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Análise de Voçorocas e o Processo de Ocupação: Caso Vale dos Sonhos e Morro


do Cruzeiro, Lagoa Santa – MG

Conference Paper · June 2013

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3 authors, including:

Raoni Zanovello
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
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Análise de Voçorocas e o Processo de Ocupação: Caso Vale dos Sonhos


e Morro do Cruzeiro, Lagoa Santa – MG

  
1
Raoni Diniz Zanovello
2
Jorge Gabriel Gomes Simões
3
Vanessa Marques Viana

1
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUCMG
raonizanovello@gmail.com
2,3
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG/IGC
2
jggs222@gmail.com
3
vanessamv88@gmail.com

Resumo
A evolução das formas de relevo e suas variáveis fazem parte de processos da paisagem, os
fenômenos ligados à dinâmica da paisagem podem ser intensificados devido a fatores antrópicos. Os
processos e a dinâmica da paisagem são um fenômeno independente do homem, esses fenômenos
podem ocorrer com menor ou maior intensidade, a colisão entre homem e natureza pode acelerar
processos. Neste artigo o objetivo principal apresentado é analisar e retratar como esse encontro
entre homem e meio pode potencializar significativamente riscos, gerando instabilidades para o
sistema, prejudicando a dinâmica e a estabilidade da paisagem.
Palavras chave: Voçoroca, erosão, uso e ocupação.

Abstract
The forms of the relief and its progress, such as its variables do part in processes of the landscape,
the phenomena connected at the landscape dynamic may be intensified due to anthropic factors
which can occurs with more or less intensity, the collision between Men and nature may accelerate
some natural processes. In this article the main objective presented is to analyze how this encounter
Men-Nature, at this specific location, can potentiate significantly risks generating system instabilities,
therewith spoiling the dynamic and stability of the landscape.
Keywords: Gully, erosion, use and occupation.

1. Introdução

Dentre as feições morfogenéticas, a voçoroca é uma das mais intrigantes e


impactantes, porque se relaciona a grande perda de solo, degradação ambiental,
rápida mudança na paisagem, o que pode acarretar em transtornos e riscos sociais,
devido, sobretudo à erosão acelerada e os movimentos de massa.
O município de Lagoa Santa, localizado 35 km ao norte de Belo Horizonte,
Minas Gerais, é reconhecido pelas suas águas medicinais e pelos trabalhos de Peter
W. Lund, sendo de grande importância arqueológica e paleontológica. Parizzi
(1994). Porém a região atualmente também possui potenciais conflitos relacionados
ao uso e ocupação do solo e do meio natural, pela ocupação de áreas inadequadas,
propiciando assim risco a população e potencializando os processos erosivos. Neste
trabalho busca-se analisar as voçorocas, localizadas nos bairros Vale dos Sonhos e

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Morro do Cruzeiro e os fatores que favorecem sua formação e evolução, bem como
a dinâmica de uso e ocupação na região.

2. Referencial Teórico

Segundo Cassete (1991), os processos morfogenéticos são responsáveis


por resultarem nas formas de relevo, atuando em uma combinação de balanço de
energia, originadas entre processos exógenos e endógenos. Para Magalhães Jr.
(2010), os principais processos morfogenéticos e morfodinâmicos são: erosão,
sedimentação, intemperismo, movimentos de massa, tectônica.
A voçoroca apresenta-se como resultado de processo de erosão acelerada
superficial e/ou subsuperficial associada a movimentos de massa, ocasionada pela
tendência de sistemas naturais de atingir estado de equilíbrio entre a sua energia
disponível e a eficiência em dissipar energia. A quantidade de energia pelo tempo
em que e mesma é disponibilizada pode resultar em desequilíbrio Magalhães Jr.
(2010).
A voçoroca pode ser classificada conforme o grau de desenvolvimento em:
ativa, inativa e paleovoçoroca. Tal gradiente de atividade pode ser definido pelo grau
de suavização das bordas e pela presença de vegetação. “Voçorocas que
apresentam pouca vegetação e encostas íngremes são classificadas como ativas”
Pereira et, al. 19XX.
O potencial de erosão da água e a erodibilidade do solo permitem atenuar o
processo. Existem alguns fatores condicionantes a formação das voçorocas,
definidos pela maior propensão quanto ao surgimento e desenvolvimento do
voçorocamento em algumas regiões. Dentre os fatores existentes para esse
condicionamento, alguns que são destacados por Bacellar (2006): fatores
antrópicos, como queimadas, desmatamento e manejo inadequado de plantações;
fatores geológicos passivos e ativos; fatores pedológicos; fatores climáticos ativos e
passivos; fatores geomorfológicos.

3. Metodologia

Para a realização deste trabalho adotou-se as seguintes etapas metodológicas:


I- Pesquisa bibliográfica sobre a região estudada e os conceitos que
abrangem processos erosivos;
II- Coleta de dados em campo nos dias 31 de outubro 2012 e 12 de janeiro de
2013. Nos quais buscou-se, sobretudo, compreender a interação da população com
a feição erosiva, além de melhor compreensão referentes as condições físicas da
área, sobretudo pedológica, litológica e relevo;
III- Utilização dos softwares ARCGIS 10, Google Earth, imagens de satélite
RapidEye dos anos de 2004 a 2010, com resolução espacial de 5 metros,
juntamente com os mapas disponibilizados no site da Prefeitura de Lagoa Santa
referentes à ocupação do solo, o que permitiu elaborar cartas, delimitar áreas de
ocupação, bem como o cálculo da área das voçorocas, suas extensões e evolução.

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O mapa físico foi elaborado a partir de delimitações obtidas do "Mapa de


Fenômenos Cársticos da Região de Lagoa Santa", também presente na tese de
Kohler (1989). A partir das curvas de nível, tal como hidrografia, obtidas do banco de
dados do IBGE, Carta de Lagoa Santa (1965), Folha SE.23-Z-C-VI-1, MI-2534-1,
escala 1:50.000, foi possível obter a caracterização topográfica da área em meio
digital, além da Carta Geológica de Belo Horizonte 1:100.000 (CPRM, 2009), Folha
SE.23-Z-C-VI, que serviu para constatação de falhas na área de estudo.
A classificação dos tipos de solo no mapa físico foi elaborada a partir da
altitude do relevo, além do perfil do mesmo, que foi elaborado a partir do line of sight,
da ferramenta 3D Analyst do ARCGIS 10.

4. Análise e Resultados

4.1 Condicionantes Naturais

O município de Lagoa Santa está localizado na Região Metropolitana de Belo


Horizonte a 35 quilômetros da capital, MG. Apresenta, segundo Classificação de
Köpper, como clima AW: Shinzato (1998), tropical úmido, com médias pluviométricas
anuais entre 1000 e 1500 mm. Concentrados no período do verão e uma média
anual da temperatura de 22°C Parizzi (1994). Com formações vegetacionais de
cerrado e floresta estacional semidecidual: IBGE (1993). Atualmente,
descaracterizadas, devido à ocupação, possuindo apenas manchas remanescentes.
Apresenta, de acordo com Kohler (1989), formações superficiais grandes,
espessuras maiores que 60 metros em regiões de topo de morro, sendo esse solo
classificado como Latossolo Vermelho e Latossolo Vermelho-Amarelo e em algumas
regiões Cambissolo Vermelho-Amarelado, todos esses apresentam saturação por
bases menor que 50%, sendo então um solo distrófico.
A Região situa-se no embasamento cristalino, do domínio do Cráton São
Francisco, na formação Serra Santa Helena, pertencente grupo Bambuí, constitui
uma sucessão sedimentar predominantemente pelítica, composta de siltitos,
folhelhos, argilitos e margas de cores esverdeadas; apresenta ainda intercalações
de calcários cinza escuro: Parizzi (1994).
No Planalto de Lagoa Santa, delimitado a SO do planalto de Neves, a S da
depressão de Vespasiano e a N da depressão de Sete Lagoas, predominam cotas
acima de 800m: Kohler (1989). Com vertentes policonvexas, localizadas no Alto-
Médio São Francisco, na bacia do rio das Velhas, sub-bacia do córrego do
Bebedouro, a Norte da Lagoa Central, apresentando um padrão dendrítico, com
traçados sinuosos e encaixados.
A voçoroca 1 localiza-se próximo ao topo da vertente no bairro Vale dos
Sonhos, enquanto a voçoroca 2 localiza-se na altura média da vertente no bairro
Morro de Cruzeiro, conforme a Figura 1. A região inserida no planalto remanescente
possui formato convexo, com topos suavizados.

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Figura 1. Terreno com exagero vertical de três vezes


Fonte: Catálogo de Imagens Google Earth/Hidrografia IBGE 1965.

Segundo Kohler (1989), as diferentes paisagens de Lagoa Santa estão


associadas principalmente ao escalonamento sub-horiozntal de suas respectivas
litologias sobre o granito-gnaisse, calciofilitos, calcários e filitos.
As voçorocas inserem-se na sessão geológica dos filitos e calciofilitos,
pertencentes à formação não-cárstica da região (Figura 2),

"... os filitos recobrem os calcários e estruturam o topo do


compartimento dos alinhamentos serranos da Serra dos
Ferradores, Confins e remanescentes isolados na região da
Lagoa Santa. Situam-se acima das cotas de 830-850m e são
visíveis em cortes de estrada (rocha alterada). Abaixo dessas
cotas não foram observados eluvios filíticos estruturados, apenas
materiais amarelos com altos teores em sílica, revelando origem
filíticas bastante pedogenizadas. Trata-se dos remanescentes da
Superfície Sul Americana de King (1956), com seus topos
aplainados e alongados na direção SE-NW. (...) Esse sistema de
serras alinhadas na direção SE-NW (Ferradores e Confins) pode
ser desdobrado em dois compartimentos fisiográficos distintos,
ambos elaborados sobre filitos da Formação Serra de Santa
Helena." Kohler (1989).

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Figura 2. Formação filítica da voçoroca, solo com cor predominantemente amarela, a imagem
configura-se como horizonte C, cota de 780m.
Fonte: Campo realizado na região no dia 12 de Janeiro de 2013.

Em campo, foi observado que o filito intemperizado no solo, tem em sua


composição alto teor de argila, que pode acarretar em dificuldade de infiltração da
água acarretando, em períodos de altas taxas pluviométricas, o escoamento, em
primeiro momento difuso, e, posteriormente, no escoamento concentrado. Em muitas
regiões, ainda é perceptível a presença de sulcos erosivos, em alguns locais, nas
encostas íngremes da voçoroca, indicando recente atividade erosiva.
Através do mapa elaborado pelo grupo (Figura 3) tendo, por base, o mapa
geológico do CPRM (2009), percebe-se a presença pontual de estruturas de falhas
de cisalhamento na voçoroca de maior cota, tal como uma falha indiscriminada
presente na voçoroca de menor cota. A presença de falhas propicia o surgimento e
avanço do processo de voçorocamento.

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Figura 3. Mapa de formações superficiais dos bairros Vale dos sonhos e Morro do Cruzeiro.

4.2 Condicionantes Antrópicos

Para Ab’Saber (1968), o processo de formação das voçorocas é associado a


paisagens de onde foi retirada a sua cobertura vegetal. Em tais paisagens, a água
de escoamento superficial ao percolar linearmente no solo, e atingir o lençol freático,
compromete a estabilidade da área e condiciona o processo de voçorocamento,
Cardoso e Pires (2009).
O crescimento urbano constante de Lagoa Santa em detrimento dos fatores de
aumento populacional, que em um período de dez anos teve um crescimento
significativo de 30 por cento de sua população urbana, que são atingidos
diretamente pela dinâmica da RMBH. Guerra e Marçal (2006) fazem referência ao
rápido crescimento como urbano como causador da pressão exercida sobre o meio

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físico urbano, que acarretam em conseqüências dos tipos variados como a poluição
de solos e das águas, gerando deslizamentos e enchentes.
O atenuante histórico do surgimento do voçorocamento começou a ser
acentuado partir da demarcação de fazendas na região, ainda no final do século
XIX, onde os limites eram marcados através de "valos secos", ou seja, pequenas
trincheiras abertas pelo homem a época.
A região também passou por um processo de loteamentos imobiliários, com
padrão de construção para classe média-alta e áreas de ocupação desordenada e
irregular, nas proximidades do bairro Morro do Cruzeiro.
Como mostra a imagem abaixo Figura 4, a ocupação do entorno da voçoroca 1
apresenta significativo adensamento populacional, do lado direito se encontra a
população carente, com casas sequenciais, sem espaçamento, do lado esquerdo da
mesma voçoroca podemos encontrar algumas áreas de maior poder aquisitivo,
presença de condomínios unifamiliares.

Figura 4. Mapa de Uso e Ocupação do Solo dos bairros Vale dos Sonhos e Morro do Cruzeiro.

Além disso, pode-se constatar presença significativa de solo exposto, tal como,
solo parcialmente exposto, em várias cotas. A população inserida no Setor Especial
4 ocupa, segundo o zoneamento municipal área ilegal, enquanto a região do outro
lado da feição encontra-se legalmente regularizada.
Contrário a essa constatação o Plano Diretor de 2006, cita, no capítulo da
gestão de riscos geológicos que uma das diretrizes é:

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 "Estabelecer graus diferenciados de estudos exigidos para


aprovação de projetos para as áreas de risco significativo;
Promover a imediata introdução de recursos tecnológicos com os
objetivos de conter a erosão em suas modalidades laminar e
linear". LEI N.º 2633/2006. DO PLANO DIRETOR DO
MUNICÍPIO DE LAGOA SANTA/MG.

Em muitos pontos das voçorocas percebe-se a presença de componentes


tectogenéticos, é notada presença de materiais gárbicos e úrbicos na voçoroca 2, e
de basicamente gárbicos na voçoroca 1. Tal fato já fora levantado pela população
em 2007 e acionado pela prefeitura, que encaminhou uma ata pública reconhecendo
a irregularidade. A presença dos depósitos de lixo pode acarretar na contaminação
d’agua, surgimento de foco de doenças e animais como os roedores, além de
atenuar a acidez do solo, propiciando maior retirada do solo, acentuando assim a
erosão. Segundo a ata da prefeitura de Lagoa Santa em 2007,

“os lixões devem ser confeccionados com uso de materiais


corretos, com técnica adequada, precedidos de estudos e
projetos aprovados pelos Órgãos Competentes e com total
respeito às Legislações Vigentes, principalmente as
Ambientais”. DECRETO Nº 767, DE 27 DE DEZEMBRO DE
2007.
 
 
5. Análise da Evolução Atual do Processo de Erosão

A comparação da área da voçoroca 1, no Vale dos sonhos, utilizando imagens


disponíveis pelo Google Earth, anos base 2004 a 2010, e do ARCGIS 10, para o
cálculo da área, a Tabela 1 demonstra que os processos de retirada do solo ainda
são ativos, contribuindo para a evolução e aumento da área da voçoroca neste
período.

Tabela 1. Comparação em relação à área ocupada pela voçoroca 1.

Área ocupada pela voçoroca 2004 2010

Voçoroca 1 Área (m²) 22 000 26 500

A voçoroca 2, localizada no Morro do Cruzeiro, desde 2007 vem sendo


recuperada através do recobrimento com entulho de construção civil e solo. A
prefeitura de Lagoa Santa, em comunicado, apontou alguns fatos positivos já
observados, sendo estes: “diminuição de locais propícios para proliferação de
vetores, poluição visual / ambiental e recuperação de uma área degradada”.
Prefeitura de Lagoa Santa, site oficial, acesso: Janeiro 2013*.

6. Resultados

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Percebe-se que os condicionantes físicos, atreladas ao uso e ocupação


histórico da região, propiciaram o surgimento e evolução das voçorocas. Apesar do
aterramento da voçoroca 2 e da presença de vegetação no entorno das duas
voçorocas, indicando possível estabilidade da gênese, é nítido a presença de sulcos
erosivos e ravinas nas encostas íngremes, indicando atividade erosiva. Apesar do
reconhecimento da gênese das voçorocas, ainda há dificuldade em demarcar as
áreas de risco para construção de moradias. Enquanto a voçoroca dois, média
vertente, vem sofrendo processo de aterramento, a voçoroca do Vale dos Sonhos
vem sofrendo um rápido processo de ocupação das encostas, muitas vezes
irregulares, potencializando a vulnerabilidade da população local e atenuando as
potencialidades erosivas. Embora tenha ocorrido o programa de prevenção,
informando à população sobre os agravantes da presença de lixões na região, ainda
é notório que há o descumprimento da lei, apresentando regiões pontuais de
entulhos de lixos a céu aberto.

Referências Bibliográficas

Ab’Saber, A. N.. As voçorocas de Franca. Revista da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de


Franca, França Nº2, v1, p.5-27. 1968.

Bacellar, L. A. P. Processos de Formação de Voçorocas e Medidas Preventivas e Corretivas.


Viçosa, 2006. 30 slides.

Berbert-Born, M. L. C. Carste de Lagoa Santa, MG. In Schobbenhaus,C.;Campos, D. A.; Queiroz,


e.t.; Winge, M.; Berbert-Born, M. L. C. (org.). Sítios geológicos e Paleontológicos do Brasil. Dnpm,
Brasília, 1 ed.(1): 415-430. (2002)

Casseti, Valter. Ambiente e apropriação do relevo. São Paulo. Contexto. 1991

CETEC-CPRM. Carta Geológica de Belo Horizonte 1:100. 000 (CPRM, 2009), Folha SE.23-Z-C-
VI.(2009)

Guerra, A.J T; Marçal. M. S. Geomorfologia Ambiental, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil. 2006 192p.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE Cidades: Disponível


em:<www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel. php?codmun=313760>Acesso dia 11/11/12 ás 13h.

KING, L.c. A Geomorfologia do Brasil Oriental. Rev. Bras. Geogr. (IBGE), n°


2, 1956. 256 p.

Kohler, H.C.; QUEIROZ NETO, J. P. Universidade de São Paulo. Departamento de


Geografia. Geomorfologia Cárstica na Região de Lagoa Santa - MG. 1989. Págs. 36-39. Tese
(Doutorado) - Universidade de São Paulo, Departamento de Geografia.

Köppen, W.; GEIGER, R. Klimate der Erde. Gotha: Verlag Justus Perthes. 1928. Wall-map
150cmx200cm. Tradução.

Magalhães Júnior, A. P. (2010) Geografia e Recursos Hídricos: Apostila básica para


acompanhamento do curso. Belo Horizonte: [s.n.].

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Parizzi, M. G. (1994) A gênese e a dinâmica da Lagoa Santa com base em estudos palinológicos,
geomorfológicos e geológicos de sua bacia. Dissertação (mestrado) - UFMG/IGC. Departamento de
Geologia. UFMG/IGC, Belo Horizonte. 55p.

Pereira, H.; Esmero, J.; Sales, K. Processos de Formação de Voçorocas e Medidas Preventivas e
Corretivas. Campina Grande, sem data. 21slides.

Prefeitura de Lagoa Santa: ata da prefeitura de Lagoa Santa de 2007. DECRETO Nº 767, DE 27 DE
DEZEMBRO DE 2007.

__. SECRETARIA DE PLANEJAMENTO. LEI N.º 2633/2006. DO PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO


DE LAGOA SANTA/MG.
____. Secretaria Municipal de Administração. LEI N° 2.862, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2008. Do Uso
e a Ocupação do Solo Urbano e Rural do Município de Lagoa Santa.

Shinzato, E. O Carste da Área de Proteção Ambiental de Lagoa Santa (MG) e sua influência na
formação dos solos. UENF Rio de Janeiro, 1998.

*Site Oficial Prefeitura de Lagoa Santa- SOLICITAÇÃO PARA DISPOR DE RESÍDUOS DE


CONSTRUÇÃO CIVIL
http://www.lagoasanta.mg.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=313&Itemid=170.
Acesso: Janeiro, 2013.

Softwares: ESRI ArcGIS 10.


Google Earth: Catálogo de Imagens.

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