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ANEXO III – PLANO DE NEGÓCIOS REFERENCIAL

1 OBJETIVOS E CONTEXTUALIZAÇÃO

Este Caderno tem como objetivo identificar a viabilidade econômico-financeira


do projeto apresentado nos estudos de engenharia e tecnologia, considerando
a readequação e qualificação do Sistema de Iluminação Pública do município
de Cuiabá, com destaque nas suas características, condições e necessidades.

Neste estudo, são analisadas as principais informações financeiras, como os


custos, despesas, receita e fluxo de caixa do projeto do Sistema de Iluminação
Pública, investimentos e serviços necessários para sua atualização, conforme
demanda explicitada pela Prefeitura de Cuiabá.

1.1 Panorama da iluminação pública na cidade de Cuiabá

Segundo estudos realizados a respeito da iluminação pública de Cuiabá, a


cidade possui uma potência instalada de lâmpadas de 11.217 kW.

Adicionalmente, as lâmpadas utilizadas no sistema de iluminação pública da


cidade são de sódio, mercúrio, metálico, Fluorescente, LED e outros
componentes, com percentual de distribuição conforme ilustrado na tabela a
seguir:

Lâmpadas utilizadas na iluminação

Material Quantidade %
Sódio 61.308 90,7%
Mercúrio 1.535 2,3%
Metálico 2.103 3,1%
Fluorescente 71 0,1%
Led 2.526 3,7%
Outros 75 0,1%
Total 67.618 100%

Os recursos necessários para manter o serviço de Iluminação Pública no


Município de Cuiabá provêm da Contribuição de Iluminação Pública (COSIP),
cobrada pela Energisa dos usuários da Rede de Energia Elétrica.

1.2 O Projeto

Com o intuito de promover a modernização, otimização, operação e


manutenção da infraestrutura do sistema de iluminação Pública do Município
de Cuiabá, foi publicado em janeiro de 2015 o Chamamento Público para
eventuais interessados da iniciativa privada em realizar os estudos técnicos e
modelagem de projetos de Parceria Público-Privada (PPP) a respeito do
processo mencionado.

Este projeto descreverá um projeto igual ou superior ao exigido no Caderno de


Encargos deste Edital, mensurando os custos e investimentos necessários à
operação do sistema de forma eficaz.

O projeto prevê que todos os pontos de luz da rede atual de iluminação pública
de Cuiabá serão substituídos pela tecnologia LED ou superior durante os
primeiros 3 anos de Concessão. Após isso, há um segundo e terceiro ciclo de
renovação dos materiais que acontecerá no ano 13 e no ano 25 do projeto.

No intuito de aprimorar a operação do sistema iluminação da cidade, além das


substituições dos pontos luminosos, e melhor atender a população, a
Concessionária realizará investimento, com a construção do Centro de
Controle Operacional – CCO.

O CCO está instalado dentro da estrutura operacional da Concessionária e


projetado para funcionar 24 (vinte e quatro) horas por dia, 7 (sete) dias por
semana, com total controle e integridade da infraestrutura de Engenharia,
Tecnologia da Informação e de Comunicação nele abrigadas, independente
das variáveis externas.
Esse Caderno contempla uma unidade operacional dentro da cidade de
Cuiabá, para garantir o pronto atendimento a chamados de manutenção do
sistema de iluminação pública de todo o município. A unidade operacional
deverá ser estrategicamente posicionada de modo que possa atender de forma
rápida e eficaz.

A Concessionária poderá também explorar Receitas Acessórias, com a


finalidade de melhorar a viabilidade econômica de todo o empreendimento. No
caso de haver ganhos com Receitas Acessórias, parte dela deve ser
compartilhada com o poder público.

1.3 Premissas de Prazo e TIR

Para estimar a atratividade do projeto foi utilizada a metodologia do Fluxo de


Caixa Descontado, que consiste em projetar os investimentos, receitas, custos
e despesas durante todo o prazo de concessão e trazer estes fluxos à Valor
Presente descontada uma determinada taxa de remuneração atrativa aos
potenciais investidores.

Para este projeto foi determinada a Taxa Interna de Retorno de 11,51%, taxa
de retorno possível considerando o teto da Contraprestação em R$ 12,75
milhões no primeiro ano e R$ 25,5 milhões nos anos subsequentes de contrato.

O prazo de concessão projetado é de 30 anos, pois este é o período


necessário para a amortização dos investimentos.

Para tornar o projeto atrativo do ponto de vista econômico-financeiro adotou-se


a premissa de substituição do primeiro ciclo das luminárias em um prazo de 3
anos, uma vez que este é o principal item do investimento. No 13º e 25 º ano
de concessão foi adotado um segundo e terceiro ciclo de substituição das
luminárias, também realizadas em um prazo de 3 anos. A segunda e terceira
etapas ocorrem, porque os equipamentos utilizados no primeiro e segundo
ciclo necessitam ser renovados devido ao fim da vida útil (50 mil horas).
1.4 Premissas Gerais

Para a elaboração do estudo de viabilidade econômico-financeiro, foram


consideradas algumas premissas gerais da Concessão. Como os indicadores
abaixo:

A tabela abaixo apresenta as projeções dos indicadores macroeconômicos


utilizados nos cálculos econômicos e financeiros:

Indicadores Macroeconômicos
A partir de
Macroeconomia 2015 2016
2017
IPCA 9,34% 5,50% 5,50%
SELIC/CDI 14,27% 11,98% 10,88%
TJLP 6,50% 6,50% 6,50%

Em relação ao capital de giro da operação, foi definido:

Prazos Médios (dias)


de Recebimento -
60
Clientes
de Estocagem 45
de Pagamento - Sociais e Trabalhistas 30
de Pagamento – Fornecedores 15
de Pagamento - Fiscais 30
de Pagamento - Outras Obrigações 15

1.5 Receitas

Para o cálculo das receitas da Concessionária, foi considerada uma


Contraprestação Máxima cujo valor se mantém inalterado ao longo de toda a
concessão, apenas sofrendo reajustes de acordo com fórmula e cesta de
índices de correção apresentada no Anexo 3 da Minuta de Contrato.

Conforme detalhado nesse mesmo Anexo 3 da Minuta do Contrato, o


pagamento do poder Concedente para a Concessionária será feito de forma
mensal, conforme a seguinte fórmula:

CMefetiva = (CM * 0,9) + (CM * 0,1 * SMD) - RA

(i) Contraprestação Mensal: é o valor mensal (fixo ao longo da Concessão)


a ser disponibilizado pelo poder Concedente para a prestação dos serviços do
Sistema de Iluminação existente na data de assinatura do Contrato;

(ii) Sistema de Mensuração de Desempenho (SMD): a nota de cada


indicador de desempenho variará de 0% (nota mínima) a 100% (nota máxima)
resultando em Nota de Desempenho a ser aplicada sobre o valor da parte
variável da contraprestação mensal, obtendo-se, dessa forma, o valor ajustado
da parcela variável da contraprestação mensal do mês correspondente;

(iii) Receitas acessórias (RA): fator referente às Receitas Acessórias


mensais da Concessionária nos termos da Minuta do Contrato;

(iv) Contraprestação Efetiva: é o valor mensal que será cobrado pela


Concessionária após a incidência dos indicadores de desempenho e do
possível efeito de compartilhamento de eventuais Receitas Acessórias.

Para efeitos do Estudo de Viabilidade, foi considerado um atingimento de 100%


da Nota de Desempenho do SMD. Adicionalmente, durante os estudos
realizados, não foram identificadas receitas acessórias e sinérgicas ao objeto
desta Concessão em nível de maturidade suficiente para que fosse proposto
nos estudos elaborados.

Conforme proposto no modelo da viabilidade, o projeto considera como


Contraprestação o valor de R$ 12,75 milhões no primeiro ano e R$ 25,5
milhões nos demais anos de contrato. Este valor foi definido com a intenção de
se equivaler à receita estimada para a COSIP descontando a valor da energia,
que devido a implantação da tecnologia LED tendo a reduzir nos primeiros 3
anos de substituição do sistema.

Ressalta-se que diferentemente da Contraprestação contemplada no estudo, o


saldo COSIP (arrecadação menos despesas com energia) para o município
tende a sofrer aumentos conforme o crescimento habitacional. Dessa forma,
considerando também que o estudo optou por não utilizar qualquer saldo
corrente do Fundo da COSIP na realização de aportes, este fundo deverá ter
saldos positivos e crescentes ao longo da concessão.

1.6 Custos

Para este Caderno, foram considerados os custos relacionados à operação da


Concessão conforme detalhados a seguir. Os custos abaixo podem ser
encontrados em detalhe no Item IV - Modelagem Operacional do Caderno 1.

Primeiro Ciclo Segundo Ciclo Terceiro Ciclo Total


OPEX (R$
Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano (30
mil)
1 2 3 13 14 15 25 26 27 anos) Formatado: Fonte: 10 pt, Negrito, Cor
3.19 3.02 2.68 da fonte: Preto
Pessoal 2.693 2.693 2.693 2.693 2.693 2.693 81.615
8 9 9 Formatado: Fonte: 10 pt, Negrito, Cor
Veículo 771 493 493 379 379 379 379 379 379 11.994 da fonte: Preto
Formatado: Fonte: 10 pt, Negrito, Cor
Estrutura 365 349 330 323 323 323 323 323 323 9.892 da fonte: Preto
Formatado: Fonte: 10 pt, Negrito, Cor
Subcontrataçã da fonte: Preto
854 178 178 108 108 108 108 108 108 4.126
o e Serviços
Formatado: Fonte: 10 pt, Negrito, Cor
da fonte: Preto
Seguros e
133 162 162 150 150 150 150 150 150 4.536 Formatado: Fonte: 10 pt, Negrito, Cor
Garantias da fonte: Preto
5.32 4.21 3.85 112.16 Formatado: Fonte: 10 pt, Negrito, Cor
Total 3.653 3.653 3.653 3.653 3.653 3.653
1 1 2 3 da fonte: Preto
Formatado: Fonte: 10 pt, Negrito, Cor
da fonte: Preto
Os custos relacionados ao Pessoal são todos os salários, encargos e
Formatado: Fonte: 10 pt, Negrito, Cor
benefícios atrelados aos profissionais que serão contratados pela SPE. Os da fonte: Preto

custos com veículos referem-se à manutenção e combustível gastos pelos


veículos da Concessionária. Os gastos com estrutura incluem aluguel, energia,
custos administrativos e viagens da SPE.
Contemplam-se também na tabela acima os custos com Subcontratação e
Serviços. Este item refere-se às despesas com serviços contábeis,
advocatícios, descontaminação de lâmpadas, dentre outros.

Os pagamentos de seguros diversos (Risco de Engenharia, Responsabilidade


Civil) e de garantias de execução (construção e operação) estão refletidos na
linha Seguros e garantia.
O custo mais representativo em termos de valores da tabela acima é o custo
com pessoal.

1.7 Investimento

As despesas referentes aos investimentos necessários no sistema de


iluminação pública de Cuiabá estão apresentadas na tabela a seguir.

O montante estimado para os 3 primeiros anos (primeiro ciclo) é de R$ 99.996


milhões. Já para o segundo ciclo, estima-se um investimento de R$ 69.644
milhões e no terceiro ciclo o investimento estimado é de R$ 69.488 milhões.

Abaixo, a tabela e a descrição dos itens de investimento:

Primeiro Ciclo Segundo Ciclo Terceiro Ciclo Total


CAPEX (R$
Ano Ano Ano Ano Ano Ano (30
mil) Ano 1 Ano 2 Ano 3
13 14 15 25 26 27 anos)
Transposição 34.14 21.16 20.83 206.74
28.888 17.908 17.633 28.888 17.908 17.633
Tecnológica 0 4 9 7
Demanda
2.352 3.780 3.780 0 0 0 0 0 0 17.474
Reprimida
Remodelament
1.343 1.343 1.343 0 0 0 0 0 0 4.030
o
Embelezament
1.103 1.103 1.103 1.103 1.103 1.103 1.103 1.103 1.103 16.541
o
Plano de
1.664 0 0 0 0 0 0 0 0 1.664
Melhoria
CCO e
estrutura 1.050 0 0 0 0 0 0 0 0 1.050
operacional
Vandalismo 218 216 214 193 191 189 176 174 172 5.687
Material de
738 400 346 745 294 294 419 419 391 11.699
manutenção
Veículos 1.482 0 0 0 0 0 0 0 0 4.262
Estrutura 275 0 0 0 0 0 0 0 0 1.415
44.36 28.00 27.62 270.56
Total 30.929 19.496 19.219 30.585 19.604 19.299
5 6 5 9

Os gastos com obras para remodelamento do sistema de iluminação e


instalação de luminárias LED estão refletidos na linha de Modernização. Estes
gastos representam ao longo da concessão 76% de todo o investimento no
projeto.

Os gastos com Iluminação Artística (IA) Especial são referentes às obras e


materiais com obras de embelezamento da cidade Cuiabá. Essas despesas
estão projetas apenas para os anos 1 a 5 do projeto.

No primeiro ano do projeto também será necessário investimentos com


Melhoria de Rede, no intuito de aprimorar a infraestrutura da iluminação pública
de Cuiabá. Depois disso, há pequenos desembolsos com manutenção e
aprimoramento da rede.

Os custos estimados em CCO são referentes a instalação do Centro de


Controle Operacional, isto é, aquisição e instalação de infraestrutura de
operações e data-center, softwares, mobiliários e equipamentos em geral para
a unidade.

Além dos citados acima, destaca-se também na tabela os investimentos com


vandalismo, material de manutenção, veículos e estrutura em geral.

1.8 Tributação

O estudo esta considerando a tributação de Imposto de Renda com base no


Lucro Real.

As alíquotas do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL


(Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido) serão de:
Tributos Lucro Real
ISS e Outros 5,00%
PIS 7,60%
COFINS 1,65%
IR 25,00%
CS 9,00%
Compensação Prejuízos Fiscais 30,00%

Os impostos que incidem sobre as receitas são: PIS (Programa de Integração


Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público) e COFINS
(Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).

Para o cálculo dos montantes de impostos sobre a receita, o estudo considerou


o crédito tributário referente a PIS e COFINS.

1.9 Seguros e garantia

Nesta etapa do Caderno serão detalhados os custos com seguros e garantias


da Concessionária.

Para a seleção dos seguros a serem contratados, foram analisados as


coberturas relevantes para atendimento das necessidades da Concessão, de
forma a mitigar os riscos da operação.
Considerando que o projeto envolve partes distintas-atividades de construção,
adequação e remodelamento e operação dos ativos já existentes, os seguros
devem ter coberturas que englobem todas essas atividades, conforme
coberturas descritas abaixo:

Seguros
Tipo Cobertura
Responsabilidade Civil Operações Modalidade: Empresas,
Responsabilidade
Concessionárias ou não de Serviços Públicos de Produção e
Civil
Distribuição de Energia Elétrica.
Cobertura para Danos Corporais e Danos Materiais causados a
Auto RCF-V
terceiros por veículos utilizados na obra
Multirrisco
Danos Materiais (incluindo Lucros Cessantes)
Empresarial

As premissas de seguros estão demonstradas a seguir:

Seguro Cobertura

8% (oito por cento) do Valor Total do Contrato, até o


Garantia de Execução 5º (quinto) ano da Concessão; 5% (cinco por cento)
do Valor Total do Contrato, a partir do 6º (sexto) ano
da Concessão
1% do Valor Total do Contrato (soma real das
Garantia de Proposta
contraprestações).
Responsabilidade Civil R$ 1.500,00
Auto RCF-V R$ 200,00
Multirrisco Empresarial R$ 1.000,00

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