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Esta semana comemora-se mais um aniversário do dia 25 de abril de

1974, o dia da revolução dos cravos.


A revolução da Liberdade que, levada a cabo pelo Movimento das
Forças Armadas (MFA), destituiu a “Brigada do Reumático” - os que se
subordinavam à ditadura do Estado Novo.
Esta revolução instaurou o regime democrático em Portugal.
É importante manter vivo o espírito da Liberdade.
No entanto, a história do século XX mostrou-nos que o exercício da
Liberdade nem sempre leva o Homem pelos melhores caminhos… Ela tem
duas faces.
Uma negra… aquela, que levada pelo egoísmo, conduz ao preconceito,
ao ódio, à guerra…
Uma branca … aquela que aliada à solidariedade, conduz à paz e à
construção de um mundo melhor.
Assim, com esta atividade, convidámos todas as turmas a fazer uma
reflexão sobre o que é ser livre e como cada um de nós deve exercer a
liberdade…
Isto porque é preciso continuar a crescer na liberdade.
Mas também é preciso crescer em direção à liberdade, aliando-a ao
respeito pelo Outro, à solidariedade, à paz.
Na verdade, é preciso continuar a construir o 25 de abril…
25 de abril - dramatização (Isabel Franco / Carlos Vaz)

ACORDAI - José Gomes Ferreira

Acordai!
Acordai, homens que dormis
A embalar a dor
Dos silêncios vis!
Vinde, no clamor
Das almas viris,
Arrancar a flor
Que dorme na raiz!

Acordai!
Acordai, raios e tufões
Que dormis no ar
E nas multidões!
Vinde incendiar
De astros e canções
As pedras e o mar,
O mundo e os corações...

Acordai!
Acendei, de almas e de sóis,
Este mar sem cais,
Nem luz de faróis!
E acordai, depois
Das lutas finais,
Os nossos heróis
Que dormem nos covais.

ACORDAI!
[Excertos de “Do Cinzento ao Azul Celeste”, escrita por Ana Oliveira]

«Era uma vez o país do silêncio. Era uma vez um povo infeliz. Um país
mergulhado na ignorância e no analfabetismo. Um povo proibido de pronunciar certas
palavras, destruídas pelo lápis azul da censura, para não serem usadas: democracia,
liberdade, igualdade…
Muitos meninos e meninas queriam ir à escola, mas só alguns tinham esse
privilégio. […] Estudar era um luxo. Os braços dos meninos e meninas pobres eram
precisos para trabalhos duros, principalmente nos campos. Não tinham dinheiro para
se alimentarem, se vestirem ou se calçarem bem, nem para continuarem a estudar.
[...] As crianças queriam ser crianças, brincar, ir à escola como tu, mas não deixavam.
Porque as obrigavam a ser adultas antes do tempo.
Exploração, miséria, fome. Era preciso dar a volta a este país que não queria
mudar. Fechado, amuado, aqui era difícil ganhar o pão e viver assim. Por isso, muitas
pessoas deixaram para trás as suas vidas pequeninas e partiram, malas cheias de
nada, forradas de memórias e de saudade.
Mas não o esqueciam e perguntavam:”

TROVA DO VENTO QUE PASSA - Manuel Alegre (quadras selecionadas)

Pergunto ao vento que passa


notícias do meu país [...]
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz. Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Pergunto aos rios que levam Silêncio -- é tudo o que tem
tanto sonho à flor das águas quem vive na servidão.
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

“[...] Foi preciso fazer uma revolução para acabar com os dias tristes, cheios de
névoas. Felizmente nem todas as pessoas ficaram quietas. Muitas alimentaram a
coragem com a tortura que sofreram ou com o exílio a que foram obrigadas. Para tu
hoje teres o que tens e não teres a necessidade de sentir que a liberdade é um bem
tão precioso como o ar que respiras e a água que bebes. E é mais importante do que
os telemóveis, playstations, discotecas ou tudo aquilo que os jovens têm, porque
alguém lutou, sem limite de forças, para que o sonho se tornasse realidade.”
[...]
Mas há sempre uma candeia Mesmo na noite mais triste
dentro da própria desgraça em tempo de servidão
há sempre alguém que semeia há sempre alguém que resiste
canções no vento que passa. há sempre alguém que diz não.

Entre esses que lutaram, entre os que disseram “não”, encontramos aqueles que,
em abril de 1974, não ficaram parados, não se conformaram.

Personagens:

o Narrador 1 o General Costa Gomes

o Narrador 2 o Marcelo Caetano

o Otelo de S. Carvalho (farda militar(?)) o Soldados


o Salgueiro Maia (farda militar(?))

o General Spínola (farda militar(?)) o Povo

Narrador 1 – Estamos no dia 24 de Abril de 1974. Um pouco antes das dez da noite,
ouve-se, na rádio, a música “E depois do adeus….”, de Paulo de Carvalho. Após o
primeiro sinal para que as tropas se preparassem e se colocassem a postos na
madrugada do dia 25 de Abril de 1974, à meia-noite e vinte, a Rádio Renascença
transmite a canção de Zeca Afonso “Grândola Vila Morena” (música com grupo de alunos
a cantar e a marchar…)

Narrador 2 – “Grândola Vila Morena” era a senha que dava início à Revolução. Ao
ouvirem a música, os capitães do exército saíram dos seus quartéis para a Revolução.
Salgueiro Maia – Otelo, há meses que preparamos este golpe que vai derrubar a
ditadura. Agora não podemos parar.
Otelo – Vamos camarada, o povo português quer a liberdade e nós vamos dar-lha.
Salgueiro Maia – Só espero que os outros não tenham medo…
Otelo – Os outros não vão ter medo, mas têm de fazer tudo como combinámos.
[PAUSA]
(saem acompanhados de mais soldados)
Narrador 1 – No Terreiro do Paço, as forças de Revolução conseguem fazer parar as
forças da ditadura, sem derramar sangue. Otelo e Salgueiro Maia dirigem-se aos
militares que estão a defender o regime da ditadura.
Otelo – Irmãos, compatriotas, deponham as armas. Chegou a nossa hora, a hora da
mudança.
Salgueiro Maia – A Revolução saiu à rua, o Movimento das Forças Armadas vai trazer
a liberdade para todos os presos políticos.
Narrador 2 – E o M.F.A., o Movimento das Forças Armadas, continuou até chegar ao
quartel do Carmo, onde ficou cercado o chefe do Governo, Marcelo Caetano. E o povo,
apesar dos apelos feitos pela rádio, saiu à rua, distribuindo cravos vermelhos pela
população e vitoriando os soldados.

[PAUSA]

Narrador 1 – A meio da tarde, vendo-se derrotado, Marcelo Caetano chama Salgueiro


Maia para falar com ele.
Salgueiro Maia – Não se preocupem, nada vai acontecer. Eles não me farão mal.

[PAUSA]
Narrador 1 – Salgueiro Maia encontra-se com Marcelo Caetano.
Salgueiro Maia – Sou o comandante das Forças da Revolução e venho exigir a sua
rendição incondicional. (Bate as botas, pondo-se em sentido)
Marcelo Caetano (surpreendido) – Você, um capitão, um posto tão baixo, é que é o
comandante do movimento?
Salgueiro Maia – Este Movimento é dirigido por capitães, somente. Os nossos chefes
vivem bem. Somos nós, os capitães que sofremos na pele o custo da guerra em África.
Marcelo Caetano – Mas é preciso que o PODER não caia à rua. Eu só quero bem ao
país.
Salgueiro Maia – Só quer o bem do país?! Vocês são uns assassinos e uns ditadores.
Mas não se preocupe. Nós, capitães, não queremos o PODER, vamos entregá-lo aos
nossos chefes.
Marcelo Caetano – E eu, o que me vai acontecer?
Salgueiro Maia – Você está preso e vai ser deportado para a ilha da Madeira,
juntamente com o Presidente Américo Tomás.
Narrador 2 – No dia seguinte foi a vez da PIDE, a terrível polícia política, se render,
não sem antes, num ato de cobardia, ter feito quatro mortos, os únicos de toda a
Revolução. E o poder foi entregue à Junta de Salvação Nacional, presidida pelo
General António Spínola e constituída, ao todo, por seis elementos.
General Spínola – Meus Senhores, os capitães depositaram o poder nas nossas
mãos. Temos agora essa responsabilidade. Penso que devemos fazer três coisas:
DEMOCRATIZAR e DESENVOLVER O PAÍS, DESCOLONIZAR.
General Costa Gomes – Exato. Vamos terminar com as guerras em África e dar a
independência às colónias.
Narrador 1 – E foi assim que as colónias se tornaram independentes: a Guiné, em 23
de agosto de 1974; Moçambique, em 26 de junho de 1975; Cabo Verde, a 5 de julho
de 1975; S. Tomé e Príncipe, a 12 de julho de 1975, e Angola a 11 de novembro de
1975.
General Spínola – Mas não chega. Temos também de libertar os presos políticos.
General Costa Gomes – E não só! Que tal redigirmos um programa e comunicá-lo à
Nação, através da Televisão, para acalmar o povo português?
Narrador 1 – E o programa foi então redigido e comunicado ao país. E dizia o seguinte:
Narrador 3 a –
“Considerando que, ao fim de treze anos de luta em terras do Ultramar, o sistema
político vigente não conseguiu definir, concreta e objetivamente, uma política
ultramarina que conduza à paz entre os portugueses de todas as raças e credos;
Considerando que a definição daquela política só é possível com o saneamento da
atual política interna e das suas instituições, tornando-as pela via democrática,
indiscutidas representantes do povo português;
Narrador 3 b –
Considerando ainda que a substituição do sistema político vigente terá de processar-
se sem convulsões internas que afetem a paz, o progresso e o bem-estar da Nação;
O Movimento das Forças Armadas proclama e compromete-se a garantir a adoção de
várias medidas, plataforma que entende necessária para a resolução da grande crise
nacional que Portugal atravessa.”
Narrador 1 – Algumas dessas medidas são:
Primeiro - O poder é exercido pela Junta de Salvação Nacional;
Segundo - O presidente da República e o governo são demitidos;
Terceiro - A PIDE é extinta;
Quarto - Todos os presos políticos serão libertados;
Quinto - A censura acaba imediatamente;
E, por fim, deve-se procurar uma solução pacífica para as guerras em África.
Narrador 2 – Estavam lançadas as bases para a Democracia em Portugal. A Liberdade
em que hoje vivemos foi conquistada a partir do dia 25 de Abril de 1974.

FIM

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