1. Introdução ................................................................................................................................ 1
2. Administração da mudança ..................................................................................................... 2
2.1. Abordagens para a administrar a mudança ....................................................................... 2
2.1.1. O modelo de três etapas de Lewin ............................................................................. 2
2.1.2. Plano de oito passos de Kotter ................................................................................... 3
2.1.3. Pesquisa-acção ........................................................................................................... 4
2.1.4. Desenvolvimento organizacional .............................................................................. 5
3. Conclusão ................................................................................................................................ 9
4. Referências bibliográficas ..................................................................................................... 10
1. Introdução
As organizações encontram-se em um ambiente em constante evolução. Os clientes exigem cada
vez mais produtos e serviços melhores, a concorrência exerce uma pressão constante e há cada
vez mais novas tecnologias que exigem uma reforma nos processos organizacionais e dos
métodos de trabalho. Neste sentido, as organizações devem investir nos processos de mudança de
modo a manterem-se sincronizadas com estes acontecimentos.
Entrentanto, para que um processo de mudança seja um sucesso, é necessário que seja planeado e
implementado de forma adequada. Porém, os gestores ou agentes de mudança encontram
barreiras ou resistências que dificultam este acontecimento. Daí, a necessidade de administrá-la,
como forma de garantir que tais barreiras sejam ultrapassadas e o processo de mudança
implementado. Além de ajudar a ultrapassar estas barreiras, a administração da mudança permite
identificar que mudanças são necessárias, os meios e recursos necessários. Assim, o presente
trabalho procurar abordar de forma clara em torno da gestão ou administração da mudança.
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2. Administração da mudança
Antes de mais, importa referir que a mudança pode ser entendida como “a alteração da estrutura
e de forma de funcionamento de uma organização, com o propósito de a tornar mais competitiva
e ajustada às realidades do mercado” (Camara, Guerra & Rodrigues, 2010, p.165). Tal alteração
pode derrivar da natureza da força de trabalho, dos choques económicos, a globalização e
concorrência.
Neste sentido, o aspecto crítico da mudança consiste no processo de transição entre a situação
actual e a visão futura a qual não só exige uma liderança forte, como pressupõe um adequado
controlo do rumo e do ritmo da mudança, isto é, administrá-la de modo que aconteça em
conformidade com os objectivos e estratégias da organização (Camara, Guerra & Rodrigues,
2010).
No entanto, mesmo que um processo de mudança seja bem planeado, ele pode enfrentar algumas
barreiras, isto é, a resistência a mudança. Tal resistência pode se manifestar a nível individual
assim como organizacional. Todavia, os gestores devem actuar de modo a evitar ou tentar atenuar
os seus efeitos por meio da educação e comunicação, participação e envolvimento, facilitação e
apoio, negociação e acordo, manipulação e coerção (Teixeira, 2011).
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O status quo representa o estado de equilíbrio. Para mover-se do tal estado (superar as pressões
da resistência individual e de conformidade do grupo), o descongelamento deve acontecer de uma
das três maneiras:
Portanto, quando a resistência é maior os gestores podem ter de recorrer tanto à redução da
resistência assim como ao aumento da atratividade para que o descongelamento tenha sucesso.
Importa salientar que para que as mudanças organizacionais sejam mais eficientes e eficazes, elas
têm de acontecer rapidamente. Neste sentido, as organizações que se preparam para a mudança se
beneficiam mais em relação às que vão directo à acção (Robbins, 2010).
Depois de implementada a mudança, o novo estado de eequilíbro deve ser recongelado para
poder sustentar-se no longo prazo. Caso isto não aconteça, há grandes chances da mudança ser
apenas um fenómeno temporário e consequêntemente os funcionários podem tentar reverte-la
para a situação de equilíbrio anterior. Assim, o recongelamento visa estabilizar a mudança através
do equilíbrio entre as forças restritivas e propulsoras (Robbins, 2010).
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e a ineficácia da sua comunicação; a incapacidade de remover obstáculos para a conquista da
visão; o não estabelecimento de metas de curto prazo; a tendência a declarar vitória cedo de mais;
e a falta de ancoragem da mudança na cultura da organização (Robbins, 2010).
A partir destes erros, Kotter estabeleceu oito (8) passos sequências para a superação destes
problemas:
Segundo Robbins (2010), os primeiros quatro (4) passos são uma extensão do estágio de
descongelamento de Lewin. Os passos cinco, seis e sete (5, 6 e 7) representam o movimento. E, o
último representa o recongelamento. A atribuição de Kotter é oferecer aos agentes de mudança
uma orientação mais detalhada para a implementação bem-sucedida de mudanças nas
organizações.
2.1.3. Pesquisa-acção
A pesquisa-acção é um processo de mudança fundamentado na colecta sistemática de dados e, a
seleção de uma acção de mudança em função da análise dos dados. O seu valor reside em
oferecer uma metodologia científica para a administração da mudança planeada. Ela consiste em
cinco etapas, nomeadamente: diagnóstico, análise, retroação, acção e avaliação. O agente de
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mudança levanta informações sobre os problemas, as preocupações e as necessidades de
mudanças dos memmbros da organização. O diagnóstico é feito através de perguntas aplicadas
aos funcionários, análise de resgistos e escuta das preocupações dos mesmos (Robbins, 2010).
De acordo com Robbins (2010), esta abordagem oferece alguns benefícios específicos para a
organização. O primeiro é que ela centra-se no problema. Assim o agente de mudança busca
objectivamente os problemas, e o tipo de problema determinará o curso de acção da mudança.
Salienta ainda que muitas actividades de mudança são centradas na solução, isto é, o agente de
mudança têm uma solução preferida e sai em busca de problemas que justifiquem a sua solução.
O outro benefício é que, devido ao envolvimento intenso dos funcionários, ela reduz a resistência
a mudança. Pois, uma vez que estes participam na etapa do feedback (retroação), o processo de
mudança parece seguir sozinho em virtude da pressão sustentada por eles para implementar a
mudança.
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2.1.4.1. Estapas do desenvolvimento organizacional
Segundo Chiavenato (2015), este processo consiste essencialmente em quatro etapas,
nomeadamente:
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Para Teixeira (2011), estas abordagens de implementação da mudança são de grande utilidade e
muito usadas, principalmente porque são relativamente simples, faceis de aprender e relembrar e
fáceis de comunicar. Todavia, gerir a mudança não é assim tão linear. Ela ocorre em diversos
níveis organizacionais e pode ser estimulada por diferentes tipos de pessoas ou grupos.
O autor sustenta ainda que há diferentes necessidades e objectivos que as organizações procuram
atingir e, consequentemente diferentes estilos de implementação da mudança. A natureza e
capacidades humanas requerem que a mudança seja conbinada com continuidade, em diferentes
dimensões. As inciativas de mudança confrontam-se com diferentes formas de resistência que o
gestor deve levar em conta.
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3. Conclusão
Contudo, devido as exigências ambientais e a concorrência, as organizações sentem-se obrigadas
a aderirem os processos de mudança de forma contínua, de modo a fazer face à tais exigências.
Tais mudanças também podem decorrer da inciativa da própria organização, todavia, por mais
que tais processos sejam bem planeados e preparados, eles podem enfrentar resistências. Assim,
os gestores devem administrá-las de modo que implementação seja um sucesso e que a
organização assim como os funcionários se sintam satisfeitos.
Há várias abordagens através das quais os gestores podem gerir a mudança a nível
organizacional. A escolha de uma abordagem pode depender dos objectivos e estratégias
organizacionais, assim como o tipo ou contexto da própria mudança. Partindo desta perspectiva,
não existe um critério para definir o melhor modelo de implementação da mudança, dependendo
essencialmente das características inerentes da própria organização.
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4. Referências bibliográficas
Camara, P. B., Guerra, P. B & Rodrigues, J. V. (2010). Novo humanator: recursos humanos e
sucesso empresarial (4ª ed.). Alfagide, Portugal: Dom Quixote.
Chiavenato, I. (2015). Recursos humanos: o capital humano das organizações (10ª ed.). Rio de
Janeiro, Brasil: Elsevier.
Robbins, S. P. (2010). Comportamento organizacional (14ª ed.). São Paulo, Brasil: Pearson.
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