Aula 00
00000000000 - DEMO
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PARA O TJ-RS Aula
Curso em teoria e exercícios para Oficial 00
AULA 00
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E
DO ADOLESCENTE
Su m á r io
Direit os da Criança e do Adolescent e ................................................................................ 3
Cronogram a de Aulas ..................................................................................................... 5
1 - Considerações I niciais ................................................................................................ 5
2 - Paradigm as legislat ivos: evolução hist órica do Direit o da Criança e do Adolescent e ............. 6
2.1 - Aspect os hist óricos rem ot os ................................................................................. 6
2.2 - Evolução int ernacional ......................................................................................... 7
2.3 - Evolução Hist órica no Ordenam ent o Brasileiro ......................................................... 8
3 - A dout rina da sit uação irregular e a dout rina da prot eção int egral .................................. 12
4 - Regras Const it ucionais ............................................................................................. 15
5 – Quest ões ............................................................................................................... 19
5.1 – List a de Quest ões sem com ent ários..................................................................... 19
5.2 – Gabarit o .......................................................................................................... 26
5.3 – List a de Quest ões com com ent ários..................................................................... 26
6 - Legislação Dest acada e Jurisprudência Correlat a .......................................................... 38
7 – Resum o ................................................................................................................ 39
8 - Considerações Finais ............................................................................................... 43
A PRESENTAÇÃO DO CURSO
D ir e it os da Cr ia n ça e do Adole sce n t e
Tenho a felicidade de apresent ar a você o nosso Cur so de D ir e it os da Cr ia nça
e do Adole sce nt e , para o Tr ibu na l de Just iça do Rio Gr a nde do Sul. Esse
curso é volt ado para o cargo de Oficial de Just iça.
O present e curso abrangerá a análise do Est at ut o da Criança e do Adolescent e –
Lei nº 8.069/ 90 - , passarem os por t odos os assunt os t eóricos da m at éria, sem
deixar de alert ar para as recent es reform as prom ovidas na legislação.
Vej am os a m et odologia do nosso curso.
M e t odologia do Cu r so
Podem os afirm ar que as aulas levarão em consideração as seguint es “ font es” .
FON TES
Legislação e
Jurisprudência
Dout rina quando Assunt os Docum ent os
relevant e dos
essencial e relevant es no I nt ernacionais
Tribunais
m aj orit ária cenário j urídico pert inent es ao
Superiores
assunt o.
Para t ornar o nosso est udo m ais com plet o, é m uit o im port ant e resolver quest ões
ant eriores, para nos sit uarm os diant e das possibilidades de cobrança. Trarem os
quest ões variadas para dem onst rar com o o assunt o pode ser cobrado em provas.
Essas observações são im port ant es, pois perm it irão que, dent ro da nossa
lim it ação de t em po e com m áxim a obj et ividade, possam os organizar o curso de
m odo focado, volt ado para acert ar quest ões de prim eira fase.
Est a é a nossa propost a!
Vist os alguns aspect os gerais da m at éria, t eçam os algum as considerações acerca
da m e t odologia de e st udo.
As aulas em .pdf t em por caract eríst ica essencial a didá t ica . Ao cont rário do que
encont rarem os na dout rina especializada, o curso t odo se desenvolverá com um a
leit ura de fácil com preensão e assim ilação.
I sso, cont udo, não significa superficialidade. Pelo cont rário, sem pre que
necessário e im port ant e os assunt os serão aprofundados. A didát ica, ent ret ant o,
será fundam ent al para que diant e do cont ingent e de disciplinas, do t rabalho, dos
problem as e quest ões pessoais de cada aluno, possam os ext rair o m áxim o de
inform ações para hora da prova.
Apr e se n t a çã o Pe ssoa l
Por fim , rest a um a breve apresent ação pessoal. Meu nom e é Ricardo St rapasson
Torques! Sou graduado em Direit o pela Universidade Federal do Paraná ( UFPR) e
pós- graduado em Direit o Processual.
Est ou envolvido com concurso público há 07 anos, aproxim adam ent e, quando
ainda na faculdade. Trabalhei no Minist ério da Fazenda, no cargo de ATA. Fui
aprovado para o cargo Fiscal de Tribut os na Prefeit ura de São José dos Pinhais/ PR
e para os cargos de Técnico Adm inist rat ivo e Analist a Judiciário nos TRT 4ª , 1º e
9º Regiões. At ualm ent e, t rabalho exclusivam ent e com o professor.
Quant o à at ividade de professor, leciono exclusivam ent e para concurso, com foco
na elaboração de m at eriais em pdf. Tem os, at ualm ent e, cursos em Direit os
Hum anos, Legislação, Direit o Eleit oral e Filosofia do Direit o.
Cr on ogr a m a de Au la s
Vej am os a dist ribuição das aulas:
Essa é a dist ribuição dos assunt os ao longo do curso. Event uais aj ust es poderão
ocorrer, especialm ent e por quest ões didát icas. De t odo m odo, sem pre que houver
alt erações no cronogram a acim a, vocês serão previam ent e inform ados,
j ust ificando- se.
I dade Média
Esse período é m arcado pelo desenvolvim ent o da religião crist ã, que influenciou
diret am ent e os ordenam ent os j urídicos da Europa. Assim , t odos est avam a
serviço a I grej a, pois o hom em , de m odo geral, era considerado um ser pecador
e não racional, que deveria observar os preceit os religiosos para se salvar.
No que diz respeit o ao t rat am ent o dado às crianças e adolescent es t em os um
salt o im port ant e! Muit o em bora consideradas com o obj et o de direit o, há nít ido
r e conhe cim e nt o da dignida de da s cr ia nça s e a dole sce nt e s. I sso im pôs o
respeit o às crianças que não poderiam ser m alt rat adas, abusadas ou
abandonadas pelos seus pais.
2 .2 - Evolu çã o in t e r n a cion a l
Aqui, vam os apenas cit ar os principais t rat ados e convenções int ernacionais
edit ados para a prot eção de crianças e de adolescent es.
O prim eiro diplom a int ernacional volt ado para a t ut ela de crianças e adolescent es
foi a Conve nçã o pa r a a Re pr e ssã o do Tr á fico de M ulhe r e s e Cr ia nça s
aprovada em 1921.
Em 1924 foi aprovada a D e cla r a çã o de Ge n e br a que, pela prim eira vez, fez
referência aos direit os das crianças.
Já no ano de 1948 t em os a D e cla r a çã o Unive r sa l dos D ir e it os H um a nos
( DUDH) , que confere prot eção à m at ernidade e assist ência social às crianças,
nascidas dent ro ou fora do m at rim ônio.
Em 1946 houve um m arco relevant e que se relaciona com a criação da UNI CEF,
ent idade criada com o obj et ivo de prom over os direit os volt ados para a prot eção
e para o desenvolvim ent o de crianças e adolescent es.
Em 1959, a UNI CEF aprovou a denom inada D e cla r a çã o Unive r sa l dos D ir e it os
da Cr ia nça que fixou alguns princípios basilares à prot eção dos direit os das
crianças.
No âm bit o do sist em a regional de Direit os Hum anos, dest aca- se a Conve nçã o
Am e r ica na sobr e os D ir e it os H um a nos denom inada de “ Pact o de San José da
Cost a Rica” , aprovada em 1969, a qual fixa o dever de os Est ados- part es
prom overem m edidas de prot eção às crianças.
No âm bit o do Sist em a Global de Direit os Hum anos, sob a égide da ONU, foi
aprovada a Conve nçã o I n t e r na cion a l sobr e os D ir e it os da s Cr ia nça s, que
est abeleceu diversos direit os e garant ias volt ados para as crianças. Trat a- se de
um m arco na legislação int ernacional no que t ange à prot eção aos direit os
Século XVI e XI X
Na origem da nossa colonização, o ordenam ent o j urídico vigent e era
represent ado pelas Ordenações do Reino. Nesse período, em sínt ese, dest aca- se
a pr e ocupa çã o com os infr a t or e s, com a plica çã o de pe na s se ve r a s e
cr ué is e a im put a bilida de a pa r t ir dos 7 a n os de ida de .
Em 1830 foi edit ado o Código Penal do I m pério, que elevou a m aioridade para os
14 anos de idade. As crianças e adolescent e ent re 7 e 14, quando da prát ica de
algum at o considerado crim e pela legislação penal, eram inseridas em casas de
correção.
Algum as décadas m ais t arde, t em os a aprovação do Prim eiro Código Penal dos
Est ados Unidos do Brasil ( de 1890) , o qual cont inuou com a linha da legislação
penal ant erior, com poucas diferenças. Para que você t enha ideia, os m enores de
9 anos de idade eram considerados inim put áveis. Para a im put abilidade dos
m enores com preendidos ent re 9 e 14 anos seria necessário um procedim ent o
prévio de verificação para que fossem penalizados. Caso isso ocorresse, havia
um a regra obj et iva que previa a redução da pena para 2/ 3.
Paralelam ent e, com as discussões do proj et o de lei que deu origem ao ECA, houve
a form ação de dois polos, um em defesa do Código de Menores e out ro em defesa
do novo Est at ut o. De um lado est ava a defesa da dout rina da sit uação irregular,
do out ro a dout rina da prot eção int egral.
A CF e o ECA
A Const it uição de 1988 e o Est at ut o da Criança e do Adolescent e são m arcant es
por consolidar um a m udança de paradigm a na prot eção de crianças e
adolescent es. Essa é a base fundam ent al sobre a qual serão desenvolvidas nossas
aulas. Desse m odo, a t ít ulo de evolução, vam os t razer de form a sint et izada as
principais m udanças vivenciadas:
Modelo j urídico que privilegia a dignidade da pessoa.
Adoção da dout rina da prot eção int egral em subst it uição da dout rina da
sit uação irregular.
Trat am ent o da sit uação j urídica das crianças e adolescent es com o polít ica
pública.
Criação de um sist em a de garant ia de direit os descent ralizado na figura
dos Municípios, responsáveis pelo est abelecim ent o da polít ica de
at endim ent o com a int erm ediação do CMDCA ( Conselho Municipal dos
Direit os das Crianças e Adolescent es) .
Part icipação de vários at ores na prot eção das crianças e adolescent es, a
exem plo da com unidade local, Conselhos Municipais, Conselho Tut elar,
fam ília, Poder Judiciário, Minist ério Público.
A CF m arca a fase at ual de desenvolvim ent o dos Direit os da Criança e do
Adolescent e pela denom inada “ fa se da pr ot e çã o int e gr a l” , que represent a a
superação da dout rina da sit uação irregular. Dada a im port ância desse t em a para
provas verem os o assunt o de form a det alhada, em separado.
Ant es de iniciarm os, ent ret ant o, é im port ant e ressalt ar que m arcam os em
verm elho 4 fases que sint et izam – para a dout rina m aj orit ária – a evolução do
t rat am ent o dos Direit os da Criança e do Adolescent e.
Vej am os um a quest ão m uit o int eressant e sobre o assunt o:
De t udo o que vim os at é aqui, é fundam ent al que você m em orize o quadro
abaixo:
fase da
Sem norm as t ut elares dos direit os de
ABSOLUTA at é o início do séc. XVI
crianças ou adolescent es.
I N D I FEREN ÇA
do séc. XVI e,
especialm ent e com a
fase da M ERA
Obj et iva- se a punição de condut as prat icadas edição do Código Mello
I M PUTAÇÃO
por crianças e adolescent es. Mat os em 1927, at é o
PEN AL
Código de Menores de
1979.
da dout rina da sit uação irregular para a dout rina da prot eção int egral
A dout rina da prot eção int egral foi criada pela Const it uição de 1988 - no art . 227
da CF – e expandida com a edição do Est at ut o da Criança e do Adolescent e e com
a int ernalização da Convenção I nt ernacional sobre o Direit o das Crianças.
A dout rina da sit uação irregular foi oficializada pelo Código de Menores de 1979,
m as, im plicit am ent e, est eve present e desde o Código de Menores de 1927.
Pelo paradigm a da sit uação irregular t ínham os um a aplicação rest rit a do Código
de Menores, apenas às pessoas que se enquadrassem no art . 2º daquele diplom a.
Por exem plo, o Código se aplicava ao m enor privado de condições essenciais à
sua subsist ência, saúde e inst rução obrigat ória, em razão da falt a, ação ou
om issão dos pais ou responsável, às vít im as de m aus- t rat os, ao aut or de infração
penal; ent re out ros.
A aplicação do Código de Menores rest ringe- se ao “ binôm io ca r ê ncia -
de linquê ncia ” , a gindo na conse quê ncia e nã o na s ca usa s que levam à
carência ou à delinquência.
Not e que a CF t rat a de enunciar um rol de direit os e garant ias fundam ent ais,
post eriorm ent e explicit ados no ECA. Esses direit os, cont udo, não são
assegurados segundo a regrat iva geral que t em os no art . 5º , da CF.
Esses direit os previst os no caput do art . 227 devem ser assegurados: a) com
a bsolut a pr ior ida de ; e b) em consideração do fat o de que as crianças são
pe ssoa s e m de se nvolvim e nt o. Just ifica- se, assim , a norm at iva específica na
part e final da CF.
Em sint onia, o ECA fixa um a série de polít ica s pública s a serem desenvolvidas
por t odos os ent es federat ivos, m as principalm ent e pelo m unicípio, que est á m ais
próxim o da realidade de cada com unidade, em respeit o ao pr incípio da
m unicipa liza çã o que im pera no ECA.
Ret ira- se o conj unt o ant erior de at ribuições do Juiz da I nfância e da Juvent ude,
que m ant ém , nat uralm ent e, a com pet ência j udicant e. Dest aca- se a at uação do
Minist ério Público.
Para além do aspect o dout rinário, sobre o qual j á falam os exaust ivam ent e acim a.
I m port ant e t ecer algum as considerações finais.
Pelo carát er, t em - se que a prot eção à criança e ao adolescent e no Código de
Menores era encarado com o caridade, prest ada pelo Est ado e pela sociedade. No
ECA, a sse gur a m os os dir e it os da s cr ia nça s e dos a dole sce nt e s com o
polít ica pública , com o dever de o Est ado exercer at ividades prest acionais.
Pelo fundam ent o, t em os um increm ent o em relação ao t rat am ent o conferido
às crianças e adolescent e. De um carát er t ão som ent e assist encial, no qual os
m enores se apresent am com o obj et o de t ut ela j urídica, t em os no ECA a
conside r a çã o de e le s sã o suj e it os de dir e it os. I sso não elide o t rat am ent o
assist encial que a própria Const it uição det erm ina em relação às crianças e aos
adolescent es. Cont udo, a prot eção se apresent a à luz do ECA de form a m ais
am pla, int egral.
Pela quest ão da cent ralidade e da com pet ência, há um a m udança im port ant e,
paut ada pelo pr incípio da m unicipa liza çã o. Ret ira- se do Poder Judiciário e da
União e dos Est ados o papel de dest aque, que é t ransferido aos m unicípios. A
adm inist ração m unicipal, porque m ais próxim a da realidade da com unidade, t em
m e lhor e s condiçõe s pa r a a ssum ir de for m a e fe t iva e sse pa pe l de
1
BRANCHER, Leobert o Narciso. Or ga n iza çã o e ge st ã o do sist e m a de ga r a n t ia s de dir e it os
da infâ n cia e da j uve nt u de . En con t r os pe la j u st iça na e du ca çã o. Brasília: Fundescola/ MEC,
2000, p. 126.
4 - Re gr a s Con st it u cion a is
No que diz respeit o às regras const it ucionais de prot eção aos direit os das crianças
e dos adolescent es, nós t em os disposit ivos esparsos ao longo do t ext o
const it ucional, que est ão inseridos em out ros t em as, e um capít ulo próprio na CF.
Vam os t rat ar da prim eira part e, um a vez que as regras esparsas são est udas nos
respect ivos t em as dent ro da disciplina de Direit o Const it ucional.
Vam os lá!
O art . 226 const it ui norm a de prot eção que arrola, de form a m e r a m e nt e
e x e m plifica t iva , a exist ência de ent idades fam iliares t ípicas e ent idades
fam iliares at ípicas. Dent re as ent idades fam iliares at ípicas, cit am - se as fam ílias
com post as por pessoas do m esm o sexo.
Nesse cont ext o, o crit ério fundam ent al para definir a form ação da fam ília é a
socioafet ividade.
Vej am os, prim eiram ent e, o disposit ivo const it ucional:
Art . 226. A fa m ília , ba se da socie da de , t em especial prot eção do Est ado.
§ 1º O casam ent o é civil e grat uit a a celebração.
§ 2º O casam ent o religioso t em efeit o civil, nos t erm os da lei.
§ 3º Para efeit o da prot eção do Est ado, é r e con h e cida a u n iã o e st á ve l ent re o hom em e
a m ulher com o ent idade fam iliar, devendo a lei facilit ar sua conversão em casam ent o.
§ 4º Ent ende- se, t am bém , com o e n t ida de fa m ilia r a com un ida de for m a da por
qu a lque r dos pa is e se u s de sce n de n t e s.
§ 5º Os dir e it os e de ve r e s referent es à sociedade conj ugal sã o e x e r cidos igu a lm e n t e
pelo hom em e pela m ulher.
§ 6º O ca sa m e n t o civil pode se r dissolvido pe lo divór cio.
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa hum ana e da pat ernidade responsável,
o pla n e j a m e n t o fa m ilia r é livr e de cisã o do ca sa l, com pet indo ao Est ado propiciar
recursos educacionais e cient íficos para o exercício desse direit o, vedada qualquer form a
coercit iva por part e de inst it uições oficiais ou privadas.
§ 8º O Est a do a sse gu r a r á a a ssist ê n cia à fa m ília na pessoa de cada um dos que a
int egram , criando m ecanism os para coibir a violência no âm bit o de suas relações.
O Text o Const it ucional prevê am pla assist ência às crianças e aos adolescent es,
m ediant e polít icas públicas, com a observância de dois pr e ce it os:
1º PRECEI TO : dest inação de um percent ual m ínim o de recursos.
2 º PRECEI TO : criação de program as de at endim ent o e de prevenção para
crianças e adolescent es com deficiência.
Além disso, de acordo com a CF, as leis infraconst it ucionais que est abelecerem
regras específicas de prot eção às crianças e aos adolescent es deverão observar:
idade m ínim a de quat orze anos para adm issão ao t rabalho na condição
de aprendiz e do t rabalho regular som ent e após com plet ar 16 anos ( 7º ,
XXXI I I ) .
garant ia de direit os previdenciários, t rabalhist as e acesso à escola ao
adolescent e que t rabalhar.
garant ia de am pla defesa, inclusive t écnica, quando prat icar at os
infracionais.
Já o art . 228 refere- se à inim put abilidade penal, que é considerada, por part e da
dout rina, com o um direit o fundam ent al e, em razão disso, um a cláusula pét rea,
o que im pediria qualquer redução da m aioridade penal.
Art . 228. São penalm ent e inim put áveis os m enores de dezoit o anos, suj eit os às norm as da
legislação especial.
O art . 229 dest aca a responsabilidade dos pais em relação às crianças e aos
adolescent es, os quais devem assist ir, criar e educar os filhos m enores.
Art . 229. Os pais t êm o dever de assist ir, criar e educar os filhos m enores, e os filhos
m aiores t êm o dever de aj udar e am parar os pais na velhice, carência ou enferm idade.
Conform e a dout rina, esse disposit ivo enuncia o princípio da solidariedade ent re
ascendent es e descent es.
Vej am os, ainda, o art . 230 da CF:
Art . 230. A fam ília, a sociedade e o Est ado t êm o dever de am parar as pessoas idosas,
assegurando sua part icipação na com unidade, defendendo sua dignidade e bem - est ar e
garant indo- lhes o direit o à vida.
§ 1º Os program as de am paro aos idosos serão execut ados preferencialm ent e em seus
lares.
§ 2º Aos m aiores de sessent a e cinco anos é garant ida a grat uidade dos t ransport es
colet ivos urbanos.
( I ESES/ TJ- RO/ 2 0 1 7 ) Sobre a Ordem Social na Const it uição Federal, é I NCORRETO afirm ar:
a) A fam ília, base da sociedade, t em especial prot eção do Est ado, sendo que os direit os e deveres
referent es à sociedade conj ugal são exercidos igualm ent e pelo hom em e pela m ulher.
b) O dever da fam ília, da sociedade e do Est ado em assegurar à criança, com absolut a prioridade,
o direit o à vida, à saúde, à alim ent ação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cult ura, à
dignidade, ao respeit o, à liberdade e à convivência fam iliar e com unit ária, não se est ende ao
adolescent e e ao j ovem .
Concluím os a part e t eórica da nossa aula. Agora irem os est udar por quest ões.
Não há m uit as quest ões sobre os assunt os t rat ados na aula de hoj e. São
convenções m uit o específicas que foram pouco cobradas em concursos públicos
at é o m om ent o. Cont udo, as quest ões que possuím os servem para dar ideia de
com o o assunt o pode ser cobrado na sua prova.
Encerram os, com isso, a part e t eórica pert inent e a essa aula inaugural.
5 – Que st õe s
I m port ant e regist rar que, essa aula, por ser int rodut ória possui poucas quest ões
de prova. Nos próxim os encont ros t erem os aulas com um volum e m aior de
quest ões.
Q1 2 . CESPE/ D EPEN / 2 0 1 5
Por suas caract eríst icas m ais definidoras, a Const it uição Federal de 1988
( CF) foi cham ada de Const it uição Cidadã. Com relação aos direit os hum anos
e aos direit os fundam ent ais consagrados na Cart a Magna brasileira, j ulgue
o it em a seguir.
A única form a de censura perm it ida no Brasil é a que envolve espet áculos
t eat rais, especialm ent e os volt ados para o público infant o- j uvenil, e os livros
didát icos a serem ut ilizados no ensino fundam ent al.
Q1 7 . I D ECAN / SEJUC- RN / 2 0 1 7
Nos t erm os da Const it uição Federal, é dever da fam ília, da sociedade e do
Est ado assegurar à criança, ao adolescent e e ao j ovem , com absolut a
prioridade, o direit o à vida, à saúde, à alim ent ação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cult ura, à dignidade, ao respeit o, à liberdade e à
convivência fam iliar e com unit ária, além de colocá- los a salvo de t oda form a
de negligência, discrim inação, exploração, violência, crueldade e opressão.
São prot eções const it ucionais à criança e ao adolescent e, EXCETO:
a) I dade m ínim a de quat orze anos para adm issão ao t rabalho, perm it ida a
j ornada not urna, m as vedado o t rabalho perigoso ou insalubre aos m enores.
b) Obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeit o à
condição peculiar de pessoa em desenvolvim ent o, quando da aplicação de
qualquer m edida privat iva da liberdade.
c) Garant ia de pleno e form al conhecim ent o da at ribuição de at o infracional,
igualdade na relação processual e defesa t écnica por profissional habilit ado,
segundo dispuser a legislação t ut elar específica.
d) Est ím ulo do Poder Público, at ravés de assist ência j urídica, incent ivos
fiscais e subsídios, nos t erm os da lei, ao acolhim ent o, sob a form a de guarda,
de criança ou adolescent e órfão ou abandonado.
Q1 9 . Qua dr ix / CFO- D F/ 2 0 1 7
Com relação à ordem social, j ulgue o it em .
A CF veda a adoção de crianças e adolescent es por est rangeiros.
5 .2 – Ga ba r it o
Q1. C Q8. B Q15. CORRETA
Q2. C Q9. D Q16. I NCORRETA
Q3. D Q10. CORRETA Q17. A
Q4. E Q11. C Q18. E
Q5. A Q12. I NCORRETA Q19. I NCORRETA
Q6. D Q13. A
Q7. I NCORRETA Q14. I NCORRETA
5 .3 – List a de Qu e st õe s com com e n t á r ios
Q1 . FCC/ D PE- SP/ 2 0 1 3
Analisando- se os paradigm as legislat ivos em m at éria de infância e
j uvent ude, pode- se afirm ar que ant es da edição do Código de Mello Mat t os,
em 1927, vigorava o m odelo.
a) higienist a
b) da sit uação irregular.
c) penal indiferenciado.
d) da prot eção int egral.
e) da inst it ucionalização para a prot eção.
Com e nt á r ios
O Código Mello Mat os represent ou a definit iva superação da fase de absolut a
indiferença e ingresso na fase da m era im put ação penal ou penal indiferenciado,
de m odo que a a lt e r na t iva C é a corret a e gabarit o da quest ão.
Com e nt á r ios
Com o repet im os exaust ivam ent e em aula, o ECA adot ou, j á em seu art igo 1º , a
dout rina da prot eção int egral. Tal t eoria t em com o aspect o cent ral a criança e o
adolescent e com o suj eit os de direit os.
Ant es os m enores eram t rat ados com o obj et os de t ut ela, t endo em vist a a
dout rina da sit uação irregular.
Vej am os um quadro de aula que ret rat a a diferença ent re esses dois m odelos.
Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. O Eca afast ou a dout rina da sit uação irregular e
essa expressão não é m ais ut ilizada.
A a lt e r n a t iva B est á incorret a. Aplica- se a dout rina da prot eção int egral, por
isso não se fala m ais em m edidas suplem ent ares de prot eção.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. A criança e o adolescent e são suj eit os de direit os
e deveres. O erro da quest ão est á em excluir o adolescent e da prot eção int egral.
A a lt e r n a t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Essa é exat am ent e a
ideia da prot eção int egral.
A a lt e r na t iva E est á incorret a, pois os m enores de 18 anos são inim put áveis.
Com e nt á r ios
Mais um a quest ão que aborda o t em a da m udança de paradigm a perpet rada pelo
Est at ut o da Criança e do Adolescent e.
porque direit o social, am parado pelo art igo 6o da Const it uição Federal.
c) a fase da m era im put ação crim inal não se insere na evolução hist órica do
t rat am ent o j urídico concedido à criança e ao adolescent e no ordenam ent o
j urídico pát rio porque ext raída do direit o com parado.
d) na fase da m era im put ação crim inal, regida pelas Ordenações Afonsinas
e Filipinas, pelo Código Crim inal do I m pério, de 1830, e pelo Código Penal,
de 1890, as leis se lim it avam à responsabilização crim inal de m aiores de 16
( dezesseis) anos por prát ica de at o equiparado a crim e.
e) na fase t ut elar, regida pelo Código Mello Mat t os, de 1927, e Código de
Menores, de 1979, as leis se lim it avam à colocação de crianças e
adolescent es, em sit uação de risco, em fam ília subst it ut a, pelo inst it ut o da
t ut ela.
Com e nt á r ios
A evolução do t rat am ent o da criança e do adolescent e pode ser resum ida em
quat ro fases ou sist em as. Vej am os:
1. Fase da absolut a indiferença: não exist iam norm as relacionadas à criança e ao
adolescent e.
2. Fase da m era im put ação crim inal: o propósit o das leis era de quest ão crim inal,
de coibir a prát ica de ilícit os pelas crianças e adolescent es.
3. Fase t ut elar: o m undo adult o t inha poderes para prom over a int egração
sociofam iliar da criança, com t ut ela reflexa de seus int eresses pessoais.
4. Fase da prot eção int egral: surgiu em 1988, por m eio da CF e do ECA.
Reconhecem direit os e garant ias às crianças, considerando- as com o pessoas em
desenvolvim ent o.
Port ant o, a a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão.
Com e nt á r ios
A alt ernat iva A est á incorret a, pois não se pode falar que t odas as inst it uições
est ão sucat eadas, t am pouco que nenhum direit o é assegurado. É verdade que o
sist em a possui seus defeit os, cont udo, há várias inst it uições que funcionam m uit o
bem . A alt ernat iva peca pelo exagero.
A alt ernat iva B est á igualm ent e incorret a, t endo em vist a as iniciat ivas inovadoras
na área prom ovidas nos últ im os t em pos, t al com o o program a fam ília acolhedora.
A alt ernat iva C est á incorret a. Com o sabem os, há vários órgãos que int erligam a
sociedade e o Poder Público, t al com o o Conselho Tut elar.
A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Tal com o vim os em aula,
a at ual fase da prot eção dos diret os da criança e do adolescent e t em com o
paradigm a a prot eção e o acolhim ent o.
Com e nt á r ios
A assert iva est á incor r e t a . A lei que reconhece os direit os e garant ias às
crianças, considerando- a com o um a pessoa em desenvolvim ent o, foi inserida em
1990, com o Est at ut o da Criança e do Adolescent e. Port ant o, não foi a part ir da
Com e nt á r ios
Dada a referência explícit a da quest ão, vej am os o art . 227, §3º , da CF:
§ 3º O direit o a prot eção especial abrangerá os seguint es aspect os:
I - idade m ínim a de quat orze anos para adm issão ao t rabalho, observado o dispost o no art .
7º , XXXI I I ;
I I - garant ia de direit os previdenciários e t rabalhist as;
I I I - garant ia de acesso do t rabalhador adolescent e e j ovem à escola;
I V - garant ia de pleno e form al conhecim ent o da at ribuição de at o infracional, igualdade na
relação processual e defesa t écnica por profissional habilit ado, segundo dispuser a legislação
t ut elar específica;
Da leit ura do disposit ivo acim a podem os concluir que o referido disposit ivo t raz
regras relat ivas aos direit os dos t rabalhadores, garant ia de direit os
previdenciários, acesso do adolescent e t rabalhador à escola, responsabilização
pela prát ica de at os infracionais que devem ser breves, excepcionais e respeit ar
a condição do adolescent e de pessoa em desenvolvim ent o. Além disso, t em os
disposições que im põe ao Poder Público cuidar dos m ecanism os de acolhim ent o
de adolescent es em sit uação de vulnerabilidade e, t am bém , a adoção de
program as de prevenção e at endim ent o especializado.
Port ant o, a a lt e r na t iva B é a que m elhor se encaixa em t al diret iva. As dem ais
alt ernat ivas ret rat am regras que não const am do referido parágrafo.
Com e nt á r ios
A assert iva est á cor r e t a em vist a do que disciplina o art . 227, §3º , I V, da CF:
§ 3º O direit o a prot eção especial abrangerá os seguint es aspect os:
I V - garant ia de pleno e form al conhecim ent o da at ribuição de at o infracional, igualdade na
relação processual e defesa t écnica por profissional habilit ado, segundo dispuser a legislação
t ut elar específica.
Q1 1 . FCC/ D PE- M A/ 2 0 1 5
Ant e o regim e est at uído pela Const it uição, a obediência aos princípios de
brevidade, excepcionalidade e respeit o à condição peculiar de pessoa em
desenvolvim ent o, quando da aplicação de qualquer m edida privat iva da
liberdade:
a) encont ra- se ent re os obj et ivos que inform am as polít icas públicas de
am paro aos idosos.
b) encont ra- se ent re os obj et ivos que inform am o plano nacional da
j uvent ude.
c) consist e em aspect o abrangido pelo direit o à prot eção especial.
Com e nt á r ios
O §3º do art . 227 prevê expressam ent e, dent re as regas de prot eção especial,
t rês princípios que devem ser considerados na aplicação de m edidas
socioeducat ivas
§ 3º O direit o a prot eção especial abrangerá os seguint es aspect os:
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeit o à condição
peculiar de pessoa em desenvolvim ent o, quando da aplicação de qualquer m edida
privat iva da liberdade;
Desse m odo, est á corret a a a lt e r na t iva C.
Q1 2 . CESPE/ D EPEN / 2 0 1 5
Por suas caract eríst icas m ais definidoras, a Const it uição Federal de 1988
( CF) foi cham ada de Const it uição Cidadã. Com relação aos direit os hum anos
e aos direit os fundam ent ais consagrados na Cart a Magna brasileira, j ulgue
o it em a seguir.
A única form a de censura perm it ida no Brasil é a que envolve espet áculos
t eat rais, especialm ent e os volt ados para o público infant o- j uvenil, e os livros
didát icos a serem ut ilizados no ensino fundam ent al.
Com e nt á r ios
De acordo com o art . 5º , I X, da CF: “ é livre a expressão da at ividade int elect ual,
art íst ica, cient ífica e de com unicação, independent em ent e de censura ou licença” .
Não bast asse, a CF explicit a que é vedada t oda e qualquer censura de nat ureza
polít ica, ideológica e art íst ica.
Desse m odo, est á incor r e t a a assert iva, pois argum ent a que é possível a censura
espet áculos t eat rais, especialm ent e os volt ados para o público infant o- j uvenil, e
os livros didát icos a serem ut ilizados no ensino fundam ent al.
Com e nt á r ios
Para respondê- la devem os lem brar do caput do art . 227:
Art . 227. É dever da fam ília, da sociedade e do Est ado assegurar à criança, ao adolescent e
e ao j ovem , com absolut a prioridade, o direit o à vida, à saúde, à alim ent ação, à educação,
ao lazer, à profissionalização, à cult ura, à dignidade, ao respeit o, à liberdade e à convivência
fam iliar e com unit ária, além de colocá- los a salvo de t oda form a de negligência,
discrim inação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Com e nt á r ios
A assert iva est á in cor r e t a , pois são penalm ent e inim put áveis os m enos de 18
anos.
Art . 228. São penalm ent e inim put áveis os m enores de dezoit o anos, suj eit os às norm as da
legislação especial.
Com e nt á r ios
A assert iva est á cor r e t a ! Vej am os o art . 229, da CF.
Art . 229. Os pais t êm o dever de assist ir, criar e educar os filhos m enores, e os filhos
m aiores t êm o dever de aj udar e am parar os pais na velhice, carência ou enferm idade.
Com e nt á r ios
A assert iva est á incor r e t a . Com o bem sabem os, a adoção int ernacional é
perm it ida dent ro de cert as circunst âncias. Vej am os o art . 227, § 5º , da CF, no
qual foi baseada a assert iva.
§ 5º A adoção será assist ida pelo Poder Público, na form a da lei, que est abelecerá casos e
condições de sua efet ivação por part e de est rangeiros.
Q1 7 . I D ECAN / SEJUC- RN / 2 0 1 7
Nos t erm os da Const it uição Federal, é dever da fam ília, da sociedade e do
Est ado assegurar à criança, ao adolescent e e ao j ovem , com absolut a
prioridade, o direit o à vida, à saúde, à alim ent ação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cult ura, à dignidade, ao respeit o, à liberdade e à
convivência fam iliar e com unit ária, além de colocá- los a salvo de t oda form a
de negligência, discrim inação, exploração, violência, crueldade e opressão.
São prot eções const it ucionais à criança e ao adolescent e, EXCETO:
a) I dade m ínim a de quat orze anos para adm issão ao t rabalho, perm it ida a
j ornada not urna, m as vedado o t rabalho perigoso ou insalubre aos m enores.
b) Obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeit o à
condição peculiar de pessoa em desenvolvim ent o, quando da aplicação de
qualquer m edida privat iva da liberdade.
c) Garant ia de pleno e form al conhecim ent o da at ribuição de at o infracional,
igualdade na relação processual e defesa t écnica por profissional habilit ado,
segundo dispuser a legislação t ut elar específica.
d) Est ím ulo do Poder Público, at ravés de assist ência j urídica, incent ivos
fiscais e subsídios, nos t erm os da lei, ao acolhim ent o, sob a form a de guarda,
de criança ou adolescent e órfão ou abandonado.
Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a e é o gabarit o da quest ão. De acordo com o art .
227, §3º , I , da Const it uição Federal, é considerada prot eção const it ucional à
criança e ao adolescent e a idade m ínim a de quat orze anos para adm issão ao
t rabalho.
§ 3º O direit o a prot eção especial abrangerá os seguint es aspect os:
I - idade m ínim a de quat orze anos para adm issão ao t rabalho, observado o dispost o no art .
7º , XXXI I I ;
A a lt e r na t iva C est á corret a, conform e prevê o art . 227, §3º , I V, da CF/ 88:
I V - garant ia de pleno e form al conhecim ent o da at ribuição de at o infracional, igualdade na
relação processual e defesa t écnica por profissional habilit ado, segundo dispuser a legislação
t ut elar específica;
A a lt e r na t iva D est á corret a, conform e prevê o art . 227, §3º , VI , da CF/ 88:
VI - est ím ulo do Poder Público, at ravés de assist ência j urídica, incent ivos fiscais e subsídios,
nos t erm os da lei, ao acolhim ent o, sob a form a de guarda, de criança ou adolescent e órfão
ou abandonado;
Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Vej am os o §3º , V, do
art . 227, da CF/ 88:
§ 3º O direit o a prot eção especial abrangerá os seguint es aspect os:
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeit o à condição peculiar
de pessoa em desenvolvim ent o, quando da aplicação de qualquer m edida privat iva da
liberdade;
Q1 9 . Qua dr ix / CFO- D F/ 2 0 1 7
Com relação à ordem social, j ulgue o it em .
A CF veda a adoção de crianças e adolescent es por est rangeiros.
Com e nt á r ios
7 – Re su m o
Para finalizar o est udo da m at éria, t razem os um
resum o dos principais aspect os est udados ao longo
da aula. Sugerim os que esse resum o sej a est udado
sem pre previam ent e ao início da aula seguint e,
com o form a de “ refrescar” a m em ória. Além disso, segundo a organização de
est udos de vocês, a cada ciclo de est udos é fundam ent al ret om ar esses resum os.
Caso encont rem dificuldade em com preender algum a inform ação, não deixem de
ret ornar à aula.
Pa r a digm a s le gisla t ivos: e volu çã o h ist ór ica do D ir e it o da Cr ia nça e do Adole sce n t e
• Obj et iva- se a punição de condut a prat icadas por crianças e adolescent es.
• do séc. XVI e, especialm ent e com a edição do Código Mello Mat os em 1927, at é o
Código de Menores de 1979.
fase TUTELAR
• Obj et iva- se prom over a prot eção de crianças e adolescent es em sit uação irregular ,
com assist encialism o e prát icas segregat ória.
• da edição do Código de Menores de 1979 at é a Const it uição de 1988
• As crianças e adolescent es são considerados suj eit os de direit o, que devem ser
assegurados em conj unt o pelo Est ado, sociedade e fam ílias, com absolut a
prioridade e em consideração da sit uação peculiar de pessoa em desenvolvim ent o.
• a part ir da CF de 1988
M UD AN ÇA N A BASE PRI N CI PI OLÓGI CA: da dout rina da sit uação irregular para a dout rina
da prot eção int egral.
CÓD I GO D E M EN ORES
lim it ação de aplicação ( por exem plo, vít im as de m aus- t rat os e aut or de infração penal)
pr á t ica se gr e ga t ór ia .
CF + ECA
r om pim e n t o de pa r a digm a .
a CF t rat a de enunciar um rol de direit os e garant ias fundam ent ais, post eriorm ent e
explicit ados no ECA.
N or m a s Con st it u ciona is
direit o à educação
direit o ao lazer
direit o à profissionalização
direit o à dignidade
direit o ao respeit o
direit o à liberdade
PRECEI TOS:
idade m ínim a de quat orze anos para adm issão ao t rabalho na condição de aprendiz e
do t rabalho regular som ent e após com plet ar 16 anos ( 7º , XXXI I I ) .
est ím ulo do Poder Público, por int erm édio de assist ência j urídica, incent ivos fiscais e
subsídios, ao acolhim ent o sob a form a de guarda de crianças ou adolescent es órfãos ou
abandonados.