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Livro Eletrônico

Aula 00

Lei 8069/90 (ECA) p/ TJ-RS (Oficial de Justiça) Com videoaulas - 2018

Professor: Ricardo Torques

00000000000 - DEMO
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PARA O TJ-RS Aula
Curso em teoria e exercícios para Oficial 00

AULA 00
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E
DO ADOLESCENTE

Su m á r io
Direit os da Criança e do Adolescent e ................................................................................ 3
Cronogram a de Aulas ..................................................................................................... 5
1 - Considerações I niciais ................................................................................................ 5
2 - Paradigm as legislat ivos: evolução hist órica do Direit o da Criança e do Adolescent e ............. 6
2.1 - Aspect os hist óricos rem ot os ................................................................................. 6
2.2 - Evolução int ernacional ......................................................................................... 7
2.3 - Evolução Hist órica no Ordenam ent o Brasileiro ......................................................... 8
3 - A dout rina da sit uação irregular e a dout rina da prot eção int egral .................................. 12
4 - Regras Const it ucionais ............................................................................................. 15
5 – Quest ões ............................................................................................................... 19
5.1 – List a de Quest ões sem com ent ários..................................................................... 19
5.2 – Gabarit o .......................................................................................................... 26
5.3 – List a de Quest ões com com ent ários..................................................................... 26
6 - Legislação Dest acada e Jurisprudência Correlat a .......................................................... 38
7 – Resum o ................................................................................................................ 39
8 - Considerações Finais ............................................................................................... 43

Pr of. Rica r do Tor que s 2


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DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PARA0O TJ-RS Aula
Curso em teoria e exercícios para Oficial 00

A PRESENTAÇÃO DO CURSO
D ir e it os da Cr ia n ça e do Adole sce n t e
Tenho a felicidade de apresent ar a você o nosso Cur so de D ir e it os da Cr ia nça
e do Adole sce nt e , para o Tr ibu na l de Just iça do Rio Gr a nde do Sul. Esse
curso é volt ado para o cargo de Oficial de Just iça.
O present e curso abrangerá a análise do Est at ut o da Criança e do Adolescent e –
Lei nº 8.069/ 90 - , passarem os por t odos os assunt os t eóricos da m at éria, sem
deixar de alert ar para as recent es reform as prom ovidas na legislação.
Vej am os a m et odologia do nosso curso.

M e t odologia do Cu r so
Podem os afirm ar que as aulas levarão em consideração as seguint es “ font es” .

FON TES

Legislação e
Jurisprudência
Dout rina quando Assunt os Docum ent os
relevant e dos
essencial e relevant es no I nt ernacionais
Tribunais
m aj orit ária cenário j urídico pert inent es ao
Superiores
assunt o.

Para t ornar o nosso est udo m ais com plet o, é m uit o im port ant e resolver quest ões
ant eriores, para nos sit uarm os diant e das possibilidades de cobrança. Trarem os
quest ões variadas para dem onst rar com o o assunt o pode ser cobrado em provas.
Essas observações são im port ant es, pois perm it irão que, dent ro da nossa
lim it ação de t em po e com m áxim a obj et ividade, possam os organizar o curso de
m odo focado, volt ado para acert ar quest ões de prim eira fase.
Est a é a nossa propost a!
Vist os alguns aspect os gerais da m at éria, t eçam os algum as considerações acerca
da m e t odologia de e st udo.
As aulas em .pdf t em por caract eríst ica essencial a didá t ica . Ao cont rário do que
encont rarem os na dout rina especializada, o curso t odo se desenvolverá com um a
leit ura de fácil com preensão e assim ilação.
I sso, cont udo, não significa superficialidade. Pelo cont rário, sem pre que
necessário e im port ant e os assunt os serão aprofundados. A didát ica, ent ret ant o,
será fundam ent al para que diant e do cont ingent e de disciplinas, do t rabalho, dos
problem as e quest ões pessoais de cada aluno, possam os ext rair o m áxim o de
inform ações para hora da prova.

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Para t ant o, o m at erial será perm eado de e squ e m a s, gr á ficos in for m a t ivos,
r e sum os, figur a s, t udo com o fit o de “ cham ar at enção” para as inform ações
que realm ent e im port am .
Com essa est rut ura e propost a pret endem os conferir segurança e t ranquilidade
para um a pr e pa r a çã o com ple t a , se m ne ce ssida de de r e cur so a out r os
m a t e r ia is didá t icos.
Finalm ent e, dest aco que um dos inst rum ent os m ais relevant es para o est udo em
.pdf é o cont a t o dir e t o e pe ssoa l com o Pr ofe ssor . Além do nosso fór u m de
dúvida s, est am os disponíveis por e - m a il e, event ualm ent e, pelo Fa ce book .
Aluno nosso não vai para a prova com dúvida. Por vezes, ao ler o m at erial surgem
incom preensões, dúvidas, curiosidades, nesses casos bast a acessar o
com put ador e nos escrever. Assim que possível respondem os a t odas as dúvidas.
É not ável a evolução dos alunos que levam a sério a m et odologia.
Assim , cada aula será est rut urada do seguint e m odo:

Teoria de form a obj et iva


M ETOD OLOGI A Referência e análise da
e diret a com sínt ese do
ESTRATÉGI A legislação pert inent e ao
pensam ent o dout rinário
CARREI RA JURÍ D I CA assunt o.
relevant e e dom inant e.

Súm ulas, orient ações


Muit as quest ões
j urisprudenciais e Resum o dos principais
ant eriores de provas
j urisprudência pert inent e t ópicos da m at éria.
com ent adas.
com ent adas.

Apr e se n t a çã o Pe ssoa l
Por fim , rest a um a breve apresent ação pessoal. Meu nom e é Ricardo St rapasson
Torques! Sou graduado em Direit o pela Universidade Federal do Paraná ( UFPR) e
pós- graduado em Direit o Processual.
Est ou envolvido com concurso público há 07 anos, aproxim adam ent e, quando
ainda na faculdade. Trabalhei no Minist ério da Fazenda, no cargo de ATA. Fui
aprovado para o cargo Fiscal de Tribut os na Prefeit ura de São José dos Pinhais/ PR
e para os cargos de Técnico Adm inist rat ivo e Analist a Judiciário nos TRT 4ª , 1º e
9º Regiões. At ualm ent e, t rabalho exclusivam ent e com o professor.
Quant o à at ividade de professor, leciono exclusivam ent e para concurso, com foco
na elaboração de m at eriais em pdf. Tem os, at ualm ent e, cursos em Direit os
Hum anos, Legislação, Direit o Eleit oral e Filosofia do Direit o.

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Deixarei abaixo m eus cont at os para quaisquer dúvidas ou sugest ões. Terei o
prazer em orient á- los da m elhor form a possível nest a cam inhada que est am os
iniciando.
E- m a il: rst .est rat egia@gm ail.com

Cr on ogr a m a de Au la s
Vej am os a dist ribuição das aulas:

AULA CON TEÚD O D ATA

Au la 0 0 Apresent ação do Curso 1. Paradigm as legislat ivos 25.05


evolução hist órica do Direit o da Criança e do Adolescent e.
A dout rina da sit uação irregular e a dout rina da prot eção
int egral.

Au la 0 1 4. O Est at ut o da Criança e do Adolescent e ( Lei n. 8.069/ 90 05.06


- t ext o int egral at ualizado com t odas as alt erações
post eriores) . ( part e 01)

Au la 0 2 4. O Est at ut o da Criança e do Adolescent e ( Lei n. 8.069/ 90 15.06


- t ext o int egral at ualizado com t odas as alt erações
post eriores) . ( part e 02)

Au la 0 3 4. O Est at ut o da Criança e do Adolescent e ( Lei n. 8.069/ 90 25.06


- t ext o int egral at ualizado com t odas as alt erações
post eriores) . ( part e 03)

Essa é a dist ribuição dos assunt os ao longo do curso. Event uais aj ust es poderão
ocorrer, especialm ent e por quest ões didát icas. De t odo m odo, sem pre que houver
alt erações no cronogram a acim a, vocês serão previam ent e inform ados,
j ust ificando- se.

EVOLUÇÃO H I STÓRI CA DO D I REI TO DA CRI ANÇA E DO ADOLESCENTE

1 - Con side r a çõe s I n icia is


Para a nossa aula dem onst rat iva t rat arem os dos pont os iniciais da m at éria,
porque nossa int enção é apresent ar a m et odologia que será ut ilizada no
desenvolvim ent o das aulas.
Esses t em as são im port ant es para que possam os com preender t oda a est rut ura
do Direit o da Criança e do Adolescent e. É um a aula int rodut ória. Querem os que
você finalize o encont ro sabendo efet ivam ent e quais serão os t em as que vam os
est udar adiant e no ECA.
Bons est udos a t odos!

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2 - Pa r a digm a s le gisla t ivos: e volu çã o h ist ór ica do


D ir e it o da Cr ia n ça e do Adole sce n t e
Com o t oda m at éria j urídica, ela não nasce t al com o exist e no present e. A
sociedade evolui, as norm as evoluem . Diant e disso, ainda que de form a
sim plificada, vam os passar por alguns pont os na Hist ória que cont ribuíram para
o desenvolvim ent o das regras que t rat am sobre crianças e adolescent es.

2 .1 - Aspe ct os h ist ór icos r e m ot os


Ant iguidade
Nas civilizações ant igas as form ações fam iliares giravam e m t or no da r e ligiã o,
não em razão de laços fam iliares ou por laços afet ivos. O chefe de fam ília ( pat er
fam iliae) era o responsável pelo cum prim ent o dos deveres fam iliares de t odo o
grupo, não necessariam ent e com post o apenas por pessoas que t ivessem algum
laço de consanguinidade. Esse exercia, assim , aut oridade religiosa e fam iliar.
Em relação às crianças e adolescent es, nã o ha via qua lque r t r a t a m e nt o
dife r e ncia do, at é porque na ant iguidade não havia a dist inção que, hoj e, é
usual. Em face disso, crianças e adolescent e eram considerados obj e t os de
dir e it o, com o propriedade do chefe de fam ília.
Assim :

N A AN TI GUI D AD E criança e adolescent e são obj et os de direit o

I dade Média
Esse período é m arcado pelo desenvolvim ent o da religião crist ã, que influenciou
diret am ent e os ordenam ent os j urídicos da Europa. Assim , t odos est avam a
serviço a I grej a, pois o hom em , de m odo geral, era considerado um ser pecador
e não racional, que deveria observar os preceit os religiosos para se salvar.
No que diz respeit o ao t rat am ent o dado às crianças e adolescent es t em os um
salt o im port ant e! Muit o em bora consideradas com o obj et o de direit o, há nít ido
r e conhe cim e nt o da dignida de da s cr ia nça s e a dole sce nt e s. I sso im pôs o
respeit o às crianças que não poderiam ser m alt rat adas, abusadas ou
abandonadas pelos seus pais.

reconhecim ent o da dignidade das crianças e


N A I D AD E M ÉD I A
adolescent es

Por out ro lado, as cr ia nça s conce bida s for a do ca sa m e nt o r e ligioso


encont ravam - se em sit uação de dupla vulne r a bilida de : pelo fat o de serem
crianças e, t am bém , pela discrim inação em razão de não serem reconhecidas
pela igrej a, pois represent avam violação do m odelo m oral da época.

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Esses dois pont os iniciais que acabam os de est udar são im port ant es para
dem onst rar que há um pont o de part ida para a evolução da m at éria. A part ir
desses event os, a sociedade passa a se preocupar de form a m ais present e com
a t ut ela dos direit os das crianças e dos adolescent es.
Essa prot eção ela se apresent a t ant o int ernam ent e com o int ernacionalm ent e.
No âm bit o in t e r n o, t em os um a série de norm as, com dest aque para a
Const it uição Federal e para a Lei 8.069/ 1990, o Est at ut o da Criança e do
Adolescent e.
Por out ro lado, há preocupação dos organism os int e r na ciona is em criar norm as
que vinculem os Est ados. Essas norm as – edit adas no âm bit o da ONU e da OEA,
por exem plo – são im port ant es para est abelecer padrões m ínim os de defesa dos
direit os das crianças e dos adolescent es e, t am bém , por influenciar no
desenvolvim ent o das norm as int ernas.
Vam os olhar m ais de pert o para a quest ão da evolução int ernacional.

2 .2 - Evolu çã o in t e r n a cion a l
Aqui, vam os apenas cit ar os principais t rat ados e convenções int ernacionais
edit ados para a prot eção de crianças e de adolescent es.
O prim eiro diplom a int ernacional volt ado para a t ut ela de crianças e adolescent es
foi a Conve nçã o pa r a a Re pr e ssã o do Tr á fico de M ulhe r e s e Cr ia nça s
aprovada em 1921.
Em 1924 foi aprovada a D e cla r a çã o de Ge n e br a que, pela prim eira vez, fez
referência aos direit os das crianças.
Já no ano de 1948 t em os a D e cla r a çã o Unive r sa l dos D ir e it os H um a nos
( DUDH) , que confere prot eção à m at ernidade e assist ência social às crianças,
nascidas dent ro ou fora do m at rim ônio.
Em 1946 houve um m arco relevant e que se relaciona com a criação da UNI CEF,
ent idade criada com o obj et ivo de prom over os direit os volt ados para a prot eção
e para o desenvolvim ent o de crianças e adolescent es.
Em 1959, a UNI CEF aprovou a denom inada D e cla r a çã o Unive r sa l dos D ir e it os
da Cr ia nça que fixou alguns princípios basilares à prot eção dos direit os das
crianças.
No âm bit o do sist em a regional de Direit os Hum anos, dest aca- se a Conve nçã o
Am e r ica na sobr e os D ir e it os H um a nos denom inada de “ Pact o de San José da
Cost a Rica” , aprovada em 1969, a qual fixa o dever de os Est ados- part es
prom overem m edidas de prot eção às crianças.
No âm bit o do Sist em a Global de Direit os Hum anos, sob a égide da ONU, foi
aprovada a Conve nçã o I n t e r na cion a l sobr e os D ir e it os da s Cr ia nça s, que
est abeleceu diversos direit os e garant ias volt ados para as crianças. Trat a- se de
um m arco na legislação int ernacional no que t ange à prot eção aos direit os

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hum anos de crianças e de adolescent es. É o diplom a que guarda o m aior núm ero
de adesões no Sist em a Global.
Esses são os diplom as m ais relevant es no âm bit o int ernacional. Part e desses
docum ent os será est udada na próxim a aula.

2 .3 - Evolu çã o H ist ór ica n o Or de n a m e n t o Br a sile ir o


No direit o brasileiro podem os dest acar alguns períodos:

Ant es do Século XVI


Nesse período não t em os, na evolução dos Direit os da Criança e do Adolescent e,
regist ro de prot eção diferenciada. Especula- se, t am bém , que nas civilizações
indígenas não havia qualquer t rat am ent o diferenciado para crianças e
adolescent es.
A dout rina m arca essa fase inicial com o de “ a bsolut a indife r e n ça ” . Vale dizer
que, sem a exist ência de norm as j urídicas ou m esm o prát icas com unit árias
específicas para a prot eção das crianças e adolescent es, esses eram considerados
obj et o de direit o e não suj eit os.

Século XVI e XI X
Na origem da nossa colonização, o ordenam ent o j urídico vigent e era
represent ado pelas Ordenações do Reino. Nesse período, em sínt ese, dest aca- se
a pr e ocupa çã o com os infr a t or e s, com a plica çã o de pe na s se ve r a s e
cr ué is e a im put a bilida de a pa r t ir dos 7 a n os de ida de .
Em 1830 foi edit ado o Código Penal do I m pério, que elevou a m aioridade para os
14 anos de idade. As crianças e adolescent e ent re 7 e 14, quando da prát ica de
algum at o considerado crim e pela legislação penal, eram inseridas em casas de
correção.
Algum as décadas m ais t arde, t em os a aprovação do Prim eiro Código Penal dos
Est ados Unidos do Brasil ( de 1890) , o qual cont inuou com a linha da legislação
penal ant erior, com poucas diferenças. Para que você t enha ideia, os m enores de
9 anos de idade eram considerados inim put áveis. Para a im put abilidade dos
m enores com preendidos ent re 9 e 14 anos seria necessário um procedim ent o
prévio de verificação para que fossem penalizados. Caso isso ocorresse, havia
um a regra obj et iva que previa a redução da pena para 2/ 3.

República ( 1900 a 1930)


Dest aca- se a publicação do prim eiro Código de Menores no ano de 1926, que
t rat ava sobre a sit uação j urídica das crianças e adolescent es expost os e
abandonados. No ano seguint e esse docum ent o foi subst it uído, com um a
norm at iva que fixava poderes ao Juiz para decidir a respeit o de crianças e
adolescent es quando abandonados ou quando envolvidos em ilegalidades.
Denom inou- se de “ Código de M e llo M a t t os” .

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I m port ant e dest acar que a fam ília, nesse período, m ant inha o dever de suprir as
necessidades básicas das crianças e dos adolescent es de acordo com os padrões
definidos pelo Est ado. Ao Poder Público com pet ia at uar na adoção de m edidas
volt adas a m inim izar a infância de rua.
É nesse período que a dist inçã o e nt r e cr ia nça s e a dole sce nt e é
e fe t iva m e nt e cr ia da e m nosso or de na m e nt o j ur ídico. Tem os o conceit o de
criança abrangendo aqueles ent re 0 e 14 anos e os adolescent es ent re 14 e 18
anos de idade.
Em relação à at ividade do “ Juiz de Menores” , cum pre dest acar que lhe foi
conferido poder para, de form a cent ralizada, cont roladora e prot ecionist a,
acom panhar crianças e adolescent es m arginalizados e pot encialm ent e perigosos.
Esse con ce it o discr im ina t ór io e de visã o unila t e r a l se m a nt e ve a t é a
e diçã o do a t ua l Est a t ut o da Cr ia nça e do Adole sce nt e , em 1990.
Essa fase – m arcada pelo Código de Mello Mat os – é considerada com o fase da
“ m e r a im put a çã o pe na l” , pois a norm a visava apenas a punição de condut as
prat icadas pelas crianças e pelos adolescent es.

Est ado Novo e redem ocrat ização ( 1930 a 1964)


Dest aca- se a Const it uição de 1937 que am pliou a prot eção às crianças e
adolescent es com a criação de program as de a ssist ê ncia socia l, not adam ent e
em relação aos j ovens infrat ores e às crianças e adolescent es desfavorecidos
econom icam ent e.
Além disso, evidencia- se a t ent at iva de inserção de crianças e adolescent es em
diversos vínculos fam iliares com o obj et ivo de recuperá- los, ainda que afast ados
da fam ília de origem .

Regim e Milit ar ( 1964 a 1979)


O progresso obt ido foi int errom pido com o período de exceção. Em linhas gerais,
o período m ilit ar foi responsável pelo desvio de recursos públicos que seriam
aplicados na área e a ut ilização dos sist em as inst it ucionais da infância e
j uvent ude ( especialm ent e os de carát er infracional) para rest ringir am eaças e
pressões dos j ovens cont ra o sist em a dit at orial.
Esse período é m arcado t am bém pela r e duçã o da m a ior ida de pa r a 1 6 a nos
de ida de e pela aprovação do Código de Menores, publicado em 1979, que
consolidou a denom inada dout r ina da sit ua çã o ir r e gula r .
Port ant o, o Código de Menores m arca um a fase relevant e de prot eção à criança
e ao adolescent e, denom inada de “ fa se t ut e la r ” , cuj as norm as visam
proporcionar program as de assist ência e segregação de crianças e adolescent es
m arginalizados, ou m elhor, em sit uação irregular.

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Década de 80 e 90
Esse período, que vai at é a prom ulgação da Const it uição de 1988 e do Est at ut o
da Criança e do Adolescent e, em 1990, é m arcado pelo desenvolvim ent o de
m ovim ent os sociais e conquist as efet ivas, em especial:
 A Pa st or a l da Cr ia n ça , em 1983, pela CNBB ( Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil) e m ovim ent os sociais da I grej a Cat ólica.
 O M ovim e n t o N a ciona l dos M e n inos e M e n ina s de Ru a ( MNMMR) , em 1985 na
cidade de São Bernardo do Cam po em São Paulo.

Paralelam ent e, com as discussões do proj et o de lei que deu origem ao ECA, houve
a form ação de dois polos, um em defesa do Código de Menores e out ro em defesa
do novo Est at ut o. De um lado est ava a defesa da dout rina da sit uação irregular,
do out ro a dout rina da prot eção int egral.

A CF e o ECA
A Const it uição de 1988 e o Est at ut o da Criança e do Adolescent e são m arcant es
por consolidar um a m udança de paradigm a na prot eção de crianças e
adolescent es. Essa é a base fundam ent al sobre a qual serão desenvolvidas nossas
aulas. Desse m odo, a t ít ulo de evolução, vam os t razer de form a sint et izada as
principais m udanças vivenciadas:
 Modelo j urídico que privilegia a dignidade da pessoa.
 Adoção da dout rina da prot eção int egral em subst it uição da dout rina da
sit uação irregular.
 Trat am ent o da sit uação j urídica das crianças e adolescent es com o polít ica
pública.
 Criação de um sist em a de garant ia de direit os descent ralizado na figura
dos Municípios, responsáveis pelo est abelecim ent o da polít ica de
at endim ent o com a int erm ediação do CMDCA ( Conselho Municipal dos
Direit os das Crianças e Adolescent es) .
 Part icipação de vários at ores na prot eção das crianças e adolescent es, a
exem plo da com unidade local, Conselhos Municipais, Conselho Tut elar,
fam ília, Poder Judiciário, Minist ério Público.
A CF m arca a fase at ual de desenvolvim ent o dos Direit os da Criança e do
Adolescent e pela denom inada “ fa se da pr ot e çã o int e gr a l” , que represent a a
superação da dout rina da sit uação irregular. Dada a im port ância desse t em a para
provas verem os o assunt o de form a det alhada, em separado.
Ant es de iniciarm os, ent ret ant o, é im port ant e ressalt ar que m arcam os em
verm elho 4 fases que sint et izam – para a dout rina m aj orit ária – a evolução do
t rat am ent o dos Direit os da Criança e do Adolescent e.
Vej am os um a quest ão m uit o int eressant e sobre o assunt o:

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( UFM T/ D PE- M T/ 2 0 1 6 ) Sobre a evolução hist órica do direit o da criança e do adolescent e,


assinale a afirm at iva corret a.
a) Ant es da dout rina da prot eção int egral, inexist ia preocupação em m ant er vínculos fam iliares,
at é porque a fam ília ou a falt a dela era considerada a causa da sit uação regular.
b) Na dout rina da prot eção int egral, descent ralizou- se a at uação, m at erializando- a na esfera
m unicipal pela part icipação diret a da com unidade por m eio do Conselho Municipal de Direit os e
do Conselho Tut elar.
c) A dout rina da sit uação irregular lim it ava- se basicam ent e ao t rat am ent o j urídico dispensado ao
m enor carent e, ao m enor abandonado e às polít icas públicas.
d) Na vigência do Código de Menores, havia a dist inção ent re criança e adolescent e, em bora
m aj orit ariam ent e adot ava- se apenas a denom inação “ m enor” .
e) Além do j udiciário, com a dout rina da prot eção int egral, novos at ores ent ram em cena, com o
a com unidade local, a fam ília e a Defensoria Pública com o um grande agent e garant idor de t oda
a rede, fiscalizando seu funcionam ent o, exigindo result ados, assegurando o respeit o priorit ário
aos direit os fundam ent ais infant o- j uvenis.
Com e n t á r ios
Esse é o t ipo de quest ão que esperam os que a banca possa apresent ar relat ivam ent e a essa part e
int rodut ória da m at éria. Vam os analisar cada um a das alt ernat ivas.
A a lt e r na t iva A est á incorret a pelo uso da palavra “ regular” . Ant es da dout rina da prot eção
int egral inexist ia a preocupação com a m anut enção dos vínculos fam iliares.
A a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. A dout rina da prot eção int egral se baseia
na descent ralização da at uação com dest aque para a esfera m unicipal.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. A dout rina da sit uação irregular t rat ava o m enor com o um
problem a que deveria ser resolvido e não considerava a criança e o adolescent e com o suj eit o de
direit os e deveres.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. No Código de Menores não havia qualquer dist inção ent re criança
e adolescent e.
A a lt e r n a t iva E est á incorret a, pois descreve a função do Minist ério Público e não da Defensoria.

De t udo o que vim os at é aqui, é fundam ent al que você m em orize o quadro
abaixo:

FASE I D EI A CEN TRAL PERÍ OD O

fase da
Sem norm as t ut elares dos direit os de
ABSOLUTA at é o início do séc. XVI
crianças ou adolescent es.
I N D I FEREN ÇA

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do séc. XVI e,
especialm ent e com a
fase da M ERA
Obj et iva- se a punição de condut as prat icadas edição do Código Mello
I M PUTAÇÃO
por crianças e adolescent es. Mat os em 1927, at é o
PEN AL
Código de Menores de
1979.

Obj et iva- se prom over a prot eção de crianças da edição do Código de


fase TUTELAR e adolescent es em sit uação irregular, com Menores de 1979 at é a
assist encialism o e prát icas segregat órias. Const it uição de 1988

As crianças e adolescent es são considerados


suj eit os de direit os, os quais devem ser
fase da
assegurados em conj unt o pelo Est ado,
PROTEÇÃO a part ir da CF de 1988
sociedade e fam ílias, com absolut a
I N TEGRAL
prioridade e em consideração da sit uação
peculiar de pessoa em desenvolvim ent o.

3 - A dou t r ina da sit u a çã o ir r e gula r e a dout r in a da


pr ot e çã o in t e gr a l
Ant es de iniciar é im port ant e que você saiba que a expressão “ dout r ina ”
represent a, para fins do nosso est udo, um conj unt o de pr incípios- ba se do
sist e m a j ur ídico da infâ n cia e j uve nt ude . O que nós t ivem os foi, port ant o,
um a m udança na base principiológica da nossa m at éria. Tem os um a nova form a
de pensar os direit os das crianças e dos adolescent es.

da dout rina da sit uação irregular para a dout rina da prot eção int egral

A dout rina da prot eção int egral foi criada pela Const it uição de 1988 - no art . 227
da CF – e expandida com a edição do Est at ut o da Criança e do Adolescent e e com
a int ernalização da Convenção I nt ernacional sobre o Direit o das Crianças.
A dout rina da sit uação irregular foi oficializada pelo Código de Menores de 1979,
m as, im plicit am ent e, est eve present e desde o Código de Menores de 1927.
Pelo paradigm a da sit uação irregular t ínham os um a aplicação rest rit a do Código
de Menores, apenas às pessoas que se enquadrassem no art . 2º daquele diplom a.
Por exem plo, o Código se aplicava ao m enor privado de condições essenciais à
sua subsist ência, saúde e inst rução obrigat ória, em razão da falt a, ação ou
om issão dos pais ou responsável, às vít im as de m aus- t rat os, ao aut or de infração
penal; ent re out ros.
A aplicação do Código de Menores rest ringe- se ao “ binôm io ca r ê ncia -
de linquê ncia ” , a gindo na conse quê ncia e nã o na s ca usa s que levam à
carência ou à delinquência.

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Além disso, out ra caract eríst ica relevant e da dout rina da sit uação irregular é a
conce nt r a çã o da s a t ivida de s ce nt r a liza da s na figur a do “Juiz de
M e nor e s”.
O result ado dessa sist em át ica levou a um a pr á t ica se gr e ga t ór ia , com a
condução de crianças e adolescent es para int ernat os no caso de m enores
abandonados e para os inst it ut os de det enção sob o cont role da FEBEM –
Fundação Est adual do Bem - est ar do Menor.
N ã o ha via t a m bé m pr e ocupa çã o com a m a nut e nçã o de vín culos
fa m ilia r e s. O ent endim ent o predom inant e era no sent ido de que as crianças e
adolescent es que necessit avam de prot eção do Código de Menores chegaram a
t al pont o devido à falência da fam ília, de form a que não se perquiria a quest ão
dos vínculos consanguíneos para a colocação da criança em fam ília subst it ut a.
Na Const it uição de 1988 há um r om pim e nt o de pa r a digm a , pois as crianças e
os adolescent es passam a ser t it ulares de direit os fundam ent ais, t al com o
prenuncia a Convenção dos Direit os da Criança, da ONU.
Prevê o caput do art . 227, da CF:
Art . 227. É dever da fam ília, da sociedade e do Est ado a sse gu r a r à criança, ao adolescent e
e ao j ovem , com a bsolu t a pr ior ida de , o dir e it o à vida , à sa ú de , à a lim e nt a çã o, à
e du ca çã o, a o la ze r , à pr ofission a liza çã o, à cu lt u r a , à dign ida de , a o r e spe it o, à
libe r da de e à con vivê n cia fa m ilia r e com u n it á r ia , a lé m de colocá - los a sa lvo de
t oda for m a de ne gligê n cia , discr im ina çã o, e x plor a çã o, violê n cia , cr u e lda de e
opr e ssã o. ( Redação dada Pela Em enda Const it ucional nº 65, de 2010)

Not e que a CF t rat a de enunciar um rol de direit os e garant ias fundam ent ais,
post eriorm ent e explicit ados no ECA. Esses direit os, cont udo, não são
assegurados segundo a regrat iva geral que t em os no art . 5º , da CF.

Esses direit os previst os no caput do art . 227 devem ser assegurados: a) com
a bsolut a pr ior ida de ; e b) em consideração do fat o de que as crianças são
pe ssoa s e m de se nvolvim e nt o. Just ifica- se, assim , a norm at iva específica na
part e final da CF.
Em sint onia, o ECA fixa um a série de polít ica s pública s a serem desenvolvidas
por t odos os ent es federat ivos, m as principalm ent e pelo m unicípio, que est á m ais
próxim o da realidade de cada com unidade, em respeit o ao pr incípio da
m unicipa liza çã o que im pera no ECA.
Ret ira- se o conj unt o ant erior de at ribuições do Juiz da I nfância e da Juvent ude,
que m ant ém , nat uralm ent e, a com pet ência j udicant e. Dest aca- se a at uação do
Minist ério Público.

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Para fins de prova, devem os m em orizar esse quadro com parat ivo, de aut oria de
Leobert o Narciso Brancher 1 :

ASPECTO CÓD I GO D E M EN ORES ECA

Dout rinário Sit uação I rregular Prot eção I nt egral


Carát er Filant rópico Polít ica Pública
Fundam ent o Assist encialist a Direit o Subj et ivo
Cent ralidade Local Judiciário Município
Com pet ência Execut ória União/ Est ados Município
Decisório Cent ralizador Part icipat ivo
I nst it ucional Est at al Cogest ão Sociedade Civil
Organização Piram idal e Hierárquica Rede
Gest ão Monocrát ica Dem ocrát ica

Para além do aspect o dout rinário, sobre o qual j á falam os exaust ivam ent e acim a.
I m port ant e t ecer algum as considerações finais.
 Pelo carát er, t em - se que a prot eção à criança e ao adolescent e no Código de
Menores era encarado com o caridade, prest ada pelo Est ado e pela sociedade. No
ECA, a sse gur a m os os dir e it os da s cr ia nça s e dos a dole sce nt e s com o
polít ica pública , com o dever de o Est ado exercer at ividades prest acionais.
 Pelo fundam ent o, t em os um increm ent o em relação ao t rat am ent o conferido
às crianças e adolescent e. De um carát er t ão som ent e assist encial, no qual os
m enores se apresent am com o obj et o de t ut ela j urídica, t em os no ECA a
conside r a çã o de e le s sã o suj e it os de dir e it os. I sso não elide o t rat am ent o
assist encial que a própria Const it uição det erm ina em relação às crianças e aos
adolescent es. Cont udo, a prot eção se apresent a à luz do ECA de form a m ais
am pla, int egral.
 Pela quest ão da cent ralidade e da com pet ência, há um a m udança im port ant e,
paut ada pelo pr incípio da m unicipa liza çã o. Ret ira- se do Poder Judiciário e da
União e dos Est ados o papel de dest aque, que é t ransferido aos m unicípios. A
adm inist ração m unicipal, porque m ais próxim a da realidade da com unidade, t em
m e lhor e s condiçõe s pa r a a ssum ir de for m a e fe t iva e sse pa pe l de

1
BRANCHER, Leobert o Narciso. Or ga n iza çã o e ge st ã o do sist e m a de ga r a n t ia s de dir e it os
da infâ n cia e da j uve nt u de . En con t r os pe la j u st iça na e du ca çã o. Brasília: Fundescola/ MEC,
2000, p. 126.

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ce nt r a lida de e , e m r a zã o disso, a gr e ga um volum e significa t ivo de
com pe t ê ncia .
 No que diz respeit o à t om ada de decisões em m at éria de infância e j uvent ude,
o ECA, em subst it uição a um a polít ica cent ralizadora, adot a um sist e m a
de m ocr á t ico e pa r t icipa t ivo, que t raz t oda a com unidade e organizações à
m esa de discussão para fixação de polít icas públicas e im plem ent o das ações. É
j ust am ent e em razão disso que, em t erm os inst it ucionais, ao invés de um m odelo
est at al, t em os um m ode lo de coge st ã o pe la socie da de civil. Decorrência da
m esm a linha de pensam ent o, caract eriza- se o ECA, em relação ao Código de
Menores, por est ar or ga niza do e m for m a de rede, ao cont rário da organização
piram idal e hierárquica do m odelo ant erior.

4 - Re gr a s Con st it u cion a is
No que diz respeit o às regras const it ucionais de prot eção aos direit os das crianças
e dos adolescent es, nós t em os disposit ivos esparsos ao longo do t ext o
const it ucional, que est ão inseridos em out ros t em as, e um capít ulo próprio na CF.
Vam os t rat ar da prim eira part e, um a vez que as regras esparsas são est udas nos
respect ivos t em as dent ro da disciplina de Direit o Const it ucional.
Vam os lá!
O art . 226 const it ui norm a de prot eção que arrola, de form a m e r a m e nt e
e x e m plifica t iva , a exist ência de ent idades fam iliares t ípicas e ent idades
fam iliares at ípicas. Dent re as ent idades fam iliares at ípicas, cit am - se as fam ílias
com post as por pessoas do m esm o sexo.
Nesse cont ext o, o crit ério fundam ent al para definir a form ação da fam ília é a
socioafet ividade.
Vej am os, prim eiram ent e, o disposit ivo const it ucional:
Art . 226. A fa m ília , ba se da socie da de , t em especial prot eção do Est ado.
§ 1º O casam ent o é civil e grat uit a a celebração.
§ 2º O casam ent o religioso t em efeit o civil, nos t erm os da lei.
§ 3º Para efeit o da prot eção do Est ado, é r e con h e cida a u n iã o e st á ve l ent re o hom em e
a m ulher com o ent idade fam iliar, devendo a lei facilit ar sua conversão em casam ent o.
§ 4º Ent ende- se, t am bém , com o e n t ida de fa m ilia r a com un ida de for m a da por
qu a lque r dos pa is e se u s de sce n de n t e s.
§ 5º Os dir e it os e de ve r e s referent es à sociedade conj ugal sã o e x e r cidos igu a lm e n t e
pelo hom em e pela m ulher.
§ 6º O ca sa m e n t o civil pode se r dissolvido pe lo divór cio.
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa hum ana e da pat ernidade responsável,
o pla n e j a m e n t o fa m ilia r é livr e de cisã o do ca sa l, com pet indo ao Est ado propiciar
recursos educacionais e cient íficos para o exercício desse direit o, vedada qualquer form a
coercit iva por part e de inst it uições oficiais ou privadas.
§ 8º O Est a do a sse gu r a r á a a ssist ê n cia à fa m ília na pessoa de cada um dos que a
int egram , criando m ecanism os para coibir a violência no âm bit o de suas relações.

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O art . 227 t raz um rol de direit os fundam ent ais dos adolescent es e fixa o
pr incípio da pr ior ida de a bsolut a . Significa dizer que os direit os declinados no
art . 227 devem ser assegurados, com absolut a prioridade, pela fa m ília , pela
socie da de e pelo Est a do, t odos at uando de form a conj unt a.
Assim ...

O Est a do... devem pr opicia r o... direit o à vida


A Fa m ília ... direit o à saúde,
A Socie da de ... direit o à alim ent ação
direit o à educação
direit o ao lazer
direit o à profissionalização
direit o à cult ura
direit o à dignidade
direit o ao respeit o
direit o à liberdade
direit o à convivência fam iliar e com unit ária

devem r e sgu a r dá - los t oda form a de negligência


de...
t oda form a de discrim inação
t oda form a de exploração
t oda form a de violência, crueldade e opressão

O Text o Const it ucional prevê am pla assist ência às crianças e aos adolescent es,
m ediant e polít icas públicas, com a observância de dois pr e ce it os:
1º PRECEI TO : dest inação de um percent ual m ínim o de recursos.
2 º PRECEI TO : criação de program as de at endim ent o e de prevenção para
crianças e adolescent es com deficiência.
Além disso, de acordo com a CF, as leis infraconst it ucionais que est abelecerem
regras específicas de prot eção às crianças e aos adolescent es deverão observar:
 idade m ínim a de quat orze anos para adm issão ao t rabalho na condição
de aprendiz e do t rabalho regular som ent e após com plet ar 16 anos ( 7º ,
XXXI I I ) .
 garant ia de direit os previdenciários, t rabalhist as e acesso à escola ao
adolescent e que t rabalhar.
 garant ia de am pla defesa, inclusive t écnica, quando prat icar at os
infracionais.

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 execução da m edida socioeducat iva com observância dos princípios de
brevidade, excepcionalidade e respeit o à condição peculiar de pessoa em
desenvolvim ent o.
 est ím ulo do Poder Público, por int erm édio de assist ência j urídica,
incent ivos fiscais e subsídios, ao acolhim ent o sob a form a de guarda de
crianças ou adolescent es órfãos ou abandonados.
 criação de program as de prevenção e at endim ent o especializado à
criança e ao adolescent e dependent e de ent orpecent es.
Agora, vej am os o art . 227, da CF:
Art . 227. É de ve r da fa m ília , da socie da de e do Est a do assegurar à criança, ao
adolescent e e ao j ovem , com a bsolu t a pr ior ida de , o direit o à vida, à saúde, à
alim ent ação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cult ura, à dignidade, ao respeit o,
à liberdade e à convivência fam iliar e com unit ária, além de colocá- los a salvo de t oda form a
de negligência, discrim inação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§ 1º O Est ado prom overá pr ogr a m a s de a ssist ê n cia in t e gr a l à sa ú de da cr ia n ça , do
a dole sce n t e e do j ovem , adm it ida a pa r t icipa çã o de e nt ida de s nã o gove r na m e n t a is,
m ediant e polít icas específicas e obedecendo aos seguint es preceit os:
I - aplicação de percent ual dos recursos públicos dest inados à saúde na assist ência m at erno-
infant il;
I I - criação de program as de prevenção e at endim ent o especializado para as pessoas
port adoras de deficiência física, sensorial ou m ent al, bem com o de int egração social do
adolescent e e do j ovem port ador de deficiência, m ediant e o t reinam ent o para o t rabalho e
a convivência, e a facilit ação do acesso aos bens e serviços colet ivos, com a elim inação de
obst áculos arquit et ônicos e de t odas as form as de discrim inação.
§ 2º A lei disporá sobre norm as de const rução dos logradouros e dos edifícios de uso público
e de fabricação de veículos de t ransport e colet ivo, a fim de garant ir acesso adequado às
pessoas port adoras de deficiência.
§ 3º O direit o a prot eção especial abrangerá os seguint es aspect os:
I - ida de m ín im a de qu a t or ze a nos para adm issão ao t rabalho, observado o dispost o no
art . 7º , XXXI I I ;
I I - garant ia de dir e it os pr e vide n ciá r ios e t r a ba lh ist a s;
I I I - garant ia de a ce sso do t r a ba lh a dor a dole sce n t e e j ove m à e scola ;
I V - garant ia de ple no e for m a l con h e cim e n t o da a t r ibu içã o de a t o infr a ciona l,
igu a lda de n a r e la çã o pr oce ssu a l e de fe sa t é cn ica por pr ofissiona l ha bilit a do,
segundo dispuser a legislação t ut elar específica;
V - obe diê n cia a os pr in cípios de br e vida de , e x ce pcion a lida de e r e spe it o à con diçã o
pe cu lia r de pe ssoa e m de se nvolvim e n t o, quando da aplicação de qualquer m edida
privat iva da liberdade;
VI - e st ím u lo do Pode r Público, at ravés de assist ência j urídica, incent ivos fiscais e
subsídios, nos t erm os da lei, ao acolhim ent o, sob a form a de guarda, de criança ou
adolescent e órfão ou abandonado;
VI I - pr ogr a m a s de pr e ve n çã o e a t e ndim e n t o e spe cia liza do à criança, ao adolescent e
e ao j ovem dependent e de ent orpecent es e drogas afins.
§ 4º A lei punirá severam ent e o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do
adolescent e.

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§ 5º A adoção será assist ida pelo Poder Público, na form a da lei, que est abelecerá casos e
condições de sua efet ivação por part e de est rangeiros.
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casam ent o, ou por adoção, t erão os m esm os
direit os e qualificações, proibidas quaisquer designações discrim inat órias relat ivas à filiação.
§ 7º No at endim ent o dos direit os da criança e do adolescent e levar- se- á em consideração
o dispost o no art . 204.
§ 8º A lei est abelecerá:
I - o est at ut o da j uvent ude, dest inado a regular os direit os dos j ovens;
I I - o plano nacional de j uvent ude, de duração decenal, visando à art iculação das várias
esferas do poder público para a execução de polít icas públicas.

Já o art . 228 refere- se à inim put abilidade penal, que é considerada, por part e da
dout rina, com o um direit o fundam ent al e, em razão disso, um a cláusula pét rea,
o que im pediria qualquer redução da m aioridade penal.
Art . 228. São penalm ent e inim put áveis os m enores de dezoit o anos, suj eit os às norm as da
legislação especial.

O art . 229 dest aca a responsabilidade dos pais em relação às crianças e aos
adolescent es, os quais devem assist ir, criar e educar os filhos m enores.
Art . 229. Os pais t êm o dever de assist ir, criar e educar os filhos m enores, e os filhos
m aiores t êm o dever de aj udar e am parar os pais na velhice, carência ou enferm idade.

Conform e a dout rina, esse disposit ivo enuncia o princípio da solidariedade ent re
ascendent es e descent es.
Vej am os, ainda, o art . 230 da CF:
Art . 230. A fam ília, a sociedade e o Est ado t êm o dever de am parar as pessoas idosas,
assegurando sua part icipação na com unidade, defendendo sua dignidade e bem - est ar e
garant indo- lhes o direit o à vida.
§ 1º Os program as de am paro aos idosos serão execut ados preferencialm ent e em seus
lares.
§ 2º Aos m aiores de sessent a e cinco anos é garant ida a grat uidade dos t ransport es
colet ivos urbanos.

Vej am os, por fim , um a quest ão:

( I ESES/ TJ- RO/ 2 0 1 7 ) Sobre a Ordem Social na Const it uição Federal, é I NCORRETO afirm ar:
a) A fam ília, base da sociedade, t em especial prot eção do Est ado, sendo que os direit os e deveres
referent es à sociedade conj ugal são exercidos igualm ent e pelo hom em e pela m ulher.
b) O dever da fam ília, da sociedade e do Est ado em assegurar à criança, com absolut a prioridade,
o direit o à vida, à saúde, à alim ent ação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cult ura, à
dignidade, ao respeit o, à liberdade e à convivência fam iliar e com unit ária, não se est ende ao
adolescent e e ao j ovem .

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c) A seguridade social com preende um conj unt o int egrado de ações de iniciat iva dos Poderes
Públicos e da sociedade, dest inadas a assegurar os direit os relat ivos à saúde, à previdência e à
assist ência social.
d) As condut as e at ividades consideradas lesivas ao m eio am bient e suj eit arão os infrat ores,
pessoas físicas ou j urídicas, a sanções penais e adm inist rat ivas, independent em ent e da obrigação
de reparar os danos causados.
Com e n t á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a, com base no art . 226, §5º , da CF:
“ Art . 226. A fam ília, base da sociedade, t em especial prot eção do Est ado.
§ 5º Os direit os e deveres referent es à sociedade conj ugal são exercidos igualm ent e pelo hom em
e pela m ulher” .
A a lt e r na t iva B est á incorret a e é o gabarit o da quest ão. O descrit o na alt ernat iva se refere a
um dever da fam ília, da sociedade e do Est ado à criança, ao adolescent e e ao j ovem , e não
som ent e à criança. Vej am os o art . 227, caput , da Const it uição:
“ Art . 227. É dever da fam ília, da sociedade e do Est ado assegurar à criança, ao adolescent e e ao
j ovem , com absolut a prioridade, o direit o à vida, à saúde, à alim ent ação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cult ura, à dignidade, ao respeit o, à liberdade e à convivência fam iliar e
com unit ária, além de colocá- los a salvo de t oda form a de negligência, discrim inação, exploração,
violência, crueldade e opressão” .
A a lt e r na t iva C est á corret a, pois é o que dispõe o art . 194, caput , da CF/ 88:
“ Art . 194. A seguridade social com preende um conj unt o int egrado de ações de iniciat iva dos
Poderes Públicos e da sociedade, dest inadas a assegurar os direit os relat ivos à saúde, à
previdência e à assist ência social” .
A a lt e r na t iva D est á corret a, segundo o art . 225, §3º , da Const it uição Federal:
“ § 3º As condut as e at ividades consideradas lesivas ao m eio am bient e suj eit arão os infrat ores,
pessoas físicas ou j urídicas, a sanções penais e adm inist rat ivas, independent em ent e da obrigação
de reparar os danos causados” .

Concluím os a part e t eórica da nossa aula. Agora irem os est udar por quest ões.
Não há m uit as quest ões sobre os assunt os t rat ados na aula de hoj e. São
convenções m uit o específicas que foram pouco cobradas em concursos públicos
at é o m om ent o. Cont udo, as quest ões que possuím os servem para dar ideia de
com o o assunt o pode ser cobrado na sua prova.
Encerram os, com isso, a part e t eórica pert inent e a essa aula inaugural.

5 – Que st õe s
I m port ant e regist rar que, essa aula, por ser int rodut ória possui poucas quest ões
de prova. Nos próxim os encont ros t erem os aulas com um volum e m aior de
quest ões.

5 .1 – List a de Qu e st õe s se m com e n t á r ios


Q1 . FCC/ D PE- SP/ 2 0 1 3

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Analisando- se os paradigm as legislat ivos em m at éria de infância e
j uvent ude, pode- se afirm ar que ant es da edição do Código de Mello Mat t os,
em 1927, vigorava o m odelo.
a) higienist a
b) da sit uação irregular.
c) penal indiferenciado.
d) da prot eção int egral.
e) da inst it ucionalização para a prot eção.

Q2 . FCC/ TRT - 2 4 ª REGI ÃO ( M S) / 2 0 1 4


A part ir da edição do Est at ut o da Criança e do Adolescent e, passou- se a
evit ar o vocábulo m enor. Porém0, no âm bit o do Direit o do Trabalho, t al
palavra não carrega seu efeit o negat ivo, m ant endo- se sua ut ilização nesse
cam po. Tal discussão foi enfrent ada pelo Direit o do Trabalho porque o
Est at ut o da Criança e do Adolescent e t rouxe consigo a dout rina
a) assist encialist a.
b) da sit uação irregular.
c) da prot eção int egral
d) da indiferença legal.
e) higienist a

Q3 . CESPE/ TRT - 1 ª REGI ÃO ( RJ) / 2 0 1 0


De acordo com a dout rina j urídica da prot eção int egral adot ada pelo ECA, as
crianças e os adolescent es
a) devem , em função de sua incapacidade, ser t ut elados pelo Est ado quando
se encont rarem em sit uação irregular.
b) devem ser prot egidos por m edidas suplem ent ares, caso se encont rem em
sit uação de risco, enquant o aos dem ais se aplicam os direit os fundam ent ais
da pessoa hum ana.
c) possuem direit os e prerrogat ivas diversas, devendo o Est ado conceder às
crianças, m as não aos adolescent es, a t ut ela ant ecipada de seus direit os
fundam ent ais, o que só pode ocorrer plenam ent e com a part icipação do
Est ado no planej am ent o fam iliar.
d) são t it ulares de direit os e não, obj et os passivos.
e) podem responder penalm ent e pela prát ica de crim es hediondos, quando
em concurso form al com m aiores de dezoit o anos de idade.

Q4 . FCC/ AL- PB/ 2 0 1 3

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Curso em teoria e exercícios para Oficial 00
O Est at ut o da Criança e do Adolescent e ( Lei no 8.069/ 90) , ao ser edit ado,
alt erou subst ancialm ent e o paradigm a legislat ivo na área da infância e
j uvent ude, im plem ent ando a dout rina
a) m enorist a, pregando- se a prot eção do vulnerável que não se aj ust ava a
um padrão est abelecido, j ust ificando a int ervenção est at al sobre a sua
pessoa.
b) da sit uação irregular, criando vários inst it ut os de acolhim ent o para
crianças e adolescent es, fossem infrat ores ou vít im as de abandono por
om issão ou m aus- t rat os.
c) higienist a, afast ando das ruas as crianças e adolescent es expost os a
vulnerabilidades sociais, com o m edida de saúde pública.
d) ret ribut iva- repressiva, buscando- se m edidas na pers pect iva da
ret ribuição e cont role das expressões j uvenis.
e) da prot eção int egral, envolvendo Est ado, fam ília e sociedade na prot eção
dos direit os de crianças e adolescent es.

Q5 . VUN ESP/ TJ- M S/ 2 0 1 5


Com relação à ret rospect iva e evolução hist óricas do t rat am ent o j urídico
dest inado à criança e ao adolescent e no ordenam ent o pát rio, é corret o
afirm ar que
a) na fase da absolut a indiferença, não havia leis volt adas aos direit os e
deveres de crianças e adolescent es.
b) na fase da prot eção int egral, regida pelo Est at ut o da Criança e do
Adolescent e, as leis se lim it am ao reconhecim ent o de direit os e garant ias de
crianças e adolescent es, sem int ersecção com o direit o am plo à infância,
porque direit o social, am parado pelo art igo 6o da Const it uição Federal.
c) a fase da m era im put ação crim inal não se insere na evolução hist órica do
t rat am ent o j urídico concedido à criança e ao adolescent e no ordenam ent o
j urídico pát rio porque ext raída do direit o com parado.
d) na fase da m era im put ação crim inal, regida pelas Ordenações Afonsinas
e Filipinas, pelo Código Crim inal do I m pério, de 1830, e pelo Código Penal,
de 1890, as leis se lim it avam à responsabilização crim inal de m aiores de 16
( dezesseis) anos por prát ica de at o equiparado a crim e.
e) na fase t ut elar, regida pelo Código Mello Mat t os, de 1927, e Código de
Menores, de 1979, as leis se lim it avam à colocação de crianças e
adolescent es, em sit uação de risco, em fam ília subst it ut a, pelo inst it ut o da
t ut ela.

Q6 . FUN CAB/ SED S- TO/ 2 0 1 4


Hist oricam ent e o t rat am ent o conferido a crianças e adolescent es vem sendo
m odificado gradat ivam ent e. Na at ualidade a sociedade apresent a

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significat ivos avanços no que se refere ao conj unt o de legislações que
versam sobre esse público- alvo. Mas ainda assim , em um a avaliação crít ica,
pode- se dizer que:
a) t odas as inst it uições que são dest inadas a esse público- alvo apresent am
um severo processo de sucat eam ent o, não assegurando nenhum direit o
est abelecido pelo Est at ut o da Criança e do Adolescent e.
b) as at ividades volt adas para esse público- alvo não acom panharam o
significat ivo avanço t ecnológico, t ornando as ações esvaziadas de at ual
idades, colocando- o à m argem da part icipação.
c) o conj unt o de legislações não oferece form as de cont role social por part e
da população que possibilit e a int erlocução at iva ent re a sociedade e o Poder
Público no at endim ent o das dem andas em ergenciais desse público- alvo.
d) nas prát icas sociais dest inadas a esse público- alvo, m arcado pelo
paradigm a da prot eção e do acolhim ent o, ident ifica- se que a sociedade ainda
preserva m uit os espaços de confinam ent o para esses suj eit os de pouca
idade.

Q7 . CESPE/ D PE- ES/ 2 0 1 2


Julgue os it ens subsequent es, relat ivos à evolução hist órica dos direit os da
criança e do adolescent e no Brasil.
Foi a part ir da Proclam ação da República que os m enores passaram a ser
det ent ores dos direit os fundam ent ais de liberdade.

Q8 . FCC/ TRT - 6 ª Re giã o ( PE) / 2 0 1 5


O art . 227 da Const it uição dispõe sobre os direit os que, com absolut a
prioridade, devem ser garant idos à criança, ao adolescent e e ao j ovem . Seu
§ 3o reserva disciplina específica ao direit o à prot eção especial. Ent re os
aspect os abrangidos por esse direit o, encont ram - se:
a) punição severa ao abuso, à violência e à exploração sexual da criança e
do adolescent e; educação infant il, em creche e pré- escola, às crianças at é 5
( cinco) anos de idade; e obediência aos princípios de brevidade,
excepcionalidade e respeit o à condição peculiar de pessoa em
desenvolvim ent o, quando da aplicação de qualquer m edida privat iva da
liberdade.
b) garant ia de acesso do t rabalhador adolescent e e j ovem à escola; garant ia
de direit os previdenciários e t rabalhist as; e program as de prevenção e
at endim ent o especializado à criança, ao adolescent e e ao j ovem dependent e
de ent orpecent es e drogas afins
c) garant ia de direit os previdenciários e t rabalhist as; igualdade de condições
para o acesso e perm anência na escola; e obediência aos princípios de
brevidade, excepcionalidade e respeit o à condição peculiar de pessoa em

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desenvolvim ent o, quando da aplicação de qualquer m edida privat iva da
liberdade.
d) adoção assist ida pelo Poder Público, especialm ent e no caso de efet ivação
por est rangeiros; punição severa ao abuso, à violência e à exploração sexual
da criança e do adolescent e; e program as de prevenção e at endim ent o
especializado à criança, ao adolescent e e ao j ovem dependent e de
ent orpecent es e drogas afins.
e) igualdade de condições para o acesso e perm anência na escola; garant ia
de acesso do t rabalhador adolescent e e j ovem à escola; e adoção assist ida
pelo Poder Público, especialm ent e no caso de efet ivação por est rangeiros.

Q9 . M PE- SP/ M PE- SP/ 2 0 1 5


Nos t erm os da Const it uição Federal, o direit o a prot eção especial à criança,
ao adolescent e e ao j ovem deve abranger, dent re out ros, os seguint es
aspect os:
I - Garant ia de inim put abilidade aos m enores de dezoit o anos, que ficarão
suj eit os às norm as da legislação especial.
I I - Program as de prevenção e at endim ent o especializado à criança, ao
adolescent e e ao j ovem dependent e de ent orpecent es e drogas afins.
I I I - Proibição de quaisquer designações discrim inat órias relat ivas à filiação
e igualdade de direit os e qualificações em relação aos filhos, havidos ou não
da relação do casam ent o, ou por adoção.
I V- Aplicação de percent ual dos recursos públicos dest inados à saúde na
assist ência m at erno- infant il.
V- Est ím ulo do Poder Público, at ravés de assist ência j urídica, incent ivos
fiscais e subsídios, nos t erm os da lei, ao acolhim ent o, sob a form a de guarda,
de criança ou adolescent e órfão ou abandonado.
Est á corret o apenas o cont ido em :
a) I , I I I e V.
b) I I e I V.
c) I , I I e I I I .
d) I I e V.
e) I I , I I I , I V e V.

Q1 0 . FUN I VERSA/ PC- D F/ 2 0 1 5 / a da pt a da


No que diz respeit o à ordem social, j ulgue:
A CF assegura expressam ent e às crianças, aos adolescent es e aos j ovens a
garant ia de pleno e form al conhecim ent o da at ribuição de at o infracional, a
igualdade na relação processual e a defesa t écnica por profissional
habilit ado, segundo lei específica.

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Q1 1 . FCC/ D PE- M A/ 2 0 1 5
Ant e o regim e est at uído pela Const it uição, a obediência aos princípios de
brevidade, excepcionalidade e respeit o à condição peculiar de pessoa em
desenvolvim ent o, quando da aplicação de qualquer m edida privat iva da
liberdade:
a) encont ra- se ent re os obj et ivos que inform am as polít icas públicas de
am paro aos idosos.
b) encont ra- se ent re os obj et ivos que inform am o plano nacional da
j uvent ude.
c) consist e em aspect o abrangido pelo direit o à prot eção especial.
d) const it ui cláusula norm at iva que t ransgride o preceit o const it ucional que
considera inim put áveis os m enores de dezoit o anos.
e) consubst ancia direit o individual de exercício colet ivo.

Q1 2 . CESPE/ D EPEN / 2 0 1 5
Por suas caract eríst icas m ais definidoras, a Const it uição Federal de 1988
( CF) foi cham ada de Const it uição Cidadã. Com relação aos direit os hum anos
e aos direit os fundam ent ais consagrados na Cart a Magna brasileira, j ulgue
o it em a seguir.
A única form a de censura perm it ida no Brasil é a que envolve espet áculos
t eat rais, especialm ent e os volt ados para o público infant o- j uvenil, e os livros
didát icos a serem ut ilizados no ensino fundam ent al.

Q1 3 . FAURGS/ TJ- RS/ 2 0 1 5


A quest ão refere- se à Const it uição da República Federat iva do Brasil de
1988.
Tendo em vist a a previsão do caput do art igo 227, assinale a alt ernat iva que
cont ém assert iva I NCORRETA.
a) É dever da fam ília e do Est ado assegurar à criança, ao adolescent e e ao
j ovem o direit o à vida, à m oradia, à saúde e à alim ent ação.
b) É dever do Est ado e da sociedade assegurar à criança, ao adolescent e e
ao j ovem o direit o à educação, ao lazer e à profissionalização.
c) É dever da fam ília e da sociedade colocar a salvo de t oda a form a de
violência, crueldade e opressão a criança, o adolescent e e o j ovem .
d) É dever da sociedade e do Est ado colocar a salvo de t oda a form a de
negligência, discrim inação e exploração a criança, o adolescent e e o j ovem .

Q1 4 . VUN ESP/ PC- CE/ 2 0 1 5 / a da pt a da


De acordo com o dispost o na Const it uição Federal a respeit o da Fam ília, da
Criança, do Adolescent e, do Jovem e do I doso, j ulgue o it em que se segue

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São civil e penalm ent e inim put áveis os m enores de vint e e um anos, suj eit os
às norm as da legislação especial.

Q1 5 . VUN ESP/ PC- CE/ 2 0 1 5 / a da pt a da


De acordo com o dispost o na Const it uição Federal a respeit o da Fam ília, da
Criança, do Adolescent e, do Jovem e do I doso, j ulgue o it em que se segue
Os pais t êm o dever de assist ir, criar e educar os filhos m enores, e os filhos
m aiores t êm o dever de aj udar e am parar os pais na velhice, carência ou
enferm idade.

Q1 6 . VUN ESP/ PC- CE/ 2 0 1 5 / a da pt a da


De acordo com o dispost o na Const it uição Federal a respeit o da Fam ília, da
Criança, do Adolescent e, do Jovem e do I doso, j ulgue o it em que se segue
A adoção será assist ida pelo Poder Público, na form a da lei, que est abelecerá
casos e condições de sua efet ivação por part e de brasileiros nat os e
nat uralizados, vedada a adoção por est rangeiros.

Q1 7 . I D ECAN / SEJUC- RN / 2 0 1 7
Nos t erm os da Const it uição Federal, é dever da fam ília, da sociedade e do
Est ado assegurar à criança, ao adolescent e e ao j ovem , com absolut a
prioridade, o direit o à vida, à saúde, à alim ent ação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cult ura, à dignidade, ao respeit o, à liberdade e à
convivência fam iliar e com unit ária, além de colocá- los a salvo de t oda form a
de negligência, discrim inação, exploração, violência, crueldade e opressão.
São prot eções const it ucionais à criança e ao adolescent e, EXCETO:
a) I dade m ínim a de quat orze anos para adm issão ao t rabalho, perm it ida a
j ornada not urna, m as vedado o t rabalho perigoso ou insalubre aos m enores.
b) Obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeit o à
condição peculiar de pessoa em desenvolvim ent o, quando da aplicação de
qualquer m edida privat iva da liberdade.
c) Garant ia de pleno e form al conhecim ent o da at ribuição de at o infracional,
igualdade na relação processual e defesa t écnica por profissional habilit ado,
segundo dispuser a legislação t ut elar específica.
d) Est ím ulo do Poder Público, at ravés de assist ência j urídica, incent ivos
fiscais e subsídios, nos t erm os da lei, ao acolhim ent o, sob a form a de guarda,
de criança ou adolescent e órfão ou abandonado.

Q1 8 . FEPESE/ SJC- SC/ 2 0 1 6


De acordo com a Const it uição Federal, a aplicação de qualquer m edida
privat iva de liberdade a adolescent e deverá obedecer ao princípio:
1. da brevidade.
2. da excepcionalidade.

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3. do respeit o à condição peculiar de pessoa em desenvolvim ent o.
Assinale a alt ernat iva que indica t odas as afirm at ivas corret as.
a) É corret a apenas a afirm at iva 3.
b) São corret as apenas as afirm at ivas 1 e 2.
c) São corret as apenas as afirm at ivas 1 e 3.
d) São corret as apenas as afirm at ivas 2 e 3.
e) São corret as as afirm at ivas 1, 2 e 3.

Q1 9 . Qua dr ix / CFO- D F/ 2 0 1 7
Com relação à ordem social, j ulgue o it em .
A CF veda a adoção de crianças e adolescent es por est rangeiros.

5 .2 – Ga ba r it o
Q1. C Q8. B Q15. CORRETA
Q2. C Q9. D Q16. I NCORRETA
Q3. D Q10. CORRETA Q17. A
Q4. E Q11. C Q18. E
Q5. A Q12. I NCORRETA Q19. I NCORRETA
Q6. D Q13. A
Q7. I NCORRETA Q14. I NCORRETA
5 .3 – List a de Qu e st õe s com com e n t á r ios
Q1 . FCC/ D PE- SP/ 2 0 1 3
Analisando- se os paradigm as legislat ivos em m at éria de infância e
j uvent ude, pode- se afirm ar que ant es da edição do Código de Mello Mat t os,
em 1927, vigorava o m odelo.
a) higienist a
b) da sit uação irregular.
c) penal indiferenciado.
d) da prot eção int egral.
e) da inst it ucionalização para a prot eção.

Com e nt á r ios
O Código Mello Mat os represent ou a definit iva superação da fase de absolut a
indiferença e ingresso na fase da m era im put ação penal ou penal indiferenciado,
de m odo que a a lt e r na t iva C é a corret a e gabarit o da quest ão.

Q2 . FCC/ TRT - 2 4 ª REGI ÃO ( M S) / 2 0 1 4

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A part ir da edição do Est at ut o da Criança e do Adolescent e, passou- se a
evit ar o vocábulo m enor. Porém , no âm bit o do Direit o do Trabalho, t al
palavra não carrega seu efeit o negat ivo, m ant endo- se sua ut ilização nesse
cam po. Tal discussão foi enfrent ada pelo Direit o do Trabalho porque o
Est at ut o da Criança e do Adolescent e t rouxe consigo a dout rina
a) assist encialist a.
b) da sit uação irregular.
c) da prot eção int egral
d) da indiferença legal.
e) higienist a

Com e nt á r ios
Com o repet im os exaust ivam ent e em aula, o ECA adot ou, j á em seu art igo 1º , a
dout rina da prot eção int egral. Tal t eoria t em com o aspect o cent ral a criança e o
adolescent e com o suj eit os de direit os.
Ant es os m enores eram t rat ados com o obj et os de t ut ela, t endo em vist a a
dout rina da sit uação irregular.
Vej am os um quadro de aula que ret rat a a diferença ent re esses dois m odelos.

ASPECTO CÓD I GO D E M EN ORES ECA

Dout rinário Sit uação I rregular Prot eção I nt egral


Carát er Filant rópico Polít ica Pública
Fundam ent o Assist encialist a Direit o Subj et ivo
Cent ralidade Local Judiciário Município
Com pet ência Execut ória União/ Est ados Município
Decisório Cent ralizador Part icipat ivo
I nst it ucional Est at al Cogest ão Sociedade Civil
Organização Piram idal Hierárquica Rede
Gest ão Monocrát ica Dem ocrát ica

Port ant o, a a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q3 . CESPE/ TRT - 1 ª REGI ÃO ( RJ) / 2 0 1 0


De acordo com a dout rina j urídica da prot eção int egral adot ada pelo ECA, as
crianças e os adolescent es
a) devem , em função de sua incapacidade, ser t ut elados pelo Est ado quando
se encont rarem em sit uação irregular.
b) devem ser prot egidos por m edidas suplem ent ares, caso se encont rem em
sit uação de risco, enquant o aos dem ais se aplicam os direit os fundam ent ais
da pessoa hum ana.

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c) possuem direit os e prerrogat ivas diversas, devendo o Est ado conceder às
crianças, m as não aos adolescent es, a t ut ela ant ecipada de seus direit os
fundam ent ais, o que só pode ocorrer plenam ent e com a part icipação do
Est ado no planej am ent o fam iliar.
d) são t it ulares de direit os e não, obj et os passivos.
e) podem responder penalm ent e pela prát ica de crim es hediondos, quando
em concurso form al com m aiores de dezoit o anos de idade.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. O Eca afast ou a dout rina da sit uação irregular e
essa expressão não é m ais ut ilizada.
A a lt e r n a t iva B est á incorret a. Aplica- se a dout rina da prot eção int egral, por
isso não se fala m ais em m edidas suplem ent ares de prot eção.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. A criança e o adolescent e são suj eit os de direit os
e deveres. O erro da quest ão est á em excluir o adolescent e da prot eção int egral.
A a lt e r n a t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Essa é exat am ent e a
ideia da prot eção int egral.
A a lt e r na t iva E est á incorret a, pois os m enores de 18 anos são inim put áveis.

Q4 . FCC/ AL- PB/ 2 0 1 3


O Est at ut o da Criança e do Adolescent e ( Lei no 8.069/ 90) , ao ser edit ado,
alt erou subst ancialm ent e o paradigm a legislat ivo na área da infância e
j uvent ude, im plem ent ando a dout rina
a) m enorist a, pregando- se a prot eção do vulnerável que não se aj ust ava a
um padrão est abelecido, j ust ificando a int ervenção est at al sobre a sua
pessoa.
b) da sit uação irregular, criando vários inst it ut os de acolhim ent o para
crianças e adolescent es, fossem infrat ores ou vít im as de abandono por
om issão ou m aus- t rat os.
c) higienist a, afast ando das ruas as crianças e adolescent es expost os a
vulnerabilidades sociais, com o m edida de saúde pública.
d) ret ribut iva- repressiva, buscando- se m edidas na pers pect iva da
ret ribuição e cont role das expressões j uvenis.
e) da prot eção int egral, envolvendo Est ado, fam ília e sociedade na prot eção
dos direit os de crianças e adolescent es.

Com e nt á r ios
Mais um a quest ão que aborda o t em a da m udança de paradigm a perpet rada pelo
Est at ut o da Criança e do Adolescent e.

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O ECA est abeleceu no Brasil a dout rina da prot eção int egral. Dessa form a, a
a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q5 . VUN ESP/ TJ- M S/ 2 0 1 5


Com relação à ret rospect iva e evolução hist óricas do t rat am ent o j urídico
dest inado à criança e ao adolescent e no ordenam ent o pát rio, é corret o
afirm ar que
a) na fase da absolut a indiferença, não havia leis volt adas aos direit os e
deveres de crianças e adolescent es.
b) na fase da prot eção int egral, regida pelo Est at ut o da Criança e do
Adolescent e, as leis se lim it am ao reconhecim ent o de direit os e garant ias de
crianças e adolescent es, sem int ersecção com o direit o am plo à infância,
==0==

porque direit o social, am parado pelo art igo 6o da Const it uição Federal.
c) a fase da m era im put ação crim inal não se insere na evolução hist órica do
t rat am ent o j urídico concedido à criança e ao adolescent e no ordenam ent o
j urídico pát rio porque ext raída do direit o com parado.
d) na fase da m era im put ação crim inal, regida pelas Ordenações Afonsinas
e Filipinas, pelo Código Crim inal do I m pério, de 1830, e pelo Código Penal,
de 1890, as leis se lim it avam à responsabilização crim inal de m aiores de 16
( dezesseis) anos por prát ica de at o equiparado a crim e.
e) na fase t ut elar, regida pelo Código Mello Mat t os, de 1927, e Código de
Menores, de 1979, as leis se lim it avam à colocação de crianças e
adolescent es, em sit uação de risco, em fam ília subst it ut a, pelo inst it ut o da
t ut ela.

Com e nt á r ios
A evolução do t rat am ent o da criança e do adolescent e pode ser resum ida em
quat ro fases ou sist em as. Vej am os:
1. Fase da absolut a indiferença: não exist iam norm as relacionadas à criança e ao
adolescent e.
2. Fase da m era im put ação crim inal: o propósit o das leis era de quest ão crim inal,
de coibir a prát ica de ilícit os pelas crianças e adolescent es.
3. Fase t ut elar: o m undo adult o t inha poderes para prom over a int egração
sociofam iliar da criança, com t ut ela reflexa de seus int eresses pessoais.
4. Fase da prot eção int egral: surgiu em 1988, por m eio da CF e do ECA.
Reconhecem direit os e garant ias às crianças, considerando- as com o pessoas em
desenvolvim ent o.
Port ant o, a a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q6 . FUN CAB/ SED S- TO/ 2 0 1 4

Pr of. Rica r do Tor que s 29


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DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PARA O TJ-RS Aula 0

Curso em teoria e exercícios para Oficial 00


Hist oricam ent e o t rat am ent o conferido a crianças e adolescent es vem sendo
m odificado gradat ivam ent e. Na at ualidade a sociedade apresent a
significat ivos avanços no que se refere ao conj unt o de legislações que
versam sobre esse público- alvo. Mas ainda assim , em um a avaliação crít ica,
pode- se dizer que:
a) t odas as inst it uições que são dest inadas a esse público- alvo apresent am
um severo processo de sucat eam ent o, não assegurando nenhum direit o
est abelecido pelo Est at ut o da Criança e do Adolescent e.
b) as at ividades volt adas para esse público- alvo não acom panharam o
significat ivo avanço t ecnológico, t ornando as ações esvaziadas de at ual
idades, colocando- o à m argem da part icipação.
c) o conj unt o de legislações não oferece form as de cont role social por part e
da população que possibilit e a int erlocução at iva ent re a sociedade e o Poder
Público no at endim ent o das dem andas em ergenciais desse público- alvo.
d) nas prát icas sociais dest inadas a esse público- alvo, m arcado pelo
paradigm a da prot eção e do acolhim ent o, ident ifica- se que a sociedade ainda
preserva m uit os espaços de confinam ent o para esses suj eit os de pouca
idade.

Com e nt á r ios
A alt ernat iva A est á incorret a, pois não se pode falar que t odas as inst it uições
est ão sucat eadas, t am pouco que nenhum direit o é assegurado. É verdade que o
sist em a possui seus defeit os, cont udo, há várias inst it uições que funcionam m uit o
bem . A alt ernat iva peca pelo exagero.
A alt ernat iva B est á igualm ent e incorret a, t endo em vist a as iniciat ivas inovadoras
na área prom ovidas nos últ im os t em pos, t al com o o program a fam ília acolhedora.
A alt ernat iva C est á incorret a. Com o sabem os, há vários órgãos que int erligam a
sociedade e o Poder Público, t al com o o Conselho Tut elar.
A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Tal com o vim os em aula,
a at ual fase da prot eção dos diret os da criança e do adolescent e t em com o
paradigm a a prot eção e o acolhim ent o.

Q7 . CESPE/ D PE- ES/ 2 0 1 2


Julgue os it ens subsequent es, relat ivos à evolução hist órica dos direit os da
criança e do adolescent e no Brasil.
Foi a part ir da Proclam ação da República que os m enores passaram a ser
det ent ores dos direit os fundam ent ais de liberdade.

Com e nt á r ios
A assert iva est á incor r e t a . A lei que reconhece os direit os e garant ias às
crianças, considerando- a com o um a pessoa em desenvolvim ent o, foi inserida em
1990, com o Est at ut o da Criança e do Adolescent e. Port ant o, não foi a part ir da

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DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PARA0O TJ-RS Aula
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Proclam ação da República ( 1988) que os m enores passaram a ser det ent ores dos
direit os fundam ent ais de liberdade.

Q8 . FCC/ TRT - 6 ª Re giã o ( PE) / 2 0 1 5


O art . 227 da Const it uição dispõe sobre os direit os que, com absolut a
prioridade, devem ser garant idos à criança, ao adolescent e e ao j ovem . Seu
§ 3o reserva disciplina específica ao direit o à prot eção especial. Ent re os
aspect os abrangidos por esse direit o, encont ram - se:
a) punição severa ao abuso, à violência e à exploração sexual da criança e
do adolescent e; educação infant il, em creche e pré- escola, às crianças at é 5
( cinco) anos de idade; e obediência aos princípios de brevidade,
excepcionalidade e respeit o à condição peculiar de pessoa em
desenvolvim ent o, quando da aplicação de qualquer m edida privat iva da
liberdade.
b) garant ia de acesso do t rabalhador adolescent e e j ovem à escola; garant ia
de direit os previdenciários e t rabalhist as; e program as de prevenção e
at endim ent o especializado à criança, ao adolescent e e ao j ovem dependent e
de ent orpecent es e drogas afins
c) garant ia de direit os previdenciários e t rabalhist as; igualdade de condições
para o acesso e perm anência na escola; e obediência aos princípios de
brevidade, excepcionalidade e respeit o à condição peculiar de pessoa em
desenvolvim ent o, quando da aplicação de qualquer m edida privat iva da
liberdade.
d) adoção assist ida pelo Poder Público, especialm ent e no caso de efet ivação
por est rangeiros; punição severa ao abuso, à violência e à exploração sexual
da criança e do adolescent e; e program as de prevenção e at endim ent o
especializado à criança, ao adolescent e e ao j ovem dependent e de
ent orpecent es e drogas afins.
e) igualdade de condições para o acesso e perm anência na escola; garant ia
de acesso do t rabalhador adolescent e e j ovem à escola; e adoção assist ida
pelo Poder Público, especialm ent e no caso de efet ivação por est rangeiros.

Com e nt á r ios
Dada a referência explícit a da quest ão, vej am os o art . 227, §3º , da CF:
§ 3º O direit o a prot eção especial abrangerá os seguint es aspect os:
I - idade m ínim a de quat orze anos para adm issão ao t rabalho, observado o dispost o no art .
7º , XXXI I I ;
I I - garant ia de direit os previdenciários e t rabalhist as;
I I I - garant ia de acesso do t rabalhador adolescent e e j ovem à escola;
I V - garant ia de pleno e form al conhecim ent o da at ribuição de at o infracional, igualdade na
relação processual e defesa t écnica por profissional habilit ado, segundo dispuser a legislação
t ut elar específica;

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V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeit o à condição peculiar
de pessoa em desenvolvim ent o, quando da aplicação de qualquer m edida privat iva da
liberdade;
VI - est ím ulo do Poder Público, at ravés de assist ência j urídica, incent ivos fiscais e subsídios,
nos t erm os da lei, ao acolhim ent o, sob a form a de guarda, de criança ou adolescent e órfão
ou abandonado;
VI I - program as de prevenção e at endim ent o especializado à criança, ao adolescent e e ao
j ovem dependent e de ent orpecent es e drogas afins.

Da leit ura do disposit ivo acim a podem os concluir que o referido disposit ivo t raz
regras relat ivas aos direit os dos t rabalhadores, garant ia de direit os
previdenciários, acesso do adolescent e t rabalhador à escola, responsabilização
pela prát ica de at os infracionais que devem ser breves, excepcionais e respeit ar
a condição do adolescent e de pessoa em desenvolvim ent o. Além disso, t em os
disposições que im põe ao Poder Público cuidar dos m ecanism os de acolhim ent o
de adolescent es em sit uação de vulnerabilidade e, t am bém , a adoção de
program as de prevenção e at endim ent o especializado.
Port ant o, a a lt e r na t iva B é a que m elhor se encaixa em t al diret iva. As dem ais
alt ernat ivas ret rat am regras que não const am do referido parágrafo.

Q9 . M PE- SP/ M PE- SP/ 2 0 1 5


Nos t erm os da Const it uição Federal, o direit o a prot eção especial à criança,
ao adolescent e e ao j ovem deve abranger, dent re out ros, os seguint es
aspect os:
I - Garant ia de inim put abilidade aos m enores de dezoit o anos, que ficarão
suj eit os às norm as da legislação especial.
I I - Program as de prevenção e at endim ent o especializado à criança, ao
adolescent e e ao j ovem dependent e de ent orpecent es e drogas afins.
I I I - Proibição de quaisquer designações discrim inat órias relat ivas à filiação
e igualdade de direit os e qualificações em relação aos filhos, havidos ou não
da relação do casam ent o, ou por adoção.
I V- Aplicação de percent ual dos recursos públicos dest inados à saúde na
assist ência m at erno- infant il.
V- Est ím ulo do Poder Público, at ravés de assist ência j urídica, incent ivos
fiscais e subsídios, nos t erm os da lei, ao acolhim ent o, sob a form a de guarda,
de criança ou adolescent e órfão ou abandonado.
Est á corret o apenas o cont ido em :
a) I , I I I e V.
b) I I e I V.
c) I , I I e I I I .
d) I I e V.
e) I I , I I I , I V e V.

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Com e nt á r ios
Tem os aqui um a quest ão pouco int eligent e que, na realidade, é um a grande
pegadinha. Nesse cont ext o, ao se referir à “ prot eção especial à criança” , o
exam inador est á cobrando o art . 227, §3º , da CF. Desse m odo, por m ais que as
regras colocadas nos it ens est ej am de acordo com a CF, se não est iverem de
acordo com o disposit ivo, est ão incorret as.
Devido a isso, sugere- se dar o m áxim o de at enção ao disposit ivo.
Vej a:
I t em I – incorret o, pois previst o o art . 228 da CF.
I t em I I – corret o, pois previst o, no inc. VI I do §3º do art . 227 da CF.
I t em I I I – incorret o, pois previst o no §6 do art . 227.
I t em I V incorret o, pois previst o no §1º do art . 227.
I t em V corret o, porque explicit a o inc. VI do §3º do art . 227 da CF.
Port ant o, a a lt e r na t iva D é a corret a e gabarit o da quest ão.

Q1 0 . FUN I VERSA/ PC- D F/ 2 0 1 5 / a da pt a da


No que diz respeit o à ordem social, j ulgue:
A CF assegura expressam ent e às crianças, aos adolescent es e aos j ovens a
garant ia de pleno e form al conhecim ent o da at ribuição de at o infracional, a
igualdade na relação processual e a defesa t écnica por profissional
habilit ado, segundo lei específica.

Com e nt á r ios
A assert iva est á cor r e t a em vist a do que disciplina o art . 227, §3º , I V, da CF:
§ 3º O direit o a prot eção especial abrangerá os seguint es aspect os:
I V - garant ia de pleno e form al conhecim ent o da at ribuição de at o infracional, igualdade na
relação processual e defesa t écnica por profissional habilit ado, segundo dispuser a legislação
t ut elar específica.

Q1 1 . FCC/ D PE- M A/ 2 0 1 5
Ant e o regim e est at uído pela Const it uição, a obediência aos princípios de
brevidade, excepcionalidade e respeit o à condição peculiar de pessoa em
desenvolvim ent o, quando da aplicação de qualquer m edida privat iva da
liberdade:
a) encont ra- se ent re os obj et ivos que inform am as polít icas públicas de
am paro aos idosos.
b) encont ra- se ent re os obj et ivos que inform am o plano nacional da
j uvent ude.
c) consist e em aspect o abrangido pelo direit o à prot eção especial.

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d) const it ui cláusula norm at iva que t ransgride o preceit o const it ucional que
considera inim put áveis os m enores de dezoit o anos.
e) consubst ancia direit o individual de exercício colet ivo.

Com e nt á r ios
O §3º do art . 227 prevê expressam ent e, dent re as regas de prot eção especial,
t rês princípios que devem ser considerados na aplicação de m edidas
socioeducat ivas
§ 3º O direit o a prot eção especial abrangerá os seguint es aspect os:
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeit o à condição
peculiar de pessoa em desenvolvim ent o, quando da aplicação de qualquer m edida
privat iva da liberdade;
Desse m odo, est á corret a a a lt e r na t iva C.

Q1 2 . CESPE/ D EPEN / 2 0 1 5
Por suas caract eríst icas m ais definidoras, a Const it uição Federal de 1988
( CF) foi cham ada de Const it uição Cidadã. Com relação aos direit os hum anos
e aos direit os fundam ent ais consagrados na Cart a Magna brasileira, j ulgue
o it em a seguir.
A única form a de censura perm it ida no Brasil é a que envolve espet áculos
t eat rais, especialm ent e os volt ados para o público infant o- j uvenil, e os livros
didát icos a serem ut ilizados no ensino fundam ent al.

Com e nt á r ios
De acordo com o art . 5º , I X, da CF: “ é livre a expressão da at ividade int elect ual,
art íst ica, cient ífica e de com unicação, independent em ent e de censura ou licença” .
Não bast asse, a CF explicit a que é vedada t oda e qualquer censura de nat ureza
polít ica, ideológica e art íst ica.
Desse m odo, est á incor r e t a a assert iva, pois argum ent a que é possível a censura
espet áculos t eat rais, especialm ent e os volt ados para o público infant o- j uvenil, e
os livros didát icos a serem ut ilizados no ensino fundam ent al.

Q1 3 . FAURGS/ TJ- RS/ 2 0 1 5


A quest ão refere- se à Const it uição da República Federat iva do Brasil de
1988.
Tendo em vist a a previsão do caput do art igo 227, assinale a alt ernat iva que
cont ém assert iva I NCORRETA.
a) É dever da fam ília e do Est ado assegurar à criança, ao adolescent e e ao
j ovem o direit o à vida, à m oradia, à saúde e à alim ent ação.
b) É dever do Est ado e da sociedade assegurar à criança, ao adolescent e e
ao j ovem o direit o à educação, ao lazer e à profissionalização.

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c) É dever da fam ília e da sociedade colocar a salvo de t oda a form a de
violência, crueldade e opressão a criança, o adolescent e e o j ovem .
d) É dever da sociedade e do Est ado colocar a salvo de t oda a form a de
negligência, discrim inação e exploração a criança, o adolescent e e o j ovem .

Com e nt á r ios
Para respondê- la devem os lem brar do caput do art . 227:
Art . 227. É dever da fam ília, da sociedade e do Est ado assegurar à criança, ao adolescent e
e ao j ovem , com absolut a prioridade, o direit o à vida, à saúde, à alim ent ação, à educação,
ao lazer, à profissionalização, à cult ura, à dignidade, ao respeit o, à liberdade e à convivência
fam iliar e com unit ária, além de colocá- los a salvo de t oda form a de negligência,
discrim inação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Logo, a a lt e r na t iva A est á errada, pois t raz expressado o direit o à m oradia.

Q1 4 . VUN ESP/ PC- CE/ 2 0 1 5 / a da pt a da


De acordo com o dispost o na Const it uição Federal a respeit o da Fam ília, da
Criança, do Adolescent e, do Jovem e do I doso, j ulgue o it em que se segue
São civil e penalm ent e inim put áveis os m enores de vint e e um anos, suj eit os
às norm as da legislação especial.

Com e nt á r ios
A assert iva est á in cor r e t a , pois são penalm ent e inim put áveis os m enos de 18
anos.
Art . 228. São penalm ent e inim put áveis os m enores de dezoit o anos, suj eit os às norm as da
legislação especial.

Q1 5 . VUN ESP/ PC- CE/ 2 0 1 5 / a da pt a da


De acordo com o dispost o na Const it uição Federal a respeit o da Fam ília, da
Criança, do Adolescent e, do Jovem e do I doso, j ulgue o it em que se segue
Os pais t êm o dever de assist ir, criar e educar os filhos m enores, e os filhos
m aiores t êm o dever de aj udar e am parar os pais na velhice, carência ou
enferm idade.

Com e nt á r ios
A assert iva est á cor r e t a ! Vej am os o art . 229, da CF.
Art . 229. Os pais t êm o dever de assist ir, criar e educar os filhos m enores, e os filhos
m aiores t êm o dever de aj udar e am parar os pais na velhice, carência ou enferm idade.

Q1 6 . VUN ESP/ PC- CE/ 2 0 1 5 / a da pt a da


De acordo com o dispost o na Const it uição Federal a respeit o da Fam ília, da
Criança, do Adolescent e, do Jovem e do I doso, j ulgue o it em que se segue

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A adoção será assist ida pelo Poder Público, na form a da lei, que est abelecerá
casos e condições de sua efet ivação por part e de brasileiros nat os e
nat uralizados, vedada a adoção por est rangeiros.

Com e nt á r ios
A assert iva est á incor r e t a . Com o bem sabem os, a adoção int ernacional é
perm it ida dent ro de cert as circunst âncias. Vej am os o art . 227, § 5º , da CF, no
qual foi baseada a assert iva.
§ 5º A adoção será assist ida pelo Poder Público, na form a da lei, que est abelecerá casos e
condições de sua efet ivação por part e de est rangeiros.

Q1 7 . I D ECAN / SEJUC- RN / 2 0 1 7
Nos t erm os da Const it uição Federal, é dever da fam ília, da sociedade e do
Est ado assegurar à criança, ao adolescent e e ao j ovem , com absolut a
prioridade, o direit o à vida, à saúde, à alim ent ação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cult ura, à dignidade, ao respeit o, à liberdade e à
convivência fam iliar e com unit ária, além de colocá- los a salvo de t oda form a
de negligência, discrim inação, exploração, violência, crueldade e opressão.
São prot eções const it ucionais à criança e ao adolescent e, EXCETO:
a) I dade m ínim a de quat orze anos para adm issão ao t rabalho, perm it ida a
j ornada not urna, m as vedado o t rabalho perigoso ou insalubre aos m enores.
b) Obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeit o à
condição peculiar de pessoa em desenvolvim ent o, quando da aplicação de
qualquer m edida privat iva da liberdade.
c) Garant ia de pleno e form al conhecim ent o da at ribuição de at o infracional,
igualdade na relação processual e defesa t écnica por profissional habilit ado,
segundo dispuser a legislação t ut elar específica.
d) Est ím ulo do Poder Público, at ravés de assist ência j urídica, incent ivos
fiscais e subsídios, nos t erm os da lei, ao acolhim ent o, sob a form a de guarda,
de criança ou adolescent e órfão ou abandonado.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a e é o gabarit o da quest ão. De acordo com o art .
227, §3º , I , da Const it uição Federal, é considerada prot eção const it ucional à
criança e ao adolescent e a idade m ínim a de quat orze anos para adm issão ao
t rabalho.
§ 3º O direit o a prot eção especial abrangerá os seguint es aspect os:
I - idade m ínim a de quat orze anos para adm issão ao t rabalho, observado o dispost o no art .
7º , XXXI I I ;

Porém , com base no art . 7º , XXXI I I , da Const it uição, é proibido o t rabalho


not urno, perigoso ou insalubre a m enores de dezoit o e de qualquer t rabalho a
m enores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a part ir de quat orze
anos.

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A a lt e r na t iva B est á corret a, conform e prevê o art . 227, §3º , V, da CF/ 88:
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeit o à condição peculiar
de pessoa em desenvolvim ent o, quando da aplicação de qualquer m edida privat iva da
liberdade;

A a lt e r na t iva C est á corret a, conform e prevê o art . 227, §3º , I V, da CF/ 88:
I V - garant ia de pleno e form al conhecim ent o da at ribuição de at o infracional, igualdade na
relação processual e defesa t écnica por profissional habilit ado, segundo dispuser a legislação
t ut elar específica;

A a lt e r na t iva D est á corret a, conform e prevê o art . 227, §3º , VI , da CF/ 88:
VI - est ím ulo do Poder Público, at ravés de assist ência j urídica, incent ivos fiscais e subsídios,
nos t erm os da lei, ao acolhim ent o, sob a form a de guarda, de criança ou adolescent e órfão
ou abandonado;

Q1 8 . FEPESE/ SJC- SC/ 2 0 1 6


De acordo com a Const it uição Federal, a aplicação de qualquer m edida
privat iva de liberdade a adolescent e deverá obedecer ao princípio:
1. da brevidade.
2. da excepcionalidade.
3. do respeit o à condição peculiar de pessoa em desenvolvim ent o.
Assinale a alt ernat iva que indica t odas as afirm at ivas corret as.
a) É corret a apenas a afirm at iva 3.
b) São corret as apenas as afirm at ivas 1 e 2.
c) São corret as apenas as afirm at ivas 1 e 3.
d) São corret as apenas as afirm at ivas 2 e 3.
e) São corret as as afirm at ivas 1, 2 e 3.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Vej am os o §3º , V, do
art . 227, da CF/ 88:
§ 3º O direit o a prot eção especial abrangerá os seguint es aspect os:
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeit o à condição peculiar
de pessoa em desenvolvim ent o, quando da aplicação de qualquer m edida privat iva da
liberdade;

Q1 9 . Qua dr ix / CFO- D F/ 2 0 1 7
Com relação à ordem social, j ulgue o it em .
A CF veda a adoção de crianças e adolescent es por est rangeiros.

Com e nt á r ios

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A assert iva est á incor r e t a . A Const it uição Federal não proíbe a adoção de
crianças e adolescent es por est rangeiros. Vej am os o §5º , do art . 227:
§ 5º A adoção será assist ida pelo Poder Público, na form a da lei, que est abelecerá casos e
condições de sua efet ivação por part e de est rangeiros.

6 - Le gisla çã o D e st a ca da e Ju r ispr u dê n cia Cor r e la t a


 RE 898.061/ SC: t ese da pluriparent alidade
A pat ernidade socioafet iva, declarada ou não em regist ro público, não im pede o
reconhecim ent o do vínculo de filiação concom it ant e baseado na origem biológica, com os
efeit os j urídicos próprios.

 art . 227, da CF: prot eção const it ucional à criança e ao adolescent e


Art . 227. É de ve r da fa m ília , da socie da de e do Est a do assegurar à criança, ao
adolescent e e ao j ovem , com a bsolu t a pr ior ida de , o direit o à vida, à saúde, à
alim ent ação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cult ura, à dignidade, ao respeit o,
à liberdade e à convivência fam iliar e com unit ária, além de colocá- los a salvo de t oda form a
de negligência, discrim inação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§ 1º O Est ado prom overá pr ogr a m a s de a ssist ê n cia in t e gr a l à sa ú de da cr ia n ça , do
a dole sce n t e e do j ovem , adm it ida a pa r t icipa çã o de e nt ida de s nã o gove r na m e n t a is,
m ediant e polít icas específicas e obedecendo aos seguint es preceit os:
I - aplicação de percent ual dos recursos públicos dest inados à saúde na assist ência m at erno-
infant il;
I I - criação de program as de prevenção e at endim ent o especializado para as pessoas
port adoras de deficiência física, sensorial ou m ent al, bem com o de int egração social do
adolescent e e do j ovem port ador de deficiência, m ediant e o t reinam ent o para o t rabalho e
a convivência, e a facilit ação do acesso aos bens e serviços colet ivos, com a elim inação de
obst áculos arquit et ônicos e de t odas as form as de discrim inação.
§ 2º A lei disporá sobre norm as de const rução dos logradouros e dos edifícios de uso público
e de fabricação de veículos de t ransport e colet ivo, a fim de garant ir acesso adequado às
pessoas port adoras de deficiência.
§ 3º O direit o a prot eção especial abrangerá os seguint es aspect os:
I - ida de m ín im a de qu a t or ze a nos para adm issão ao t rabalho, observado o dispost o no
art . 7º , XXXI I I ;
I I - garant ia de dir e it os pr e vide n ciá r ios e t r a ba lh ist a s;
I I I - garant ia de a ce sso do t r a ba lh a dor a dole sce n t e e j ove m à e scola ;
I V - garant ia de ple no e for m a l con h e cim e n t o da a t r ibu içã o de a t o infr a ciona l,
igu a lda de n a r e la çã o pr oce ssu a l e de fe sa t é cn ica por pr ofissiona l ha bilit a do,
segundo dispuser a legislação t ut elar específica;
V - obe diê n cia a os pr in cípios de br e vida de , e x ce pcion a lida de e r e spe it o à con diçã o
pe cu lia r de pe ssoa e m de se nvolvim e n t o, quando da aplicação de qualquer m edida
privat iva da liberdade;
VI - e st ím u lo do Pode r Público, at ravés de assist ência j urídica, incent ivos fiscais e
subsídios, nos t erm os da lei, ao acolhim ent o, sob a form a de guarda, de criança ou
adolescent e órfão ou abandonado;
VI I - pr ogr a m a s de pr e ve n çã o e a t e ndim e n t o e spe cia liza do à criança, ao adolescent e
e ao j ovem dependent e de ent orpecent es e drogas afins.

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Curso em teoria e exercícios para Oficial 00
§ 4º A lei punirá severam ent e o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do
adolescent e.
§ 5º A adoção será assist ida pelo Poder Público, na form a da lei, que est abelecerá casos e
condições de sua efet ivação por part e de est rangeiros.
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casam ent o, ou por adoção, t erão os m esm os
direit os e qualificações, proibidas quaisquer designações discrim inat órias relat ivas à filiação.
§ 7º No at endim ent o dos direit os da criança e do adolescent e levar- se- á em consideração
o dispost o no art . 204.
§ 8º A lei est abelecerá:
I - o est at ut o da j uvent ude, dest inado a regular os direit os dos j ovens;
I I - o plano nacional de j uvent ude, de duração decenal, visando à art iculação das várias
esferas do poder público para a execução de polít icas públicas.

7 – Re su m o
Para finalizar o est udo da m at éria, t razem os um
resum o dos principais aspect os est udados ao longo
da aula. Sugerim os que esse resum o sej a est udado
sem pre previam ent e ao início da aula seguint e,
com o form a de “ refrescar” a m em ória. Além disso, segundo a organização de
est udos de vocês, a cada ciclo de est udos é fundam ent al ret om ar esses resum os.
Caso encont rem dificuldade em com preender algum a inform ação, não deixem de
ret ornar à aula.
Pa r a digm a s le gisla t ivos: e volu çã o h ist ór ica do D ir e it o da Cr ia nça e do Adole sce n t e

 ASPECTOS HI STÓRI COS REMOTOS

 na ant iguidade: criança e adolescent e são obj et os de direit o

 na I dade Média: r e con h e cim e nt o da dign ida de da s cr ia n ça s e a dole sce n t e s.

 EVOLUÇÃO I N TERN ACI ON AL

 Convenção para a Repressão do Tráfico de Mulheres e Crianças aprovada em 1921.

 Declaração de Genebra, de 1924.

 Declaração Universal dos Direit os Hum anos ( DUDH) , aprovada em 1948.

 Criação da UNI CEF, em 1946.

 Declaração Universal dos Direit os da Criança em 1959.

 Convenção Am ericana sobre os Direit os Hum anos denom inada de 1969.

 Convenção I nt ernacional sobre os Direit os das Crianças.

 EVOLUÇÃO H I STÓRI CA N O ORD EN AM EN TO BRASI LEI RO

 fase da ABSOLUTA I NDI FERENÇA

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DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PARA0O TJ-RS Aula
Curso em teoria e exercícios para Oficial 00
• Sem norm as t ut elares dos direit os de crianças ou adolescent es.
• at é o início do séc. XVI

 fase da MERA I MPUTAÇÃO PENAL

• Obj et iva- se a punição de condut a prat icadas por crianças e adolescent es.
• do séc. XVI e, especialm ent e com a edição do Código Mello Mat os em 1927, at é o
Código de Menores de 1979.

 fase TUTELAR

• Obj et iva- se prom over a prot eção de crianças e adolescent es em sit uação irregular ,
com assist encialism o e prát icas segregat ória.
• da edição do Código de Menores de 1979 at é a Const it uição de 1988

 fase da PROTEÇÃO I NTEGRAL

• As crianças e adolescent es são considerados suj eit os de direit o, que devem ser
assegurados em conj unt o pelo Est ado, sociedade e fam ílias, com absolut a
prioridade e em consideração da sit uação peculiar de pessoa em desenvolvim ent o.
• a part ir da CF de 1988

A dou t r in a da sit u a çã o ir r e gu la r e a dout r in a da pr ot e çã o in t e gr a l

 M UD AN ÇA N A BASE PRI N CI PI OLÓGI CA: da dout rina da sit uação irregular para a dout rina
da prot eção int egral.

 CÓD I GO D E M EN ORES

 lim it ação de aplicação ( por exem plo, vít im as de m aus- t rat os e aut or de infração penal)

 “ bin ôm io ca r ê n cia - de linqu ê ncia ” , a gin do na con se qu ê n cia e n ã o na s ca u sa s que


levam à carência ou à delinquência.

 con ce n t r a çã o da s a t ivida de s ce n t r a liza da s na figu r a do “Ju iz de M e nor e s”.

 pr á t ica se gr e ga t ór ia .

 n ã o ha via t a m bé m pr e ocu pa çã o com a m a n u t e n çã o de vín cu los fa m ilia r e s.

 CF + ECA

 r om pim e n t o de pa r a digm a .

 a CF t rat a de enunciar um rol de direit os e garant ias fundam ent ais, post eriorm ent e
explicit ados no ECA.

Esses direit os devem ser assegurados: a) com a bsolu t a pr ior ida de ; e b) em


consideração do fat o de que as crianças são pe ssoa s e m de se n volvim e n t o.

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 o ECA fixa um a série de polít ica s pública s a serem desenvolvidas por t odos os ent es
federat ivos, m as principalm ent e pelo m unicípio, que est á m ais próxim o da realidade de
cada com unidade, em respeit o ao pr in cípio da m u n icipa liza çã o que im pera no ECA.

 COM PARAÇÃO EN TRE CÓD I GO D E M EN ORES E O ECA

ASPECTO CÓD I GO D E M EN ORES

Dout rinário Sit uação I rregular

Carát er Filant rópico

Fundam ent o Assist encialist a

Cent ralidade Local Judiciário

Com pet ência Execut ória União/ Est ados

Decisório Cent ralizador

I nst it ucional Est at al

Organização Piram idal Hierárquica

Gest ão Monocrát ica

N or m a s Con st it u ciona is

O Est a do... devem pr opicia r o... direit o à vida

A Fa m ília ... direit o à saúde,

A Socie da de ... direit o à alim ent ação

direit o à educação

direit o ao lazer

direit o à profissionalização

direit o à cult ura

direit o à dignidade

direit o ao respeit o

direit o à liberdade

direit o à convivência fam iliar e com unit ária

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devem r e sgu a r dá - los t oda form a de negligência


de...
t oda form a de discrim inação

t oda form a de exploração

t oda form a de violência, crueldade e opressão

 PRECEI TOS:

1º PRECEI TO : dest inação de um percent ual m ínim o de recursos.

2º PRECEI TO : criação de program as de at endim ent o e de prevenção para crianças e


adolescent es com deficiência.

 REGRAS ESPECÍ FI CAS D E PROTEÇÃO ÀS CRI AN ÇAS E AD OLESCEN TES:

 idade m ínim a de quat orze anos para adm issão ao t rabalho na condição de aprendiz e
do t rabalho regular som ent e após com plet ar 16 anos ( 7º , XXXI I I ) .

 garant ia de direit os previdenciários, t rabalhist as e acesso à escola ao adolescent e que


t rabalhar.

 garant ia de am pla defesa, inclusive t écnica, quando prat icar at os infracionais.

 execução da m edida socioeducat iva com observância dos princípios de brevidade,


excepcionalidade e respeit o à condição peculiar de pessoa em desenvolvim ent o.

 est ím ulo do Poder Público, por int erm édio de assist ência j urídica, incent ivos fiscais e
subsídios, ao acolhim ent o sob a form a de guarda de crianças ou adolescent es órfãos ou
abandonados.

 criação de program as de prevenção e at endim ent o especializado à criança e ao


adolescent e dependent e de ent orpecent es.

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8 - Con side r a çõe s Fin a is


Chegam os ao final da aula inaugural! Vim os um a pequena part e da m at éria,
ent ret ant o, um assunt o m uit o relevant e para a com preensão da disciplina.
A pret ensão dest a aula é a de sit uar vocês no m undo dos Direit os da Criança e
do Adolescent e, a fim de que não t enham dificuldades em assim ilar os cont eúdos
relevant es que virão na sequência.
Além disso, procuram os dem onst rar com o será desenvolvido nosso t rabalho ao
longo do Curso.
Quaisquer dúvidas, sugest ões ou crít icas ent rem em cont at o conosco. Est ou
disponível no fórum no Curso e por e- m ail.
Aguardo vocês na próxim a aula. At é lá!
Ricardo Torques

rst .est rat egia@gm ail.com

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