Anda di halaman 1dari 4

69ª Reunião Anual da SBPC - 16 a 22 de julho de 2017 - UFMG - Belo Horizonte/MG

3.01.05 - Infraestrutura de Transportes

CICLOVIA E CICLOFAIXAS: UM ESTUDO CICLOVIÁRIO NO BAIRRO DE PONTA VERDE


NA CIDADE DE MACEIÓ

Flaviana N. de Lima1, Gregory A. C. Barbosa2


1. Engenheira Civil
2. IFAL-CAMPUS MACEIÓ – Coordenação do curso técnico em Estradas / Orientador

Resumo: Introdução:
As ciclovias e ciclofaixas surgem como Construir ciclovias é um fator
soluções para os problemas cotidianos aos primordial, uma vez que a maioria das vendas
meios de transportes não motorizados e como de bicicleta são direcionadas ao segmento de
grande tendência mundial a ser implantada na meio de transporte principal, sendo necessário
malha viária das cidades que apresentam um proporcionar segurança e agilidade para esse
diagnóstico de congestionamentos, e número trabalhador ou estudante. Contudo, precisa-se
de usuários deste serviço. esclarecer que tal construção se exterioriza de
O presente trabalho tem o intuito de forma planejada através de um estudo de
analisar a implantação das ciclovias e viabilidade urbana ou rural em detrimento a
ciclofaixas no Bairro da Ponta Verde, do construção de um Plano Diretor, no qual se
Município de Maceió, no Estado de Alagoas, verifica as situações e condições que tornam
através do estudo da Mobilidade Urbana favorável a adoção de uma ciclovia ou de uma
Sustentável, dotando de informações que ciclofaixa para garantir um melhor
poderão nortear a busca pelo incentivo do uso desempenho operacional e maior conforto ao
deste meio de transporte adequando às ciclista.
necessidades ambientais da região, assim Neste sentido, utiliza-se a cidade de
como a equidade social. Maceió, como região de estudo diante de
É proposto ao longo da pesquisa, outras capitais brasileiras que sofrem
projeto que caracteriza a mudança cultural dos diariamente com questões relativas à
novos seguidores do transporte não mobilidade da população em suas atividades
diárias, de trabalho, de lazer, de saúde e
motorizado em conjuntura com a integração do
outras, utilizando o uso da bicicleta como
transporte público. elemento mitigador e efetivo de transporte,
desmistificando apenas a utilização esportiva
Palavras-chave: Ciclovia; Ciclofaixa;
ou recreacional.
Mobilidade Urbana. A Prefeitura de Maceió implantou uma
ciclofaixa na Av. Dep. José Lages, bairro de
Apoio financeiro: PSIC Ponta Verde que antes mesmo de sua
conclusão causou reações contrárias, haja
Trabalho selecionado para a JNIC pela vista que a Associação Brasileira de Bares e
instituição: CESMAC Restaurantes de Alagoas (ABRASEL/AL)
impetrou Mandado de Segurança pleiteando a
suspensão da implantação em virtude de
possíveis prejuízos ao trânsito e ao comércio
local.
Existem diversas óticas para entender
essa reação contrária, seja o receio de perder
clientes ou a diminuição do espaço destinado
para veículos automotores, como a segurança
da viabilidade de solução que deverão ser
analisados mediante condições técnicas para
implantação de uma ciclovia ou ciclofaixa em
áreas semelhantes às da Av. Dep. José Lages
que devem ser seguidas.
Portanto, chega-se a seguinte
indagação pela via gestora pública a ser
debatida no decorrer deste trabalho como via
de solução ao embate judicial ocorrido: Como

1
69ª Reunião Anual da SBPC - 16 a 22 de julho de 2017 - UFMG - Belo Horizonte/MG

inserir um projeto cicloviário compatível com a das faixas para uso exclusivo das bicicletas;
malha urbana no bairro da Ponta Verde na proibir o estacionamento de veículos
cidade de Maceió? É diante desta motorizados; usar parte da calçada ou do
problemática que se deve identificar as reais canteiro central.
condições técnicas para implantação de Utilizando esses critérios e visando os
ciclovias ou ciclofaixas no bairro da Ponta maiores e importantes polos geradores do
Verde, demonstrando que tal medida se torna bairro que relata a possibilidade de ser
condição imprescindível para a melhoria da implantada ciclofaixa compartilhada na
micromobilidade do bairro, pois a decisão de Avenida Engenheiro Mário de Gusmão e na
implementar tais soluções deve ser uma Rua Durval Guimarães para além de interligar
decisão técnica e não simplesmente tratada a bairros vizinhos, proporcionar alternativas
como uma decisão meramente política. aos ciclistas que utilizam a ciclovia da orla
marítima. Podendo assim, criar ciclorrotas no
Metodologia: trecho da Rua José Freire Moura, como
O trabalho delimita-se a fazer o estudo também no trecho da Travessa Antônio Maciel
de caso, em estruturas urbanas existentes, e no trecho da Rua Gaspar Ferrario, na qual
que possuem potencial para implantação de todas são de baixo fluxo e menor velocidade.
ciclovia e ciclofaixa. No canteiro central da Avenida
O estudo realizado no período de 01 Professor Sandoval Arroxelas, como na
(um) ano, especificamente em julho de 2015 a Avenida Deputado José Lages podem ser
junho de 2016 no bairro de Ponta Verde na implantadas ciclovias e ciclofaixas para além
cidade de Maceió. de dar segurança e conforto ao ciclista,
O processo metodológico utilizado, possibilitar a ele a acessibilidade das vias em
realizado da seguinte forma: Pesquisa questão.
bibliográfica em livros, publicações técnicas, Vale ressaltar que, a princípio, o fato de
revistas, normas técnicas, legislações e essas vias terem sido selecionadas para fazer
artigos; Delimitação do bairro da Ponta Verde, parte da rede não significa que,
cidade de Maceió; Levantamentos sobre necessariamente, o espaço dos ciclistas deva
problemas no sistema viário; Identificação e nelas ser segregado.
mapeamento das rotas naturalmente usadas Na prática, a rede cicloviária poderá
pelos ciclistas no Bairro; Verificação das conter tratamentos diferenciados, sendo
variáveis de tráfego pertinente aos objetivos da alguns trechos com sinalização de tráfego
pesquisa, como volume de tráfego, largura da compartilhado, outros com ciclofaixa, outros
via, velocidade regulamenta e outros; Análise com ciclovia. Assim, sugere-se à Prefeitura de
das vias utilizadas como rotas pelos ciclistas Maceió investir prioritariamente na melhoria
usando os parâmetros de implantação dessas vias, por onde poderiam trafegar fluxos
determinados pelos manuais e as variáveis expressivos de ciclistas na cidade, já que
captadas em campo. fornecer estruturas irá atrair uma demanda
maior de ciclistas.
Resultados e Discussão:
Atualmente, Maceió possui ainda Conclusões:
poucos trechos viários exclusivos para A presente pesquisa demonstra-se que
ciclistas, sendo mais conhecidos os das a Política Nacional de Mobilidade Urbana
ciclovias nas orlas marítima e lagunar, que Sustentável especificamente no bairro da
atendem principalmente ao uso da bicicleta Ponta Verde, do Município de Maceió, do
como lazer, além da ciclovia da Via Expressa Estado de Alagoas é uma realidade que, de
que encontra-se inacabada e da Av. Gov. Luiz forma estratégica, está sendo implantada, via
Cavalcante, no qual necessita-se ser as ciclofaixas, ciclovias e ciclorrotas que
restaurada. Existem ainda outros segmentos necessitam ainda de ajustes, mas obtiveram
de menor extensão que foram contemplados seu início.
com ciclovia ou ciclofaixa, por ocasião de É necessário destacar que o uso
intervenções pontuais na infraestrutura viária. crescente de bicicletas como alternativa de
No entanto no bairro da Ponta Verde, apenas transporte por motivo de trabalho e estudo,
possui uma ciclovia ativa que é localizada na tornou-se um modo de transporte
orla marítima. economicamente viável à parcela mais pobre
São várias as formas de se adaptar da população, além da tradicional utilização
uma via existente para viabilizar a inserção de como atividade de lazer e motivacional à
espaço exclusivo aos ciclistas, como por prática de exercícios físicos.
exemplo: reduzir a largura das faixas de Neste sentido, é indiscutível a
tráfego com espaço excedente; converter uma agregação da bicicleta, transporte não
2
69ª Reunião Anual da SBPC - 16 a 22 de julho de 2017 - UFMG - Belo Horizonte/MG

motorizado, às políticas de mobilidade urbana Mobilidade Urbana Sustentável, pois ajudam a


sustentável e às de inclusão social, melhorar a coexistência no trânsito entre
entendendo ser de fundamental importância a coletivos, ciclistas e pedestres em decorrência
realização de tratamento adequado ao papel de estudos planejados com a necessidade
que a bicicleta desempenha nos física, econômica e social do bairro.
deslocamentos urbanos de milhares de
pessoas, o que exige a adoção de uma política Referências bibliográficas
pública integrada entre as três esferas A SOCIEDADE do automóvel. Disponível em:
governamentais. <http://www.escoladebicicleta.com.br/
A inclusão da bicicleta nos sociedade.html>. Acesso em: 23 out. 2015.
deslocamentos urbanos além de adotar o
conceito de mobilidade urbana sustentável, ABRADIBI (2011). O Mercado Brasileiro de
contribui para a redução do custo da Bicicletas. Disponível em:
mobilidade das pessoas. Portanto, este <http://www.abradibi.com.br/mercado.html>
trabalho busca demonstrar a necessidade da Acesso em: 05 mar.2016.
implementação de uma política que favoreça a
integração do modo bicicleta aos demais Adami, Anna. Ciclovia. Publicado em
modos de transporte. 22/08/2011. Disponível em:
Este ato evidencia que a bicicleta deixa <http://www.infoescola.com/transporte/ciclovia/
de ser um empecilho seja nas ruas e calçadas, >. Acesso em 06 dez 2015.
tornando os veículos de locomoção como
democratização do espaço público, com meios ALAGOAS (2008). Anuário Estatístico de
justos e igualitários, ainda de mudar a Alagoas. Ano 15, n. 15 (1975). Maceió:
mentalidade da sociedade, ocorre à Secretaria de Estado do Planejamento e do
implantação de um estilo de vida diferente da Orçamento.
maioria.
Não deve-se omitir que em regra os ANTP (2012). Associação Nacional dos
motoristas e ciclistas sabem de seus direitos e Transportes Públicos. Sistema de Informações
deveres no uso das vias, porém as ciclofaixas da Mobilidade Urbana. Relatório Geral 2011.
ainda sofrem desrespeito por parte dos Dezembro/2012. Disponível em:
motoristas, possivelmente por ser um <www.antp.org.br > Acesso em: jan. 2016.
instrumento novo na cidade.
Destaca-se também que as ciclovias e ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE
ciclofaixas da cidade são utilizadas por TRANSPORTES PÚBLICOS. Perfil da
ciclistas mais abastados na maioria dos casos, Mobilidade, do Transporte e do Trânsito
onde a localização das vias é o fator essencial nos Municípios Brasileiros 2003: relatório
para a compreensão dessa dinâmica. O motivo final. Associação Nacional de Transportes
de deslocamento predominante nestas vias é o Públicos; Ministério das Cidades, 2004.
lazer de curta distância, o que não promove
grande impacto econômico para a cidade. AUSTRALIA. Roads and Traffic Authority.
Os órgãos públicos são os grandes NSW bicycle guidelines. Sydney, AU, 2005.
responsáveis por garantir a qualidade Disponível em:
necessária das calçadas e vias para bicicletas, <http://www.rta.nsw.gov.au/usingroads/downlo
colocando em prática a Rede Cicloviária da ads/bicycle_guidelines.html>. Acesso em: 14
cidade que é instituída por lei. Porém o jul. 2015.
panorama atual da cidade é de que há um
descaso em relação a isso, tendo em vista a BENICCHIO, T. Os Desafios Intermodais e a
desconexidade das vias e a má fiscalização e Construção de um Novo Paradigma de
sinalização destas. Locomoção Urbana no Século XXI. In:
Em pesquisas, consta-se que no ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE
Município de Maceió, por intermédio da TRANSPORTES PÚBLICOS. Transporte
Superintendência Municipal de Transporte de Cicloviário. São Paulo, SP, 2007. p. 44-57.
Trânsito, foram realizados cursos com os
motoristas sobre o funcionamento da ciclofaixa BRASIL. Ministério das Cidades. 2004. Política
na Rua Deputado José Lages e da sinalização Nacional de Mobilidade Urbana Sustentável:
vertical específica, além de como evitar Princípios e Diretrizes. Brasília.
conflitos de qualquer natureza no trânsito.
Deste modo, é nítido que a as ciclovias, BRASIL. Ministério das Cidades. 2004. Plano
ciclofaixas e as ciclorrotas são frutos da Diretor Participativo: Guia para elaboração
implementação da Política Nacional de pelos municípios e cidadãos. Brasília.
3
69ª Reunião Anual da SBPC - 16 a 22 de julho de 2017 - UFMG - Belo Horizonte/MG

MIRANDA, A. C. M.; CITADIN, L. L. B.;


BRASIL. Ministério das Cidades. 2007. ALVES, E. V. A Importância das Ciclofaixas na
Caderno PlanMob: para orientação aos órgãos Reinserção da Bicicleta no Trânsito Urbano
gestores municipais na elaboração dos Planos das Grandes Cidades. [2009]. Disponível em:
Diretores de Mobilidade Urbana. Brasília. <http://www.viaciclo.org.br/portal/informacoes/
publicacoes>. Acesso em: 28 nov. 2015.
BRASIL. Ministério das Cidades. 2007. MIRANDA, A. C. M. Se Tivesse que Ensinar a
Construindo uma cidade acessível. Caderno 2. Projetar Ciclovias. In: ASSOCIAÇÃO
Brasília (b). NACIONAL DE TRANSPORTES PÚBLICOS.
Transporte Cicloviário. São Paulo, SP, 2007. p.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. 68-111
Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n.
9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o PEZZUTO, Cláudia Cotrim. Fatores que
Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, DF, influenciam o uso da bicicleta. 2002
1997. Disponível em: Monografia (Dissertação de Pós-Graduação
<http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L9503.ht em Engenharia Urbana) – Universidade
m>. Acesso em: 17 nov. 2015 Federal de São Carlos – UFSCar: 2002.
Disponível em: <http://www.bichodomato.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO net/paznotrânsito/dissertacao.pdf>. Acesso
Manual de Procedimentos para o em: 03 dez. 2015.
Tratamento de Polos Geradores de Tráfego.
Brasília, 2001. PINHEIRO, Luiz Carlos Miguelotte. Impactos
ambientais das atividades esportivas em
DENMARK. Ministry of Transport. Road montanha – percepção dos
Directorate. Collection of Cycle Concepts. praticantes. Dissertação de Mestrado do
Copenhaguen, 2000. Disponível em: Programa de Pós Graduação em Ciência da
<http://www.vejdirektoratet.dk/dokument.asp?p Motricidade Humana - Universidade Castelo
age=document&objno=59234>. Acesso em: 13 Branco, Rio de Janeiro, 2008.
nov. 2015.
PORTUGAL, L. da S.; GOLDNER, L. G.
ESCOLA DE BICICLETA. Que bicicleta Estudo de Polos Geradores de Tráfego e de
comprar, Disponível em seus Impactos nos Sistemas Viários e de
<http://escoladebicicleta. com.br>. Acesso em Transportes. 1. ed. São Paulo: Edgar
15 de nov. 2015. Blüncher, 2003.

ESTATUTO DA CIDADE. Rio de PRESADA, B. Cicloativismo: a expansão da


Janeiro:IBAM/DUMA, 2001. bicicleta. In: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE
TRANSPORTES PÚBLICOS. Transporte
GOMIDE, Alexandre de Ávila (2003). Cicloviário. São Paulo, SP, 2007. p. 132-137.
Transporte Urbano e Inclusão Social:
Elementos para Políticas Públicas. Texto para Rede PGV - Rede Ibero-Americana de
discussão nº 960, IPEA: Brasília. p. 37 Estudos em PGV. PET/COPPE/UFRJ.
Disponível em: <htpp://redepgv.coppe.ufrj.br>.
GONDIM, M. F. Cadernos de Desenho: Acesso em: 27.mar.2016
ciclovias. Rio de Janeiro: Editora da
COPPE/UFRJ, 2010. Disponível em: RICCARDI, José Cláudio. Ciclovias e
<http://www.monicagondim.com.br/index.php? Ciclofaixas: Critérios para Localização e
x=22>. Acesso em: 2 dez. 2015. Implantação, 2010. Disponível em:
<http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/28
INSTITUTO DE MOBILIDADE 577>. Acesso em: 16 set 2015.
SUSTENTÁVEL. Plano de Mobilidade Urbana
de Maceió – Proposta de rede cicloviária para
VASCONCELLOS, Eduardo A (2001).
Maceió.
Transporte Urbano, Espaço e Equidade:
análise das políticas públicas. São Paulo:
MARQUES FILHO, J. Brasil, Pedalar Muito
Annablume.
Ainda é Preciso!!!. In: ASSOCIAÇÃO
NACIONAL DE TRANSPORTES PÚBLICOS.
Transporte Cicloviário. São Paulo, SP, 2007. p.
128-131

Anda mungkin juga menyukai