LOMBARDO SOBRE LA
UNIVERSIDAD
Juan HERNÁNDEZ LUNA
E N L O S Ú L T I M O S M E S E S D E 1933 se c o m e n z ó a p a l p a r en el am-
biente intelectual y político del país u n interés por reformar
nuestro sistema educativo, desde la enseñanza p r i m a r i a hasta la
universitaria. Se trataba de sustituir el laicismo, establecido en
el Artículo 3? de l a Constitución Política de los Estados U n i d o s
Mexicanos, por u n a e d u c a c i ó n de contenido socialista. E l inte-
rés por esta reforma se proyectaba con fuerza dentro de l a U n i -
versidad N a c i o n a l A u t ó n o m a de M é x i c o , en las filas del Partido
N a c i o n a l R e v o l u c i o n a r i o y en el seno de las C á m a r a s de D i p u -
tados y de Senadores, d a n d o ocasión a debates acalorados entre
grupos de izquierda y de derecha.
E n el mes de septiembre de aquel a ñ o se p r o d u j o entre los
universitarios del p a í s el primero de esos debates. E l Consejo
de l a U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a de M é x i c o , cumpliendo
con u n acuerdo del I X Congreso N a c i o n a l de Estudiantes, con-
v o c ó a u n a asamblea nacional de autoridades, profesores y es-
tudiantes que, con el nombre de P r i m e r Congreso de U n i v e r s i -
tarios M e x i c a n o s , se reunió en la ciudad de M é x i c o del día 7
al 14 de septiembre de 1933 con la asistencia de representantes
de 21 Estados de l a r e p ú b l i c a y del Distrito Federal.
E l Congreso i n a u g u r ó sus trabajos con u n a ceremonia en el
Anfiteatro B o l í v a r de la Escuela N a c i o n a l Preparatoria, a l a que
asistieron como invitados de honor el presidente de l a repúbli-
ca, general A b e l a r d o L . R o d r í g u e z ; el secretario de E d u c a c i ó n
Pública, licenciado Narciso Bassols, y el cuerpo d i p l o m á t i c o .
P r o n u n c i a r o n discursos el rector de l a U n i v e r s i d a d N a c i o n a l
A u t ó n o m a de M é x i c o , q u í m i c o Roberto M e d e l l í n ; el rector de
la U n i v e r s i d a d de G u a d a l a j a r a , doctor E n r i q u e D í a z de L e ó n ,
87
88 JUAN HERNÁNDEZ LUNA
y el presidente de l a C o n f e d e r a c i ó n N a c i o n a l de Estudiantes,
G u i l l e r m o G . Ibarra. Se designó como presidente H o n o r a r i o del
Congreso a don A b e l a r d o L . R o d r í g u e z y como miembros ho-
norarios a don Narciso Bassols y a don A n t o n i o Caso.
L a delegación de l a U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a de M é -
x i c o q u e d ó integrada p o r el rector, don Roberto M e d e l l í n ; por
e l director de l a Escuela N a c i o n a l Preparatoria, don V i c e n t e
L o m b a r d o T o l e d a n o ; por el doctor Ignacio C h á v e z ; por el l i -
terato J u l i o J i m é n e z R u e d a ; por el ingeniero R i c a r d o Monges
L ó p e z y por el licenciado L u i s S á n c h e z Pontón.
E l congreso planteó y discutió varios temas importantes, sien-
do uno de ellos " L a posición ideológica de la U n i v e r s i d a d frente
a los problemas del momento. Importancia social de la U n i v e r -
sidad en el m u n d o a c t u a l " . C o r r e s p o n d i ó estudiar este tema a
l a Segunda C o m i s i ó n del Congreso, presidida por el licenciado
V i c e n t e L o m b a r d o T o l e d a n o y formada por el doctor R a m ó n
C ó r d o v a , quien fungió como vicepresidente, y por los estudian-
tes J o s é González Beytia y Fidencio de la Fuente, en calidad de
secretarios.
L a comisión mencionada elaboró u n a ponencia sobre tema
tan importante, sosteniendo que "las universidades y los institutos
de carácter universitario del país tienen el deber de orientar el
pensamiento de l a nación m e x i c a n a " ; que "siendo el problema
de l a p r o d u c c i ó n y de l a distribución de la riqueza material, el
m á s importante de los problemas de nuestra época, y depen-
diendo su resolución eficaz de l a transofrmación del régimen
social que le h a dado origen, las universidades y los institutos
de tipo universitario de l a n a c i ó n mexicana contribuirán, por
medio de l a orientación, de sus c á t e d r a s y de los servicios de
sus profesores y establecimientos de investigación, en el terreno
estrictamente científico, a l a sustitución del régimen capitalista
por u n sistema que socialice los instrumentos y los medios de la
producción e c o n ó m i c a " ; que las " e n s e ñ a n z a s que f o r m a n el plan
de estudios correspondientes al bachillerato, o b e d e c e r á n al prin-
cipio de l a identidad esencial de los diversos f e n ó m e n o s del
Universo, y r e m a t a r á n c o n l a enseñanza de l a filosofía basada
en la n a t u r a l e z a " ; que l a " h i s t o r i a se enseñará como l a evolu-
POLÉMICA CASO-LOMBARDO 89
1
Textos copiados de los periódicos Excelsior y E l Universal, 15
de agosto, 1933.
90 JUAN HERNÁNDEZ LUNA
L a U n i v e r s i d a d de M é x i c o es una c o m u n i d a d cultural de
investigación y e n s e ñ a n z a : por tanto, j a m á s preconizará
oficialmente, como persona moral, credo alguno filosófico,
social, artístico o científico. C a d a catedrático e x p o n d r á
libre e inviolablemente, sin más limitaciones que las que
las leves consonen, su opinión personal filosófica, cientí-
fica, artística 'social o religiosa. C o m o institución de cul-
tura, l a Universidad de M é x i c o , dentro de su personal
criterio inalienable, tendrá el deber esencial de realizar su
obra h u m a n a ayudando a l a clase proletaria d e l país, en
su obra de exaltación dentro de los postulados de l a jus-
ticia pero sin preconizar u n a teoría e c o n ó m i c a circunscrita,
porque las teorías son transitorias p o r su esencia- y el bien
de los hombres es u n valor eterno que l a c o m u n i d a d de
los individuos h a de tender a conseguir por cuantos me-
dios racionales se hallen a su alcance L a U n i v e r s i d a d pro-
c u r a r á de preferencia discutir y analizar por medio de
sus profesores y alumnos los problemas' qre ocupen la
" t e n c i ó n púWca y cada individuo será personalmente res-
ponsable de las opiniones que sustente P a r a l a realización
de esta actitudi sólo se e x i r i r á previamente a juicio de l a
A c a d e m i a dTprofesores f AlLnos respectiva que sea
Sónec^telectuahr^
quetrate P o r último y como prueba de a absoluta a m
riitud de criterio a i creoTabe Alcanzado en 1 r e d i -
ción de l s ^ ^ Z r ^ ^ e l ^ ^ c t ^ ^
Cada^lu^^
fesor q u ™ i e r e entre Tos catedráticos q L presenten us
S L i o s en h S s e ñ S a d e ^ S a astía^S»
2 Ibid.
P O L É M I C A CAS O-LO MBARDO 91
í n t i m a , de relación entre el i n d i v i d u o y el m u n d o . E n t r e
el h o m b r e y l a naturaleza es donde hemos de hallar las
bases inconmovibles de nuestro a f á n de seguir preconizan-
do l a verdad. Estamos proclamando u n a doctrina que to-
d a v í a no se a f i r m a definitivamente en todos; pero que
tiene robustas características. P o r lo mismo creemos que l a
filosofía debe basarse así. C o m o la c u l t u r a no es entidad
independiente de los hombres, sino a l servicio de los h o m -
bres, a l basarse l a filosofía e n l a naturaleza se basa en
l a c u l t u r a . Porque no nay m o s o n a sin el hombre y como l a
parte fundamental del pensamiento es el hombre mismo
cuando vinculamos a l hombre con el m u n d o estamos ba-
sando l a c u l t u r a en l a naturaleza y, a l mismo tiempo, l a
filosofía en l a c u l t u r a . Esto no l o podemos rebatir porque
no h a y filosofía que no se base en el propio pensamiento
p r o p i a c o m u n i d a d y p a r a l a c o m u n i d a d misma, p a r a lo-,
fines de u n a c o m u n i d a d determinada. N o hay régimen
histórico que n o hava tenido a su servicio u n a manera de
pensar l a vida, una'serie de juicios que tratan, e n primer
término, de hacer que perseveren, de hacer que Se m a n -
tengan las instituciones que caracterizan a ese régimen
histórico.
P o r lo mismo, si entendemos que l a c u l t u r a es u n me-
dio, si aceptamos que los valores culturales n o son todos
iguales, si creemos que en l a é p o c a moderna, m á s que en
n i n g u n a otra, no se Pueden entender los problemas sociales
sino tomando como eje. como base de explicación e l fe-
n ó m e n o económico, entonces, p a r a ser congruentes con
nuestra creencia científica, tendremos que admitir que los
otros valores de l a c u l t u r a están í n t i m a m e n t e vinculados
al v a l o r económico. Y esto l o aceptamos no como un
artículo de fe, sino como consecuencia de l a p r o p i a obser-
v a c i ó n histórica, como resultado de l a evolución h u m a n a ,
de tal modo míe vale decir aue no nuede enseñarse en
esta é p o í a l a S mctuía social que n o l pueden entender
lo problemas humanos s i n o \ o m a n d o como "uía como
imterna ^
de l a T i n S u S
que repr^sen^ lo v X r a eco'nómco^ n í creemos que
pueda d s c u m í ser amente c T 3 c eritíficTen este
tiempo S u ^ r e a í i S obSiva es tan clara que s ó l o o b c e -
cTndose en una ^
cantío*. a „o p .
E n cuanto a l a historia, allí t a m b i é n diferimos del
maestro Caso. E l conocimiento d e l i n d i v i d u o , sin d u d a
interesante, n o es m á s que e l resultado d e l conocimiento
de las instituciones históricas, de las instituciones sociales.
D i c e e l maestro Caso que J u l i o C é s a r n o es institución
social, c l a r o ; pero Julio C é s a r , como n i n g ú n hombre, me-
rece e l nombre de institución social; los hombres de excep-
ción son resultante de las instituciones sociales. P o r eso
queremos que l a historia n o se enseñe como biografía de
los héroes o de los hombres de gran v a l í a , de gran enver-
gadura, de gran c u l t u r a , i n d i v k l u o s superiores en cual-
quiera de sus formas. Precisamente porque nosotros apren-
dimos desde hace muchos a ñ o s l a historia en forma falsa,
no sabemos l a historia de M é x i c o . Sabemos de las cosas
a través de l a b i o g r a f í a de los hombres superiores; no
POLÉMICA CASO-LOMBARDO 99
proetariSo ^ ^ ^ ^ d ^ o T ^ ^ S c l ^
V ^ d ^ T ' v ^ ^ ^ d ^ T ^ te^Zs T nSstro a l
L Z e ^t^Tv^TSntirS y c í í u r a l en aue n u í
tTdefinkión nos S o c a '
Es preciso que el bachillerato, que la Escuela Prepa-
ratoria oriente a sus alumnos. Y eso, inaplazable y a , n o
está e n contradicción c o n l a actitud de l a investigación
científica. S i m a ñ a n a se descubre en nuestros institutos
de investigación que no h a y identidad entre l a materia
y la e n e r l í a . que hay conti^ecia en estos dos órdenes
de l a naturaleza, porque n o son u n o solo, entonces ten-
dremos q u e corregir nuestra opinión y d e c i r : ayer supo-
n í a m o s como exacto este p r i n c i p i o y h o y comprendemos
que n o lo es; debemos reemplazarlo p o r este otro que
parece estar comprobado. q
* C f . Prólogo de V i c e n t e L o m b a r d o T o l e d a n o a I d e a l i s m o v s . m a t e -
rialismo dialéctico. Caso-Lombardo. Universidad Obrera de México,
1963, p. 21.
104 JUAN HERNÁNDEZ LUNA