Dominique Maingueneau Marimgela R. de Oliveira & Mário Eduardo Martelotta forgs.]
.t | l': \ t ! k h ).\ ( h, lremtil i c u descr itiya, Mário A. Perini 70. O texto e seus concell-os, Ronaldo de Oliveira Batista [org.]
\
lll. ( | utrit tlt t.r út lirtguistiw historic cr, Rosa Virginia Mattos e Silva 7t. Gramáticos brasilelras, Carlos Albeúo Faraco & Francisco
ll l.iuitt.t rht tliscraso, Sírio Possenti Eduardo Vieira [orgs.]
l.' ()rn,.ttin's lutnt rnuli.ttus do discurso, Sírio Possenti 72. Saussure, o texto e o discurso, Marcjo Alexandre Cruz,
I I I i4lautu & rürilogo, Carlos Alberto Faraco Carlos Piovezani & Pierre-Yves Testenoire [orgs.]
I l Nonnnt'húunt Onrnttit al Bxtsileinr,ClaudioCezarHenriques 73. O efeito Squsstire, Carlos Albeúo Faraco [org.]
l\ I n!!n tnr uí,ltr. Strirl l'rlsscttli 7 4. D inômi cus fun c i on o i s da mud an ç a I i nguís Í ic q, MaÍcos Bagno,
lh lt h I r t »t rl r trk u hts I i t tgut t,s,Sírio Possenti Vânia Casseb-Galvào & Tânia F. Rezende [orgs.]
I l. I it+iuttlrtt (iincnt. ,\t,.rrnlitlrttlr,, Ana Cristina Ostetmann & 75. Gêneros no conlexto brasileiro. Benedito Gomes Bezena
llcillril li)nlonil lor8s, I
76. À pessoa no disrurso, Adrián Pablo Fmjul
lll Lil l,!L\t u tlt' I'\,nliaml th,&trt,t,rrr,. Michcl Arrivc 77. O tulo da língt«r, Vânia Casseb-Galvão & Maria Helena de
lt) .'l tut\'rio rh' liirntult ' cu rutili.tc lo li.tttrso, Moura Ncves Iorgs. I
Aliec Kricg.-l'hnqrre 7ll. ,\iarssrrt t llutrtrti.tt' no Brosil. Yaldir do Nascimento Flores
{"r"
CAP r Piorlro cR^Frcoi AndÍéla Custódlo
EDÍoR! Marcos Marclonilo
ry
Corsrrgo Eomonnt: Ana Stahl Zilles [Unisinos]
Angela Paiva Dionisio [UtPE]
Carlos Alberto Faraco [UFPR]
"r
Egon de Oliveira Rangel IPUC-SP] Nota prévia
Hêníique Monteagudo [Universidade de Sântiago de compostela]
José Ribamar Lopes Batista Jr. [uFPl/CÍF/lnl
m
Kanavillil Rajagopalan [UNICAMP]
Marcos Bagno [UnB]
Maria Marta Pereira ScherÍe [UFEs]
t
Rachel Gazolla de Andrade IPUC-SP]
RobeÍto Mulinacci [Universidade de Bolonha] O discurso a tespeito de leitura em editoriais dâALB
Roxane Rojo [UNICAMPI
Salma Tannus Muchail [PUC-SP]
sírio Possenti [UNICAMP]
Stella Maris Bôrtoni-Ricardo [UnBl
Ler embalagens
üL O linguístico e o sentido
E
Possenti, 5írio
Questôes para analistas do discurso / Sírio Pbssenti. - São Paulo
Parábola Editorial, 2009.
:
Dez observações sobre a questão do suieito
(Lingua[gem] ; 32)
lnclul bibliografra
Enunciação, autoria e estilo
ill
rsBN 978-85-88456-94-5
Indícios de autorra
09-0553
Direitos reservados
Parábola Editorial
à
CDD: 401.41
CDU :81?2
3
1I
A noção de acontecimento
Lt
Rua Dr. Márlo Vicente,394 - lpiranga
04270-000 São Paulo, SP
pabx ] 5061 -9262 | 2s89-9263 | fax -8075
[1 1 [1 1 I 5061
Ducrot e a análise do discurso
ill
home page: www.parabolaeditorial.com.bÍ
e-mail: parabola@parabolaeditorial.com.br
D
Todos os direltos reservados. Nenhuma parte desta obra pode sêr reproduzida ou
transmltlda por qualquer forma e/ou quaisquer melos (eletrônico ou mecânico,
tnclulndo foiocóÉla e gravação) ou arquivada em qualquer slstema ou banco de
dados sem permlssão por escrlto da PaIábola EditoÍial Ltda.
Sobre dois conceitos de Foucault
ISBN: 978-85-88456-9+5
1. êdlçáo
@
- 2' relmpressào: feverelro de 2018
da edlçáo brasllelra: Parábola Edltorlal, Sâo Paulo, feverelro de 2009
ill Bibliografia
Y
152 sílllt»t'tlssl,lN'l'l(.)r t-t()t \t'\ti \ \\\l,ltl\-l)r)l)l:( ll( .rr
çrro positivir clcssa corrrruricirçri«r" ip l6). ZiZek lista vários pettsatclorcs tluc cle
;rlgrrrrrir lonna clisscrartt isso, cle Barthes a Pêcheux. Mas, diz ele, "pode-se di-
z('r (lrrc a vcrsão rnais elaborada clessa abordagern é a teoria da argumentação
t lc' ( )srvltkl Dttcrot; ernbora não erupregue o tertrto "icleologia", seu potencial
Mas a ,A,» rrão fnnciona corlro (supornos que ftrrtciona) a física otl mesillo
rr granrática gcrativet, ou seja, e partir da última versão da teoria, porqtte ela
Iirvr r,t: "Ol;st,nrrqot s solrrt irrlcrrlist rrrso s;rirr rr;r licvisÍo LsÍrrrs ((rl ) - rr" cspccial. Ortriliba: I ilrl)ll,
qrP lii-3(r(). t'rrr l()()'1.
llt4' sirtt0 t,r)sst,lN'l'l(.)r t,st()t \ t,\t( \ \\ \il\t\\ tr() t,t\r r ti\r) í)ll5l,:ll\ \(,rl \ s,ltlu,, ly1, l1,l\r I lt\, lÍ-»Í» ,M
teria sttpcraclo tts artlcri«lrcs. Isso sigrrifir'lr c;rrc rlio lui ploplirrrncrrlc,, rr«r ('lrur-
po da,to, questões venciclas. E por isso scllprc lravc:ril o r;rrc rlizcr llrrrrbórrr
sobre interdiscurso. 'ffi pÊcn,ux
Por exen'rplo, há algum tempo, Fiorir (1994)propôs que se distirguisse Urna das teses de Pêcheux (1975:162):
intertertualiclade de interdiscursividade (a segunda implica a primeira, mas Toda forrnação discursiva dissimula, pela transparência de sentido cpre pelrr sc,
a relação inversa não é necessarianente verdadeira). 1-iata-se, de maneira constitui, sua dependência com reiação ao "todo complexo con-r dominaltc" <l:rs
geral, cle uma distinção irnportante, embora possa ser problen-ratizada, se se for,rações discursivas, intrincado no complexo das formações ideológicas...
Vale a pena reter, desse dicionário, o fato cle qtre propõe definições nrais Uma interpretação "favorável" destzr passagern rrão veria rrcla problcrrur
rcslritas c nrais amplas. algunr. Mas às custas rle cluas rcstriçõcs:
l5(r sílll, l,t)tisl,:N't'l(.)t t:trt rt,\ti \ \\\il.t\,t)()tlt..r tti.i, |ll\l. li\ \( ()l . \()lilil, t\ ll. lil)l] ( l li\( t lltT
rrlirrrrrrlcl, otr, altcrnativamente, denegado. Mas o que pertence a outra testação, revolta...) com respeito ao qlle o "sujeito trniversal" thc "clli l
FD, l)(.r-
nrcsrlo f:rzcnclo parte clo interdiscurso (o que é óbvio, dada a clefinição), sar".'ltatar-se-ia, para Pêcheux, cle luta contra;r eviclência icleolrigicir, s«rlrrr.
só
J
r,tlc scr- rcctrsaclo, ironizado, parocliaclcl, tornaclo sirnulacro.
Mas pellso tlrte o fettôuretro pocle ocorrcr nresrro sc sc lralal rlc rrrnir r,n rlonrirlrrrlt., (rr (.lrl()
O t;tlc cstott c;tteretrclo clizer é que não parece satisfatório clefilir inter- interdiscrrrso.seettcontrealgttmaro"dorttinacla",cunroóocrrsorlir t,lrcirlrilit;r rrot,irsorrnrrlisrrrl,rlr,r
Courtinc (1981).
tlisc'ttrso ('olllo o toclo ccttnplexo collr clorninante, a não ser quc r Às vezes, cliz-sc rlrrt,o r;rrc irssrrjcilrr o sujcilo (i lllnil trt)...
tr exprcssão
st'j;t l,rrtlltlit rcsh-itivlttttcttlc. Mas, sc frrr cssc o caso, scria urais preycitgsg, ' llrirrrcira t' lt tcrct irlt tttrt<litlirlrttlts trto ittlt ttssirrn lrtlrti rlrrr,lrrrrrr.rrlr,, rrr rrrcrlirl;r r,rrr r1rrt, ;r rlrrcslrro
"\
,ll itrlutrltslut:,r (1 l r(.lr )\
I,t itrr.trlr
r I
!l ,rrn sÍta. t,,sst,rN,r,r()rrr,:s,r'or,rs r,\* \ \N\r,rs,r,,\s rx) r)r:i(:rr*so
olrst,llt\ \(.:í[,;s st)ttlil.:tN't't.]llt)ts( I lls. ll->9
I
«r tcrrcrro clessa eviclência,
luta afetacla pela negação, e que apresenta traços
deveria ser óbvio. Dizer que é o intercliscllrso (lllc provô tais rrurtcriais ('irrri-
lirrgrrísticos (aquilo que você chama crise do petróleo, suas ciências
sociais...). cuo origirralidadc. A<1rri
a não ser lalvez para combater "eu-r geral" a tese cla
l')nr s.r,a, o rnau sujeito se contraidentifica com a FD que lhe é imposta
pelo
-
talvez valha urna analogia com as noções de intertextualidade intenra (c«lrn a
"irrtcrdiscurso" como deterrninação exterior de sua interioridade
subjetiva...a memória discursiva de cada ro) e cle intertextualidade externa (aquilo r;rrc ('
Posso estar equivocado, mas não me convence a ideia de que da memória discursiva de outras FDs com as quais as relações de uma ll)
uma FD rrão
scia irrrposta ao sujeito pelo interdiscurso, mesmo que essa palavra, no texto são de antagonisrrro)8.
rlc Pêcheux, venha entre aspas5. Em outros teruros, seus próprios exemplos,
rncsrr)o brevíssimos, indicam que se trata da recusa de um discurso
por parte
clc u,r "sujeito da enunciação", pouco importando ou importando menos
se é o caso de um processo de contraidentificação (de um sujeito
- COURTINB
- que se
"rebcla" contra urna FD que até então o dominava) ou de
um processo mais Quando um estudioso clo discurso se põe a analisar um corpus, tcrr«l«r
ba,al, o cla confrortação de um discurso com outro discurso incorporado uma teoria do interdiscurso, o que ele faz? Analisa um discrrrs«r
- por exemplo,
cr) uur debate. ou seja, trata-se, em qualquer caso, de serem enunciados, nas qlle se confronta con outro (e não com todos os outros). O melhor exenrltlo,
flrrnrras linguísticas típicas dos pré-construídos, elernentos que para o que aqui importa, talvez seja o de Courtine (1981, isto é, Courtirrc
pertencem não
i.terdiscurso, eu diria, mas a discursos específicos, em relação aos quais,
luo antes da queda). O que ele revela talvez se deva em parte ao âcaso, ou seja,
cle algun-ra forma, o sujeito está em franca oposição ao fato de que analisa urn discurso específico, o discurso comunista dirigid<r
- independentemente,
rcpito, de tratar-se de um caso cle rebeldia ou de uma outra posição já sólicla. aos cristãos. Uma das características do trabalho foi revelar que não se poclc
1,, é isso que as marcas linguísticas indicam. (isto é, não vale a pena) analisar corpora sincrônicos
- o que produz efeitos
voltando na noção de interdiscurso. Partindo de um enunciado cor-r-ro
a uma afirmação anterior: creio ser mais operacional a concepção
clc intercliscurso como exterior específico, embora ela talvez não recubra
todas as (l ) Nossa política em relação aos cristãos não tem absolutamente nadct
lxrssibilidades, especialmente as que dizem respeito ao esquecimento número 16.
de uma tática de cirannstâncid, é umd política de príncípio
H,fir,, parece mais adequado propor que, para cada FD, há um conjun_ assinala que ele provérn de uma sequência discursiva que responde a cps clc-
lo clc pré-construídos (cliscursos transversosT etc.) no interdiscurso, aos
quais tenninadas (é extraída de uma entrevista do então Secretário GeralAcljurrto
rrrrr srrieito pode ou deve recorrer. Mas ele não pode recorrer a
todos, como do PCF ao jornal la Croix). Assim, pode-se re lacionálo a rn suieito enutcitt-
dor, qtse enuncia rttnta situação de enunciação determinada.
I,l acrcsccrrta:
sivos". A noção clc rrniverso clisctrrsivo prol>osla p<lr Mairrgrrcuclnl rcc:ol>rc, ó
(lorrr efcito' o interdiscrrrso é o ltrgar no qual
se constituernT para um sljeito rnais ou rrrenos equivalente, à noção de intcrcliscurso dc I'ôchcrrx.
[rlante cltre ptodttz ttnrzr sequência cliscursiva dominada por.rrru po
dete,nina-
rla, os obietos cle que esse su jeito enunciaclor se apropria para Por "campo discursivo", Maingueneau entende uur conjtrrrto clc frrrrrrl-
fazer deles ob jetos
clc scu cliscursolí), bern como as articulações entre esses
objetos, pelos quais o ções discursivas que se encontrarn ern concorrência, delinritarn-se rccil>rocir-
srr jcito enunciador vai dar urna coerência mente em utrrâ região determinada do universo discursivo, seja em confiorrl«l
a seu propósito (p 35)
aberto, em aliança, na forma cle neuiralidade aparente etc... entre discrrrs«ls
ora,
pocle-se verificar claramente que a forma de incorporação
dos pré- que possuem a meslna função social e divergen-r sobre o rnodo pelo qtral clu
c.rrst^ríclos não é a mesma segu,do se trate, em cada caso, dos
elementos de deve ser preencl'rida. Pode tratar-se do carnpo político, filosófico, dran'ratrirgi-
uru olr clc outro discurso. ou
seja, os termos característicos da r,» comunista
co, gramatical etc... Esse recorte em "campos" não clefine zonas insulares; ('
sã. rct«rrrados, os da po cristã são precedidos de negativas. Do
que resulta apenâs urna abstração necessária, que deve permitir abrir múltiplas reclcs dc
lrlg, r;rre cleveria ser claro para esta teoria: que cada ro fornece os elementos trocas. Não se trata cle delimitações evidentes.
lr scrcrr) por ela retomados, e que a outra po fornece os elementos a serem re_
Para o autor, é no interior do campo discursivo que se constitui unr clis-
r:rrs:rcl,s pela mesma FD, o que confirmaria o que disse
acima, a propósito clo
curso, e sua hipótese é que tal constitr"rição pode deixar-se descrever err tenrros
J)roccsso de contraidentificação. Parece que tanto pêcheux quanto courtine
de operações regulares sobre formações discursivas já existentes. O que rrão
frrrrrcce rrr fatos (u.r, a título de exemplo, outro, com base em L]rl corpus) q.e
significa, entretanto, que os discursos se constituam todos da mesrna forma crrr
põrcrrr cm xeque suas próprias teses.
Íodos os discursos desse campo; nem é possível deterninar apriori as mocl;rli-
dades clas relações entre as diversas formações cliscursivas de um campo.
Sobre dois_conceitos
deFoucaulr
INTRODUÇÃO
Minha intervenção tem um;pgpç,g,,a ve1 cgm iso, ou seja, çom o fato
de que também encontro com freguência bem
rnaior que o recomendável a
mesrna afirmação, e, rnais eqpecifiqafngnte; de que se
encorrtra-, além disso,
leilrrras rliscLrtír eis de corrc.eitos desses autores. Neste
texto, vou discuür apenas
dois casos. Trata-sc de leituras ecluivocadas de Foucault:
refiro-me, uso
(talvez produtivo, não nego) de suas ".rto
Minha tese não é que esses co'r.ei.-tos de Foucaurt devam ser preserve-
clos tal como ele os formulou, que esse autor não possa ser remexiJo,
que a
leitura clue fazemos de seus textos não cleva fazêJãs Íanger,
atitude que ele,